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Nas minhas andanças pela Polônia fomos visitar os pais da
Ir. Madalena, que mora em Paris, e que durante a doença do Pe. Francisco foi o
seu anjo de guarda. Visitamos o seu país, como um pequeno gesto de gratidão
pelo muito que ela fez por ele. Não preciso nem falar como ficaram felizes,
(chegamos de surpresa sem avisar).
Eles moram na roça, quase na fronteira com Ucrânia, numa
aldeia por nome de Nova Brusno. Bem pertinho da casa deles está uma bela Igreja
greco-católica dos ucranianos, já tombada, e está em reforma. É uma pérola do
século XVII (1680). Toda em madeira, inclusive o telhado. Tem três torres-
cúpulas. Este é o estilo eslavo das construções das Igrejas.
Só por
curiosidade: esta arquitetura tem o profundo significado. As cúpulas abobadadas
(como a cebola) semelhante à abóbada terrestre), significam que o cristianismo
deve abranger toda a terra. Mas também o número das cúpulas tem seu
significado: uma cúpula significa a glória de um único Deus. Três cúpulas
significa louvor a Santíssima Trindade. Cinco, Jesus e os quatro evangelistas,
e assim por diante. As cores também tem o significado especial.
A cúpula pintada de ouro, simboliza a Glória celeste, Azul
com estrelas, a Nossa Senhora, a qual a Estrela de Belém trouxe os Magos,
indicando-lhes o Salvador ; o verde, o Espírito Santo etc. Os cristãos
arquitetos ao projetar e construir as igrejas expressavam a sua fé e a do povo.
Um pensamento: quais sentimentos religiosos suscita em você
a Igreja-edifício; ela te diz algo?
A vida de um leitor, como a vida dos encanadores ou dos
passeadores de cães, tem momentos bons e momentos ruins. Tem, inclusive,
momentos gloriosos, por exemplo o dia em que o leitor descobre um novo autor
favorito e, melhor ainda, descobre que o autor tem publicado nove ou onze
romances. Mas também tem momentos terríveis, fases em que o leitor larga um
livro e outro e outro depois de ler cinco, trinta ou oitenta páginas, frustrado
e insatisfeito, com a culpa de ter comprado esses exemplares que nem cabem nas
prateleiras, com a culpa de não possuir a paciência que esses livros exigiam,
com a culpa de não ser um bom leitor… O pior é que esses livros passam a
habitar cantos inusitados da casa e viram um lembrete do fracasso do leitor,
viram um objeto gritante que apela o dia inteiro para o leitor: olá, seu
idiota, seu preguiçoso, seu volúvel, esqueceu de mim?
O problema é que os livros não sabem que a vida continua lá
fora e o leitor tem que pagar as contas, ir para o médico, assistir à Copa. Mas
que intolerantes são os livros! Eles carregam toda a egolatria do autor, essa
exigência de atenção exclusiva que só os livros demandam. Nem os casais são tão
chatos! O leitor pode dar uma olhada no Irã-Argentina ou responder um e-mail
enquanto conversa com o parceiro amoroso, mas não pode fazer o mesmo enquanto
lê. Pode fazer, sim, mas sob a ameaça de que a relação leitor-livro seja
quebrada de maneira definitiva. E o leitor sabe quanto é difícil retomar a
relação com um livro, uma vez que se perdeu o ritmo de leitura, a inocência e a
naturalidade.
Motivos para largar um livro existem muitos, mas é possível
estabelecer uma classificação, começando em dois grandes grupos: motivos
internos ou externos ao livro. No primeiro caso, poderia se dizer que o leitor
“não gostou do livro”. Isso é simples e não tem a ver, necessariamente, com a
qualidade literária. Existe um tipo de livro para cada leitor e eu acho
perfeitamente razoável a existência de leitores que não gostam de Tolstói mas
adoram Gogol, odeiam Faulkner e amam Scott Fitzgerald. O segundo caso é bem
mais complicado, basicamente porque o leitor tem que explicar para o livro: “não
é você, sou eu”. Eu e minhas circunstâncias.
