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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: The Scientist – Coldplay



Estou voltando para te encontrar 
Pra te dizer que eu sinto muito 
Você não sabe quão adorável você é 
Eu tive que encontrar você 
Te dizer que eu preciso de você 
Te dizer que eu te deixei de lado 

Me conte seus segredos 
Me pergunte suas dúvidas 
Oh! Vamos voltar para o começo 
Correndo em círculos 
Em busca do passado 
Estamos separados pelo silêncio 

Ninguém disse que seria fácil 
É mesmo uma pena 
Para nós termos nos separado 
Ninguém disse que seria fácil 
Ninguém nunca disse 
Que seria tão difícil 

Oh! Aceite-me de volta para recomeçarmos 
Eu estava preocupado apenas 
Com números e imagens 
Ignorando seus complicados dilemas 
Questões de ciência 
Ciência e progresso 
Não falam tão alto quanto meu coração 

Diga-me que me ama 
Volte e me faça uma surpresa 
Assim, eu volto correndo para recomeçar 
Correndo em círculos 
Atrás do nosso passado 
Vamos voltar a ser o que éramos 
Ninguém disse que seria fácil 

Oh! É mesmo uma pena 
Para nós termos nos separado 
Ninguém disse que seria fácil 
Ninguém nunca disse 
Que isto seria tão difícil 
Estou voltando para recomeçarmos.



"Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com


* * *

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

CENTELHA DE LUZ – J. Z. Knight



Você é uma centelha de luz 
viajando pela Eternidade!
Você pensa que se tornou o que é
foi meramente em uma vida,
e que é apenas um sopro na eternidade?
 Tudo o que você é, você se tornou
na vastidão do tempo 
ao viver vida após vida.
Você não tem preço,
é belo demais para ter sido criado
por apenas em um momento delimitado
na eternidade do tempo.

.................

Foi ensinado que você nasceu apenas para viver em um momento do tempo, para envelhecer e então morrer. Por acreditar que era verdade, isso realmente se tornou a realidade de sua vida  sobre este plano. Mas é necessário que você perceba que na verdade você é uma essência contínua e imortal que tem vivido há bilhões de anos – desde que Deus, seu amado Pai, a totalidade do pensamento, contemplou a si mesmo no brilho da luz que você se tornou. Você é muito mais do que meramente humano. Quem é você? Por que está aqui? Qual o seu propósito e seu destino?  Você pensa que você é meramente fruto da coincidência, nascido para viver um punhado de tempo e depois não existir mais? Realmente? 

Você foi tudo que existe em todas as suas compreensões históricas.  Por quê? Para o propósito do sentimento, para o propósito da sabedoria, para o propósito de identificar o maior mistério  de todos os tempos - você!  De onde você pensa que veio?  Pensa que é simplesmente um amontoado de massa celular que evoluiu a partir de uma única célula? Então quem é que escuta tão atentamente por detrás de seus olhos?  Qual é a essência que lhe dá sua unicidade e personalidade, seu caráter e seu "tempero", sua capacidade para amar, para abraçar, para sonhar, e o poder de criar? E onde você acumula toda a inteligência, todo o conhecimento, toda a sabedoria que manifesta, desde quando era uma criancinha? 

Você pensa que se tornou o que é foi meramente em uma vida, e que é apenas um sopro na eternidade? Tudo o que você é, você se tornou na vastidão do tempo ao viver vida após vida. E de cada uma dessas experiências de vida, você conquistou a sabedoria que ajudou a formular a unicidade e a beleza chamada você. Você não tem preço, é belo demais para ter sido criado por apenas em um momento delimitado na eternidade do tempo.

Você pensa que seu corpo é você?  Não é. Seu corpo é apenas um disfarce que representa a essência invisível que é sua verdadeira identidade: a série de sentimentos-atitudes, chamada seu ser-personalidade. Pondere isso por um momento, Você é a essência do outro que você ama, o ser-personalidade invisível que está por detrás de seus olhos. O que você ama no outro é a essência invisível que faz seu corpo funcionar seus olhos cintilarem, suas mãos acariciarem. torna sua voz melodiosa e purifica sua alma.

Seu corpo é na verdade uma máquina maravilhosa e refinada, mas não é nada sem aquilo que o faz funcionar, que é você. Você é uma série de pensamentos ou sentimentos-atitudes que se apresentam como um ser- único. E você alguma vez já viu seus pensamentos? Você já viu sua personalidade? E quanto ao seu riso - você pode ouvi-lo sem seu corpo? Você não concebe quão grande você realmente é, porque o que você é realmente é tão invisível quanto o vento.

Do mesmo modo que você o é para si mesmo - o maior de todos os enigmas. Pois o que está por detrás de seus olhos, por baixo de sua fina roupa de linho, para além da ilusão de sua face, é a virtude invisível do pensamento superior que é Deus: o Ser de Infinita Magnitude que faz você ser você. Você é uma energia de princípio de luz circular, chamejante e pura O que você verdadeiramente é, é aquilo que você habita;  é o que você sente. Você é conhecido por suas emoções, não por seu corpo. Na pequenez de seu ser está coletado tudo que você já foi desde que nasceu de Deus, seu Pai amado.

