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domingo, 26 de março de 2017

26 DE MARÇO: DIA DO AMIGO VIRTUAL- Eglê S Machado

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MEU AMIGO VIRTUAL...


Dia 26 de março
Minha emoção é real
Sou sincera, não disfarço,
Tu és perfeito, ideal.
Marquei no meu coração
Um poema sideral,
Compartilhei a canção
Mais suave essencial.
Curti tua linha do tempo
No Facebook legal,
Deletei o contratempo
Que ocultava a luz vital.
No meu blog multicor
Postei tua imagem final,
Acessei teu interior
E vi uma paz total!

“SÓ PRA TE FALAR DE AMOR
AMADO AMIGO VIRTUAL”!

Eglê S Machado
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL


* * *

HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017

(Louvado sejas, ó Senhor)

Tema: Fraternidade: Biomas brasileiros e defesa da vida
Lema: Cultivar e guardar a criação (Gn 2,15)
Letra: Pe. José Antônio de Oliveira
Música: Wanderson Freitas


Ligue o vídeo abaixo:

 Louvado sejas, ó Senhor, pela mãe terra,
Que nos acolhe, nos alegra e dá o pão (cf. LS,1).
Queremos ser os teus parceiros na tarefa
De “cultivar e bem guardar a criação”.


Refrão:
Da Amazônia até os Pampas,
Do Cerrado aos Manguezais,
Chegue a ti o nosso canto
Pela vida e pela paz. (2x)

 Vendo a riqueza dos biomas que criaste,
Feliz disseste: tudo é belo, tudo é bom!
E pra cuidar da tua obra nos chamaste
A preservar e cultivar tão grande dom (cf. Gn 1-2).

 Por toda a costa do país espalhas vida;
São muitos rostos – da Caatinga ao Pantanal:
Negros e índios, camponeses: gente linda,
Lutando juntos por um mundo mais igual.

 Senhor, agora nos conduzes ao deserto
E, então nos falas, com carinho, ao coração (cf. Os 2,16),
Pra nos mostrar que somos povos tão diversos,
Mas um só Deus nos faz pulsar o coração.

 Se contemplarmos essa “mãe” com reverência,
Não com olhares de ganância ou ambição,
O consumismo, o desperdício, a indiferença
Se tornam luta, compromisso e proteção (cf. LS, 207).

Que entre nós cresça uma nova ecologia (cf. LS, Cap. IV),
Onde a pessoa, a natureza, a vida, enfim,
Possam cantar na mais perfeita sinfonia
Ao Criador que faz da terra o seu jardim. 





* * *

MENSAGEM – Por Ruth Caldas

Foto: Itabuna Centenária- ICAL

Mensagem 
(Acróstico)
  
Eterno é o amor do Pai,
Trazendo-nos a paz
Encontrada nesta vida,
Realizando maravilhas
No meio de nós,
Apesar de sermos pecadores
Somos considerados seus filhos.

Sua misericórdia é grande
Abrasando a nossa mente,
Unificando um amor maior,
Desabrochando em nossos corações
Aumentando a nossa fé.
Divino Pai Eterno
Edifica nossas almas
Sobrescritas nesta mensagem.

Rute Caldas 

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“De Ruth Caldas
Para Raul Otávio N. Caldas Cortes
Inspirado pela pessoa que muito te amou:
TUA MÃE.”

Vem aí “A História de Ruth”.


* * *

SECA – FOME QUE ENRIQUECE, Por Oscar Benício dos Santos

Seca – Fome que enriquece

  
Quinze milhões de cabeças de gado,
na seca, de fome e sede morreram;
não culpemos o acaso ou o fado,
mas os políticos que enriqueceram.  

Nordestinos, como o rebanho dizimado
de fome, sede e tristeza, feneceram.
Preferiram tombar no torrão amado,
que no sul, onde o frio e saudade laceram. 

O governo fez “coliseus” imensos
e deu circo aos míseros nordestinos,
sonegando-lhes o pão ou “brioches” finos.  

Mas, deu-lhes numerosas e ricas arenas
pr’eles assistirem irônicas cenas,
onde se digladiam irmãos pretensos.  


Oscar Benício Dos Santos


* * *

PALAVRA DA SALVAÇÃO (19)

4º Domingo da Quaresma - 26/03/2017

Anúncio do Evangelho (Jo 9,1.6-9.13-17.34-38)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença. E cuspiu no chão, fez lama com a saliva e colocou-a sobre os olhos do cego. E disse-lhe: “Vai lavar-te na piscina de Siloé” (que quer dizer: Enviado). O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.

