Total de visualizações de página

terça-feira, 25 de outubro de 2016

FARÓIS DE LUZ - José Carlos Palermo

Faróis de Luz

Ao invés de determinarmos o que queremos, pois é assim que age um Filho de Deus Perfeito, ainda nos sentamos perante a nosso Pai e dizemos: Estou cansado desta vida!... Deus, tu pareces não saber os problemas que tenho!... Por que me abandonaste?... Preciso disso ou preciso daquilo!... 
Está na hora de pararmos de pedir, entendendo que quando pedimos, o fazemos por não nos sentirmos merecedores. É isso o que o nosso mental passa ao nosso racional dessa forma. 
Ao contrário de pedir, temos de começar a agradecer pelo que temos, e determinarmos a mudança que almejamos em nossa vida, nos dispondo de imediato à mudar. Mudar tudo em nossa vida, se necessário for. 
Cada um de nós tem aquilo que merece e esse merecimento vem de dentro de cada um de nós, não de um ser elevado. É uma questão de entendimento apenas. 
Reconheçamos de uma vez por todas aquilo que nossos Mestres nos vêm dizendo ao longo da nossa história, ou seja, que cada um de nós tem o poder de saber quem é, que cada um de nós tem a capacidade de saber que é mais do que parece ser. 
Aí está a questão: precisamos entender e, isso tem de ser agora, que somos nós os emissores de luz, que Jamais encontraremos solução em local algum, por melhor que seja, que não seja dentro de nós mesmos. Somos nós quem devemos levar a luz aos lugares escuros, mas ao invés disso, nos postamos de joelhos, pedindo a Deus que nos livre dessa carga! Fazendo isso, não vivenciamos o Deus que há em nós, e nos perdemos em nossa própria escuridão. 
Cada um de nós está no lugar certo e na hora certa, mas tem de acreditar nisso, do contrário, além de não ajudar no processo, será mais um a necessitar da ajuda dos que forem mais fortes e determinados. Permitamos nesse instante, que o amor de Deus que habita dentro de nós, nos inunde e nos preencha! Isso é o que chamamos de intenção, uma das energias mais fortes da Humanidade. 
É essa a sabedoria que faz com que ocorram as curas. E a cura de todas as doenças está ligada às mudanças em nosso DNA, que acontece na medida em que comecemos a ampliar nosso autoconhecimento. 
As situações em nossa vida podem ser simples ou complexas, dependendo apenas de como tratemos nossos pensamentos e sentimentos. 
De todas as guerras que possamos vivenciar, a maior delas é a que acontece nesse momento, entre a velha e a nova energia e, estamos agora, bem no meio dela. Notamos já muitos de nossos irmãos em desespero. Estamos todos no meio dessa guerra entre o velho e novo. 
Precisamos ter em nós a consciência latente, que somos eternos, pois essa é a condição necessária para a ampliação de nosso autoconhecimento. 
Sempre fomos e sempre seremos eternos! Esta vida atual é uma de muitas e nós escolhemos vir, quando a Terra tinha uma profecia de destruição. 
Não somos então, como dizem as tradições, pequenos e pecadores, somos sim co-criadores da vida com nosso Pai Maior. 
Somos nós os Faróis de Luz. 
Somos nós hoje, os mesmos seres que aqui vieram a muitos milhões de anos para evitar a destruição desse lindo planeta pelos nossos irmãos trevosos do passado, somos nós os habitantes de Mu, de Lemúria e de Atlântida. 
Já vivemos isso antes e tenhamos a consciência que podemos mudar a Terra completamente. Arregacemos as mangas e façamos o que nos propusemos antes de aqui voltarmos, que é levar a nossa Luz onde houver escuridão e, não nos desesperemos com o que passemos a ver à vossa volta, entendendo que não vivenciamos simplesmente uma guerra entre a escuridão e a luz! Mas sim, a luta do velho contra o novo! 
É uma luta entre os velhos paradigmas do planeta, contra o novo despertar da mestria que envolve a cada um de nós! 
Somos Faróis de Luz. 
Somos Filhos de Deus. 
Somos o Poder do Infinito aqui e agora. 
Luz em sua vida!

José Carlos Palermo

Enviado por: "Ucha Crystal" <uchacrystal@yahoo.com.br>

* * *

HABEAS PINHO – Ronaldo Cunha Lima

Ronaldo Cunha Lima

Em Campina Grande, na Paraíba, em 1955, um grupo de boêmios fazia serenata numa madrugada do mês de junho, quando a polícia chegou e apreendeu o violão.
Decepcionado, o grupo recorreu aos serviços do advogado Ronaldo Cunha Lima, recentemente saído da faculdade e que também apreciava uma boa seresta. Ele peticionou em Juízo, para que fosse liberado o violão.
Esse petitório ficou conhecido como “Habeas Pinho” e enfeita as paredes de escritórios de muitos advogados e bares em praias do Nordeste.
Mais tarde, Ronaldo Cunha Lima foi eleito deputado estadual, prefeito de Campina Grande (cassado pela Revolução), senador da República, governador do Estado e deputado federal.
Vejamos a famosa petição:

 Habeas Pinho

“Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara desta Comarca:


O instrumento do crime que se arrola
Neste processo de contravenção
Não é faca, revólver nem pistola.
É simplesmente, doutor, um violão.

Um violão, doutor, que na verdade
Não matou nem feriu um cidadão.
Feriu, sim, a sensibilidade.
De quem o ouviu vibrar na solidão.

O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade.
Ao crime ele nunca se mistura.
Inexiste entre eles afinidade.

O violão é próprio dos cantores,
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam as mágoas e que povoam a vida
Sufocando suas próprias dores.

O violão é música e é canção,
É sentimento de vida e alegria,
É pureza e néctar que extasia,
É adorno espiritual do coração.

Seu viver, como o nosso, é transitório,
Porém seu destino se perpetua.
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.

Mande soltá-lo pelo Amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno açoite
De suas cordas leves e sonoras.

Libere o violão, Dr. Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito.
É crime, porventura, o infeliz,
cantar as mágoas que lhe enchem o peito?

Será crime, e afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
perambular na rua um desgraçado
derramando na rua as suas dores?

É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento.
Juntando esta petição aos autos,
nós pedimos também DEFERIMENTO.

Ronaldo Cunha Lima, advogado.”

O juiz Artur Moura sem perder o ponto deu a sentença no mesmo tom:


“Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.


Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.


Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte á rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.


Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada,
Venha tocar à porta do Juiz.”

Ronaldo Cunha Lima
====