O candidato Jair Bolsonaro e todos que se propõem a
melhorar os bons costumes, a ética moral e a boa educação, com apoio ao corpo
docente das escolas, devem ficar tranquilos em sua corrida no pleito, assim com
todos que pleiteiam dar segurança e proteção as famílias com proteção da Ética
e dos Bons Costumes, pois mulheres representantes da família, a célula Mãe: são
pessoas que querem ter uma família equilibrada, livre dos perigos que possam
atingir seus filhos ou parentes em geral.
Uma mulher Sábia edifica seu lar!
Hoje os lares estão muitos deles corrompidos com drogas, ou
resto da perdição em geral vendo suas famílias desestruturadas; sofrendo apelos
visuais de indecências apresentadas por programas de TV, ou não, tendo assim
seus filhos envolvidos em movimentos trans um liberalismo que para construção e
educação de família em crescimento; fica difícil, pois, os jovens ainda crescem
e amadurecem, não tem consciência do que é melhor para ele.
É como uma onda que invade em forma de turbilhão o Eu da
criança que está sofrendo forte apelo para tal perdição, com leis indecentes
que não deixam que os pais eduquem seus filhos conforme os bons costumes.
Hoje está uma aberração!
Ninguém respeita ninguém, nem suas preferências sexuais que
os que já as assumem devem ser praticados em seus lares no aconchego e não
demonstradas nas praças públicas ou shoppings.
Outro dia, em minha frente, em um shopping, duas meninas se
agarravam e beijavam-se com muito erotismo na praça de alimentação, por volta
do meio dia. A mim como Matriarca de uma grande família, chocou-me, pois,
infelizmente ou felizmente, quando temos bons costumes não os abdicamos.
Versos inéditos foram escritos em 1867 para celebrar
aniversário de dom Pedro 2º
Machado de Assis fotografado por Marc Ferrez – Divulgação
22.set.2018 – Ilustrada- Folha
Maurício Meireles
SÃO PAULO
Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo fogo, às
vezes acordam de seu sono para contar notícias do passado.
É assim que se descobre algo novo de um nome antigo, sobre o
qual já se julgava saber tudo, como Machado de Assis.
Por exemplo, você provavelmente não sabe que o autor carioca,
morto em 1908, escreveu uma letra do hino nacional em 1867 - e não poderia
saber mesmo, porque os versos seguiam inéditos. Até hoje.
Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal antigo de
Florianópolis, pelo pesquisador independente Felipe Rissato - o mesmo que, nos
últimos anos, fez diversas descobertas sobre Machado de Assis e Euclydes da Cunha,
incluindo fotos e textos desconhecidos dos autores.
“Das florestas em que habito/ Solto um canto varonil:/ Em honra
e glória de Pedro/ O gigante do Brasil”, diz o começo do hino, composto de sete
estrofes em redondilhas maiores, ou seja, versos de sete sílabas poéticas. O
trecho também é o refrão da música.
O Pedro mencionado é o imperador dom Pedro 2º. O bruxo do
Cosme Velho compôs a letra para o aniversário de 42 anos do monarca, em 2 de
dezembro daquele ano—o hino seria apresentado naquele dia no teatro da cidade
de Desterro, antigo nome de Florianópolis.
“As pesquisas que tenho feito comprovam que há muitas coisas
[de Machado] sabidamente perdidas, como peças dramáticas, e várias outras
coisas cuja existência era desconhecida, como uma crônica anônima [que descobri]”,
afirma Rissato.
Edição do jornal O Constitucional, em 1867, com hino
nacional escrito por Machado de Assis /Reprodução
Rissato sabia desde 2016 da existência desse hino, porque o
jornal O Mercantil, guardado no acervo da Biblioteca Nacional, anunciava na
véspera um “esplêndido espetáculo”.
“Ao levantar o pano ver-se-á em riquíssimo dossel, e, em ponto
natural, a efígie de S. M. o Imperador, tal qual este Adorado Monarca se
apresenta por ocasião da fala do trono e será cantado pela companhia o Hino
Nacional sendo a letra apropriada a este dia, pelo distinto escritor brasileiro
o Snr. Machado d’Assis”, dizia o anúncio.