Os vizinhos e os que costumavam ver o cego — pois ele era mendigo — diziam: “Não é aquele que ficava pedindo esmola?” Uns diziam: “Sim, é ele!” Outros afirmavam: “Não é ele, mas alguém parecido com ele”.

Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo!”

Levaram então aos fariseus o homem que tinha sido cego. Ora, era sábado, o dia em que Jesus tinha feito lama e aberto os olhos do cego. Novamente, então, lhe perguntaram os fariseus como tinha recuperado a vista. Respondeu-lhes: “Colocou lama sobre os meus olhos, fui lavar-me e agora vejo!”

Disseram, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado”. Mas outros diziam: “Como pode um pecador fazer tais sinais?”

E havia divergência entre eles. Perguntaram outra vez ao cego: “E tu, que dizes daquele que te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta”.

Os fariseus disseram-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e estás nos ensinando?” E expulsaram-no da comunidade.

Jesus soube que o tinham expulsado. Encontrando-o, perguntou-lhe: “Acreditas no Filho do Homem?” Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu creia nele?” Jesus disse: “Tu o estás vendo; é aquele que está falando contigo”.
Exclamou ele: “Eu creio, Senhor!” E prostrou-se diante de Jesus.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a encenação da cura de um cego:


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 “Vai lavar-te na piscina de Siloé. O cego foi, lavou-se e voltou enxergando” (Jo 9,7)

Jesus afasta-se do Templo, fugindo dos fariseus que queriam apedrejá-lo por ter dito: “Eu sou a luz do mundo”. Ele vai repetir isso e demonstrar com atos, dando ao cego a capacidade da visão. Não conhecemos o nome deste cego. Só sabemos que é um mendigo, cego de nascimento, que pede esmola nas proximidades do templo. Não tem experiência da luz, não a conhece, nunca a viu. Estava sentado, não podia caminhar nem orientar-se por si mesmo; estava imóvel, dependendo sempre dos outros. Sua vida transcorria nas trevas. Nunca poderia conhecer uma vida digna.

Também não se menciona que era sábado, somente ao longo da narração. Jesus não leva em conta essa circunstância à hora de fazer bem ao ser humano. “Amassar barro” estava explicitamente proibido pela interpretação farisaica da lei. O amassar o barro no sétimo dia, prolonga o sexto dia da criação. Jesus termina a criação do ser humano.

Este ponto de partida é chave para ressaltar o ponto de chegada. Jesus vai ativar no cego a mobilidade e a independência, vai lhe devolver a capacidade de ver, vai reconstruí-lo como ser humano por inteiro. Jesus vê na cegueira uma ocasião para a manifestação da atividade salvífica de Deus. As obras que Deus realiza consistem em libertar o ser humano de sua inatividade e dar-lhe capacidade de ação.
                      “Enquanto é dia, temos de realizar as obras d’Aquele que me enviou”.

Jesus não consulta ao cego se ele quer ficar curado, pois sendo cego de nascimento não tem experiência da luz e não a pode desejar de maneira especial. Mas a cura não acontece automaticamente; o cego tem de aceitar a luz e optar livremente por ela. Jesus não lhe tira a liberdade: oferece-lhe a oportunidade e coloca diante dos seus olhos o projeto de Deus sobre o ser humano. A decisão de recuperar a vista fica nas mãos do cego: ela se manifesta no fato de ir à piscina de Siloé por sua própria iniciativa, de caminhar livremente, de poder sair do seu lugar, lavar-se na piscina, para chegar a ser ele mesmo.

Jesus passa à ação. João usa dois verbos para indicar a aplicação do barro nos olhos: aqui untar-ungir tem relação com o título de Jesus “Messias” (que significa o “ungido”). Mais adiante dirá simplesmente “aplicar”. Aquí está a chave de todo o relato. O cego é agora um “ungido”, como Jesus. O homem ferido na sua cegueira foi transformado pelo Espírito.

A reação das pessoas (parentes, vizinhos...) sobre a identidade do cego manifesta a novidade que o Espírito realiza. Sendo o mesmo, é outro. O que era cego revela a nova identidade de homem reconstruído pelo Espírito: ele agora é um ungido, encontrou-se a si mesmo – “Ele afirmava: sou eu”.

Ao “ungir-lhe os olhos”, Jesus convida o cego a ser homem “acabado, reconstruído, restaurado...”
Os outros personagens continuam em sua cegueira: fariseus, conterrâneos, pais… são símbolos da dificuldade de aceitar a luz quando esta ilumina o que não se quer ver.

