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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

GRANDE RIO: Samba enredo para o Carnaval 2017

Compositores: Paulo Onça, Kaká, Dinho Artiligri, Rubens Gordinho, Alan Vasconcelos e Marco Moreno
Participação Especial:
Hugo da Grande Rio, Marcelo Bracco e Carlinhos Fiscal
Intérprete: Emerson Dias (participação especial: Ivete Sangalo)
Ligue o Vídeo abaixo:

Brilha minha estrela
alumia o meu caminhar
menina baiana do juazeiro
saudade mandou um cheiro
velho Chico… Histórias fez lembrar
Nossa Senhora sempre a me guiar
sol inclemente
terra seca era o sertão
adolescente, abraço o violão
forroziei, pulei fogueira, viva são João
minha família, doce inspiração.


E lá vou eu, pé na estrada
e lá vou eu, meu amor
olhos de fogo da serpente encantada
iluminavam meu destino a Salvador.


Cantei a noite buscando o que eu queria
alegria! Alegria!
Guitarra, frevo, tambores que tem magia
ê Bahia! Ê Bahia!
Com a Eva encantei toda cidade
no trio arrastei as multidões
canto a minha verdade, africanidade
mistura de emoções
meu timbau… Virou sucesso internacional
nos palcos do mundo o estrelato a consagração
comunidade, povo do gueto, eu sou
Caxias me abraçou.


A Grande Rio vem dar um banho de axé
salve! Toda essa gente de fé
o tambor da invocada promete
levanta a poeira Ivete.


* * *

ITABUNA CENTENÁRIA: UM POEMA - Jasmínea Benício Mídlej

                         Retrato de uma Flor                                               
Existe um ser que por si só é tudo!



É tão sublime que não há

Quem o defina com precisão...

É amparo, é dedicação, é ternura!

É simplicidade, é sacrifício, é candura,

É um transbordar de bondade e autenticidade,

Um verdadeiro dilúvio de amabilidade!

Juntem todas assas qualidades

A uma só pessoa mui querida,

E veremos com sinceridade

Que elas só podem pertencer àquela que nos deu a vida!

É a ela que estes versos dedicamos

E felizes aqui todos estamos

Para homenageá-la neste belo dia,

Com um grande e terno amor que extasia!

Este ser se resume em uma pequena palavra

De apenas três letras, e grande significação:

A 1ª, o M, representa meiguice, modéstia e mansidão,

A 2ª, o A, o amor, aspiração, abnegação,

A 3ª, o E, a espiritualidade, encantamento, emoção!

Mãe! Sinônimo de candura

Mãe! É o ser todo ternura!

Mãe! A transmissora da paz e da confiança!

Palavra doce, tão doce

Que não nos sai da lembrança!


(MINHA ROSA VERMELHA) 

Jasmínea Benício Midlej 


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JASMÍNEA BENÍCIO DOS SANTOS MIDLEJ, poetisa, nasceu no dia 25 de março de 1922 e faleceu no dia 03 de julho de 2016.Quinta dos 11 filhos do casal Francisco Benício e dona Loura, Jaó nasceu em Itabuna.
Formada em Secretariado, também formou-se em Educação Musical. Tocava Piano. Teve cinco livros publicados. Foi membro efetivo da Academia Grapiúna de Letras (AGRAL) e ocupou com muita dignidade a Cadeira 24, que tem como patrono Jorge Emílio Medauar.

* * *

UM RETRATO - Helena Borborema

Um Retrato


          Itabuna evolui. Lafayette de Borborema, passo a passo, acompanha o seu progresso. A vida econômica é pujante, mas a violência continua; há outra forma de agressão, não à pessoa humana, mais ao seu patrimônio: o caxixe.