Deus habita dentro de você e lhe concede a inteligência sublime que lhe dá crédito e poder de criar. É a maravilhosa força que mantém sua vida para sempre e sempre e sempre. Você é uma centelha de luz viajando pela Eternidade!



"Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com

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DOM CESLAU STANULA – Ânimo, Ele está conosco!


30/01/2019

Bom dia....

Uma das comunidades que Paulo Apóstolo amava, mas que lhe deu muito trabalho em todo o sentido foi a rica e grande cidade de Corinto. Escreveu duas cartas para eles.

Partilhava suas preocupações, suas lutas e dores, solidarizava se com eles. Levantava o seu espírito lembrando que Deus está com eles até nas tribulações.

Escreve para eles para bendizer a Deus até nas tribulações. "Bendito seja Deus que nos consola em todas as nossas aflições"(1Cor 1,3.4).

Também, nós hoje, aflitos e sofrendo com as famílias atingidas pela catástrofe de Brumadinho, não perdemos a esperança, solidarizamo-nos com os atingidos, e confiamos, porque Ele está conosco.

E nesta nossa concreta aflição pedimos: "Protegei-me, que sou vosso amigo, e salvai vosso servo, meu Deus, que espera e confia em vós" (Sl 85,2).

Por isso, apesar de tudo, ânimo! Ele está conosco.

Com a benção e sincera oração.


Dom Ceslau Stanula – Bispo Emérito da Diocese de Itabuna-BA, escritor, Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A PARCIALIDADE DA GLOBO



23/01/2019

Ontem, ao mostrar a presença de Bolsonaro em Davos, o JN da Globo sequer mencionou que ele foi o primeiro presidente da América Latina a abrir esse evento.

O criador do Fórum o entrevistou antes de dar-lhe a palavra, com elogios sinceros ao Brasil, mas o desdém da Globo não permitiu noticiar, já que não havia feição e dicção apropriada dos repórteres para expressar o orgulho dos brasileiros. A emoção dos repórteres não combinava com a importância do momento, e isto basta para a Globo e os seus seguidores, todos eles internados em suas igrejinhas.

Enquanto isso, na sequência da agenda de Davos, os empresários e a mídia presentes, todos queriam falar com Paulo Guedes, numa fila super concorrida. A Globo ao menos mencionou.

Vergonhoso, foi um boicote antipatriótico.

Já no final do noticiário, a feição dos repórteres foi tomada de vibração e entusiasmo -  era o momento solene de falar de Flavio. Só dele, não cabia falar dos demais deputados do Rio, para não quebrar a emoção obsessiva de dedicar-se a Flavio! 

É a cruzada particular da Globo para combater os impuros, mas que fique claro, 'os impuros' é um só.

A parcialidade da Globo é um flagelo que ela faz a si mesma. Oh dó!

A emissora está revelando ser dominada por uma mente pequena, no que se refere ao Brasil. Nos outros canais abertos, Band, Record, Rede TV, era visível o orgulho de ter um presidente brasileiro sendo recepcionado pelo poder econômico mundial em Davos.

Ainda bem que existem outras mídias, e outros momentos, e outros sangues correndo nas veias, outras consciências e estados de saúde mais preservados e construtivos.

Afonso Lembi

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VALE, VALE, VALE! – Patricia Parisotto


“A Vale foi privatizada no governo FHC, entretanto após Roger Agnelli bater de frente com Lula e Dilma comprando navios na Coreia do Sul e China pela metade do preço dos praticados no Brasil por estaleiros financiadores do PT, Dilma orquestrou a recompra da Vale.

A partir de 2009, o grupo que reúne fundos de pensão de empresas estatais controlados pelo PT (Previ, Petros e Funcef) se utilizou da Litel, holding criada por eles mesmos, para assumir o controle da Valepar e por meio dela obter 49% das ações da Vale, o que somados aos 11,5% que já estavam nas mãos do BNDESPAR, braço de investimentos do BNDES, deu ao PT o controle sobre mais de 60% das ações da empresa. Hoje, neste momento apenas a Litel possui 52,5 das ações da Vale com direito a voto.

A Vale hoje é presidida por um ex sindicalista amigo de Lula e os fundos de pensão todos com seus presidentes indicados por Lula e Dilma.

Todos os Alvarás e Licenças Ambientais da ampliação de Brumadinho foram dados no governo Fernando Pimentel do PT, mesmo com pareceres contrários de diversos órgãos de controle Estadual...

Esse Crime Ambiental tem culpado e seu nome e sobrenome é Partido dos Trabalhadores.

Por este e outros motivos todo o aparelhamento do Estado Brasileiro deve ser desfeito o mais rápido possível.

