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sexta-feira, 30 de março de 2018

A LUA CHEIA DA PAIXÃO – Eglê S Machado

A lua cheia da paixão


Naquela quinta feira, véspera do dia fatal,
Brilhava a lua cheia, mas a noite era densa,
Quando o Iscariotes guiando a tropa tensa
Com um beijo entregou Jesus ao tribunal.

O Amor foi  arrancado do convívio dos seus,
Traído, foi despido, de cardos coroado,
Depois de com ferocidade, flagelado,
Somente por afirmar ser o Filho de Deus!

E então na  sexta feira ali crucificado
O pranto consternado ao Seu sangue mesclado
Promete ao bom ladrão: irás comigo ao Pai.

Em plena três da tarde se faz escuridão
E brilha a lua cheia. Do Amor em solidão
Atroz abandonado o seu vigor se esvai!

Eglê S Machado 
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
Sexta-feira Santa
Noite de Lua cheia

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AOS OITENTA E DOIS ANOS, AZEVEDO, TORNA-SE EXEMPLO PARA LITERÁRIOS CONTEMPORÂNEOS


Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Há 22 anos quando aposentou como auditor fiscal da Receita Federal, e com pendores literários, Azevedo, como é costumeiramente tratado nos meios literários, motivado por amigos, começou a escrever aos 65 anos. Utilizando a tecnologia da informação para seu tino autodidata, até então valeu-se de seu diário vivencial desde 1970. Tem cinco livros publicados.

Considerando-se um escritor ainda em formação, intitula-se uma pedra bruta a ser lapidada conforme crítica literária. Transitando da terceira para a quarta idade (82 anos) continua lendo, estudando e escrevendo para satisfazer seu ego, embora dificultem-lhe as dores físicas, a surdez severa, a memória esvaindo e outros empecilhos mais. Sem perder o senso crítico e a lucidez, reflete especialmente sobre a razão que leva os ingratos a agirem assim. Conclui sobre a diferença entre o velho e o idoso: ser velho é quando perdemos as esperanças e passamos a reclamar de tudo e de todos como se nada mais valesse a pena. Ser idoso é quando ainda descortinamos um novo porvir, transpondo barreiras na estrada da vida e abrindo picadas para as trilhas nas matas.

“Analisa também o aspecto vivencial da família, desmoralizada pela mídia e enxovalhada por quem mais deveria defendê-la: pais, mães e filhos.”

Boa leitura!

Escritor José Antônio de Azevedo, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever o seu livro “O Homem no Mundo”?

Azevedo - Trata-se de uma obra séria com algumas pitadas de ironia, discorrendo sobre vários temas, como episódios do dia a dia do país, a administração pública e o descaso das autoridades com os idosos, apesar do Estatuto do Idoso. Analisa também o aspecto vivencial da família, desmoralizada pela mídia e enxovalhada por quem mais deveria defendê-la: pais, mães e filhos.

Quais os principais desafios para a escrita de “Transição”?

Azevedo - Demonstrar a existência das duas grandes e traumáticas transições: a do nosso nascer e a do morrer. O nascituro, que está tranquilo no ventre da mãe, suporta um grande choque ao vir à luz. Ao morrer sofre enorme impacto ao transitar para a quarta dimensão.

Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do enredo que compõe a obra?

Azevedo - Divulgar minha visão sobre as transições por que passou o mundo na atualidade, visto que em menos de um século tudo que existe nele transformou muito mais do que o que ocorreu até então desde o Big Bang.

Dando continuidade à sua carreira literária, surge “O coração infarta quando chega a ingratidão”. Quais temáticas estão sendo abordadas por meio do enredo que compõe a obra?

Azevedo - O tema da ingratidão como o PIOR DEFEITO do ser humano. Nele, reflito sobre a razão que leva os ingratos a se utilizarem dos velhos como escada, enquanto produtivos, para os descartarem quando perdem a capacidade de trabalho.

E por fim temos “Comendo fogo e cuspindo cinza”. Por que este título?

Azevedo - Fiel à temática que me é cara e crítico sobre a sociedade, nas questões que envolvem pessoas idosas, apresento uma personagem nova, Zé Baiano, e o cidadão idoso Maicro, para fundi-los como em uma simbiose, transformando-os daí numa terceira, Ícaro. Resulta em seguida no melhor que há nos outros dois: o vigor da juventude com a experiência da maturidade. O simbiótico Ícaro, assim transformado, torna-se imbatível nas batalhas diárias da vida, pois descobre dentro de si uma fogueira de energia que gera potência para fazer funcionar o motor da juventude acumulada. Conduzo, assim, o tema por uma série de palestras que abordam vários aspectos da existência, sempre em busca do equilíbrio, tão necessário a quem come fogo e cospe cinzas para produzir a energia de que precisa na evolução da vida.