          Lafayette de Borborema, na tribuna do Júri, ou nas caladas da noite, debruçado sobre a sua mesa de trabalho, caneta na mão, defende, acusa, pede justiça. O ideal que o fez aportar nesta terra de Itabuna aqui o manteve. Jamais se acovardou diante das ameaças dos prepotentes, jamais transigiu. Com uma grande banca de advocacia, nunca se deixou cegar pela ambição. A riqueza, a usura do dinheiro não faziam parte de sua vida. Aquele cacau, que era o desvario de muitos, nunca o fascinou. Nunca se aproveitou da angústia e do desespero de um constituinte para dele tirar proveito, tomando-lhe algum bem. A sua riqueza eram as  qualidades morais, com que sempre pautou a vida e a profissão. O seu ideal era ser fiel à sua vocação de advogado. Viveu num meio violento, condenou destemidamente bandidos no banco dos réus, enfrentou “chefões” políticos. Em toda a sua vida nunca usou uma arma, porque a sua grande arma  era a força moral com que sempre se impôs e se fez respeitado.

          Inteligente e preparado, mas modesto nas suas atitudes, gostava mais de ouvir do que de falar, dando simplicidade à sua conversação. Muito calmo, discreto, cortez, era incapaz de ofender deliberadamente a qualquer pessoa,  por mais humilde que fosse. Na tribuna do Júri, mesmo acusando fortemente, procurava  não ofender, embora, quando preciso soubesse ser mordaz e satírico. Era impressionante a paixão que tinha por uma causa difícil; quanto mais embaraçada a questão, mais ele a abraçava. Os honorários pouco o interessavam, valia a vitória na contenda. A assistência gratuita ele dava com o mesmo interesse, esforço e dedicação de uma causa remunerada. Poder ajudar  a um constituinte pobre, salvar-lhe a “burara”, a casinha ou o pequeno pecúlio, valia-lhe mais  do que qualquer remuneração monetária. Quando ele completou 50 anos de formatura, numa festa em sua homenagem, o Bel. Bartolomeu Brandão pronunciou um discurso onde há um trecho que diz:

            “Na luta pela justiça, pelo reconhecimento dos direitos individuais postergados, a advocacia, que não é apenas o eco profundo dos dolorosos dramas humanos, a advocacia se realiza, sobretudo, como uma força poderosa em defesa da esperança, da vida e da descendência dos que sofrem”. Essa advocacia Lafayette de Borborema a realizou até o fim de sua vida.

            Espírito independente, nunca bajulou políticos nem nunca pleiteou cargos, os que ocupou foram por eleição ou a convite. O “Jornal de Itabuna”, que fundou em 1920 foi uma das armas com que se bateu. Lutava com lealdade, sem paixão e sem ódio, a bem dos interesses da terra e da sociedade. Durante os 58 anos que aqui viveu, a despeito das lutas no campo político e profissional que enfrentou, jamais teve um inimigo pessoal. Durante 60 anos amou e se dedicou à advocacia com o mesmo entusiasmo e idealismo de recém-formado. A vida laboriosa talvez fosse o segredo da saúde física que desfrutou até à velhice e da jovialidade de espírito que lhe dava a alegria e disposição com que enfrentava cada dia.

          Aqui constituiu família. Casado com dona Odília de Borborema, teve seis filhos, dos quais uma menina faleceu aos seis meses de idade e duas outras logo após o nascimento. Sobreviveram-lhe três, dos quais um,  Péricles de Borborema (advogado) faleceu três anos e meio após ele.

          Não era católico praticante, mas um homem de grande fé religiosa. Temente a Deus, procurava sempre fazer o bem e, na educação dos filhos se fazia questão do aspecto religioso, muito lhes incutiu também o amor à terra.

          Não tinha amor a dinheiro. Dinheiro para ele representava apenas alimentação farta, abundante em casa e bons colégios para os filhos, no que não media sacrifícios em pagar, ainda, para eles, cursos de piano, de pintura e o que mais quisessem. E só. Mas aos livros e à papelada dele dedicava um amor que chegava às raias da adoração. No seu escritório, sobre mesas e cadeiras, os papeis subiam em pilhas incríveis e ai de quem mexesse em um deles! Também tinha de tudo, porque tudo guardava – jornais, boletins de propaganda, almanaques, cartas, recibos,  convites que iam se juntando e se multiplicando em pilhas através dos anos. Quem entrasse em seu escritório tinha por certo a impressão de um caos, mas para ele aquilo era a ordem perfeita, sabia o lugar certo de cada pedaço de papel. Quando se rasgava um papel com algum a coisa escrita a ele, dava a impressão de que se estava cometendo um crime.

