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domingo, 19 de fevereiro de 2017

BEIJA FLOR: Samba-Enredo 2017


Enredo: "Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel"

Compositores: Claudemir, Maurição, Ronaldo Barcellos, Bruno Ribas, Fábio Alemão, Wilson Tatá, Alan Vinicius e Betinho Santos

Ligue o vídeo abaixo:



Araquém bateu no chão
A aldeia toda estremeceu
O ódio de Irapuã
Quando a virgem de tupã se encantou com o europeu
Nessa casa de Cabloco hoje é dia de Ajucá
Duas tribos em conflito
De um romance tão bonito começou meu Ceará

Pega no amerê, areté, anama
Pega no amerê, areté, anama

Bem no coração dessa nossa terra
A menina moça e o homem de guerra
Ele sente a flecha, ela acerta o alvo
Índia na floresta, branco apaixonado
Vem pra minha aldeia, beija-flor
Tabajara, pitiguara bate forte o tambor
Um chamado de guerra, minha tribo chegou
Reclamando a pureza da pele vermelha
Bate o coração de Moacir
O milagre da vida, me faz um mameluco na sapucaí
Oh linda Iracema morreu de saudade
Mulher brasileira de tanta coragem

Um raio de sol a luz do meu dia
Iluminada nessa minha fantasia

A jandaia cantou no alto da palmeira
O nome de Iracema
Lábio de mel, riso mais doce que o jati
Linda demais cunhã-porã iterei
Vou cantar jureme, jureme, jureme
Vou cantar jurema, jurema
Uma história de amor, meu amor
É o carnaval da beija-flor


* * *

MORTE - Wagner Albertsson

MORTE


NINGUÉM ESCAPA
DA MORTE.
NEM O POBRE,
NEM O RICO.
NEM O FRACO,
NEM O FORTE.
NEM O INJUSTO,
NEM O RETO.
NEM O ERRADO,
NEM O CERTO.
NEM O FELIZ,
NEM O AFLITO.
NEM O FEIO,
NEM O BONITO.
NEM O HUMILDE,
NEM O ARROGANTE.
NEM O NATIVO,
NEM O ERRANTE.



WAGNER ALBERTSSON

* * *

ITABUNA CENTENÁRIA, UM POEMA: Voar, Voar!

Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original
Voar, Voar!


Por alguns minutos sonhe comigo e transforme-se em um pássaro.
Abra as asas da imaginação e voe por esse céu azul de pintura infantil.
Abandone seus problemas no chão da fria realidade e venha voar...
Imagine-se no alto, no céu...

Sinta a brisa do vento amigo que acena com doçura para você.
Tome coragem e olhe para baixo. Veja como tudo é pequeno.
Os maiores prédios parecem caixas de fósforo visto do alto.
Os homens são formiguinhas correndo apressadas...
Olhando aqui do mais alto, imagine o tamanho dos seus problemas...

Visto aqui do alto, tudo fica muito pequeno, tudo perde a importância.
O mais importante passa a ser a sua paz.
Sinta a brisa dessa manhã, sinta o calor dos raios do sol.
Como é grande e belo esse mundo que Deus preparou para você.
Sim, esse mundo é seu. Ele foi feito para suas conquistas, para sua evolução.
Quantos recursos existem na natureza.
Tudo é imenso, tudo é tão vasto que nossos olhos
não conseguem enxergar, mesmo aqui do mais alto.

Não, não desce ainda não.
As vezes estamos tão preocupados com um problema
que não conseguimos enxergar as possíveis saídas.
Fique mais um pouco aqui no alto e olhe seu problema
como se fosse de outra pessoa e imagine as soluções.

Agora sim. Agora desça. Respire profundamente.
Está sentindo a paz do nosso passeio pelo céu?
Que essa paz fique com você e ajude a resolver seus problemas, que com certeza se tornarão bem menores.


Enviado por: " Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com


(Sem menção de autoria)

QUE FAZEIS DE EXTRAORDINÁRIO? – Pe. Adroaldo Palaoro sj

Que fazeis de extraordinário?


 “E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? (Mt 5,47)


Com estas palavras, Jesus estabelece a diferença entre o modo pagão e o modo cristão de viver o cotidiano. A “cotidianidade” de nossa vida está tecida de coisas “ordinárias”, contraposta ao que ocorre de maneira “extraordinária”.

A maioria das pessoas vive restrita ao ordinário com o anonimato que ele envolve. No entanto, no seio do ordinário pode brotar uma mudança, uma transformação. “Se, às vezes, há um fastio na rotina, não raro ela revela um mistério insondável” (Cláudio Van Balen).