Quantas vezes o leitor largou um
livro sabendo que é ótimo porque não era o momento adequado? Quantas vezes isso
aconteceu porque durante a leitura a vida se intrometeu e o leitor foi incapaz
de seguir para a frente? Eu lembro de ter largado vários livros porque alguma
coisa desagradável me aconteceu e o sentimento ficou associado com a leitura
desse livro. Não sei vocês, mas eu não consigo terminar a maioria dos livros
que levo para salas de espera de médicos. Mania de hipocondríaco… Outras vezes,
simplesmente, o leitor está passando por uma época idiotamente feliz e o livro
é deprimente. E vamos combinar: como tem ótima literatura deprimente! Tem muito
mais boa literatura deprimente que boa literatura feliz. A felicidade produz
pouca literatura.
Mas o mais comum é que a vida, essa coisa chata que acontece
enquanto você lê, às vezes se erga como grande concorrente dos livros. E não
estou falando de quando o leitor não tem tempo para ler, por causa das
exigências da vida, não. Estou falando de quando a vida está tão legal que você
deixa de ligar um pouco para os livros. O leitor deixa de ler, tipicamente,
quando a aventura entra na vida dele, seja amorosa ou profissional, seja uma
viagem ou um evento que acontece a cada quatro anos.
Em resumo: seria bom a Copa acabar de uma vez, estou com
muita saudade de meu ritmo habitual de leitura.
Tradução do portunhol para o português por Andreia Moroni.
* * * * *
Juan Pablo Villalobos nasceu em Guadalajara, México, e
atualmente mora no Brasil. Festa no covil, seu romance de estreia, foi publicado em
quinze países. Em setembro a Companhia das Letras publicou seu segundo
romance, Se vivêssemos em um lugar normal. Ele colabora para o blog
com uma coluna mensal.
(Publicado originalmente em http://blog.kanitz.com.br)
A esquerda sempre precisou de dinheiro, de muito dinheiro
para se sustentar. A direita por sua vez, não. Isso porque a direita é composta
de adolescentes que estudaram quando estudantes, trabalharam quando jovens,
pouparam quando adultos, e portanto se sustentar não é um grande problema.
A direita progride, enquanto a esquerda protesta nas Ongs e
nos cafés filosóficos. esquerda sempre viveu do dinheiro dos outros. Karl Marx
é o seu maior exemplo, sempre viveu às custas de amigos, heranças e do
companheiro Friedrich Engels.
Não conheço um esquerdista que não viva às custas do Estado,
inclusive os empresários esquerdistas que votam no PT e PSDB e vivem às custas
do BNDES. Nos tempos áureos a esquerda tomou para si até países inteiros.
China, União Soviética, Cuba, por exemplo, onde a esquerda se locupletou anos a
fio com Dachas e Caviar.
Essa esquerda gananciosa foi lentamente sugando a totalidade
do Capital Inicial usurpado da sua direita, até virar pó. Foi essa a verdadeira
razão do fim do muro de Berlim. A esquerda faliu os Governos que eles
apoderaram.
No Brasil, a esquerda também aparelhou e tomou Estados e
Municípios, e também conseguiu quebrá-los. Socialistas Fabianos como Delfim
Netto, FHC, Maria da Conceição Tavares ainda vivem às custas do Estado com duas
ou mais aposentadorias totalmente imorais. Só que o dinheiro grátis acabou.
Sem dinheiro, a esquerda brasileira começou a roubar, roubar
e roubar com uma volúpia jamais vista numa democracia. Mas graças a Sergio
Moro, até esse canal se fechou para a esquerda brasileira. Sem a Petrobras, as
Estatais, o BNDES, o Ministério da Previdência, o Ministério da Educação, a
esquerda brasileira não tem mais quem a sustente.
O problema da esquerda hoje é outro e muito mais sério. Como
esquerdistas irão se sustentar daqui para a frente? Como artistas plásticos,
professores de Filosofia e Estudos de Gênero da FFLCH, apadrinhados políticos,
vão se sustentar sem saberem como produzir bens e produtos que a população
queira comprar?
Que triste fim para todos vocês que se orgulhavam de
pertencer à esquerda brasileira!"
Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a
morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu. Tu és os nossos corpos e as
nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo
está – (o teu templo) – eis o teu corpo.
Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me
vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no
mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não
haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos
meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te
como a um pai. [...]
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja
digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho
que volta ao lar.
Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar
em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e
torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e
adorar-te.
Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor, livra-me de mim.
[Prece - no livro O EU PROFUNDO - Obras em Prosa - em
um volume - Editora Nova Aguilar, 2da Edição - 1976, página 33]
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens
do mar da Galileia.
Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus
entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia.
E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu
para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho,
e os pássaros vieram e as comeram.
Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia
muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas,
quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não
tinham raiz.
Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos
cresceram e sufocaram as plantas.
Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à
base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos,
ouça!”
Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que
falas ao povo em parábolas?”
Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos
mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. Pois à pessoa que tem
será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será
tirado até o pouco que tem.
É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando,
eles não veem, e ouvindo, eles não escutam nem compreendem. Desse modo se
cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender.
Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou
insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com
os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que
se convertam e eu os cure’.
Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos
ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que
vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram.
Ouvi, portanto, a parábola do semeador: Todo aquele que
ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi
semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.
A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a
palavra e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é
de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra,
ele desiste logo.
A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a
palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra,
e ele não dá fruto.
A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra
e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.
Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Paulo
Ricardo:
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Tempo das raízes
“Quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e
secaram, porque não tinham raiz” (Mt 13,6)
Temos perdido as raízes? Como conectar-nos com elas? Quê
raízes nos alimentam? Onde estamos enraizados? Quais são as raízes que nutrem
atualmente nossa vida? São as melhores? Enraizamento, fincar raízes, viver da
profundidade das raízes... O “novo” vem das raízes, vem de baixo, da base, do
chão da vida. É preciso relançar uma nova radicalidade. Viver a partir das
raízes, projetar a partir das raízes, criar a partir das raízes. É tempo
de fortalecer as raízes; e viver o tempo das raízes para ser presença
“diferenciada” na realidade cotidiana de cada um.
Neste novo contexto em que vivemos, marcado pelo
desenraizamento, promove-se muito mais viver em mundos virtuais, em espaços
criados pela tecnologia, comunicando-se através de relações informáticas com
pessoas distantes, desenraizando-se do próprio chão existencial; no emaranhado
das imagens e sons perde-se a noção daquilo que é essencial, decisivo para a
vida; vive-se na superfície dos acontecimentos e de si mesmo; mina-se a
consistência interior e fundamento sobre o qual se apoia a própria vida;
esfria-se toda proximidade e relação com o outro; petrifica-se todo compromisso
com as causas sociais...
Desenraizar-se é desumanizar-se.
Jesus, o homem enraizado em seu povo e sua cultura, traçou
seu caminho em parábolas. Suas palavras romperam a ordem oficial do templo, a
segurança dos sacerdotes, a razão dos escribas, colocando todos os homens e
mulheres do povo frente à proposta de vida plena e feliz, desejada pelo Pai. As
parábolas parecem revelar a verdadeira identidade de Jesus; é como se alguém
lhe perguntasse: “quem és tu? O que fazes?”. Segundo Mateus, Jesus é o
verdadeiro semeador. Por isso, é decisivo prestar atenção ao seu modo de
semear. E Ele faz isso com uma surpreendente confiança; semeia de maneira
abundante; as sementes de humanidade são lançadas em todos os tipos de
terrenos, mesmo entre aqueles onde a germinação parece difícil. O semeador não
desanima nunca; sua semeadura não será estéril.
A parábola do “semeador” é muito precisa, nem uma palavra a
mais, nem uma a menos; nenhum floreio ou comentários em excesso...
Austeramente, Jesus descreve o que acontece com a semente, partindo das
experiências normais da agricultura de seu tempo, um exemplo concreto do
trabalho nos campos, de maneira que todos os ouvintes podiam entendê-lo.
Tudo é normal e todos se descobrem imersos nela, como se
estivessem juntos construindo a parábola, buscando seu sentido. Pois bem,
quando ela é escutada dessa forma descobrimos que ela desafia todas as
convenções sociais, pondo em movimento nossa vida, pois ela fala de nós, do que
somos e fazemos. Assim ela se revela surpreendente, pura transparência, como um
chamado à nossa própria criatividade. Nesse sentido, toda parábola vem iluminar
e inspirar nosso modo de seguir e de nos identificar com Jesus; tal seguimento
não é questão de uma simples adesão à pessoa de Jesus, mas um enraizamento na
vida d’Ele, buscando ali a seiva que vai dar novo sentido à nossa existência.