          Sempre procurando se atualizar dentro da profissão, comprava os livros de Direito que lia e estudava até altas horas da noite, sem tédio, com a disposição de um jovem estudante.

          Sentia-se que ele amava aqueles livros; a gente podia perceber o carinho com que os olhava, o cuidado que tinha em não rasgar ou machucar uma página, mirava cada um como se  fosse um objeto de veneração.

          Amante das grandes caminhadas, quando ia a Salvador a negócio ou a passeio, que ele chamava de “recordação e saudade”, evitava muitas vezes tomar transporte, pelo prazer de andar a pé. Subia e descia ladeiras, já na casa dos setenta anos, com a disposição de um adolescente. Visitava a sua velha Salvador, revendo as ruas onde morou, onde passou a sua infância e adolescência, revendo igrejas, o cemitério onde jaziam os parentes falecidos, as praias da Boa Viagem onde, menino, veraneava com a família, - tudo ele revia porque tudo fora guardado no coração. Mas esses passeios só valiam se fossem feitos a pé!

          Não bebia, não fumava, nunca jogou. Mas tinha um passatempo que bem se coadunava com o seu temperamento calmo e ao qual se dedicou desde jovem: colecionar selos, tendo organizado bonitos e bem cuidados álbuns.

          Passaram 58 anos desde aquela tarde de março de 1907, quando aqui chegou aquele jovem de 24 anos incompletos, cheio de idealismo e coragem para lutar.
  
          Não buscou a riqueza dos cacauais de frutos dourados, à cuja sombra muitas lágrimas foram vertidas e muito sangue derramado.

          Não buscou a vaidade do poder, aquele poder que avilta quem o possui e atrai os bajuladores.

          Buscou apenas um ideal, e esse ideal ele encontrou, a ele se prendeu, por ele lutou e deu uma vida.

          Realizou-se no exercício da profissão e em poder servir à terra que adotou e amou, tendo participado de todos os movimentos ligados aos interesses de Itabuna.

          Foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, tendo feito, pelas colunas do seu jornal, várias campanhas em favor desse hospital nos seus primeiros anos de existência. Membro da Irmandade da Santa Casa, tendo feito parte da sua diretoria. Delegado de Polícia. Presidente da Ordem dos Advogados, Subseção de Itabuna. Consultor Jurídico da Prefeitura Municipal. Secretário da 1ª Comissão pró-construção da nova Igreja Matriz de São José. Por ocasião das suas bodas de ouro de formatura, foi homenageado pelo Lions Club de Itabuna, através do seu presidente, o Juiz Dr. Lafayette Veloso, que o fez sócio honorário.

          Pioneiro no setor de sua atividade, quando fez  50 anos de formatura, Itabuna prestou-lhe grandes homenagens; dentre as muitas que recebeu há uma também muito bonita e significativa, vinda de Salvador. Foi um pergaminho assinado por todos os juízes que passaram pela Comarca de Itabuna, com os dizeres que bem retratam o advogado que ele foi:

                                         “ Lafayette de Borborema,
          Ao comemorares teus cinquenta anos de formatura dedicados ao Direito, nessa laboriosa Comarca de Itabuna, onde foste o Pioneiro na Advocacia, modelo de perseverança, exemplo na conduta, jamais a ambição cegando teus olhos sempre voltados para a JUSTIÇA e a VERDADE, nós, teus colegas, Magistrados que por aí passamos, guardando nitidamente a impressão de seres um verdadeiro APÓSTOLO DA ADVOCACIA, enviamos com esta Mensagem a nossa adesão às manifestações deste dia.

          Cidade do Salvador, Bahia, 11 de dezembro de 1955.
Ass.:
          Clóvis Leone
          José Desouza Dantas
          Cleóbulo Cardoso Gomes
          Agenor Velosso Dantas
          Dan Moreira Lobão
          Alfredo Luiz Vieira Lima
          Moreira Caldas
          Altino Serbêto de Barros
          Barros Pôrto
          Geminiano Conceição.”
  