Toda a participação acionária dos governos estaduais e federais nas Empresas Brasileiras devem ser vendidos à iniciativa privada.

Nada é mais URGENTE hoje no Brasil que o desmonte de toda a estrutura da imensa quadrilha Petista que se alojou no poder para fazer caixa para o partido. São reitores, presidentes de fundos de pensão, diretores de estatais e dezenas de milhares de cargos comissionados.

Nada é mais URGENTE no Brasil que privatizar tudo.

Inclusive para evitarmos que outro partido ou grupo político faça o mesmo que o PT fez.

Patrícia Parisotto

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

RELEMBRANDO O PASSADO! - Antonio Nunes de Souza


Descansando numa rede em meu sítio em Parati, olhando a belezas e centenas de turistas, comecei a recordar toda trajetória de minha vida que me fez chegar onde estou!

Nasci em Campina grande na Paraíba, filha de pais lavradores, pobres e analfabetos, mas, com esforços me deram de presente aos troncos e barrancos, a possibilidade de estudar e terminar o segundo grau. Um curso precário da comunidade, porém, eu gostava de ler muito e estudar, com dezesseis anos tinha conseguido concluir com bastante conhecimentos graças aos meus esforços e dedicação!

E, em função dos meus conhecimentos adquiridos, achei que deveria ir para uma cidade grande, onde pelos meus predicados, logo arranjaria um emprego e entraria para a faculdade. Meus pais fizeram uma vaquinha com os amigos, me deram uma quantia de dinheiro e, com a maior coragem, tomei um ônibus para o Rio de Janeiro. Embora com um pouco de medo, estava indo contente e cheia de esperanças. Chegando lá fui procurar uma pensão modesta que haviam me recomendado, hospedei-me alugando quarto por um mês pra baratear o custo, tomei um bom banho e fui me deitar para descansar da longa viagem!

Dia seguinte, sem perda de tempo, segui pelas ruas e avenidas do comércio, com uma porção de currículos, que já tinha levado por orientação de pessoas da comunidade. Batia pernas todos os dias, sempre andando para economizar, mas, passou o mês e ninguém me chamou para entrevista. Fiquei apavorada, pois minha grana que havia trazido estava acabando e eu não queria voltar com a cara de “banjo” demonstrando insucesso!

Foi aí que começou minha nova vida, passando a aceitar as cantadas constantes na rua e nas empresas, e sem nenhuma vergonha, comecei a me prostituir em função das necessidades e da sobrevivência! No começo era duro ter que transar com indivíduos estranhos, muitos mal-educados e nos tratavam como, simplesmente, “putas”. Na verdade, eu era, mas não queria admitir.

Isso me rendia uma boa verba semanal que, quando passei a fazer as contas, vi que além de pagar todas minhas despesas, sobrava uma boa fatia que eu podia economizar! Sinceramente, dei um sorriso e disse para mim mesma: “É preferível ser uma prostituta e sobreviver bem, que querer ser toda certinha e morrer na merda!” Esse foi o destino que Deus me deu.

Passei então ser mais seletiva, somente transar com homens de meia idade, ou acima, pois, nessa vertente, eles são mais generosos, nos respeitam e sempre nos ajudam pagando melhor.

Aluguel um apartamento pequeno, que me dava condições de atender minha seleta clientela e, sem nem pensar duas vezes, passei a economizar bastante e pagar o recolhimento de INPS, seguindo conselho de um financista, meu já cliente mais assíduo.

Quando completei vinte anos, me assustei, pois, minhas economias já davam para eu comprar um apartamento de dois quartos no interior. E cheia de alegrias, seguindo o conselho de um especialista imobiliário, fui a Parati, escolhi e comprei a minha primeira propriedade. Sinceramente, chorei de felicidade quando assinei a escritura e registro. Tratava-se de uma grande vitória, mesmo sendo de uma maneira condenável pela sociedade. Passei uma semana em Parati e, com muita sorte, consegui alugar o apartamento por um preço razoável e voltei para o rio, já preocupada, com medo de perder minha freguesia.

Habituada com meus comportamentos, tudo parecia super normal para mim. Tinha meus cuidados com a saúde e a beleza estética que são bons chamarizes, partia diariamente para shoppings nos horários de almoço, pois era um bom lugar para eu fazer minhas caçadas e eles pensarem que são bons “caçadores” e conseguiram uma boa e jovem mulher! Nesse acontecimento, juntava a fome com a vontade de comer! Rsrsrs. Eles satisfaziam seus desejos e eu as minhas necessidades. Uma troca justa que ambos saiam sempre ganhando.

Pra encurtar a conversa, que passará a ser repetitiva, comprei um sítio em Parati, onde estou nesse momento, com minha empregada (já uma amiga) que trabalha comigo há dezenas de anos, estou aposentada recebendo o máximo permitido pela lei, o aluguel do meu apartamento que comprei anos atrás, vivendo uma vida feliz, tranquila e, a última vez que fui a Campina Grande foi na morte dos meus pais, isso há doze anos. Morreram alegres e felizes, pensando que eu era uma professora bem-sucedida.

