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domingo, 7 de junho de 2020

PALAVRA DA SALVAÇÃO (186)

Solenidade Santíssima Trindade | Domingo – 07/06/2020
Anúncio do Evangelho (Jo 3,16-18)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Padre Roger Araújo:
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Trindade Santa: Deus é o que ama, o amado e o amor. 


  


“Deus amou tanto o mundo, que entregou seu Filho único...” (Jo 3,16)

Ao longo do percurso litúrgico, a Igreja quis, em sua sabedoria, reservar um dia especial para que dedicássemos a glorificar a Trindade Santa. E que, nesse dia nos voltássemos a ela, não a partir de nossas misérias, necessidades e petições, mas que dirigíssemos para esse Mistério o olhar de nossa admiração, gratuita e livremente, a fim de contemplar os segredos de sua beleza, bondade, amor..., assim como o fazemos, por exemplo, ao contemplar a vastidão dos céus ou o jogo de cores e luzes de um pôr-do-sol.

A revelação da Trindade nunca poderá ser apreendida ou controlada por nós, pelo nosso rigor verbal nas formulações dogmáticas sobre Deus e seu ser. A Trindade não é uma simples doutrina a ser acolhida, ou uma verdade a ser pensada, mas uma Presença a ser vivida, com espanto e admiração. É encantador contemplá-la, dobrando-nos em reverência, deixando-nos impactar por tão grande e tão profundo mistério, tão belo e inefável dom que a teologia tentou expressar em palavras, mas sentiu-se impotente.

Trata-se de uma experiência contemplativa silenciosa, que ativa em nós uma sensibilidade intensa, capaz de nos despertar para entrar em sintonia com fluxo trinitário que atravessa toda a realidade, nos envolve e faz de nosso coração sua morada.

Se conseguirmos viver isso, com delicadeza, humildade e esvaziamento de nós mesmos, poderemos, então, perceber, que a Trindade de Deus não é uma experiência reservada apenas a uns poucos e privilegiados místicos, nem tampouco um complexo dogma teológico que só os especialistas, através de suas especulações racionais, conseguem se aproximar.

Afirma-se que o dogma da Trindade é o mais importante de nossa fé católica, pois estamos diante do maior Mistério que os olhos não viram, os ouvidos não escutaram, nem a mente conseguiu compreender... Nada do que podemos definir, pensar ou dizer sobre a Trindade é adequado a seu Ser mais íntimo.

O mais urgente neste momento para o cristianismo, não é explicar melhor o dogma da Trindade, e menos ainda, uma nova doutrina sobre Deus Trino. Seria, em definitiva, a busca de um encontro vivo com Deus, a perfeita comunidade. Não se trata de demonstrar a existência da luz, mas de abrir os olhos para ver.

Tudo o que “sabemos” da Trindade pode ser um estorvo para viver sua presença vivificadora em nós. Calar sobre Deus, é sempre mais exato que falar. Dizem os orientais: “Se tua palavra não é melhor que o silêncio, cala-te”. O decisivo é viver o Mistério da Trindade a partir da adoração e da partilha fraterna.

Grandes teólogos fizeram profundos estudos sobre a Trindade, tratando de pensar conceitualmente o mistério de Deus. No entanto, eles mesmos dizem que, para “saber” de Deus, o importante não é “refletir” muito, mas “saber” algo do Amor.
O dogma da Trindade, portanto, nos liberta do “Deus poder” e nos lança nos braços do Deus Amor.

O mistério de Deus Uno e Trino é fruto da experiência de revelação progressiva na história da Salvação, culminando na revelação que Jesus nos fez. “Deus é UM, mas não está jamais só”. Deus não é um ser isolado, distante da Criação, solitário. É um Deus comunitário, família, sociedade, fraternidade, etc... Por isso, o auge de toda a revelação bíblica é esta: “Deus é Amor”, ou seja, Deus não é uma realidade fria e impessoal, um ser triste, solitário e narcisista. Não podemos imaginá-lo como poder impenetrável, fechado em si mesmo. Em seu ser mais íntimo, Deus é amor, vida compartilhada, amizade prazerosa, diálogo, entrega mútua, abraço, comunhão de pessoas. O amor trinitário de Deus é amor que se expande e se faz presente em todas as criaturas. E o Amor nunca é solidão, isolamento, mas comunhão, proximidade, diálogo, aliança...

O Deus revelado por Jesus é Amor e aproximar-nos do Deus Amor é descobrir a Trindade.


Em Deus o Amor não é uma qualidade como em nós, mas sua essência. Se Deus deixasse de amar um só instante, deixaria de ser Deus. O movimento que parte do Pai, passa pelo Filho e se consuma no Espírito é um movimento de Amor sem fim. Amor expansivo que envolve o mundo todo, segundo o relato do evangelho deste domingo. 


Nesse sentido, “saborear o mistério da Trindade” nos sensibiliza e nos capacita para nos aproximar do nosso mundo, com uma visão mais contemplativa. O “subir” até Deus passa pelo “descer” até às profundezas da humanidade.