A “nova radicalidade” (e não radicalismo) é a forma de
seguir a Jesus. É uma radicalidade amável e expansiva, porque quem chega às
raízes descobre-se enraizado na natureza humana, naquilo que todos compartilham
e, por isso mesmo, descobre-se e sente-se enraizado no Outro. Ninguém pode
viver sem raízes, pois não se sustentaria de pé. Quando perde suas raízes, o
ser humano se atrofia e fica privado de algo decisivo, essencial: de uma fonte
de vitalidade.
A verdade é que a vida cristã nos pede “desenraizamento” de
algumas realidades que nos envenenam e fazem romper as relações
(enraizamento no poder, na riqueza, na centralidade do próprio ego, na cultura
da superficialidade...). Para dizer um “sim” ao seguimento de Jesus e
enraizar-nos em uma realidade verdadeiramente consistente (sua palavra e vida)
é preciso dizer “não” àquelas outras realidades, desprender-nos delas,
desenraizar-nos delas.
Ao nos convidar a ter raízes profundas, o Evangelho de hoje
(15º TC) está afirmando algo muito importante: nesta terra, nesta realidade
social, cultural, eclesial e política, já está semeado o Reino, já está viva e
ativa a presença do Deus fiel que cria futuro. Nós nos alimentamos desta
realidade na medida em que nos deixamos semear nela. Somente aquele que
se deixa semear experimenta o sabor da seiva da vida de Deus entrando por suas
raízes, percorrendo seu ser inteiro, fazendo-o crescer e dando os frutos de que
nosso povo precisa. Aquele que não se deixa semear vive de ilusões e quimeras
que envenenam sua existência.
O duro trabalho de lavrar a terra, de semear e semear-nos
nela, supõe um amor pela terra. Acreditamos nela, a apalpamos entre os dedos
para sentir sua qualidade. O camponês ama sua terra não só pelo que lhe possa
produzir, mas porque nela está presente a herança de gerações familiares que
lhe precederam. Sua terra tem nomes e sobrenomes: para ele é um ser vivo com
sangue de família em suas entranhas. Amamos a terra na qual estamos semeados
como Jesus amou o seu povo?
Ter as raízes fincadas na história, na realidade, raízes que
a partir do oculto nutrem nossa vida e alargam o coração, é saber que temos uma
origem e uma meta que é o próprio Deus. Raízes que se entrecruzam por debaixo
do solo, no profundo, compartilhando a mesma água e o mesmo húmus. Vida nova,
que cresce a partir de dentro e a partir de baixo, a partir do oculto. Ramos
que se abrem e se curvam buscando a luz. Uma vida iluminada. Profundidade,
serenidade e descanso. Solidariedade e comunhão. Vida que cresce em companhia.
Vida consistente. Solidão habitada e fecunda.
Muitas vezes o enraizamento supõe estar presente naquelas
realidades das quais muitos fogem, das quais muitos renegam, ou que são somente
terras de passagem, fronteiras que geram medo e insegurança. O enraizamento
supõe respeito para com toda realidade, amar a terra concreta tal como ela é,
como Jesus que, na Encarnação, foi semeado naquela terra dominada e excluída da
Palestina.
Foi no enraizamento do chão daquele povo que Jesus foi se
humanizando e abrindo-se à novidade do Reino do Pai que tudo transforma. Assim
expressa Jesus de si mesmo quando se comparou com a videira plantada na terra
de Israel.
É preciso deixar-se semear não só onde a terra já está
preparada durante gerações, mas também nas margens da realidade, na dureza das
terras sem arar, cheias de pedregulhos e de espinhos. Não podemos fugir da
realidade que temos de arar, semear e cultivar com sua dureza e com seu
encanto.
Texto bíblico: Mt 13,1-23
Na oração: Uma vida que se enraíza, é uma vida firme,
consistente. Por outra parte, as raízes na planta, são as que se introduzem na
terra e crescem em sentido contrário do tronco, servindo-se como sustentação.
Graças a elas pode absorver o alimento necessário para seu crescimento.
- quais são e onde estão as raízes nas quais seu coração se
alimenta?