Onde podemos comprar seus livros?

Azevedo - “Transição” está à venda na Biblioteca 24h.
“O Homem no Mundo”, “O coração infarta quando chega a ingratidão” e “Comendo fogo e cuspindo cinzas” podem ser adquiridos nas livrarias Cultura, Martins Fontes e Asabeça.

Qualquer um destes títulos pode ser pedido pelo e-mail jazevedo2008@gmail.com  diretamente com o autor a preço a ser combinado, ou doado para leitores pobres que não tenham condições de comprar.

Quais os seus principais objetivos como escritor? Soube que já temos livro novo no prelo.

Azevedo - Considerando minha humilde e simples pessoa, não tenho pretensões financeiras como escritor, mas se angariar alguns leitores já me sinto orgulhoso e realizado. O livro que está no prelo “Evolução Transcendental da Juventude” está com previsão para ser editado até final de abril deste ano (2018).

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor José Antônio de Azevedo. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Azevedo - A todos os leitores o meu muito obrigado.

Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura


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ALGUNS PENSAMENTOS DE GRANDES SANTOS PARA MEDITARMOS NESTA SEMANA SANTA


29 de Março de 2018

Amigos da Cruz, que estudais um Deus crucificado, o mistério da cruz é um mistério desconhecido dos gentios, repelido pelos judeus e desprezado pelos hereges e pelos maus católicos; é, porém, o grande mistério que deveis aprender praticamente, na escola de Jesus Cristo, e que somente em sua escola podeis aprender”.
(São Luís Grignion de Montfort)

Aconselho-te a oração mental e com o coração, particularmente sobre a Vida e a Paixão de Nosso Salvador. Se as contemplares com frequência na meditação, encherás a tua alma, aprenderás a Sua modéstia e modelarás as tuas ações pelo modelo das Suas. Ele é a Luz do mundo; e n’Ele, por Ele e para Ele devemos ser instruídos e iluminados”.
(São Francisco de Sales)

São seis as coisas que se devem meditar na Paixão de Cristo:
A grandeza das Suas dores, para nos compadecermos delas;
A gravidade do nosso pecado, que é a sua causa, para o detestarmos;
A grandeza do benefício, para o agradecer;
A excelência da divina bondade e caridade, que se descobre nela, para a amar;
A conveniência do mistério, para se maravilhar com ele;
E a multidão das virtudes de Cristo, que resplandecem nela, para as imitar”.
(São Pedro de Alcântara)


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COMEMORAÇÕES SIMILARES! - Antonio Nunes de Souza


Estamos hoje em plena sexta-feira Santa, cultuando a morte de Jesus Cristo e, nos dias 25 de dezembro, comemoramos o nascimento do filho de Deus. O curioso e interessante é que, nas duas situações, os comportamentos são de uma semelhança incrível, já que em ambas as datas todos se locupletam de refeições nababescas, vinhos, frutas, cantorias, danças, rezas e algumas partes meio profanas como um complemento das nossas festas na terra!

Essa minha observação tem certo sentido, principalmente em função de serem dois acontecimentos distintos, sendo um de nascimento, que na verdade merece uma alegria total e muitas festividades. Entretanto, na sexta feira da paixão, onde temos a tristeza de relembrar os sofrimentos repugnantes, castigos severos e uma morte através de crucificamento, seria mais correto e justo, que fosse um dia de rezas, reflexões, leituras bíblicas, visitas as igrejas e, logicamente, ter suas refeições normais sem que deixassem transparecer, como se fosse uma festa e sim um sentimento profundo!

Essa festança toda, por justa razão, deveria ser no dia da ressureição de Cristo, pois, nesse dia, ele volta para casa do seu Pai. Acontecimento que prova a sua Santidade e a nossa alegria de Vê-lo subir ao céu!

Pelo peso da minha idade, posso dizer que, com alegria e satisfação comemorei muitas dezenas de Natais e, como também, fiquei em silencio orando em alguns momentos do dia, as emissoras de rádios saiam do ar, ou apenas tocavam músicas clássicas, (sem nenhuma propaganda), acompanhei muito as procissões do Senhor morto, todos cabisbaixos e fazendo suas benditas orações e, como hábito e costume milenar, comia meu peixinho frito ou de escabeche!

Creio que seria interessante se fazer uma reflexão e, com justiça, voltar aos hábitos passados, diferenciar os eventos, mostrar maior religiosidade e respeitar mais o Nosso Senhor Jesus Cristo!


Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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