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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

EM VELÓRIO DE TEORI, CÁRMEN LÚCIA PEDE FOTOGRAFIA DEPOIS DE SAÍDA DE TEMER

Flávio Ilha
Colaboração para o UOL, em Porto Alegre
21/01/2017

TRF4/Divulgação

Cármen Lúcia compareceu ao velório de Teori Zavascki

A presidente da STF, Ministra Cármen Lúcia, pediu para ter sua presença registrada pelos fotógrafos e cinegrafistas que acompanham o velório de Teori Zavascki depois da saída do presidente Michel Temer da sede do TRF, onde se realiza a cerimônia neste sábado (21).

Cármen Lúcia está desde a sexta-feira (20) em Porto Alegre e priorizou se manter ao lado da família do ministro durante o velório. Ela chegou junto com o corpo de Zavascki à sede do TRF, por volta de 7h20. E se manteve no local até 13h.

Minutos antes da chegada do presidente Temer no velório, a ministra Cármen Lúcia deixou o local. Oficialmente, segundo a assessoria de imprensa do TRF, ela se deslocou para o hotel onde está hospedada para descansar. A ministra voltou ao velório logo após a saída de Temer. Cármen Lúcia e o presidente não se encontraram.

TRF4/Assessoria

Michel Temer esteve no velório de Teori Zavascki neste sábado (21)


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O "CHORUME" DO RIO CACHOEIRA - Por Roberto Henrique Dantas.

O "chorume" do Rio Cachoeira


Quando pequeno bem lá no seu fundo, em suas águas, eu ia beber.
A água mineral que o Menino Grapiúna bebe. É a do Rio Cachoeira.
Quando grande bem aqui longe, distante.
Sem suas águas, que irei fazer?
O "chorume" que vaza dos seus olhos, eu, Infante Grapiúna,
Não posso deixar de ver, ouvir, cheirar, degustar e pegar,
para que possa enxergar, escutar, olhar, gostar, e tocar na minha imaginação,
e ela me traga a percepção e a clareza do como eu vou revitalizar você,
meu amigo Cachoeira!
Como posso ser um verdadeiro Infante Grapiúna, se nem percebo mais você,
meu grande amigo Cachoeira?!
Que me resta fazer?!



DE UM AUTOR AINDA DESCONHECIDO, FILHO E DISCÍPULO DO AMADO JORGE – Roberto Henrique Dantas.

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O PRIMEIRO EDIFÍCIO DE ITABUNA

Edifício Comendador Firmino Alves - Primeiro Prédio de Itabuna


Inaugurado no dia 29 de julho de 1953 como parte das comemorações pelo aniversário da cidade, com uma festa que reuniu empresários e políticos da Bahia, o prédio era o mais alto da época (três andares). Também foi o primeiro a contar com o serviço de elevador. Foi construído para abrigar a Agência do Banco Econômico da Bahia.

Hoje, no térreo onde funcionou a agência bancária existe uma loja de eletrodomésticos. As salas espaçosas e bem decoradas são ocupadas por médicos, advogados, contabilistas, dentistas... São dezoito salas (seis por andar). Os condôminos são os próprios donos. Possui dois banheiros por andar, que mantém suas instalações originais e são todos bem conservados, como é bem conservada toda a estrutura física do prédio. Sua escadaria em bom estado mostra, entretanto, marcas de subidas e descidas ao longo de décadas.

"Daqui era possível se avistar quase a cidade inteira", diz um dos primeiros inquilinos do prédio.
O elevador do edifício chama à atenção pela idade, pelo tipo de funcionamento e por se manter com a mesma eficiência de antigamente. Tem portas sanfonadas e capacidade para seis pessoas. Foi uma atração inédita na Itabuna de 1953. Hoje, ao contrário dos modernos elevadores, na falta de energia elétrica continuará funcionando porque dispõe de uma manivela que permite a continuidade do serviço.

Outro destaque do prédio é o painel criado pelo artista plástico Genaro de Carvalho, especialmente sob encomenda, para o Banco Econômico.

(Excertos de texto de Memória Grapiúna um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região).
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ITABUNA CENTENÁRIA-ICAL pergunta às autoridades competentes: Por quê consentir que a loja que funciona no térreo faça aquela “sujeira” na fachada do prédio?!...