Estou com sessenta e três anos, tranquila, cheia de vida, não me casei, mas recebi várias propostas para ser amante exclusiva, ou até esposa, porém meu ideal era vencer na vida sem que homem nenhum mandasse em mim!

Tenho convicção que sou uma das exceções, pois, normalmente, muitas se metem com bandidos, drogas, DSTs e terminam na miséria!

Não se deve tomar como exemplo essa vida pregressa de Carmem Lúcia Oliveira! Esse é o meu nome verdadeiro, mas trabalhei (a vida inteira com o nome de Janete).



Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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DOM CESLAU STANULA - Sobre Brumadinho


28/01/2019

Bom dia...

Deus nos guie e proteja de todo o mal nesta semana e sempre.

Estamos tristes, com a tragédia em Brumadinho, MG. Tantas vidas enterradas na lama!

Todos procuram a explicação e os culpados, mas nunca acharão...

Os mortos achados serão enterrados, a memória aos poucos apaga do que foi...  A humanidade seguirá guiando-se com o desejo de cada dia mais lucros... E isto é normal?

A maioria dos desastres e sofrimento no mundo está causado pela criatura humana. Assim foi no paraíso bíblico, assim foi no tempo da pedra lascada, assim continua sendo na era de supersônicos.

Enquanto o homem não entrar na sintonia com o Criador, não administrar o mundo segundo o seu plano, respeitando as leis (que nos a chamamos da natureza), enquanto o homem continuar agredindo desenfreadamente a natureza, haverá tragédias e desastres.

Tomemos consciência disto e rezemos pelo mundo ferido...

Queiram a desculpar o tom triste desta mensagem, mas é o que sentimos hoje.

Estou em Itabuna.

Com a oração e a benção.

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Dom Ceslau Stanula – Bispo Emérito da Diocese de Itabuna-BA, escritor, Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL


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domingo, 27 de janeiro de 2019

PADRÃO DIVINO – Michelle Eloff


Deus Pai e Mestre Jesus, peço que facilitem o processo de alinhamento  de todo o meu campo eletromagnético,  todo o meu sistema de chakras e em todos os níveis e em todas as dimensões, paralelas e alternadas, com a energia da abundância dentro da sexta dimensão que atualmente está sendo criada. Peço aos poderosos criadores da vida que existe, - incluindo meu corpo físico, meu corpo emocional, meu corpo mental desta vida e de outra vida – que me dê um alinhamento perfeito e harmonioso com esta energia da abundância sustentada dentro da sexta dimensão.

Peço que todas as energias da natureza da consciência, do subconsciente e inconsciente conectadas à limitação, ao temor, à carência e ao sofrimento do meu ser atual e a todos os seres paralelos e alternados, sejam desconectados, desmantelados e separados imediatamente, harmoniosamente e de maneira perfeita e milagrosa.

Ordeno que o fluxo puro e divino do amor, júbilo, paz, harmonia, auto estima, auto amor, auto aceitação, êxito em toda a sua forma absoluta, abundante e qualquer outro aspecto de abundância que a minha alma acredita que é parte do meu ser, que venha a manifestação imediata de acordo com a mais sublime vontade de minha alma em estado de graça, de maneira perfeita, harmoniosa e milagrosa.

Eu aceito, conscientemente, que me liberte de todos os pensamentos de temor, atitudes de temor, condicionamentos, percepções e atitudes do estado de consciência de vítima. Eu aceito, conscientemente, libertar-me de todos os níveis - consciente, subconsciente e inconsciente - nesta vida e em todas as vidas paralelas e alternativas, programação genética, do estado da consciência da pobreza, estado de consciência de vítima, estado da consciência do amor egocêntrico que tem gerado experiências limitativas nesta vida e em qualquer outra vida que tenha vivido.

Eu aceito, conscientemente, viver em harmonia e aceito o alinhamento com padrão divino que Deus criou para mim, no princípio da minha existência e ordeno que este padrão do amor divino, da Luz Divina, da Sabedoria Divina, do Poder Divino, do Conhecimento Divino e da Verdade Divina se faça uno comigo agora e que eu receba a graça de maneira perfeita, harmoniosa e milagrosa.


"Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com

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CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE – Premonição?



Lira itabirana, poema de Drummond, publicado no jornal O Cometa, em 1984.


O Rio? É doce.
A Vale? - Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.

II

Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!

III

A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.

IV

Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?


Carlos Drummond de Andrade.
Publicado em 1984 no jornal Cometa Itabirano.
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VOZ QUE CLAMA NO DESERTO — 2 - Péricles Capanema


27 de Janeiro de 2019
♦  Péricles Capanema

Tempos atrás publiquei artigos denunciando perigos da aproximação do Brasil com a China. Pelo que me recordo, o primeiro foi de janeiro de 2016, ainda no governo Dilma. Sob o título “O Brasil servo” explicava os riscos mortais da aproximação insensata com a China, então vivamente estimulada pelos deputados federais do PT.

