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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

2ª RODADA CITADINO DE FUTEBOL AABB ITABUNA: 11 E 12/08

Aragão Plásticos abre a rodada sexta às 19h15.

Times de Buerarema, Ibicaraí e Itajuípe estreiam no Citadino da AABB


Segue o Campeonato Citadino de Futebol MiniCampo da AABB Itabuna neste fim de semana com as estreias de Thumy Gás (Buerarema), Pizzaria 1ª Opção (Ibicaraí) e Cingapura (Itajuípe), além de Hoop Confecções e Academia Prime, as duas de Itabuna. A 2ª rodada terá:

Sexta 11/08/2017
19h15: Aragão Plásticos x Hoop Confecções
20h25: Thumy Gás x Cães de Guerra

Sábado 12/08/2017
14h30: Alcif Mais x Academia Prime
15h40: Baraúna Consultoria x Drogarias Velanes
16h50: Cingapura x Pizzaria 1ª Opção

As equipes estão assim divididas:
Grupo A - Thumy Gás, Drogarias Velanes, Shopping Jequitibá, Madeireira Mauá, Extra Cal, Baraúna Consultoria e Cães de Guerra.
Grupo B - Clínica COTEF, Aragão Plásticos, Alcif Mais, Academia Prime, Cingapura, Hoop Confecções e Pizzaria 1ª Opção.

Na primeira fase as equipes jogam entre si dentro do grupo. Classificam-se os quatro primeiros colocados de cada grupo para as quartas de final, seguindo-se as semifinais e a grande final marcada no dia 18/11/2017.

As partidas são sempre sextas à noite (a partir de 19h15) e sábados à tarde (a partir das 14h30), com rodadas duplas e triplas nos campos de grama sintética e grama natural do clube. Nesses horários a entrada é livre para adultos e crianças, com direito a estacionar dentro do clube, brincar o parque infantil e se servir do bar e lanchonete da AABB.

   
Contatos – Rodrigo Xavier (Digão): (73) 9.8853-4607 (Oi) / Marcos Lima: (73) 9.9152-6360 (Tim)
Assessoria de Imprensa – Carlos Malluta: (73) 9.8877-7701 (Oi) / 9.9133-4523 (Tim)

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FLIPELÔ 2017: GRATUITA, FLIPELÔ TERÁ MAIS DE 50 ATIVIDADES EM RUAS E ESPAÇOS DO PELOURINHO

Flipelô coloca Salvador no roteiro de eventos literários nacionais (Foto: Divulgação)

Evento irá reunir grandes nomes da literatura como Antonio Torres, Aleilton Fonseca e Conceição Evaristo, mas também abre espaço para novos autores e artistas


A partir de quinta-feira (10), a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) deixa de ser um sonho antigo da Fundação Casa de Jorge Amado e ganha a sua primeira edição. Durante os quatro dias do evento, cerca de 50 atividades gratuitas tomam conta das ruas e espaços culturais do Centro Histórico. Saraus, debates, encontros, oficinas literárias, apresentações teatrais, shows, leituras dramáticas, exibições de vídeos e atividades que atendem aos públicos adulto e infantojuvenil integram a programação, que segue até domingo.

A iniciativa comemora os 30 anos da Fundação, que abre as portas gratuitamente durante todo o mês de agosto em homenagem aos escritores Jorge Amado, Zélia Gattai e Myriam Fraga, curadora do projeto, que faleceu em fevereiro de 2016.

"Teremos, além de tantos encontros, o A Voz Edita, que reúne novos e renomados poetas para recitais. O evento inteiro segue uma linha mais informal, com café e muita troca de ideias. Poderemos também abrir espaço para que pessoas do público mostrem a própria arte", afirma Angela Fraga Sá, atual diretora da fundação.