Quando assumimos o nosso ordinário e o vivificamos com injeções de novidade e de criação, ele se torna o “lugar” das experiências. E a “experiência é a sabedoria da vida”.  No ordinário se encontram as “pequenas práticas com sucesso”. O ordinário pode significar um avanço na aceitação do “pequeno”, das coisas mais simples... tudo tem sentido, tudo é digno de ser cuidado.

Nesse sentido, o ordinário que conserva, também pode provocar o surgimento do novo; o ordinário que aliena, também está grávido de utopia; o ordinário que nos acomoda, também pode ser o lugar da audácia e da iniciativa.

No evangelho de hoje(7º Dom TC), Jesus pergunta aos seus seguidores o que fazem de extraordinário. Isso nos leva a pensar que o cristão deve ser aquele que tem atitudes extraordinárias, comportamentos extraordinários, ações extraordinárias, etc... Portanto, esta é uma das características do cristão: ser extraordinário.

No entanto, quando pensamos em “extraordinário”, pensamos em enormes obras, coisas estrondosas, mirabolantes, etc...  O que é “extraordinário”? A palavra nos sugere pensar o seguinte: “extra” + “ordinário”.
“Ordinário” é o que está na ordem do dia, nas regras, nos comportamentos ditos normais de todos, na mesmice do dia a dia. Isto é o ordinário: acordar, trabalhar, estudar, casar, comprar, consumir, morrer,…
Milhões de pessoas passam a vida fazendo o ordinário. E simplesmente “passam”.

Aqueles que fazem coisas “além desse ordinário”, ou seja, “extra”, são pessoas “extraordinárias”. Portanto, tudo aquilo que vai além da normalidade, do comportamento geral, isso é extraordinário. Dessa forma, tiramos do conceito de “extraordinário” a necessidade de “coisas enormes”. Mas, coisas mais profundas, com mais sentido, com “sabor diferente”, com “características diferenciadas”.  O seguimento de Jesus é para aqueles que querem “algo mais”, que querem o “extraordinário”.

A espiritualidade é a contracorrente do ordinário. Se, de um lado, o ordinário nos arrasta para a repetição e a conservação, de outro lado, a espiritualidade nos impulsiona para a busca e a descoberta. Se permanecermos simplesmente no ordinário, então nos tornaremos medíocres e nos contentaremos com o “menos”.

A espiritualidade cristã é a espiritualidade do cotidiano, que conserva sua força transformadora, que é capaz de despertar o espanto e a admiração, apontando sempre para um horizonte mais amplo e mais rico; é a espiritualidade que reacende desejos e sonhos novos, que suscita energias em direção ao mais; é a espiritualidade que faz descobrir, escondida no ordinário, uma Presença absoluta que nos envolve; é a espiritualidade que faz saborear o eterno e o Absoluto no ritmo doméstico e cotidiano da vida... é a espiritualidade que projeta a vida a cada instante; abre espaço à ação do Espírito para que Ele nos expanda, nos alargue e nos impulsione para horizontes novos.

Uma pessoa certa vez disse: “todos nós somos chamados a sermos santos; e santo não é aquele que faz coisas extraordinárias, mas santo é aquele que faz as coisas ordinárias de forma extraordinária”.  Há aqui um sentido profundo: ser uma pessoa “normal”, mas que faz tudo de forma extraordinária. Fazer bem as coisas, com responsabilidade, com ética, com respeito, com justiça…

E temos muitas pessoas extraordinárias no mundo hoje, felizmente. Ocorre que os grandes meios de comunicação, ordinários (em todos os sentidos da palavra), não divulgam o que elas vivem: não retribuem violência com violência, são capazes de entregar o manto e de não dar as costas a quem pede emprestado; amam os inimigos e rezam por aqueles que as perseguem. Vivem de maneira extraordinária. Tais pessoas fazem a diferença.

É a “mística” que nos desperta da letargia do cotidiano. E despertos, descobriremos que o cotidiano guarda segredos, novidades, energias ocultas, forças criativas... que podem sempre conferir novo sentido e brilho à vida. O Reino se revela no pequeno, no anônimo, no ordinário e não só no espetacular, no grandioso. É o cotidiano que nos prepara para as grandes decisões.