Citei nele partes do documento da bancada petista que exigia crescente alinhamento comercial com a China comunista: “A China tem um conjunto de bancos de fomento que oferecem linhas de crédito e investem em projetos no exterior. Esses bancos têm incrementado sua presença na América Latina”.

O título da matéria, “O Brasil servo”, resumia tudo; a direção econômica exigida pelo PT naquele documento no futuro acabaria com a efetiva independência nacional. Depois de numerosas peças sobre a mesma questão, em 18-2-16 escrevi “Clamando no deserto”. Parecia-me estar isolado em minhas denúncias. Ninguém ventilava o tema. Lamentava eu:

Vez por outra sucede eu ter a sensação de clamar no deserto. Verifico, entre surpreso e desolado, ninguém está dando bola para aquilo por mim tido por importante. […] Vejo com horror o avanço do capital estatal chinês sobre ativos brasileiros. De fato, são gigantescas propriedades no Brasil passando celeremente para o governo do PCC (Partido Comunista Chinês), que vai utilizá-las, mais dias, menos dias, para seus objetivos de dominação de nossos assuntos internos e de hegemonia mundial.

Não podia imaginar que, quase três anos depois, o assunto retornaria acalorado. Lendo as notícias a respeito da comitiva de deputados federais brasileiros (parece-me, também uma senadora) na China, entristeceu-me e me apavorou o desconhecimento palmar do conteúdo, o balbucio inconclusivo das justificações, a superficialidade arrogante, o primarismo ovante — perdoem-me a próxima palavra, mas a verdade tem seus direitos, — a boçalidade desinibida de muitas das intervenções no debate.

Pobre do país que padecer tal representação popular (rezo a Deus que o plantel lá na China não seja amostra válida da totalidade de nossos representantes). É difícil aqui não recordar o dito amargurado de Ulisses Guimarães: “Está achando ruim essa composição do Congresso? Então espere a próxima: será pior”.

Vou repetir agora o que escrevi dias atrás: 87% das inversões chinesas no Brasil são de empresas estatais. Os eufemismos, no caso sintoma de subserviência e temor, correm soltos, disfarçando tal realidade. Expressões preferidas, “capitais chineses”, “investidores chineses”, “capitais da China”. E, de novo, martelo no óbvio: a imensa maioria dos diretores das estatais pertence ao Partido Comunista Chinês. Congruentemente, sua ação favorece os interesses do comunismo chinês que na América Latina, entre outros objetivos, quer minar a influência dos Estados Unidos e apoia abertamente Venezuela e Cuba.

Nenhum diretor de estatal faz a menor ação que possa prejudicar os interesses do comunismo chinês. Os 13% restantes do capital investido, na maior parte, provêm de empresas com ligações próximas com o governo chinês. Vou fazer uma previsão. Você não vai ser informado que 87% do capital chinês aplicado no Brasil provêm de estatais dirigidas pelo Partido Comunista Chinês. Vai continuar a ler e ouvir “investidores chineses”, “capitais chineses”, “capitais da China”, eufemismos, repito, que ocultam a realidade amedrontadora. Continuo a clamar no deserto. Clamor no deserto –1, digamos. 

Mas não quero tratar hoje da disputa acima. Vou falar de outro assunto, mais imediato, reforma agrária. Aqui também já estou começando a clamar no deserto (no caso, clamor no deserto – 2). A verdade evidente, de um óbvio ululante, é que a reforma agrária precisa acabar, já fez mal demais ao Brasil. Prejudicou os pobres, abaixou salários no campo, diminuiu a produção, trouxe insegurança jurídica, tornou improdutivas ou pessimamente aproveitadas terras que poderiam estar produzindo com tecnologia de Primeiro Mundo, gerando riquezas, aumentando a oferta e baixando o preço dos alimentos.

São bilhões e bilhões de reais que ao longo dos anos foram para o ralo (quando não para o bolso de espertalhões, grandes e pequenos). A educação poderia estar mais bem atendida, a saúde, a segurança, sei lá mais o quê. A reforma agrária, disparate sem fim, pesadelo delirante para qualquer um de bom senso, já vitimou 880 mil quilômetros quadrados do território nacional.