A expectativa é que o evento receba 30 mil pessoas, entre autores, pesquisadores, estudantes e apaixonados pelo mundo das palavras. A abertura oficial da Flipelô acontece na quarta-feira (9), com apresentação da cantora Maria Bethânia na Igreja de São Francisco. Restrito a convidados, o sarau Bethânia e as Palavras reúne músicas pouco usuais de repertório da cantora baiana e poemas de autores como Fernando Pessoa, Marília Gabriela Llansol e Manoel de Barros.

O rapper Emicida também marca presença no evento. O artista compõe, na quinta-feira, a mesa do projeto A Rua é Nóiz - Poesia e Protesto ao lado de João Jorge, presidente do Olodum, com mediação de Larissa Luz. O Grupo Concriz, da cidade de Maracás, é mais uma atração que levará literatura para o público. O coletivo cultural formado por crianças, adolescentes e adultos monta e apresenta performances poéticas há dez anos, geralmente com durações em torno de 45 minutos e enfoques em obras de poetas brasileiros.

No domingo de Dia dos Pais, a Flieplô promete ser uma boa pedida para toda a família. No Largo do Pelourinho, às 11h, a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) estreia a série Myriam Fraga, na qual aproxima música e literatura, sempre em ambientes descontraídos. Haverá ainda lançamentos de livros infantis com contação de estórias na Festa dos Erês."Teremos muitas programações infantis no domingo e, como em todos os outros dias, artes para todas as idades. Esperamos famílias reunidas em um clima de leveza e abraços. O Pelô ficará ainda mais colorido", convida Angela Fraga. "Estamos realizando um sonho. Lutamos muito para conseguir patrocínios e esperamos que seja a primeira de muitas das edições", finaliza. Para conferir a programação completa da Flipelô, clique aqui.



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JORGE AMADO 105 ANOS – Salve Jorge, patrono da ICAL!

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SALVE JORGE!
105 anos de Jorge Amado

A cidade hoje traz flores
E o coração para te entregar,
Relembrar teu caminhar
Ditoso e afável,
Dizer que te ama,
Haurir bênçãos celestiais
E a tua memória exaltar! 

Vida, luzes, sonatas,
Grandes amores
E canções para ti,
Que seja a paz do céu
Teu doce encanto!
Jorge, amante da liberdade, 

Tua cidade quer
Festejar tua vida,
Teu amor. 

Amor tamanho do teu coração
Filho gentil, dileto amigo,
Tesouro que floriu na terra mãe
Espalhou mundo afora sua fama,
Partiu deixando um legado de amor,
Bênção de bondade,
Obra e saudade... 

SALVE JORGE!
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Eglê S Machado - Poetisa 
Academia Grapiúna de Letras - AGRAL


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10 DE AGOSTO: DIA DE JORGE AMADO - A história da mulher de seu Vieira

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A história da mulher de seu Vieira


            Aproveito para contar a história de mulher do senhor Vieira, tal como se deu, tintim por tintim, circulam versões desencontradas, cada qual conta o conto à sua maneira, a maioria ouviu o galo cocoricar, mas não sabe da música a metade.

            Estávamos Calasans Neto e Auta Rosa, Zélia e eu em Casablanca, hospedados em um dos melhores hotéis da cidade,  Auta descobriu uma barata no quarto, comunicou a Zélia, o hotel foi para a lista negra. Como viajaríamos naquele mesmo dia para Marrakech, decidimos visitar o outro melhor hotel, no lado oposto da praça, bisbilhotar conforto e limpeza, nele reservar acomodações para nossa volta, uma semana após, se valesse a pena.