Como “contemplativos na ação”, movidos por um olhar novo, entramos em comunhão com a realidade tal como ela é.  É olhar o mundo como “sacramento de Deus”; um olhar capaz de descobrir os sinais de esperança que estão surgindo; um olhar afetivo, marcado pela ternura, pela compaixão e gerador de misericórdia; um olhar gratuito e desinteressado, “janela da alma”, que nos expande numa atitude acolhedora de tudo que nos rodeia; um olhar que rompe distancias e alimenta encontros instigantes.

Precisamos retornar às palavras de Jesus, que ora ao Pai por seus discípulos:
              “Não te peço que os tires do mundo, mas que os defendas do maligno” (Jo. 17,15).

Ser cristão é ser presença diferenciada e inspiradora no mundo. O mundo da globalização é a realidade que agora nos cabe transformar. O Evangelho não nos ensina doutrinas, mas um modo original de estar no mundo, à maneira de Jesus. Nossa vida deve ser um espelho que, em todo momento, deixa transparecer o mistério da Trindade.

Somos desafiados a “viver uma vida no mundo e no coração da humanidade” (P. Kolvenbach).

Se o ser humano é o caminho para Deus, o ponto de encontro do ser humano com Deus está no mundo. Este princípio cristão significa que o encontro do ser humano com Deus se dá no campo da cultura, das relações, do diálogo inter-religioso... enfim, uma espiritualidade enraizada na realidade do mundo. Um mundo configurado pela ciência e pela tecnologia: este é o cenário em que o cristão está chamado a encontrar-se com Deus, re-criando um novo tipo de humanismo de acordo com o nosso tempo.
Num mundo em que a competência se degenera em competitividade sem limites, em que o individualismo

e a falta de solidariedade criam novas fronteiras e exclusões, em que a cultura da indiferença, do preconceito e da suspeita é fonte das mais variadas formas de violência..., é preciso recuperar o discurso e a prática do “ser-para-os-outros”, o saber e a autoridade como serviço, solidariedade, compaixão,  partilha, perdão, gratuidade, compromisso, dom de si mesmo, amor...

O surpreendente é que nós fomos criados à imagem do Deus Trindade; todos carregamos em nosso interior a “faísca amorosa” da Trindade Santa. É fácil perceber isso: sempre que sentimos necessidade de amar e ser amados, sempre que sabemos acolher e buscamos ser acolhidos, quando desfrutamos compartilhando uma amizade que nos faz crescer, quando sabemos doar e receber vida, estamos saboreando o “amor trinitário” de Deus. Esse amor que brota em nós provém d’Ele.

Nesse sentido, o melhor caminho para nos aproximar do mistério do Deus Trindade não são os tratados teológicos que falam dele, mas as experiências amorosas que compartilhamos na vida. Só encontramos o Deus Trino com o coração.  “Só corações solidários adoram um Deus Trinitário”.

Texto bíblico:  Jo 3,16-18

Na oração: Quando nos abrimos à comunhão com a Trindade, Ela entra em comunhão conosco na forma sutil de um perfume. Não força, não invade, mas cria um ambiente agradável, perfumado, que nos eleva e nos suscita alegria interior. Tal como o perfume, a Trindade derrama sua Graça sobre toda a Criação e a humanidade inteira. Quê há de mais suave, reconfortante e realizador do que sentir a Trindade a partir do coração?

- A oração é o momento privilegiado para abrir-se ao dinamismo do amor trinitário; deixe-se empapar por esta presença perfumada.

Pe. Adroaldo Palaoro sj

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DOM CESLAU E A MÃE DE JESUS – Pe. José Grzywacz



Maria, a mãe de Jesus, 
na vida, espiritualidade 
e atividades do bispo Ceslau Stanula
(Pe. José Grzywacz, CSsR – Província de Varsóvia) 


“Meu Ceslau, que Ela [1] sempre te acompanhe”…
…Com essas palavras despedia-se a mãe – dona Bronisława Stanula  - do seu filho que estava partindo da Polônia para a América Latina (16 de dezembro de 1966).

Conheci o padre Ceslau há 33 anos. Foi pela imposição de suas mãos que recebi a ordenação diaconal no dia 8 de dezembro de 1990, no bairro Malvinas – hoje o Bairro da Paz cuja paróquia correspondente é a de Nossa Senhora da Paz.   Aqui, no Brasil, o confrade Czeslaw foi conhecido como o primeiro superior da Missão Redentorista da Bahia; como padre e bispo “especialista” em Equipes de Nossa Senhora e Pastoral Familiar. Durante a Missa de corpo presente (15 de maio de 2020) em Salvador, da qual pelo motivo da pandemia podiam participar somente 10 pessoas (de fato éramos 18), o monsenhor Moisés de Souza, da diocese de Itabuna, destacou a “devoção mariana” como uma das características de vida do bispo Dom Ceslau, chamando-o de “redentorista mariano”. “E se hoje na nossa diocese temos uma devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tão forte, isso é o merecimento de Dom Ceslau” acrescentou o chanceler da Cúria e seu amigo pessoal.

