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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

ITABUNA CENTENÁRIA REFLETINDO: A gente vai embora...


A gente vai embora...


"A gente vai embora e fica tudo aí, os planos a longo prazo e as tarefas de casa, as dívidas com o banco, as parcelas do carro novo que a gente comprou para ter status.

A gente vai embora sem sequer guardar as comidas na geladeira, tudo apodrece, a roupa fica no varal.

A gente vai embora, se dissolve e some toda a importância que pensávamos que tínhamos, a vida continua, as pessoas superam e seguem suas rotinas normalmente.

A gente vai embora as brigas, as grosserias, a impaciência, serviram para nos afastar de quem nos trazia felicidade e amor.

A gente vai embora e todos os grandes problemas que achávamos que tínhamos se transformam em um imenso vazio, não existem problemas. Os problemas moram dentro de nós. As coisas têm a energia que colocamos nelas e exercem em nós a influência que permitimos.

A gente vai embora e o mundo continua caótico, como se a nossa presença ou ausência não fizesse a menor diferença. Na verdade, não faz. Somos pequenos, porém, prepotentes. Vivemos nos esquecendo de que a morte anda sempre à espreita.

A gente vai embora, pois é. É bem assim: Piscou, a vida se vai.... O cachorro é doado e se apega aos novos donos. Os viúvos se casam novamente, andam de mãos dadas e vão ao cinema.

A gente vai embora e somos rapidamente substituídos no cargo que ocupávamos na empresa. As coisas que nem sequer emprestávamos são doadas, algumas jogadas fora. Quando menos se espera, A gente vai embora. Aliás, quem espera morrer? Se a gente esperasse pela morte, talvez a gente vivesse melhor. Talvez a gente colocasse nossa melhor roupa hoje, talvez a gente comesse a sobremesa antes do almoço. Talvez a gente esperasse menos dos outros.

Se a gente esperasse pela morte, talvez perdoasse mais, risse mais, saísse à tarde para ver o mar, talvez a gente quisesse mais tempo e menos dinheiro.

Quem sabe, a gente entendesse que não vale a pena se entristecer com as coisas banais, ouvisse mais música e dançasse mesmo sem saber.

O tempo voa. A partir do momento que a gente nasce, começa a viagem veloz com destino ao fim e ainda há aqueles que vivem com pressa!

Sem se dar o presente de reparar que cada dia a mais é um dia a menos, porque a gente vai embora o tempo todo, aos poucos e um pouco mais a cada segundo que passa.

O que você está fazendo com o tempo que lhe resta? Que possamos ser cada dia melhores e que saibamos reconhecer o que realmente importa nessa passagem pela Terra!

Até porque, A GENTE VAI EMBORA..."


(Recebi via WhatsApp, sem menção de autoria)

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2018 - ANÁLISE DE GRANDES ACONTECIMENTOS - Paulo Corrêa de Brito Filho


10 de Janeiro de 2019
Na manifestação na Praça dos Três Poderes, no fundo à esquerda, a faixa “PT NUNCA MAIS”. 

♦  Paulo Corrêa de Brito Filho

Diretor da revista Catolicismo. Artigo redigido no mês anterior
ao seu falecimento, ocorrido no dia 2 do corrente mês.


No ano findo, manifestou-se claramente o anseio da opinião pública, em quase todo o mundo, por um retorno à ordem. É possível contarmos com esse mesmo anseio no ano que se inicia? Tornar-se-á ele ainda mais intenso? Ou haverá obstáculos para a sua plena aplicação?

No panorama nacional e internacional, opõe-se a essa grande apetência dos povos pela ordem própria à Civilização Cristã o empenho de altos dirigentes eclesiásticos e civis a favor de um estado de coisas no sentido contrário, descolando-se, portanto, da opinião pública.

Ao longo de 2018, muito se discutiu sobre um eventual rompimento interno na Santa Igreja, devido a uma política de relativização dos chamados “valores não negociáveis”. Um exemplo disso foi a assinatura de um pacto provisório do Vaticano com o governo comunista da China, o qual deixou perplexos os católicos do mundo inteiro; especialmente os católicos chineses, que continuam a sofrer na pele a perseguição perpetrada pelos agentes do comunismo. O Cardeal Joseph Zen, arcebispo emérito de Hong-Kong, chegou a afirmar que os católicos chineses estavam sendo vendidos pelo Vaticano ao regime comunista.

Outro aspecto dessa relativização foi apresentado pelo Cardeal Walter Brandmüller, ao comentar a introdução do homossexualismo “de forma quase epidêmica no clero, inclusive na hierarquia”.

A oposição dos católicos a coisas desse gênero fortalece a cada dia a rejeição aos malefícios provocados na Igreja pelos princípios relativistas difundidos a partir do Concílio Vaticano II. A matéria principal da revista Catolicismo de janeiro faz um retrospecto dos fatos relacionados com essa relativização.

No tocante aos aspectos temporais, no Velho Continente falou-se muito de “desunião europeia”, quase tanto quanto de Europa Unida. Essa união passou a ser vista como um objetivo revolucionário para levar as nações a um agrupamento do tipo “Estados Unidos da Europa”, uma espécie de “República Universal”. Mas a cisão aberta a partir do “Brexit” causou uma rachadura no projeto pan-europeu, e se reforça ainda mais com a divisão entre os países que abrem suas fronteiras à imigração maometana e outros que as estão fechando, devido ao receio da invasão islâmica.

Em nosso Continente, o ano terminou sob a gravíssima ameaça do retorno da ambição expansionista de um governo russo, que faz lembrar os perigos da antiga URSS. Basta lembrar que, no último mês, bombardeiros da Rússia de Putin aterrissaram na vizinha e infeliz Venezuela, dominada e empobrecida pelo comuno-bolivarianismo. Com a desfaçatez que lhe é peculiar, o ditador Nicolás Maduro pretendeu justificar esse fato com a ideia de proteger os venezuelanos contra maquinações dos EUA, que estariam tramando com governos anticomunistas — especialmente com o brasileiro recém formado — um ataque ao seu país…

Esses são apenas alguns dos temas tratados na matéria de capa da referida edição de Catolicismo, cuja leitura recomendo aos diletos leitores.



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Paulo Corrêa de Brito Filho - discípulo e colaborador do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira desde o início da década de 50; Sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade – TFP; Diretor do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira – IPCO e da histórica Revista Catolicismo.
Advogado formado pela histórica Faculdade de Direito do Largo São Francisco, sucedeu ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira na cadeira de História Moderna e Contemporânea da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; foi igualmente professor na Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero.
Foi fidelíssimo escravo de amor a Nossa Senhora a quem se consagrou desde jovem segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montort.

Faleceu dia 02 de janeiro de 2019, em São Paulo, aos 88 anos.

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