Visitem os assentamentos, se puderem (se as patrulhas do MST permitirem), conversem com os vizinhos deles para conhecer na prática o que domina lá dentro. A intimidação, os negócios escusos, as bebedeiras, os roubos, o desrespeito às leis. Tudo isso apoiado pelo INCRA, cuja ação deletéria fez realidade a maldição da reforma agrária para o Brasil. Transcrevo Xico Graziano, ex-presidente do INCRA:

Em 2015, ao completar 45 anos, o Incra divulgou que em sua existência havia assegurado o acesso à terra para 968.887 famílias, agrupadas em 9.256 assentamentos fundiários, distribuídos por 88 milhões de hectares de terra. Para comparação, basta dizer que toda a área colhida na safra passada somou 78,2 milhões de hectares. O Brasil realizou a maior distribuição de terras, pela via democrática, no mundo. [Os assentamentos são] verdadeiras favelas instaladas no meio rural. Bilhões se investiram nessa agenda. [Não existem dados] que permitam aquilatar a contribuição produtiva dos assentamentos. Não se sabe quanto nem o que produzem. A lacuna é intencional. Uma rosca sem-fim. As entidades que lutam pela reforma agrária sempre foram contra a titulação das terras distribuídas. Por quê? Porque preferem ver os ‘sem-terra’ vivendo, décadas, de forma precária, subordinados ao Estado. Somente dessa forma, os MST da vida conseguem manter sua dominância sobre os pobres coitados, fazendo-os comer na sua mão. E, desgraçadamente, aproveitar-se dessa situação para morder nacos do dinheiro públicos. Não promove, pelo contrário, é contrária à emancipação dos agricultores pobres no campo. Os ‘movimentos sociais’ gostam de criar submissão, a mais desgraçada das misérias humanas. Atualmente, já funciona um enorme mercado, paralelo, de venda de lotes, com a conivência do poder público e a participação dos ‘movimentos sociais’. Existe uma brutal concentração fundiária dentro dos assentamentos rurais, onde quase tudo está, irregularmente, arrendado para outrem. Rola uma tremenda picaretagem agrária nas barbas das autoridades. Que ficam de bico calado.

Apesar da realidade evidente, continua a conversa fiada de que é preciso fazer uma reforma agrária criteriosa. O bom critério aqui é acabar já com a reforma agrária, parar tudo, desfazer os estragos em curso, e passar a trilhar rumo sensato que ajude produtores, aumente a produção e favoreça de fato os pobres.

Outro ponto que agride os tímpanos: de momento não existe dinheiro para aplicar no programa. Se houvesse recursos, seria moralmente criminoso torrar o escasso dinheiro público na reforma agrária. Crime contra os pobres, crime contra os produtores, crime contra o bem comum.

Terceiro ponto, a partir de agora, sem levar em conta as invasões, vai se aplicar a legislação. Também é enganador dizer que não haverá reforma agrária para invasor. O normal é nem para invasor, nem para ninguém. A medida que vai favorecer os pobres é sumir com a reforma agrária. Terra para quem quer plantar? Sim, a pública. E não indiscriminadamente, com sujeição ao MST e aos apaniguados do INCRA, mas em quadro novo para quem tem capacidade técnica e habilidade comercial.

Uma palavra final sobre a legislação. A legislação brasileira a respeito é péssima em vários de seus aspectos fundamentais, já deu e tem dado margem a toda sorte de abusos, precisa ser urgentemente revista e consertada, quando não extinta.

O presidente marxista Salvador Allende comunistizou o Chile, arrebentou sua economia, aplicando legislação existente, anterior à sua ascensão ao poder. A estatização das empresas no Chile, iniciada em fevereiro de 1971, foi feita com o uso dos então chamados “resquícios legais”.

A legislação existente hoje no Brasil, como a do Chile à época de Allende, tem muitos “resquícios legais”, eufemismo para indicar legislação facilmente utilizável por governantes de esquerda. Se tal legislação não for extinta, propiciará condições para que um futuro governo de coloração petista nos leve no agro à situação hoje padecida pela Venezuela.

Apenas um exemplo entre dezenas de disparates na legislação. A medida natural, lógica dos defensores da propriedade rural (preocupação para a bancada ruralista) é promover já a aprovação de uma PEC que elimine a essência demolidora do artigo 184 da Constituição.

Reza o monstrengo:

Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. §1º: As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. § 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.

A verdade que salta aos olhos: desapropriar por interesse social é uma gazua, que permitiu sucessão de disparates (roubos, depois de arrombada a porta). Todo mundo sabe que desapropriar por interesse social, espada de Dâmocles, no Brasil é enganação. Logo a seguir vem a foiçada da desapropriação. O título da dívida agrária na prática é o instrumento legal do esbulho. A desapropriação sai por valor inferior ao real (quando não há tramoia e a desapropriação dispara, aí existe comilança para muita gente) e, a mais, o TDA é negociado com grande deságio. Espoliado o proprietário, ali se instalada a doideira dos assentamentos.

Infelizmente já vou avisando, vou clamar no deserto (o clamor –2) reclamando uma PEC que extraia o tóxico do artigo 184. E é veneno que pode no futuro jogar o Brasil no coletivismo agrário. Falta reatividade viva, interesse lúcido, senso efetivo de proteção aos pobres. Inexiste coragem — a patrulha vai cair de quatro — para propor esta medida de necessidade evidente.