Nesse artigo gostaria de evidenciar um dos aspectos da vida do meu confrade: a presença de Maria na vida, espiritualidade e atividades pastorais de Dom Ceslau.
1. Povoado de Szerzyny


A paróquia em Szerzyny, [2] no povoado onde nasceu e foi batizado Ceslau tem como a padroeira Nossa Senhora do Rosário. Essa localidade fica situada entre dois santuários marianos: o de Nossa Senhora da Salete, em Debowiec (distante 27 km)  e o de Nossa Senhora de Tuchow, na cidade de  Tuchow (distante 24 km). Ao sair da Polônia, como um jovem sacerdote, Ceslau recebeu das mãos da sua mãe um santinho com a imagem de Nossa Senhora da Salete, com essas palavras: ”Czesiu, niech Ona cię prowadzi”[3], com a data 16 de dezembro de 1966.  Eu sei sobre esse fato, porque uns três meses antes da sua morte, o Dom Ceslau me contou essa história mostrando o santinho. Anos depois, estando de férias na Polônia, Ceslau visitou por três vezes os meus pais no povoado de Desznica (distante 48 km de Szerzyny), onde a padroeira é a Imaculada Conceição. No passado os dois povoados: Szerzyny e Desznica pertenciam ao mesmo regional de Jaslo.
2. Santuário de Bom Jesus da Lapa


No ano de 1972 o padre Ceslau juntamente com os confrades redentoristas vindos da Polônia assumiram o santuário do Bom Jesus da Lapa, dando continuidade aos trabalhos dos redentoristas holandeses. No início de setembro, é celebrada nesse santuário, a grande festa de Nossa Senhora da Soledade. Enquanto esteve lá, o padre Ceslau cuidou dos melhoramentos da gruta da Soledade.  Depois, já como bispo, várias vezes foi convidado para pregar a Novena e as festas no santuário. Como bispo de Itabuna conseguiu convencer o seu clero a superar aversão aos “padres do santuário”. Conforme os testemunhos dos romeiros e dos lapenses frequentemente Dom Ceslau “pregava com zelo” falando do amor do Bom Jesus e da Senhora da Soledade.

3. Paróquia em Salvador – Ondina

Depois de trabalhar alguns anos em Bom Jesus da Lapa padre Ceslau foi transferido para Salvador, em 1984, e como pároco exerceu a sua função na paróquia da Ressurreição do Senhor e no santuário São Lázaro. Atendia também a capela do ISBA – Instituto Social da Bahia, como capelão.  Graças aos seus esforços a capela do ISBA foi proclamada como santuário de Nossa Senhora Educadora. Durante vários anos o padre Ceslau foi o professor de mariologia na Escola Catequética ”Lumen Christi”. Juntamente com a Pastoral Familiar foi construída a capela no bairro Alto da Sereia, dedicada à Nossa Senhora dos Navegantes.  


4. Diocese de Floresta


Localizada no estado de Pernambuco a cidade de Floresta foi a primeira diocese para a qual foi designado o novo bispo Dom Ceslau Stanula. O padroeiro da diocese é  Bom Jesus dos Navegantes. Durante o tríduo em preparação para o Ano Jubilar do ano 2000, o bispo Ceslau proclamou a igreja de Tacaratu como o santuário diocesano de Nossa Senhora da Saúde.

Também foi decidido que seriam apoiadas as romarias a pé até esse santuário. A distância entre a sede da diocese e Tacaratu é de cerca de 90 km. Com o apoio do bispo diocesano, o grande organizador das romarias foi o padre Nicolau (Mikołaj Mieczysław) Klak.[4] Na primeira romaria participaram 52 pessoas. Entretanto, 23 anos mais tarde, o número de romeiros ultrapassava a marca de 400 pessoas. Eu tive a sorte de pregar uma Novena e a Festa[5] em louvor de Nossa Senhora da Saúde. O bonito santuário é muito visitado nos meses de janeiro e fevereiro por pessoas  vindas de Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas.  

Esse lugar é muito querido e visitado  pelos índios Pankaraus.

5. Diocese de Itabuna


A cidade de Itabuna fica no sul da Bahia e foi a segunda diocese no ministério episcopal de Dom Ceslau. Tive a sorte de trabalhar nessa diocese, nas Santas Missões, bem como em várias paróquias. Posteriormente, também exerci a função de pároco na mesma localidade por cerca de quatro anos, no bairro Maria Pinheiro, na Paróquia Santuário Nossa Senhora da Piedade. Além das obrigações normais quisemos dar o rosto mariano a essa igreja na periferia criando o Centro de Espiritualidade Mariana de Itabuna. Ao fazer uma exposição de imagens de Nossa Senhora fizemos o pedido ao reitor do santuário nacional em Aparecida, pedindo uma imagem oficial de Nossa Senhora Aparecida. Recebemos, de graça, duas imagens: uma está no santuário da Piedade e outra foi ofertada ao bispo Dom Ceslau e está na catedral de Itabuna. Dom Ceslau construiu a capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no Centro Pastoral. Durante bom tempo foi celebrada a Novena Perpétua nesse lugar. Foi a pedido do bispo que realizou-se uma Missão Continental em 14 paróquias da cidade. No total foram 60 igrejas e capelas que receberam os missionários redentoristas e, em cada comunidade foi celebrada e, em algumas, implantada a Novena Perpétua.
6. O mais antigo santuário mariano do Brasil


