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sexta-feira, 20 de março de 2020

O MUNDO PAROU - José Antônio Pinotti


(Texto parcialmente meu, parcialmente de várias reflexões anônimas que recebi.)


Não sabemos se estamos diante de uma arma biológica.

Não sabemos se a China arquitetou esse caos em benefício próprio.

 Ninguém sabe se é consequência da própria intervenção do homem na natureza.

 Alguns até dizem ser punição de Deus.

Outros falam sobre teoria da conspiração.

De qualquer maneira isto é apenas turbulência mental para tentar explicar o desconhecido, uma pretensão de que o seu saber mude a realidade.

 Uns são otimistas, outros não. Mas isto não muda os fatos. Serve apenas para o conforto ou a angústia pessoal. 

Alguns dizem que estamos vivendo o apocalipse. Outros comemoram uma oportunidade de renascimento de uma nova humanidade. 

Há todavia uma verdade irônica e incontestável:


O MUNDO PAROU. 
Independentemente das diferentes formas de pensamento.

E este “God's break” veio em tempo mais que oportuno.

A humanidade está desenfreadamente enlouquecida.

O homem não tem tempo para pensar, para refletir sobre si mesmo, nem olhar para o outro.

Essa oportunidade, é para colocarmos a própria vida em ordem.

Rever conceitos, valores e ressignificar a própria existência.


Este silêncio oportuno é CURATIVO.
 As ruas estão vazias. As estradas, os bares, os templos, as escolas, as universidades, os aeroportos... e isto provoca questionamentos. Será que eles eram tão necessários?

E há certamente, para quem está atento, um silêncio no céu.

Algo profundamente espiritual está acontecendo e poucos conseguem perceber.

Este é um silêncio de reverência.

Deus está falando.

Ou escolham qualquer outro nome que acreditem, Eu Superior, Vazio etc. ou qualquer coisa que prefiram. Pouco importa, está sendo transmitida uma mensagem.


A DOR FALA.
Porque ela só cessa com o desapego, com uma mudança de consciência.

É tempo de endireitarmos os nossos caminhos.

Muitos estão morrendo pelo Corona.

Mas há outros vírus muito piores matando milhares de pessoas todos os dias.

O medo.
A fome.
A injustiça.
A manipulação do semelhante.
A omissão.

Algo invisível chegou e colocou tudo no lugar. De repente os combustíveis baixaram, a poluição baixou, as pessoas passaram a ter tempo, tanto tempo que nem sabem o que fazer com ele, os pais estão com os filhos em família, o trabalho deixou de ser prioritário, as viagens e o lazer também. De repente silenciosamente voltamo-nos para dentro de nós próprios entendemos o valor das palavras solidariedade, amor, força, fé.

Num instante damos conta que estamos todos no mesmo barco, ricos e pobres, que as prateleiras dos supermercados estão vazias e os hospitais cheios e que o dinheiro e os seguros de saúde já não têm importância, porque os hospitais privados são os primeiros a fechar, quando a lotação compromete a eficiência. Compaixão surge nos locais menos técnicos.

Nas garagens estão parados igualmente os carros novos e velhos, simplesmente porque ninguém pode sair.

Bastaram meia dúzia de dias para que o Universo estabelecesse a igualdade social que se dizia ser impossível.

E o mais interessante é que isto não veio de ideologias, de políticas, de dogmas, de verdades absolutas prontas. 


O MEDO invadiu a todos.
Que ao menos isto sirva para nos darmos conta da vulnerabilidade do ser humano.
Mesmo aqueles que não temem a morte preocupam-se com seus entes amados. A impermanência da vida tornou-se algo explícito. A noção de que tudo é efêmero minou nossa onipotência, nossas fantasias de controle, nossa visão da realidade da existência. 

Não se esqueçam...


BASTARAM MEIA DÚZIA DE DIAS.
Um minuto de silêncio pode trazer mais consciência de que uma vida de agitação.

Que cada um possa fazer do silêncio deste momento, reconciliação com o Todo. Somos todos UM.

Neste momento de solidão que surja a percepção de que nunca estivemos separados.


José Antônio Pinotti

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(Recebi via Whats)

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