Mas O Mercantil não publicou, nas edições seguintes, a transcrição
da letra. A chave para o mistério estava num jornal catarinense chamado O
Constitucional, em duas edições de 1867.
Em uma delas, a publicação avisa que o espetáculo do dia 2
foi adiado, porque dois músicos ficaram doentes. Em outra, de 11 de dezembro
daquele ano, transcreve a letra—mas não cita o nome do autor dela.
“Enche o peito brasileiro/ Doce luz, almo fervor,/ Ante o dia
abençoado/ Do seu grande Imperador”, escreve Machado em outro trecho.
As publicações foram preservadas no acervo da Biblioteca
Pública de Santa Catarina. No Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional só tem
edições de O Constitucional a partir de 1868 —ou seja, um ano após a execução
do hino de Machado de Assis.
A descoberta de Rissato também se soma à história dos hinos
imperiais brasileiros. O primeiro deles, “O Hino da Edição do jornal O
Constitucional, de 1867, com hino nacional escrito por Machado de Assis
/Reprodução Independência”, foi composto por dom Pedro 1º em 1822. Depois da
abdicação do imperador em favor do filho, em 1831, surgiria mais um, escrito
por Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.
Houve mais um hino imperial, de data incerta e autor desconhecido
—a referência mais antiga aos versos é uma partitura publicada em 1869, mas
provavelmente ele foi escrito para a coroação de dom Pedro 2º, em 1841.
Assim, o hino de Machado se torna o quarto conhecido do
império, antes da chegada do atual, já na República, escrito por Osório Duque
Estrada.
Os versos foram compostos pelo autor de “Dom Casmurro” em
uma época em que ele era principalmente poeta. Seu primeiro romance,
“Ressurreição”, só viria em 1872. Já “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, só em 1881.
A produção poética de Machado é pouco conhecida, mas ele se
dedicou a versos de ocasião - e não era a primeira homenagem que ele fazia à
família imperial.
No aniversário de 30 anos de Pedro 2º, ele já havia composto
um soneto para o monarca: “Nesse trono, Senhor, onde esculpido/ Tem a destra do
Eterno um nome amado,/ Vês nascer este dia abrilhantado/ Sorrindo a ti, Monarca
esclarecido!”.
Os versos permitem ver uma simpatia de Machado pela monarquia.
Em 2015, descobriu-se, na fotografia clássica da missa campal pela abolição da
escravatura, o rosto de Machado entre as figuras próximas à princesa Isabel - o
que denota prestígio na corte.
Em 1867, mesmo ano em que escreveu o hino, o escritor seria
nomeado para seu primeiro emprego ligado ao sistema monárquico, de assistente
do diretor do Diário Oficial. Em 1873, o autor virou primeiro oficial da secretaria
de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas -iniciando ali uma carreira de burocrata de
toda a vida.
O achado se soma a outros realizados por Felipe Rissato nos
últimos anos. O mais recente havia sido a descoberta do que agora é a última fotografia
de Machado, feita meses antes de ele morrer. Antes disso, ele já havia
encontrado a única imagem do autor presidindo uma sessão na Academia Brasileira
de Letras e uma crônica anônima dele sobre a morte da mãe.
Machado ficou órfão em 1849, aos nove anos, e, no texto, contava
como corria atrás de borboletas azuis e colhia flores para dar a ela. “Eu sem
ti, sem o perfume da flor que me fazia feliz e crente, chorarei sempre sem consolação;
porque uma mãe perde-se uma vez e nunca mais se encontra”, escreveu na ocasião.
Agora, o desejo de Rissato é encontrar um poema de Machado
intitulado “À S. M. a Imperatriz”, dedicado à imperatriz Teresa Cristina e
recitado nas festividades de 7 de setembro de 1889, a última comemoração da Independência
antes de a República ser proclamada. Embora mencionado em publicações, o texto
continua perdido.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a
Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando
a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos
dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.
Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e
tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa,
Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”
Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham
discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve
a todos!”
Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e,
abraçando-a, disse: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim
que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele
que me enviou”.
Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão de Frei Alvaci Mendes
da Luz, OFM:
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Uma criança no centro
“Jesus tomou uma criança, colocou-a no meio deles e,
abraçando-a..” (Mc 9,36)
No evangelho de Marcos, o “caminho” representa o itinerário
de formação do discipulado. Jesus não quer um grupo de fanático que lhe entoem
vivas a seu nome, mas um grupo de pessoas responsáveis que sejam capazes de
assumir Seu projeto, em favor da vida, ou seja, o Reino de Deus. Por esta
razão, seus esforços se concentram no ensinamento de seus seguidores. Mas, a
instrução parte dos desacertos e das incompreensões que eles vão revelando ao
longo do trajeto para Jerusalém.
No evangelho deste domingo, Jesus utiliza uma estratégia
pedagógica muito criativa: retoma a discussão dos discípulos que, no caminho,
estavam concentrados não em Seu ensinamento, mas na partilha dos cargos
burocráticos de um hipotético governo. Jesus reconduz a discussão mediante um
exemplo tomado da vida diária: coloca uma criança no meio deles. Tal gesto
revela como o presente e o futuro da comunidade dos seus seguidores(as) está em
colocar no centro não as próprias ambições, mas as pessoas mais simples e
excluídas. Só assim se reverte o sistema social de valores; e só assim, a
comunidade torna-se uma alternativa inspirada frente ao mundo, que só sabe
colocar no centro as pessoas ricas e poderosas. A novidade de Jesus consiste em
tornar grande quem é pequeno, despojado de poder e prestígio.
Os discípulos queriam construir a Nova Comunidade em bases
de poder, a partir do maior e do primeiro. Mas Jesus não precisa de maiores nem
primeiros, busca os últimos e servidores; quer pessoas que saibam se colocar no
final, para ajudar os outros a partir desse espaço, superando a lógica do
mando. Ao falar assim, não combateu um simples vício de egoísmo, mas inverteu
as estruturas mesmas da velha sociedade, edificada a partir dos poderosos.
Ninguém briga para disputar o último lugar. Todos discutimos
e buscamos o primeiro lugar. Essa foi também a conversação dos discípulos pelo
caminho. Ninguém estava disposto a ser o último; todos queriam ser os
primeiros. E isso porque Jesus acabara de anunciar, de novo, a entrega de sua
vida em favor dos outros, em serviço de amor. Por isso, quando, em casa, lhes
pergunta - “O que discutíeis pelo caminho?” -, todos ficaram mudos. Agora
ninguém quer dar a cara; todos são inocentes. Com sua pergunta, Jesus quer que
tragam à luz seus íntimos e perversos sentimentos, mas guardam silêncio porque
sabem que não estão de acordo com o que Ele vinha lhes ensinando. Entre eles,
continuam na dinâmica da busca do domínio e do poder.
Os discípulos haviam discutido sobre quem é (ou deve ser) o
maior. Como todo grupo humano, também no grupo de Jesus surgiram invejas,
desejos de liderança, disputas sobre privilégios. Mas Jesus não é um ditador,
não impõe seu domínio pela força; Ele sabe que seu grupo de seguidores tenderá
a dividir-se em grupinhos de influência ou prestígio; Ele tem consciência que
onde predomina o poder, a vaidade, a força... alí não há possibilidade de uma
verdadeira comunidade.
Só superando a lógica do desejo de poder é que se pode
edificar o reino da nova humanidade, um mundo onde os mais fracos e vulneráveis
possam viver em amor e crescer em vida. Jesus já tinha apresentado seu projeto
em chave de ruptura social e religiosa, investindo toda sua vida em favor dos
outros. Ele desencadeou um “movimento humanizador”, onde não há lugar para o
domínio, a imposição, mas espaços de gratuidade e de ajuda mútua, abertos aos
mais necessitados, a partir de uma perspectiva de entrega da vida. Seu projeto
revelou-se luminoso, mas, humanamente falando, parecia inviável, pois todo
grupo humano busca organizar-se numa estrutura de poder, e os discípulos de
Jesus pretendiam fazer isso, de maneira que alguns pudessem ocupar os
lugares-chave da comunidade. Por isso, para inverter esse modelo e criar uma
comunidade diferente, Jesus toma uma criança e realiza um gesto provocativo:
coloca-a no centro e a abraça.