Perto de Porto Seguro, no Arraial da Ajuda fica o mais antigo santuário mariano do Brasil (1549). Atendido pelos redentoristas, tem como padroeira Nossa Senhora da  Ajuda – (Diocese de Eunápolis). Nos anos 1999-2003 fui pároco e reitor nesse santuário e convidei Dom Ceslau para pregar no dia da Festa (15 de agosto). Naquele tempo, era uma paróquia pobre: não paguei nada ao bispo pela pregação e ainda ele mesmo pagou as despesas do combustível (são cerca de 750 km). No Ano Jubilar 2000, pela primeira vez a Conferência do Bispos do Brasil foi realizada fora de Itaici – SP; ela aconteceu em Porto Seguro. Tendo um dia livre, os bispos puderam escolher e visitar várias paróquias da região. Dom Ceslau me “trouxe” 15 bispos, em sua maioria Redentoristas, para conhecer e celebrar no nosso santuário da Mãe da Ajuda.
7. Precursor do papa João Paulo II


 Dom Ceslau introduziu, em 1992,  e propagou os novos mistérios do Rosário: os da “vida pública de Jesus” – assim antecipou o próprio papa João Paulo II. [6] Foi somente no ano de 2002 que o papa João Paulo II, o papa mariano, através da Carta Apostólica ”Rosarium Virgnis Mariae” oficializou os novos ”mistérios da luz”. Mas, já 10 anos antes, o bispo da diocese de Floresta, Dom Ceslau Stanula havia publicado no seu Noticiário diocesano “Voz que clama no deserto”, os “novos” mistérios do Rosário. Dom Ceslau, citando Dom Valfredo Tepe, falava sobre três etapas da vida de Jesus e sugeriu os mistérios da vida pública. Como é fácil perceber que esses mistérios são quase iguais aos mistérios da luz; três deles são idênticos.
8.  As romarias para Częstochowa americana


A romaria a pé para Częstochowa americana em Doylestown[7]  (no estado de Pennsylvania - USA) foi iniciada pelo padre Ignacy Kuziemski, o colega de Dom Ceslau. [8] O padre Ignacy foi o homem de Deus, amante da Mãe de Deus e totalmente dado ao serviço do próximo. Milhares de poloneses que moram nos Estados Unidos, anualmente participam dessa romaria. Geralmente são os redentoristas que conduzem a romaria  - quem se destacou mais foi o padre Jan Kwiecien, CSsR. Dom Ceslau participou de quatro romarias. Cada uma delas foi uma experiencia única e um verdadeiro retiro espiritual. Certa vez, numa Missa concelebrada, com o grupo de Trenton, quem conduziu foi o padre Zdzisław Stanula CSsR, o sobrinho de Ceslau. Foi um acento vocacional: o tio e o sobrinho unidos no serviço ao Povo de Deus que caminha para a casa da Mãe.
9. Brasão episcopal de dom Ceslau Stanula, C.Ss.R.


O céu azul, sem uma nuvem sequer, que desse uma sombra, aliviando o calor; a terra amarelada e seca é o ambiente do sertão onde vive a maioria dos nordestinos.[9]
Pela terra ressequida abre-se o caminho que conduz a uma cruz, decididamente plantada no horizonte. É a Boa Nova da esperança para o povo, a esperança que vem pela cruz, pregada pelo Missionário por excelência, que é Jesus Cristo.
O "M", de Maria, a mãe dos caminhantes, a Companheira e Mãe inseparável nas Missões Redentoristas. Maria sempre caminha com o redentorista. O lema “VOX CLAMANTIS IN DESERTO” – significa: "Voz que clama no deserto” – “João declarou: «Eu sou uma voz gritando no deserto: ‘Aplainem o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías” (J 1,23), (cf. Is 40,3). Esse foi o lema da vida sacerdotal de Dom Ceslau.

“Se sou nada, tudo recebo Dele; entrego, pois, minhas forças, tornando-me apenas a voz que clama no deserto dos corações humanos”. O chapéu é o símbolo da unidade com o Santo Padre, o Papa, e a comunhão com a hierarquia da Igreja.

10. Coleção de imagens de madeira


Desde os tempos em que era bispo da diocese de Floresta – PE, Dom Ceslau começou a juntar imagens de santos, e de modo especial, de Nossa Senhora. No Nordeste há uma cultura de artistas e escultores populares que fazem belos trabalhos em madeira. Quando transferido para a diocese de Itabuna – BA, o bispo organizou na sua residência uma grande exposição de dezenas de imagens ocupando as paredes de uma comprido corredor no primeiro andar. Tornando-se bispo emérito, trouxe o seu acervo para a casa Santo Afonso, onde as figuras atualmente estão e ocupam os corredores. Provavelmente irão para Bom Jesus da Lapa, onde o clima é mais seco e ficarão no futuro “Memorial Dom Ceslau”.
11. Nossa Senhora das Candeias -Pituaçu