          Aquela promessa feita à família, em Salvador, de que retornaria dentro de um ano, caso não suportasse as vicissitudes e perigos da Vila, estava agora muito no passado. A terra de tantas violências era, também, de alegrias compensadoras e de muito calor humano. E a terra o fascinou. Aqui ele fincou raízes, cresceu, frutificou e permaneceu, participando das alegrias, tristezas, sonhos e realizações da terra que viu nascer, crescer e que tanto amou.
      
          Quando, na noite de 25 de junho de 1965, aos 82 anos de idade, Lafayette de Borborema fechou os olhos à luz do mundo, foi com a mesma serenidade com que sempre viveu. Morreu com a consciência tranquila de quem só praticou o bem. Respeitado, acatado por todos, amado estremecidamente pelos seus, deixou aos filhos um nome honrado e o exemplo de suas grandes virtudes.

          A sua vida podia ser resumida nas palavras do Advogado Bartolomeu Brandão quando, num discurso, a ele se referiu:

          “Lafayette de Borborema foi um trabalhador da grandeza de Itabuna, porque Itabuna não se fez apenas pela contribuição material dos construtores da sua economia. Fez-se, também, pelo concurso, pelo trabalho de outros obreiros, de outros valores humanos. Valores que, na fase informe da sua organização, aqui surgiram com a maravilhosa mensagem da cultura, da ordem, da beleza, da harmonia. E Lafayette de Borborema foi um desses valores”.


(Lafayette de Borborema -  UMA VIDA, UM IDEAL)
Helena Borborema

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HELENA BORBOREMA -  Nasceu em Itabuna. Professora de Geografia lecionou muitos anos no Colégio Divina Providência, na Ação Fraternal e no Colégio Estadual de Itabuna. Formada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia de Itabuna. Exerceu o cargo de Secretária de Educação e Cultura do Município. (A autora)

Conhecida professora itabunense, filha do Dr. Lafayette Borborema, o primeiro advogado de Itabuna. É autora de ‘Terras do Sul’, livro em que documento, memória e imaginação se unem num discurso despretensioso para testemunhar o quadro social e humano daqueles idos de Tabocas. Para a professora universitária Margarida Fahel, ‘Terras do Sul’ são estórias simples, plenas de ‘emoção e humanidade, querendo inscrever no tempo a história de uma gente, o caminho de um rio, a esperança de uma professora que crê no homem e na terra’.  (Cyro de Mattos)

* * *

OCO - Geraldo Maia

Imagem Google
Oco 

Fica com o meu coração

já não me serve mais
usei por uns tempos
para te amar tanto
e de nada valeu
e como sempre foi teu
talvez encontres uso
esse coração é tudo
o que restou de mim
agora não sobra nada
se não quiseres
vai ficar aí no chão
para ser chutado
ou tangido pelo vento
quem sabe sirva
de comida para ratos
toma o meu coração
eu te dei de bom grado
com ele te amei de um
modo desesperado
insano, inteiro, total
mas de nada valeu
não serve para nada
nem para usado
no lugar do teu
que eu já sei
onde foi parar

Geraldo Maia


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Geraldo Maia, poeta
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto)
Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBA
Coordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro Calmon
Trabalha na empresa Folha Notícias,
Filho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

* * *

AS TREVAS DE JANETE- O Antagonista

As trevas de Janete
Brasil 22.02.17 


Dilma Rousseff deu uma pedalada nas contas de luz.
E o rombo de 62,2 bilhões de reais terá de ser pago pelos consumidores nos próximos oito anos.

O Antagonista publicou ontem:

A conta de luz de todos os brasileiro vai ficar mais cara em 7%, em média, neste ano.

O aumento da tarifa, noticia o Jornal Nacional, foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica e servirá para indenizar as empresas transmissoras de energia, que aceitaram renovar seus contratos de concessão com o governo, em 2013, de forma antecipada.

O valor total da indenização soma R$ 62 bilhões, que serão cobrados nas contas dos consumidores durante oito anos, até 2024, portanto.