A verdade é que parte do Brasil que conta tem tumores de estimação, xodós cultivados, acariciados e alimentados. Gosta de manter tumores cancerosos. E são vários, dos quais lembrei um, a reforma agrária. Poderia lembrar outro, as estatais. No campo das ideias e emoções, a pena romântica (não efetiva) pelos pobres e o igualitarismo difuso. Tantos mais. Por que não o INCRA? Também o INCRA e sua fedentina. Para boa parte dos dirigentes políticos e mesmo para alguns produtores rurais, é tumor de estimação. Precisa ser tocado de leve, nutrido.



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PALAVRA DA SALVAÇÃO (115)


3º Domingo do Tempo Comum – 27/01/2019

Anúncio do Evangelho (Lc 1,1-4;4,14-21)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra.
Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste.
Naquele tempo, Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza.
Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura.
Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”.
Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Cleberson Evangelista:

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Mais coração nas mãos

“Para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19)

O Espírito conduziu Jesus para a experiência do deserto; agora, o mesmo Espírito do Deus do Reino impele Jesus para o deserto da existência humana, ou seja, ser presença inspiradora e comprometida em favor dos últimos, dos mais pobres, dos excluídos e marginalizados da sociedade. Os primeiros a experimentarem essa vida mais digna e livre que Deus quer para todos são justamente aqueles para os quais a vida não é vida. Podemos, então, dizer que a primazia dos últimos inspirou sempre a atividade de Jesus a serviço do reino de Deus. Para Ele, os últimos são os primeiros. Ser compassivo como o Pai exige buscar a justiça de Deus começando pelos últimos.

Lucas captou isso muito bem quando apresenta Jesus na sinagoga de Nazaré, aplicando-se a si mesmo as palavras do profeta Isaías (62,1-2). Aqui Jesus apresenta seu “projeto com vida”, ou seja, começar sua missão resgatando a vida dos últimos, para torná-la mais sadia, mais digna e mais humana. Fala-se aqui de quatro grupo de pessoas: os “pobres”, os “cativos”, os “cegos” e os “oprimidos”. Eles resumem e representam a primeira preocupação de Jesus: aqueles que Ele carrega no mais profundo de seu coração de Profeta do Reino.  Ele quer deixar claro que os últimos são os prediletos de Deus. 

O Deus de Jesus não é o aliado de uns poucos, nem é o Deus dos piedosos, dos poderosos e dos sábios. É, sobretudo, o Deus dos marginalizados, dos excluídos, dos enfermos e pecadores. O caminho para um mundo mais digno e ditoso para todos começa a ser construído a partir deles. Esta primazia é absoluta; é Deus que quer assim. Não deve ser menosprezada por nenhuma política, ideologia ou religião. 

Só estaremos em sintonia com o coração do Deus de Jesus se estivermos com “o coração nas mãos”, comprometidos com a causa da “massa sobrante” (D. Luciano). Caso contrário, estaremos nos relacionando com um ídolo. Uma religião, conivente com qualquer tipo de exclusão e violência, é idolátrica. 

Não podemos esquecer esta verdade: a “opção pelos pobres e contra a pobreza”, tal como aparece no evangelho, não é uma questão ideológica, filantrópica ou político-partidário, nem uma moda posta em circulação depois do Vaticano II e Medellin. É a opção do Espírito de Deus e que anima a vida inteira de Jesus na busca do Reino e sua justiça. Deus não pode reinar no mundo sem fazer justiça aos últimos. 

Esta afirmação traz consigo o seguinte: o amor aos pobres e contra a pobreza é dom de Deus. O amor aos empobrecidos nasce do encontro vivo e existencial com o Senhor Jesus, que rico se fez pobre (2Cor. 8,9). Deus ama os pobres simplesmente porque eles são pobres, “porque assim é do seu agrado” (Mt. 11,25). E os pobres, os preferidos de Deus, são empobrecidos efetivos, reais e concretos, vítimas de estruturas sociais e políticas injustas. Ou seja, a opção de Deus pelos pobres é absolutamente gratuita. Também a nossa opção, que é uma resposta à interpelação do rosto do empobrecido, nasce da absoluta gratuidade de Deus e é chamada a manifestar esta gratuidade.

Como cristãos, somos seguidores(as) de uma pessoa e não de uma religião, de uma doutrina, de uma moral. O seguimento de Jesus, escola de liberdade cristã, dá ao amor preferencial pelos pobres, por todos os pobres, a verdadeira dimensão e o verdadeiro sentido da nossa existência cristã; sem esse amor pelos pobres caímos numa prática religiosa estéril, desprovida de humanização.

A opção pelos empobrecidos não significa assumir o lugar deles; trata-se de devolver a eles o protagonismo de sua história e a autonomia de seu destino.

O envolvimento com o “outro” (excluído, pobre, marginalizado...) nos conduz à autenticidade, à libertação de apegos e avareza, à liberdade para partilhar e receber e a uma imensa felicidade.