No dia 24 de fevereiro de 2020, aconteceu a abertura oficial do Novenário da Festa de Nossa Senhora das Candeias. A Missa foi presidida por Dom Ceslau Stanula CSsR, Bispo Emérito de Itabuna. Concelebraram Pe. Mateus (pároco), Pe. Ednei (vigário paroquial) e Pe. José Grzywacz, da comunidade Redentorista São Clemente (Barris). Esteve presente o Diácono Djalma, que presta serviços pastorais na Paróquia Nossa Senhora das Candeias. Muitos paroquianos participaram da abertura. Como tema geral do Novenário foi escolhido o Mês Missionário Extraordinário 2019: Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo! Para aprofundar este tema, durante nove dias da preparação para a festa, foram refletidos subtemas ligados às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023. Dom Ceslau fez reflexão sobre a Igreja: A comunidade de discípulos missionários de Jesus Cristo!
12.  Equipes de Nossa Senhora

Dom Ceslau sempre esteve perto e apoiou as Equipes de Nossa Senhora. De fato, foi graças a ele e ao padre Lucas Kocik, CSsR que esse movimento foi trazido de Brasília a São Salvador. Ainda como padre acompanhou as Equipes na paróquia de Ondina. Implantou ENS em Itabuna. E já como o bispo emérito, em Salvador até os tempos da pandemia foi o sacerdote conselheiro espiritual da Equipe Nossa Senhora das Graças. Como uma curiosidade posso testemunhar que quando em 2018 fui a Polônia para o meu ano sabático Dom Ceslau assumiu a “minha” Equipe “2B”. Ele sempre foi preocupado com a espiritualidade conjugal.



13.  Livros marianos e os novos Rosários

Dom Ceslau sempre apoiava as minhas “iniciativas marianas”. Quando estava pensando em escrever os livros contava com a sua ajuda e orientação; para alguns deles o bispo escreveu a Introdução. [10] Em várias ocasiões Ceslau me apresentava (com a sua maneira de exagerar): “José, devoto da Mãe de Jesus, o mariólogo com o título de mestre na Pontificia Academia Teológica em Cracóvia e, especialista em ícone do Perpétuo Socorro”.  O último livro foi “Magnificat, o hino revolucionário de Maria, a mãe de Jesus”. Nos últimos meses (março até maio) mesmo com as restrições por causa da pandemia “não perdemos tempo”: ele preparava o seu livro “Pelos caminhos do meu episcopado” e, eu finalizando as meditações dos dois Rosários. “Magnificat”[11], com os mistérios da misericórdia, e ”Perpétuo Socorro”[12]
 com os mistérios da redenção. Sempre contei com as correções, sugestões e preciosas observações de Dom Ceslau.



14. Jubileu dos 150 anos da entrega do ícone aos Redentoristas


Durante o Jubileu dos 150 anos da entrega do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos missionários redentoristas, no ano 2016, Dom Ceslau estava muito ativo, interessado e apoiou todas as nossas iniciativas enquanto Comissão Jubilar. Divulgou na sua diocese de Itabuna muitas camisetas com a estampa do Perpétuo Socorro, as velas e os cartazes com a oração Jubilar. Sei que trouxe vários ícones do Perpétuo Socorro do padre Eugeniusz Karpiel, CSsR, de Cracóvia – onde existe a oficina autorizada para “escrever” os ícones autênticos. Bispo Ceslau costumava dar como o seu “presente preferido” para os aniversários, casamentos e outras ocasiões importantes, o ícone ou a imagem da Mãe do Belo Amor: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
15.  Bispo emérito


Depois de se aposentar, em 2018,  Dom Ceslau passou a morar conosco, em Salvador, na comunidade Santo Afonso. Já como bispo emérito, semanalmente, prestou o seu serviço na paróquia Ressurreição do Senhor, em Ondina: nas quartas-feiras celebrava a Missa com a Novena Perpétua na matriz e a Missa aos sábados e domingos na capela do Instituto Social da Bahia. Certa vez ofereci a ele uma caixa para a correspondência que foi colocada na porta do seu quarto, do lado de fora.  Foi o primeiro a entrar na capela e o último a sair. Com certeza rezava o santo Terço. Uma vez por mês participava da reunião das Equipes de Nossa Senhora nas casas. A sua equipe foi Nossa Senhora das Graças, ”2B”.

16. O testamento e o ícone no caixão


No envelope com o testamento Dom Ceslau Stanula colocou três cartões postais – santinhos: um de Nossa Senhora de Czestochowa e dois de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Um desses santinho foi feito pelo beato Carlos de Foucauld entre os anos 1898 – 1900. Como uma forma de testamento, na presença do padre Roque Silva Alves, o superior da Vice província e o padre Cristóvão Przychocki, o bispo Ceslau disse: ”Essa quantidade (…) é destinada para o padre José  Grzywacz para continuar a divulgação da devoção e o culto a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”. No dia do enterro de Dom Ceslau (15 de maio de 2020), na capela  “C”,  no cemitério  Jardim da Saudade, em Salvador,  a Missa de Corpo presente foi presidida pelo bispo auxiliar de São Salvador da Bahia, Dom Estevam dos Santos Silva Filho. Participaram alguns confrades de Salvador, três padres da diocese de Itabuna e algumas pessoas das Equipes de Nossa Senhora. No final da Eucaristia coloquei,  por cima do caixão com o corpo de Dom Ceslau, um pequeno ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que estava no carro que ele costumava dirigir. E pensei assim: “Já que ele está com Ela, que os dois intercedam por nós!”
 