            Na portaria buscávamos informações sobre os quartos quando um senhor ainda jovem, bem-posto, ar esportivo, que me fitava curioso, perguntou-me se era brasileiro, escritor e se meu nome era. Efusão patriótica, troca de gentilezas, o compatriota ao saber ao que vínhamos elogiou o hotel, limpíssimo, nem sombra de baratas, propôs mostrar-nos seu apartamento para que julgássemos. Tentei recusar, quem disse, dona Rosa e dona Zélia queriam comprovar as vantagens, aceitaram, impuseram, acompanhamos o senhor Vieira – Vieira de Santa Catarina, se apresentara – ao oitavo andar. Tomou a frente, bateu à porta, foi aberta por uma criança de seus cinco anos. Onde vai a corda vai a caçamba, disse o anfitrião, não sei por que a declaração me fez imaginá-lo viúvo a correr coxia com a filha órfã. Entramos às apalpadelas pelo corredor ao lado da casa de banho, o apartamento mergulhado na mais negra escuridão. Vieira adiantou-se quarto adentro direto para o janelão, eu atrás dele, os demais atrás de mim. Num repelão Vieira abre as cortinas, a luz matinal de Casablanca invade a habitação, ouve-se um grito de mulher: Vieira, o que é isso? É Jorge Amado, minha filha, explica o bom leitor no auge do contentamento, aponta-me com o dedo, em seguida me informa: essa aí é minha esposa. Olho e vejo essa aí estendida nua em pelo na cama de casal, êxtase, visão, como direi? Não direi nada, nada disse, apenas arregalei os olhos, essa aí ergueu o busto, a luz banhou-lhe os seios, aleluia! Dona de casa civilizada convidou-me a sentar na cama, convite que não estendeu aos demais, certamente por não lhe terem sido apresentados: o marido pronunciara apenas o meu nome.

            Sentei-me por um instante fugidio, pois Zélia já dava por visto e aprovado o apartamento, agradecia e se mandava, arrastando-nos na pressa de sair, ainda hoje não entendo o motivo de tanto açodamento: Vieira acompanhou-nos à porta, a criança pela mão, dissemos muito obrigado, despedimo-nos. A caminho do elevador comentei com Calasans, as senhoras iam à frente:

            - Lavaste os olhos, hein, Calá?

            - Lavei os olhos, como?

            - Ora, como! Com a nudez da mulher de seu Vieira.

            - Nudez? Que me contas, que história é essa?

            Ora, pois, após cruzar a porta, aturdido pela escuridão, Calasans Neto deixara-se ficar no corredor do apartamento, não chegara a entrar no quarto e eu não me dera conta. Ao saber do acontecido acometeu-lhe ataque de loucura, queria a pulso retornar com o pretexto de ter esquecido o boné, quem sabe a esposa do Vieira continuava nua como eu vira.

            - Teu boné está em tua cabeça, Calá. Dormiste no ponto, agora é tarde.

            Partimos para Marrakech, lá estivemos durante uma semana. Constatei quem nem as maravilhas da cidade, nem a Medina, nem sequer o top-less das suecas à beira da piscina no oásis, nada conseguia retirar a cabeça de Calá da mulher de seu Vieira que ele, ai, não vira nua por preguiça.

            Voltamos a Casablanca, fomos nos hospedar no hotel sem baratas onde havíamos reservado cômodos. Na recepção, antes mesmo de entregar o passaporte, Calá quis saber de seu Vieira.

            - Vieira? O senhor se refere ao brasileiro da mulher bonita? – com as mãos o funcionério traçava-lhe as formas do corpo: - Quelle femme, cher Monsieur! – estalou a língua, som concupiscente, informou: - Viajou ontem para o Rio de Janeiro.

            Aí fica a história verdadeira. O mais que contam, o artista armado de binóculo, trepado numa palmeira para brechar o quarto do casal Vieira, e outras estripulias, não passam de invenções a engrossar o folclore do mestre Calá, Rei de Itapuã, Imperador do Abaeté.

(NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM)
Jorge Amado

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JORGE AMADO - Quinto ocupante da Cadeira 23 da ABL, eleito em 6 de abril de 1961, na sucessão de Otávio Mangabeira e recebido pelo Acadêmico Raimundo Magalhães Júnior em 17 de julho de 1961. Recebeu os Acadêmicos Adonias Filho e Dias Gomes.


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