Em 2012 e 2013, Dilma Rousseff interveio no setor elétrico com o objetivo de reduzir a tarifa de energia na canetada.
Não deu certo, claro.

A conta chegou e vai continuar chegando por oito anos.*

Dilma Rousseff é assombrosamente incompetente. Mas o desfalque no setor elétrico faz parte de seu estelionato eleitoral. Ela apagou a luz da democracia.

[...]

*Leia mais

“O PT destruiu o setor elétrico”

O Financista 31.08.16 

O Brasil vive uma temporada de rescaldo. Para cada lado que se olha, encontram-se ruínas fumegantes de setores atingidos pelas políticas desastrosas dos governos petistas. Um dos mais afetados é o elétrico, praticamente quebrado pela intervenção de Dilma, em 2012. “O PT fez uma política de terra arrasada no setor”, resume Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Confira os principais trechos da conversa com O Financista.

O Financista: O que significa a atual onda de empresas e ativos à venda no setor elétrico?

Adriano Pires: O setor elétrico foi uma grande vítima dos governos petistas, a ponto de ter sido praticamente destruído. Basicamente, o que Dilma quis fazer, com a medida provisória de 2012, foi baixar as tarifas em um momento de alta dos custos. Depois, quando ganhou a eleição, ela precisou dizer a verdade: o setor estava quebrado. Veio o tarifaço na conta de luz. Isso representou, na prática, um racionamento forçado de energia, já que os brasileiros reduziram o consumo diante do preço alto. Dilma literalmente desligou o setor elétrico.

O Financista: Como empresas de um setor quebrado podem atrair compradores?

Pires: Isso depende muito do modelo que o governo Temer adotará para o setor. Os ativos à venda não são ruins. O que é necessário é uma política setorial mais pró-mercado.

O Financista: Como?

Pires: Primeiro, mudando a regulamentação das distribuidoras, que foram as mais penalizadas pela política petista. Também é preciso criar uma política de venda de ativos da Eletrobras e tornar a Aneel mais transparente. Outra coisa que devemos considerar é que, nos últimos anos, a matriz elétrica ficou mais dependente de fontes intermitentes, aquelas que dependem de algumas condições para gerar energia, como a solar e a eólica. Além disso, as usinas a fio d´água também transformaram as hidrelétricas em fontes intermitentes: se há chuvas, temos energia; caso contrário, não. Precisamos reduzir a dependência em relação ao clima. Para isso, é preciso colocar as usinas térmica na base do sistema, e não apenas como backup.

O Financista: Mas as térmicas não encarecem a energia?

Pires: No fundo, elas podem ajudar a moderar a tarifa.
Atualmente, elas só são ligadas em caso de escassez de oferta, quando as hidrelétricas estão com reservatórios baixos. Se elas estiverem na base, poderão balancear a oferta das hidrelétricas. Além disso, seriam usinas que consomem gás natural, que é mais barato e bem menos poluente. Outra iniciativa para baratear a energia é promover leilões regionais, com base nas vantagens comparativas de cada local: solar, eólica, hidrelétrica, termelétrica.

O Financista: Voltando a potenciais investidores: por enquanto, só os chineses demonstraram interesse.

Pires: As empresas chinesas são estatais e, portanto, sua lógica de investimentos é diferente da de empresas privadas. Até ontem, o Brasil apresentava um elevado risco político, econômico e regulatório. Isso praticamente proíbe investidores privados de se arriscarem por aqui. Já os chineses têm outra lógica: eles aumentam seus ganhos com uma estratégia casada de venda de equipamentos, por exemplo. Agora, com o governo Temer, os investidores privados devem voltar.

O Financista: Em quanto tempo, o setor pode se recuperar?

Pires: É difícil dizer. Primeiro, porque o PT fez uma política de terra arrasada no setor. Segundo, porque vai levar tempo para arrumar tudo. O importante é que o dever de casa começou a ser feito. Se o governo continuar nesse rumo pró-mercado, acho que já podemos atrair investidores no ano que vem. O que devemos evitar são as empresas que se dispõem a trabalhar com “taxas de retorno patrióticas” – aquelas artificialmente baixas, apenas para promover populismo tarifário. Só dois tipos de empresas aceitam isso: aquelas que estão lucrando por outros meios, como vimos com as empreiteiras da Lava Jato, e as aventureiras, que não sabem onde estão entrando: assumem riscos indevidos, quebram e deixam todos na mão.