17. O dia 27 de cada mês


Atualmente a festa litúrgica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é celebrada no dia 27 de junho. Foi também num dia 27 - de março de 1940 que nasceu Ceslau, no povoado de Szerzyny, na casa dos seus pais – assistido pela parteira, dona Anna Sokólska.  A minha mãe, Senhora Stanislawa, nasceu nove anos antes…no dia 27 de junho, na localidade de Kąty, no ano de 1931. Para o dia 27 de março de 2020, os diocesanos de Itabuna, prepararam uma festa de aniversário para o seu bispo emérito, para uns cem convidados. Era para ser a celebração dos 80 anos de Dom Ceslau. Pelo motivo do distanciamento social provocado pela pandemia essa festa foi adiada para mais tarde... ficou para a eternidade. No dia 27 de março de 2019 -  aniversário de Dom Ceslau, que morava com o padre Tadeu Pawlik, CSsR – a festa foi “estragada” pela morte do padre Tadeu.  Eu, pessoalmente, no dia 27 de cada mês rezo pelos benfeitores e ajudantes na Missão.

18. A devoção mariana do bispo Ceslau Stanula


Assim escreve a irmã de sangue de Dom Ceslau, a irmã religiosa de Cracóvia: 
“Atendendo ao pedido do padre José Grzywacz comecei a pensar sobre o aspecto mariano na vida do meu irmão. Finalmente conclui que não poderia falar da devoção mariana dele sem apontar as fontes. Essa fonte está nos nossos pais. Foi a fé deles, e a atitude de colocar sempre Deus em primeiro lugar que gerou a nossa fé e as nossas escolhas.   Tenho na memória a imagem dos nossos pais, de joelhos, rezando à noite, depois de um dia inteiro de trabalho. O nosso pai presidia a oração: a ladainha do sagrado Coração de Jesus com o Ato de Consagração. A nossa mãe sempre rezava o Terço e foi ela quem nos ensinou o amor e a devoção à Mãe de Deus.
Era ela quem nos incentivava a participar das devoções marianas na nossa igreja paroquial. Sempre cuidava de que alguém da família participasse da Novena Perpétua. Os nossos pais, anualmente, iam de carroça para a Festa de Nossa Senhora de Tuchów, para a Festa de Nossa Senhora de Salete, em Debowiec e, às vezes, até o santuário em Zebrzydowice. Nós éramos oito irmãos e irmãs; a nossa família foi cada dia para nós como uma igreja, uma escola. Hoje eu chamaria de Nazaré...de onde Deus nos chamou para a vida consagrada: Emil, Czeslaw e Teresa. O meu irmão Ceslau fez o seu segundo grau na cidade de Tuchów, onde tem o santuário de Nossa Senhora de Tuchów. Para mim não é fácil escrever sobre a espiritualidade mariana de Ceslau. Revendo as cartas que recebi dele, durante vários anos, posso afirmar que tem alguns traços marianos na vida dele:

1. A humildade. Quando Ceslau descrevia as suas atividades pastorais e missionárias e sobre alguns sucessos, ele sempre afirmava que isso era fruto da graça de Deus, “porque eu não sou nada, sou somente um instrumento nas mãos de Deus”, “isso não é o meu merecimento, foi a minha mamãe quem me ensinou assim.”
2. O serviço ao próximo.  O meu irmão sempre falava bem do povo e do país onde ele vivia. “Esse povo é bom, mesmo passando necessidades. Nós, missionários, estamos na linha de frente. Os nossos interesses pessoais estão de lado. Tudo devemos à graça de Deus. Estamos cansados, mas felizes e podemos servir a Jesus e à sua Mae”.
3. A simplicidade.  Sempre admirei no meu irmão a simplicidade e a abertura para os outros. Ela se dava bem com todos: os pequenos e os que tinham educação superior. As cartas que ele me escrevia, sempre assinava assim: ”Que Deus te abençoe. O seu irmão em Cristo e Maria, Czesiek, o bispo de Floresta”; Abraços, em Cristo e em Maria. Czesław, o bispo de Itabuna”.
Posso testemunhar, que sempre quando estava na Polônia, terminava as suas homilias lembrando da Mãe de Deus. Ele mesmo disse, que sobre a Mãe de Jesus poderia pregar horas e horas...Teve devoção particular para com Nossa Senhora de Tuchów. Ele gostava de se sentar no banco da igreja e olhar para a imagem d’Ela. Amava a Mãe de Deus no ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Propagava o culto d’Ela. Um acontecimento especial foi a Missa Jubilar, em julho de 2014, quando Dom Ceslau celebrava os seus 50 anos de ordenação sacerdotal e os 25 anos de sagração episcopal. O lugar escolhido foi o santuário de Tuchów “onde tudo começou”. Como expressão da sua gratidão depositou o seu báculo aos pés de Nossa Senhora de Tuchów. Creio que no dia 14 de maio de 2020, a Mãe de Jesus acolheu o meu irmão na porta do Paraíso e o levou ao seu Filho, o Redentor dos homens.
 (Irma Teresa Maria (Stanula) MsJ – Cracóvia, 27 de maio de 2020.)
19.Testemunhos dos confrades