Há uma grande diferença entre o cego sem iniciativa, sem liberdade no início da cena, e o homem livre depois da cura. Daí que ele utilize as mesmas palavras que tantas vezes, no evangelho de João, Jesus utilizava para identificar-se: “Sou eu”. Esta fórmula deixa transparecer a identidade do ser humano recriado pelo Espírito; descobre a transformação que se realizou em sua pessoa e quer que os outros a vejam.

O cego opta livremente pela luz. Segue o caminho apontado por Jesus e chega à meta indicada. Ele, que era só limitação, recupera sua autonomia e deixa-se conduzir pelo Espírito. O que de verdade importa é que este homem estava limitado e carecia de toda liberdade antes de encontrar-se com Jesus. Agora descobre o que significa ser pessoa e se sente completamente realizado. O Espírito o capacitou para desatar todas as possibilidades de ser “humano”.

Sua vida, escondida e dependente, está agora cheia de sentido. Perde o medo e começa a ser ele mesmo, não só em seu interior mas diante dos outros. O horizonte que se abre para ele é indescritível. O mundo mudou radicalmente; agora ele poderá dar orientação à própria vida: não dependerá mais que os outros o conduzam.

O relato do evangelho de hoje é, sobretudo, uma catequese cristológica. Como aparece Jesus nele? Em primeiro lugar, Jesus é Aquele que vê. Na cena do “cego de nascença”, onde os discípulos viam um pecador, Jesus via um ser humano. Seu olhar não se detinha na máscara, mas contemplava um rosto.

O “cego de nascença” encontra em Jesus um olhar encorajador, compreensivo, que acredita nele e lhe inspira confiança; um olhar que não se prende ao passado, mas abre uma nova possibilidade de vida. Um olhar que ativa nele a capacidade de olhar a própria vida de maneira diferente. Por isso, Jesus aparece também como Aquele que faz ver. É o mestre que vai curando a cegueira e trazendo luz, para que a pessoa, descobrindo sua identidade, possa dizer como o cego curado: “sou eu”.

Neste tempo quaresmal, sentimos a urgência de uma conversão do nosso olhar; é preciso purificar o olhar, cristificá-lo. Olhar com os “olhos cristificados”. Não se trata de qualquer olhar. É o olhar limpo, diáfano, gratuito e desinteressado, que destrava e expande a vida do outro numa nova direção. Contemplar o rosto do outro é sentir sua presença, sem pré-conceitos e pré-juízos..., vendo nele o sinal da ternura de Deus. Passar da contemplação à acolhida: este é o movimento da oração dos olhos.

O “olhar contemplativo” está perdendo sua força criativa no contexto atual; marcado pela ansiedade de querer “ver” tudo ao mesmo tempo, o ser humano já não é mais capaz de fazer uma “pausa” para se deixar “ver” pela realidade. Sob o peso do olhar do racionalismo, ele tudo examina, compara, esquadrinha, mede, analisa, separa... mas nunca “exprime”. Daí o olhar reprimido, desviado, insensível, frio, duro, ríspido...

Este é o pecado contra o olhar: olhar supérfluo e imediatista, olhar esquizofrênico e narcisista, olhar morno, sem vibração, sem brilho, sem assombro... Nesse olhar não há lugar para a admiração, nem para a acolhida e a presença do outro. Só existe o olhar que “fixa”, escraviza e aliena.

A arte de viver consiste, fundamentalmente, em chegar a ver tudo com o coração. Só o coração descobre em tudo as pegadas da Presença Última, que olha a partir do rosto de cada pessoa, a partir da beleza de cada criatura. O amor nos abraça em tudo quanto vemos.

Texto bíblico:  Jo 9,1-41

Na oração: Ver mais além, a partir do coração, transcender, despertar nossa visão interna e intuitiva das coisas e das pessoas, tirar as cataratas de nossos olhos e abrir-nos a Deus.
- Abro os olhos para olhar de outra maneira.
- Quê há de fechamento, de intransigência, de superficialidade, de rotina em minha vida, que não quero ver?
- Estou aberto a acolher a Luz da verdade, do amor, da justiça, da gratuidade... venha de onde vier?
- Creio ter a posse da verdade ou me deixo questionar pelos outros?
- Em quê aspectos de minha vida pessoal e relacional preciso abrir-me à luz do Evangelho?
- Sou luz que ajudo os outros a verem?


Pe. Adroaldo Palaoro sj

http://centroloyola.org.br/revista/outras-palavras/espiritualidade/1060-jesus-aquele-que-ve-e-faz-ver


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