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EN BAHÍA, BRASIL: UN ENSAYO SOBRE ALENCART EN EL LIBRO ‘A ANOTAÇÃO E A CRÍTICA’ DEL ESCRITOR CYRO DE MATTOS

El reconocido escritor brasileño estuvo en Salamanca en 2013 y participó en el homenaje a Fray Luis de León

Alencart, Cyro de Mattos y Torres Rechy (foto de Pablo-Rodríguez)

Un ensayo sobre Alencart en el libro ‘A Anotação e a Crítica’ del escritor Cyro de Mattos

Cyro de Mattos (Itabuna, Bahía, 1939), acaba de publicar el libro titulado A Anotação e a Escrita (Editora Via Litterarum, Bahia, 2016), donde recoge algunos ensayos dedicados a poetas, traductores e investigadores brasileños, europeos y norteamericanos, Entre las 300 páginas del mismo, y en su sección “El país de las letras”, incluye un análisis sobre la poesía del peruano-salmantino Alfredo Pérez
Alencart, colaborador de SALAMANCArtv AL DÍA. También sobre el alemán Curt Meyer-Clason, traductor de João Guimarães Rosa y Gabriel García Márquez; sobre el brasileñista Fred Ellison, quien tradujo en estados Unidos a importantes brasileños, además de los
dedicados a Nelly Novaes Coelho, Rui Barbosa, Aurélio Buarque de Holanda,Assis Brasil, Lima Barreto, Rui Barbosa o del cuentista Coutinho, Premio Casa de las Américas, entre otros.

Cabe destacar que Cyro de Mattos ya publicó y difundió en Brasil una amplia entrevista a Pérez Alencart, a quien también dedicó su libro Poemas da terra e do rio, aparecido el año pasado en edición bilingüe portugués/inglés.

Cyro de Matos tiene una vasta obra literaria, tanto en volúmenes de cuentos, novelas, poemarios o textos para niños y jóvenes. Es miembro de la Academia de Letras de Bahía y del Pen Clube de Brasil, Doctor  Honoris Causa por la Universidad Estadual de Santa Cruz, en Sur  de Bahia., y ha obtenido varios galardones, como el Premio Nacional Ribeiro Couto, el Premio Afonso Arinos, el Premio Centenario Emílio Mora o el Premio Internacional de literatura Maestrale Marengo d’Oro (Génova). Tiene obra publicada en Alemania, Francia, Portugal, Rusia, Estados Unidos, México, Dinamarca, Suiza e Italia. Entre sus libros de poesía están Vinte Poemas do Rio, Cancioneiro do Cacau, Ecológico, Vinte e Um Poemas de Amor, Lavrador inventivo, Viagrária, Casa Verde, Os engaños cativantes, Cantiga grapiúna, No lado azul da cançao, Onde Estou e Sou / Donde estoy y soy, Canto a Nossa Senhora das Matas y Oratório de Natal. 

La mayor parte de estos poemarios y de los otros libros de narrativa de Cyro de Mattos se pueden consultar en la Biblioteca del Centro de estudios Brasileños de la Universidad de Salamanca, por la donación que hiciera el propio autor en un acto celebrado en octubre de 2013. 

Junto a este A Anotação e a Escrita, De Mattos también acaba de publicar el libro que suma el número 52 de su producción en los diversos géneros literarios. Se trata del volumen de cuentos contenidos en  ‘O Velho e O Velho Rio’ (Editora Escrituras, Sao Paulo, 2016).

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Tradução:

NA BAHIA, BRASIL.
Um ensaio sobre Alencart no livro A Anotação e Crítica "escritor Cyro de Mattos

O renomado escritor brasileiro estava em Salamanca em 2013 e participou da homenagem a Fray Luis de León


Cyro de Mattos (Itabuna, Bahia, 1939), acaba de publicar o livro intitulado A Anotação e a Escrita (Editora Via Litterarum, Bahia, 2016), que contém alguns ensaios sobre poetas, tradutores e pesquisadores brasileiros, europeus e norte-americanos, entre os 300 páginas do mesmo, e em seu "país das letras", inclui uma análise da poesia do peruano-salmantino Alfredo Perez Alencart colaborador SALAMANCArtv DIA. Também no alemão Curt Meyer-Clason, tradutor de João Guimarães Rosa e Gabriel García Márquez; na brasilianista Fred Ellison, que levou os Estados Unidos a importantes brasileiro, além de aqueles dedicados a Nelly Novaes Coelho, Rui Barbosa, Aurélio Buarque de Holanda, Assis Brasil, Lima Barreto, Rui Barbosa ou cuentista Coutinho, Casa de las Américas Prize , entre outros.

Cyro de Mattos já publicou e divulgou no Brasil uma extensa entrevista a Pérez Alencart, a quem também dedicou seu livro Poemas da terra e do rio, lançado ano passado em edição bilingue Português / Inglês.