Na vida cotidiana, as pessoas correm o risco de serem apenas imitadoras ou repetidoras, pois temem se perderem na busca do novo; as respostas são confirmadas, mesmo que estas sejam velhas e desfocadas e as perguntas são silenciadas. Fechado em si mesmo o ordinário torna-se pesado, desinteressado e frustrado. As “ações cotidianas insensatas” podem ser “sensatas” (com sentido), se percebermos Deus presente nelas. Descobrir a presença divina escondida no ordinário é encontrar-nos acolhidos pelo abraço do Criador que nos envolve.

Falamos de uma cotidianidade humana, isto é, daquelas atividades de nossa vida diária que, embora irrelevantes em sua aparência, tem uma razão de ser, uma motivação e um modo de serem feitas que não se deve à mera casualidade ou a um impulso instintivo de repetição ou automatismo.

O cotidiano é o que vivemos e/ou fazemos cada dia: o conjunto de circunstâncias, atividades e relações que formam a trama da nossa vida através da qual Deus se revela presente e atuante. Com essa inspiração, o cotidiano torna-se o “lugar” das experiências.

É na realidade diária que cada cristão é chamado a viver em comunhão com Deus e a deixar-se conduzir pelo mesmo Espírito que animou Jesus e o levou a inserir-se na trama humana, assumindo o risco da história. Ser cristão inserido no mundo, em meio às agitações cotidianas, é acima de tudo ter Jesus como referência de vida: suas palavras, suas ações, seu modo de relacionar-se com o Pai e com os irmãos...

Quando a vida cotidiana do cristão se torna monótona e se faz “normal”, é necessário sacudí-la com algum “detalhe não-normal”, que ajuda para revigorá-la e dar-lhe fecundidade. Neste sentido, os tempos de oração são os momentos privilegiados para que toda pessoa, consciente de sua responsabilidade social e empenhada na transformação de seu “entorno”, possa encontrar em sua vida cotidiana a fonte e sua fecundidade transformadora.

Texto bíblico:  Mt 5,38-48

Na oração:   O Espírito nos faz abrir os olhos às realidades novas em nossa vida cotidiana; mas nossos olhos somente se abrirão se formos fiéis à voz do Espírito nos simples atos de nossa vida cotidiana.
Suas atividades diárias formam parte do seu caminho para Deus? Você tem consciência que cada dia é um “tempo de graça”? Você “apalpa” a presença de Deus nas “rotinas diárias”?

Pe. Adroaldo Palaoro sj
Itaici-SP



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PALAVRA DA SALVAÇÃO (14)

7º Domingo do Tempo Comum - 19/02/2017


Anúncio do Evangelho (Mt 5,38-48)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!
Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!
Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!
Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.
Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’
Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor


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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão de Dom Alberto Taveira, Arcebispo de de Belém do Pará:
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NOVAS ATITUDES


A lei do talião, “olho por olho, dente por dente”, ainda impera impiedosa acima das leis da compaixão e do amor. O que, porém, nos diferencia na sociedade, se simplesmente devolvemos agressividade a quem nos agride? Ou se simplesmente revidamos a ofensa? Ou se nos aprisionamos na mentalidade segundo a qual é preciso receber antes para dar depois? O que fazemos de mais?

O Mestre, que amou sem impor condições, ensinou que acolher o pecador não significa aceitar o pecado dele. Daí o desafio de estar abertos à justiça do Reino com um modo diferente de ser e agir, desarmando o agressor com uma atitude de resistência pacífica, que quebre o círculo vicioso da agressão, da violência e do mal.

Todos somos, de algum modo, vítimas da maldade humana. E, mesmo sem querer ou perceber, podemos também agir mal. Não é fácil desejar o bem a quem não nos ama ou nos maltrata, amar os inimigos e rezar por eles, deixar de ter pessoas em quem despejar nossos ódios, dissabores e frustrações.

Somos, porém, filhos de um mesmo Pai, o Deus que é bondoso para com todos. Deus é completo e por isso não faz injustiça. Sua perfeição é sua integridade. Sua justiça é seu amor que não exclui os que erram. Daí a integridade a que Deus nos chama: ter um coração completo para amar a todos, não um coração que ama pela metade, dividindo as pessoas em boas e más.

É fundamental, então, perguntarmo-nos: “O que estamos fazendo de mais?”

Deus não nos trata segundo nossas falhas, mas segundo sua própria bondade. Por isso mesmo, enquanto rezamos por nossos inimigos e nos esforçamos para não cair na onda da intolerância, do ódio e da violência, continuamos a descobrir a bondade que se encontra dentro de nós mesmos. E assim, com atitudes concretas, damos ao mundo o testemunho de que a justiça do Reino é a resposta transformadora, criativa e pacífica contra toda maldade e violência.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp




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