O encontro com o “outro” marginalizado dá um toque especial à nossa espiritualidade e nossa espiritualidade faz nossa ação mais radical – mais enraizada em si mesma e vai mais a fundo nas raízes da injustiça. Aproximar-nos do empobrecido e deixar-nos “afetar” pelo seu sofrimento torna-se a maior fonte de nossa espiritualidade.

Suas “fraquezas” suscitam em nós o melhor de nós mesmos e, ao nos envolver afetivamente em sua vida, fazem com que vivamos um misto de ternura e indignação, a que chamamos compaixão. 

Na experiência de “convivência” com os empobrecidos adquirimos os valores evangélicos da capacidade de celebrar, da simplicidade, da hospitalidade... Eles tem um jeito de nos trazer de volta para o essencial da vida. Eles são uma fonte de esperança, de autenticidade. Eles se tornam nossos amigos.“Nosso compromisso de seguir o Senhor pobre, naturalmente nos faz amigos dos pobres” (S. Inácio). 

Na medida em que o(a) seguidor(a) de Jesus se vê interpelado pelo rosto do empobrecido e age, esta sua ação revela a compaixão de Deus. A nossa ação deve fazer resplandecer a compaixão de Deus pelos últimos e excluídos.

Quem é possuído pelo ágape de Deus é sensível e comprometido com o mundo dos empobrecidos. O amor preferencial pelos empobrecidos é divino, antes de ser humano. E o ser humano só pode assumi-lo como seu porque antes o contemplou na prática salvadora e amorosa de Jesus Cristo, e porque este amor foi por Deus colocado no mais profundo do seu coração.

Nos Evangelhos, Jesus Cristo é o pobre e o servidor por excelência, Aquele que, a partir de sua condição divina, se encarna, se esvazia e assume o lugar dos últimos. O seguimento de Jesus pobre é a única via de acesso ao mistério glorioso do amor de Deus. A opção pelos pobres e contra a pobreza, tal como aparece na Igreja latino-americana é, portanto, uma opção de amor.

Seguir Jesus hoje é prolongar, criativamente, a sua presença e o seu compromisso junto aos mais excluídos, vítimas da ganância humana. Somos, portanto, chamados construir uma “cultura da solidariedade e partilha”. Significa viver de modo que a solidariedade constitua um pilar em nosso projeto de vida.

A solidariedade implica encontrar-se com o “mundo do sofrimento, da injustiça, da fome... e não ficar indiferente”. A solidariedade, que nasce da compaixão, leva a reconhecer no outro (sobretudo o outro que é excluído) uma dignidade e uma capacidade criativa de superar sua situação.

Isto pede de nós uma atitude de abertura ao outro, o que implica colocar-nos em seu lugar, deixar-nos questionar e desinstalar por ele... Importa, pois, redescobrir com urgência a solidariedade como valor ético e como atitude permanente de vida, frente a um contexto social e político que alimenta o que é mais funesto no ser humano: o impulso da violência covarde que se visibiliza na “posse de armas”.

Texto bíblico:  Lc 4,14-21 

Na oração: A experiência de encontro com Jesus na sinagoga de Nazaré desperta em nós a compaixão para com o outro que é excluído, marginalizado, pobre... Somos chamados a viver a solidariedade como um estilo de vida, fundado no modo de viver de Jesus.

- Frente ao mundo dos empobrecidos, sua vida transborda compaixão, compromisso, acolhida... ou, indiferença, preconceito, julgamento...?

Pe. Adroaldo Palaoro sj


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sábado, 26 de janeiro de 2019

ITABUNA CENTENÁRIA REFLETINDO - A Lição do Silêncio


Um fazendeiro descobriu que tinha perdido o relógio no celeiro, muito valioso e de grande valor sentimental.

Após extensa procura em vão, ele recorreu à ajuda de um grupo de crianças e prometeu uma valiosa recompensa para quem encontrasse o seu relógio. 

Quando o fazendeiro estava prestes a desistir, um menino lhe pediu uma chance para tentar, já que todos os outros não conseguiram. Por que não? Seria uma tentativa a mais.

Então, o fazendeiro autorizou o menino a entrar no celeiro.

Depois de um tempo, o menino saiu com o relógio em sua mão!!!

Todos ficaram espantados. Então o fazendeiro perguntou: “Como conseguiu encontrar?”

O menino respondeu: “Eu não fiz nada a não ser ficar sentado no chão.

No silêncio, eu escutei o tique-taque do relógio e apenas olhei para a direção certa.”
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Uma mente em Paz pode pensar melhor do que uma mente confusa.

Dê alguns minutos de silêncio à sua mente todos os dias, pois assim você ouvirá a voz de Deus que te conduzirá na direção certa e lhe ajudará a definir a sua vida!

Que nós possamos silenciar, porque só no silêncio, podemos ouvir a voz de DEUS...




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