Cyro de Matos tem uma vasta obra literária, dois volumes de contos, romances, poemas ou textos para crianças e jovens. Ele é membro da Academia de Letras da Bahia e do Pen Clube do Brasil, Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz, no sul da Bahia. E ele ganhou vários prêmios, incluindo o Prêmio Nacional Ribeiro Couto, o Prêmio Afonso Arinos, o Prêmio Centenário Emílio Mora ou o Prêmio Internacional de literatura Maestrale Marengo d'Oro (Génova). O seu trabalho está publicado na Alemanha, França, Portugal, Rússia, Estados Unidos, México, Dinamarca, Suíça e Itália. Entre seus livros de poesia estão Vinte Poemas do Rio, Cancioneiro do Cacau, Ecológica, Vinte e Um Poemas de Amor, Lavrador inventivo, Viagrária, Casa Verde, Os enganos cativantes, Cantiga Grapiúna, No lado azul da Canção, “Onde Estou e Sou/Donde Estoy y Soy”, Canto a Nossa Senhora das Matas e Oratório Natal.

A maioria desses poemas e outros livros de narrativas de Cyro de Mattos estão disponíveis na Biblioteca do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, para a doação feita pelo próprio autor em cerimônia realizada em outubro de 2013.

Junto a este  A Anotação e a Escrita, De Mattos também acaba de publicar o livro que adiciona o número 52 da sua produção nos diversos gêneros literários. Este é o volume de histórias contidas em O Velho e o Velho Rio (Editora Escrituras, São Paulo, 2016).

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DR EVIL CHEGA AO PODER – Rodrigo Constantino

Dr. Evil chega ao poder


Era um dia de inspiração. Após tentativas fracassadas de tomar o poder, Dr. Evil finalmente bolara um plano infalível. Ele sabia qual era seu maior equívoco: angariava inimigos demais ao longo do processo. Seu maior trunfo seria simular bondade, ocultar suas terríveis intenções por baixo do manto do altruísmo.

Seu insight viera da leitura de uma frase de Schopenhauer: “Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa”. Dr. Evil iria se vestir de santo. Estava disposto a usar muita maquiagem para simular ser outra pessoa. E, com a ajuda de seu Mini Me, traçou as principais bandeiras que adotaria nessa cruzada.

Tinha de parecer, para começo de conversa, o grande defensor dos pobres. Defenderia, então, um elevado salário mínimo, mesmo sabendo que isso colocaria milhões no desemprego ou na informalidade. Teria o auxílio dos sindicatos nessa batalha das “conquistas trabalhistas”. O resultado concreto era irrelevante: Dr. Evil sempre poderia bancar o representante dos pobres.

Na mesma linha, ele tinha de seduzir as empregadas domésticas. Propusera uma lei de inúmeros benefícios, como se residências familiares fossem empresas. Diversas empregadas foram demitidas pela incapacidade de seus patrões arcarem com os novos custos, mas Dr. Evil conseguiu ganhar alguns pontos extras na tabela populista.

Dr. Evil foi um sucesso de marketing. Sua foto circulava nas rodas de maconha da elite jovem e intelectuais divulgavam sua abnegação profunda

Ao notar que a inveja era um sentimento bastante comum, investiu pesado na retórica de pobres contra ricos, como se a riqueza fosse um jogo de soma zero em que João, para enriquecer, precisa tirar de Pedro. Deu certo. Os jornalistas recalcados passaram a falar só de desigualdade, esquecendo que países, com mais ricos por meio do livre mercado, tinham também menos miséria.

As estatísticas mostravam elevado índice de criminalidade. Dr. Evil teve uma sacada genial: eximir o bandido de responsabilidade por seus crimes. A partir de agora, as armas, objetos inanimados, seriam os grandes vilões, e os marginais seriam tratados como “vítimas da sociedade”. Sempre que um vagabundo matasse alguém com frieza, lá estaria Dr. Evil para pedir mais “educação”, não importa se o assassino fosse da classe média escolarizada.

Com essa estratégia, Dr. Evil foi um sucesso de marketing. Sua foto circulava nas rodas de maconha da elite jovem, banqueiros doavam dinheiro para sua campanha e inúmeros intelectuais divulgavam sua abnegação profunda. Ele era a sensação do momento, ao menos nos bairros mais nobres.

Como tacada final de seu plano mirabolante, Dr. Evil colocou um palhaço chamado Greg como colunista do maior jornal do país, para que ele atacasse os ricos egoístas que desejavam preservar a escravidão. Dr. Evil, mestre do mal, chegava finalmente ao poder, pregando o bem.


Sobre o autor

Rodrigo Constantino é economista, escritor e um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”



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