a). “A respeito da devoção mariana do meu tio Ceslau não posso dizer muita coisa pois ele não gostava de conversar sobre isso. Dou testemunho de que nenhuma homilia dele era “copiada de livros”; ele pregava aquilo que acreditava e vivia. Certa vez, indo para a Festa de Nossa Senhora em Szerzyny, no caminho perguntei se já tinha preparado a pregação. Ele respondeu: “Sobre a Mãe de Deus posso falar a qualquer hora”. Acrescentando, digo que sempre depois da Missa ele gostava de sentar e contemplar o rosto de Maria. Quando viajávamos de carro, chegando o meio dia, sempre rezávamos oração do “Ângelus”. Pe.  Zdzislaw Stanula, CSsR (Paris).

b). “Quando Dom Ceslau visitava o Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Roma, onde está o ícone original, ele sempre passava um tempo rezando o Terço. Também ia visitar o santuário vizinho, o de  Santa Maria Maggiore. Me lembro que uma vez levei para Ceslau um ícone do Perpétuo Socorro para o Brasil”
(Pe. Cristóvão Mamala CSsR – Roma.)

c). “Sobre a devoção mariana do bispo Ceslau sei,  que durantes os retiros,  ele sempre terminava as conferências  com um acento mariano. Gostava de visitar vários santuários marianos aqui na Alemanha. Maria foi muito importantes na vida dele, especialmente quando tornou-se bispo” 
(Pe.  Stanisław Rutka CSsR,  Marienfried Alemanha.)

d). “Dom Ceslau Stanula, como legítimo Filho da Polônia mariana e como redentorista exemplar, sempre foi um amante de Maria. Fazia pregações “fogosas” sobre Nossa Senhora no santuário de Bom Jesus da Lapa. Todo o seu ensinamento continha acentos marianos. No fim da vida tinha um terço com as grandes contas. Em Itabuna construiu uma capela dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”.  
(Pe. Francisco Micek, CSsR, colega do curso, Bom Jesus da Lapa.)

e). “Falando de Dom Ceslau é impossível não mencionar a sua devoção mariana. As suas homilias sempre mostravam essa sua íntima ligação com a mãe de Jesus. Várias vezes vi quando o bispo estava sentado na frente do ícone e contemplando. A sua coleção de imagens e o quadro no quarto dele são as expressões do seu amor para com a Mãe de Cristo.Tenho  certeza que Dom Ceslau já foi acolhido por Maria e, lá ao lado Dela, intercede por nós!” 
(Pe. Cristóvão Przychocki CSsR, Salvador.)

20. Finalizando gostaria de citar as palavras do próprio Dom Ceslau escritas no dia 12 de Janeiro de 2015, em Itabuna.

“Prezado Pe. José! Por meio desta carta gostaria de agradecer a sua valiosa colaboração na pastoral na Paróquia Santuário de Nossa Senhora da Piedade. A sua passagem pela Paróquia como Pároco e como administrador do futuro Santuário foi marcante em todos os sentidos. A sua dedicação e zelo pela formação dos agentes de pastoral na Paróquia começa dar os seus frutos. A Irmandade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro desperta na Paróquia a sincera e autêntica devoção a Nossa Senhora. A sua dedicação para a formação dos jovens e dos coroinhas, tomando a matéria-prima e a maioria alienada dos valores religiosos, foi o gesto corajoso movido com a esperança para o futuro. Além de tantas outras iniciativas pastorai para reanimar e entusiasmar a vida religiosa na Paróquia, ontem abandonada, hoje começa a florir. Que esta realidade seja para você uma recompensa pelos trabalhos e dedicação. Sem falar das obras materiais, para preservar o patrimônio da Paróquia, seus templos, tanto na sede como nos bairros pertencentes à Paróquia. Somos missionários, religiosos, por isso vamos aonde Ele nos chama pela voz dos nossos superiores. Para o seu novo campo do trabalho no Centro Missionário Redentorista, na Bahia, desejamos muito êxito e que este mesmo zelo apostólico continue o animando. No fim das contas, se trabalhamos, trabalhamos não para a nossa glória, mas para a Glória do Santíssimo Redentor. Que Maria, a Mãe do Perpétuo Socorro te proteja e abençoe neste novo campo missionário. Com a gratidão e a bênção, em Cristo e Maria”.
Repetindo as palavras da irmã de sangue, a  religiosa Teresa Maria da Congregação das Pequenas Irmãs de Jesus, também eu confesso:  ”Cremos que no dia 14 de maio de 2020 saiu para ele, na porta do Paraíso, Maria, a Mãe de Jesus e o levou até o seu Filho, o Redentor dos homens”.


