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quinta-feira, 6 de julho de 2017

IRONIAS DA VIDA - Antonio Nunes de Souza

Ironias da vida!


Antonio Nunes de Souza



Afonso e Laura formavam um casal lindo e maravilhoso, não pela beleza física completamente, mas, pelas suas afetividades, felicidades e entendimentos desde o tempo de namorados. Casados há cinco anos, ambos com 27 anos e, curiosamente, as mesmas profissões de dentistas. Assim, interessantemente, pareciam que tinham vindo ao mundo já programados para viverem eterna mente juntos e felizes!

Porém, por uma infelicidade, graças a uma deficiência em seu organismo, Laura, mesmo depois de consultar os melhores especialistas, chegou a triste conclusão que, infelizmente, jamais poderia ter filhos!

Contudo, depois conversarem e pensarem bem, decidiram fazer uma adoção, para completar a alegria da casa e a felicidade deles próprios. E, mais que depressa, se inscreveram no departamento judicial de adoções, ficando cadastrado, aguardando a aprovação e, ao mesmo tempo, fazendo visitações em orfanatos para fazerem a escolha. Afonso desejava um menino e Laura, por ser mulher, queria uma menina. E, com carinhos e beijos, conseguiu que sua escolha fosse acolhida.

Passados dois meses, Laura deparou com uma menina linda, meiga e, curiosamente, parecida com ela nos traços fisionômicos, tendo também alguns pequenos detalhes da fisionomia de Afonso. Mas, não era um bebê, ela tinha 7 anos. Pensaram, refletiram e, pela grande ansiedade de Laura, resolveram que Dora (esse era o seu nome) seria a filha deles!

Prepararam toda tramitação, papeis prontos, aprovação jurídica, oficialização, etc., foram ao orfanato buscar a menina, que já tinha o seu quarto arrumado todo em cor de rosa, a espera da nova e sonhada moradora! Como tratava-se de uma garota já esperta, combinou-se que eles seriam considerados e chamados de tios, para que não houvesse traumas futuras por ela descobrir o desconfiar que eles não eram seus verdadeiros pais.

Para ser menos longo, vou logo contar o que veio pela frente. Dora transformou-se numa moça linda, charmosa e super sedutora e, ironicamente, se apaixonou pelo seu tio, pois já havia também notado que ele a olhava com um olhar de desejo, mesmo respeitando, não só sua esposa, como também a afinidade filial que tinha com a moça. Mas, o instinto sexual bateu muito mais forte e, um inesperado dia, aconteceu o que não era jamais para acontecer. Eles transaram loucamente, esquecendo de todos os conceitos e preconceitos culturais, sociais e jurídicos. E isso continuou as escondidas, até que Lauro e Dora resolveram fugir de sua protetora tia, indo refazer a vida em outro estado!

E assim fizeram, aproveitando uma rápida viagem da tia e, praticamente, sua mãe, fugiram os dois, deixando uma carta confessando seu grande pecado e pedindo milhões de perdões pela atitude tomada!

Atualmente, Laura vive nos sofás de psicólogos e analistas, sofredora de uma monstruosa depressão, revoltada porque não deu ouvidos ao marido escolhendo um menino, enquanto Lauro e Dora moram em Belém, com dois filhos, e ela terminando o curso de odontologia para que juntos, abram uma nova clínica!

Essas ironias da vida e do destino, certamente, não são obras traçadas pelas divindades. Imagino que sejam pelas grandes liberdades existentes entre os seres humanos que, estupidamente, usam e abusam do tão citado e divulgado “livre arbítrio”!


Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL


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ITABUNA CENTENÁRIA REFLETINDO - Cozinhando raiva

Cozinhando raiva


O fato de a gente dizer que a raiva é uma emoção humana, não reprovável, não significa que é bom ficar cozinhando ou curtindo a raiva, não!

Porque uma coisa é reconhecer o que se sente, outra coisa é se deixar prejudicar.

– Ah! Mas se a raiva é natural e humana, ela pode prejudicar quem sente?

– Uai! Vocês não conhecem planta venenosa?

Planta venenosa vem da Natureza e, no entanto, ela é toxina para as pessoas.

Tem gente que usa veneno de planta para fazer remédio. Tem gente que usa para envenenar.

Tem gente que usa raiva para envenenar a própria vida e a vida dos outros.

Será que você não faz isto, algumas vezes?

Veja, a raiva e outras emoções destrutivas são naturais, mas elas têm um caminho natural.

Elas não são para durar, só para mobilizar em você algumas reações.

Mas se você não reage de acordo, a raiva fica ali presa, cozinhando dentro de você, espalhando toxina nos seus canais energéticos.

Você vai se contaminando com aquele clima, e vem a irritação, o ressentimento, a mágoa, o desejo de vingança.
Por que você não usa a raiva para fazer remédio?

Reaja positivamente, quando alguma coisa ameaçar invadir seu espaço, quando alguém desrespeitar os seus direitos.
Tome providência, não para os outros, para posar para o mundo, mas para você, antes que o mal se instale.

Aja com os seus princípios, os seus melhores valores, use sinceridade.

Não entre na perdição de um impulso descontrolado.

Mas, se você se deixou levar por um momento de raiva e fez algo que não queria, também não adianta ficar pensando naquilo, transformando em presente o que já é passado.

Mude a partir de agora, daqui para frente é o que importa.


Calunga – Espírito
Psicografia – Rita Foelker
Livro – Felicidade é Escolha



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