Os discípulos conspiram, buscando poder e prestígio; no
entanto, Jesus descobre e desmascara tal conspiração, oferecendo amor
(abraçando) a uma criança. Dessa forma, a autoridade (colocá-la no meio) se
torna ternura: a criança é importante porque está à mercê dos demais e
necessita carinho. Jesus põe a criança no centro de todos. Os discípulos buscam
o centro, mas o verdadeiro centro da Vida de Deus está já ocupado pela criança
a quem Jesus a coloca de pé, em sinal de autoridade, no meio do círculo onde
Ele mesmo havia se situado, convertendo-a em autoridade máxima.
Aqui aparece um Jesus escandaloso, messias de ternura que
não só abraça as crianças, senão que propõe esse gesto como sinal de identidade
de seu discipulado e reino. A mesma criança aparece assim como autoridade,
sinal do messias (“quem a recebe, a mim me recebe”).
No espaço central da Igreja, abraçada a Jesus, encontramos
uma criança; a nova comunidade passa a ser lugar para o abraço. Ambos, Jesus e
a criança, formam a verdade messiânica. Com esta imagem desaparecem os modelos
de domínio e prestígio (ser maior, ser primeiro, ter mais poder). A criança é a
maior e a primeira, não é preciso buscar mais. A partir daí se pode falar de
igreja: quem acolhe a criança, oferecendo-lhe espaço para o abraço no centro da
casa, esse, sim faz parte da comunidade cristã.
Frente aos discípulos patriarcalistas que buscavam o domínio
e o poder (ser grandes, conquistar com risco os primeiros lugares) Jesus elevou
aqui o modelo de uma Igreja que é família, lar materno a serviço dos pequenos,
lugar da acolhida e do crescimento das crianças. O Jesus de Marcos superou um
modelo de família patriarcalista, entendida como hierarquia de poder; ao
iniciar um movimento de vida nas casas, Jesus insiste na necessidade de que
toda a comunidade de seus seguidores atue de um modo materno-paterno, acolhendo
os mais necessitados, e de um modo especial as crianças, com um gesto de
autoridade (a criança é o centro da comunidade) e de ternura (à criança
oferece-se o calor da vida e o abraço).
Frente uma sociedade do “descarte”, onde as crianças são as
primeiras vítimas da violência, o evangelho de hoje torna-se ocasião
privilegiada para repensar a atitude dos cristãos frente à infância
desamparada. Também a Igreja, quando está só focada no poder, no ritualismo, na
doutrina, no legalismo, no moralismo, no dogmatismo..., deixa de ser mãe terna
e carinhosa para com os mais frágeis, para deixar-se contaminar pela “mosca
azul” do poder e prestígio.
O que importa para a igreja é oferecer espaço humano à
criança que já existe e que ocupa o seu centro. Não é questão de dogmas mais ou
menos racionalizados, nem tampouco das grandes estruturas. A Igreja deve
fazer-se lugar de vida para as crianças!
A comunidade cristã não é (não deveria ser) um grupo
dominado por sábios anciãos (uma gerontocracia), não é sociedade de sacerdotes
poderosos ou influentes, um sindicado de burocratas do sagrado, funcionários
que escalam passo a passo os degraus de sua grande pirâmide de influências,
poderes, competências (e também incompetências). De acordo com o evangelho
deste domingo, a Igreja é, antes de tudo, lar para as crianças, espaço onde
encontram acolhida e ajuda para seu crescimento, humano e espiritual.
Texto bíblico: Mc 9,30-37
Na oração: Há gestos cotidianos que nos ajudam a descobrir
em profundidade quem somos realmente. Um abraço, um beijo, uma mão estendida,
um olhar sereno..., são gestos que quebram toda pretensão de poder e
desmascaram o impulso de querer colocar-se acima dos outros. São gestos que nos
recordam que somos seres amados.
Sem dúvida esta é a linguagem de Deus: Ele se desvela mais
nos gestos, que dão conteúdo a tantas palavras já desgastadas.
- Prolongar, no seu cotidiano, o modo terno e carinhoso de
ser e de agir de Jesus, sobretudo com os mais frágeis.