PS. 2.   ”São muitos os números, e também a matéria é muito vasta. Por isso, quem deseja embrenhar-se numa narrativa desses fatos encontra dificuldades. Nossa preocupação foi proporcionar prazer aos que buscam leitura agradável, facilitar o trabalho aos que a querem guardar na memória, e trazer enfim, algum proveito para todos os que tiverem esta obra nas mãos. A nós, porém, que nos dedicamos ao sacrifício de fazer este resumo, o trabalho não foi leve. Ao contrário, custou suores e noites em claro. Não é fácil preparar um banquete; quem o faz, procura agradar a todos. Assim também, foi com prazer que nos dedicamos a essa tarefa, esperando o reconhecimento de grande número de pessoas. Para o historiador deixamos o julgamento sobre cada pormenor. Nós nos demos a esse trabalho, buscando seguir as normas de resumo. (2 Mc 2,24-28).

Pe. José Grzywacz, CSsR
Salvador, 27 de maio de 2020.



[1] Eis as invocações da Mãe de Deus que aparecem nesse artigo e que influenciaram a vida de Dom Ceslau:
1.       Nossa Senhora da Paz; 2. Nossa Senhora do Rosário,
3.       Nossa Senhora do Carmo; 4. Nossa Senhora do Salete,
5.       Nossa Senhora de Tuchów; 6.Imaculada Conceição,
7.       Nossa Senhora da Soledade; 8. Nossa Senhora Educadora,
9.       Nossa Senhora dos Navegantes; 10. Nossa Senhora da Saúde,
11.    Nossa Senhora da Piedade; 12. Nossa Senhora da  Ajuda,
13.    Nossa Senhora das Candeias; 14. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro;
15.    Nossa Senhora  Aparecida; 16. Nossa Senhora de Częstochowa,
17.    Nossa Senhora das Graças; 18. Nossa Senhora do Magnificat,
19.    Santa Maria Maggiore – Nossa Senhora das Neves; 20. Our Lady of Czestochowa,
21.    Nossa Senhora de Guadalupe.
[2] Paróquia Nossa Senhora do Rosário em Szerzyny (Nossa Senhora do Escapulário) – é uma paróquia católica romana localizada na diocese de Tarnów, no reinado de Ołpina. Erigido no século XIII. É dirigido por padres diocesanos. A primeira menção da paróquia em Szerzyn vem de 1513. A igreja de madeira anterior construída em 1565 foi destruída pelo fogo em 1933. A igreja atual foi construída em 1927-28, segundo o projeto do arquiteto Stanisław Majerski, sob a direção do construtor Franciszek Boratynski. A igreja foi consagrada em 1929 pelo bispo Tarnów, sufragista Edward Komar. Eclético, tijolo feito de pedra. Altar principal rococó do segundo semestre Século XVIII, com uma imagem da Virgem Maria com o Menino na lua crescente, final da Renascença do início do século XVII, pintada a bordo. Fonte: http://www.tarnowskiekoscioly.net
[3] “Meu Ceslau, que Ela sempre te acompanhe!”
[4] Padre Nicolau Klak trabalhou com Dom Ceslau na diocese de Floresta e depois em Itabuna.
[5] De fato, o convidado para pregar essa Festa foi o padre Tadeu Pawlik, CSsR, mas na última hora não podendo ir, “felicitou-me” com essa missão mariana em Tacaratu.
[7] https://mariologiapopular.blogspot.com/2020/05/pielgrzymka-do-amerykanskiej.html
[8] O Santuário Nacional de Nossa Senhora de Częstochowa - um local de devoção mariana da comunidade polonesa americana, localizado perto de Doylestown, Pensilvânia, nos Estados Unidos.
[9] O brasão foi desenhado pelo padre Francisco Micek, CSsR, colega do curso de Dom Ceslau.
[10] 1.  ”Quatro olhares para o ícone do Perpétuo Socorro”, Salvador 2000.
2.  “Santuário Mariano em  Arraial da Ajuda”, Bom Jesus da Lapa 2002.
3. ”Casa de Deus. Santuário mariano de Itabuna”, Itabuna 2010.
4. “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: Mãe do Belo amor ”, São Paulo 2016
5. ”Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: Mãe Carinhosa ”, São Paulo 2016
6. ”Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: Mãe Peregrina”, São Paulo 2016
7. ”Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: Mae Companheira”, São Paulo 2016.
8. ”Bem Aventurada. Estudo popular sobre Maria, a mãe de Jesus”, São Paulo 2018.
9. ”Cztery spojrzenia na ikonę. Pomoce katechetyczne na Nieustanną Nowennę”, Homo Dei, Kraków 2019.
10. “Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: história – Interpretação – Teologia” , 1991.
11. “Magnifcat. Hino revolucionário de Maria, a mãe de Jesus”, (em preparação – Paulus 2021).
[11]  https://mariologiapopular.blogspot.com/2020/04/terco-misericordioso-77-do-magnificat.html
[12] https://mariologiapopular.blogspot.com/2020/04/terco-do-perpetuo-socorro.html
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