* * *

OS DESAFIOS

Os desafios


Desafio é considerado como aquilo que é difícil, perigoso. Todos temos nossos desafios diários. Uns maiores do que outros. E, na pauta das nossas realizações, cada qual encara o desafio de uma maneira diferente.

Alguns o creditam à conta das dificuldades, estancam o passo e se dão por derrotados, sem combater.

Outros tantos enfrentam os desafios e se tornam vencedores.

Diz-se que o general Mac Arthur foi recusado na academia militar de West Point, não uma, mas duas vezes.

Tentou uma terceira vez, foi aceito e graduou-se como primeiro aluno, no ano de 1903.

Já na reserva, durante a segunda guerra mundial, foi chamado à ativa e marchou para os livros de história. Recebeu a capitulação japonesa em 1945 e comandou as tropas de ocupação até 1950.

Nesse ano, foi convocado para chefiar as tropas, sob a bandeira da ONU, na Coréia.

Albert Einstein foi qualificado por sua professora como "mentalmente lerdo, não sociável e sempre perdido em devaneios tolos".

Ele não deu ouvidos às referências nem às dificuldades com aprendizagem nos primeiros anos escolares.

Doutorou-se na Universidade de Zurique, ofereceu ao mundo a teoria da relatividade e foi prêmio Nobel de Física de 1921.

Alexander Graham Bell, ao inventar o telefone, em 1876, não tocou o coração de financiadores com o aparelho.

Houve quem comentasse: "é uma invenção extraordinária, mas quem vai querer usar isso?"

No entanto, o telefone lhe valeria o prêmio volta, do instituto francês.

O dinheiro do prêmio serviu-lhe para montar um laboratório em Washington, legando à humanidade entre outras tantas invenções, o ouvido artificial, capaz de registrar sons e o pulmão de aço para respiração artificial.

Ludwig Van Beethoven teve uma vida marcada por amarguras, por causa da perda progressiva da audição, que teve início aos 31 anos.

Aos 44 anos, ficou completamente surdo, o que não o impediu de continuar a compor sonatas para piano, variações sobre uma valsa de Diabelli, a nona sinfonia.

Sua música, naquele período, se tornou abstrata, diferente.

Winston Churchill foi um estudante medíocre. Seu pai o transferiu para um colégio militar e ele concluiu o curso com brilho.

Perdeu a primeira eleição que disputou. Sua carreira política somente se iniciou depois de sua fuga de um campo de prisioneiros na África do Sul.

Seria sucessivamente derrotado em três eleições, e sua maior contribuição ao mundo se daria quando já era cidadão idoso.

Foi jornalista, escritor, pintor, orador e político, numa sucessão de perdas e recomeços, até alcançar o que o mundo considera sucesso, reconhecimento público.

Informando-nos a respeito dos feitos e das lutas incessantes de homens como esses, com certeza nos perguntaremos: 
"qual a diferença entre eles e nós?"

Por que eles conseguiram vencer?"

E a resposta é que eles acreditaram em si mesmos. Não desistiram ante as derrotas ou insucessos, não deixaram de lutar contra o desânimo, o fracasso, nem se deixaram levar pelas observações apressadas de pessoas sem visão de futuro.

Pense nisso

Todos somos portadores de dificuldades. O grande desafio é vencê-las, quando e onde se apresentem.

Para o cristão, o maior dos desafios será viver fielmente os princípios que esposa, num mundo onde quem mais tem, é melhor considerado.

Contudo, têm por modelo o maior de todos os vencedores: Jesus. Ele venceu o desafio do abandono dos amigos, a solidão nas horas mais amargas e a morte vergonhosa que Lhe impuseram.

Um dos Seus mais belos exemplos é o de que o homem tudo pode quando movido pela certeza das verdades que carrega.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em informações colhidas na enciclopédia Mirador



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