Total de visualizações de página

sábado, 16 de março de 2019

ABL DÁ INÍCIO A SUAS ATIVIDADES CULTURAIS DE 2019 COM O CICLO DE CONFERÊNCIAS ‘PRESENÇAS FUNDAMENTAIS’



A Academia Brasileira de Letras abre, dia 21 de março, quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr. (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro), com o tema “Presenças Fundamentais”, a temporada 2019 de seus ciclos de conferências, sob coordenação-geral da Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL.

A palestra de abertura, intitulada O lugar de Machado de Assis na literatura brasileira, coordenada pelo Acadêmico Marco Lucchesi, Presidente da ABL, terá como conferencista o Acadêmico Domício Proença Filho. Jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, Machado de Assis foi o fundador da cadeira nº. 23 e ocupou por mais de dez anos a Presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.

O ciclo terá mais duas conferências, sempre às quintas-feiras, no mesmo local e horário: Nabuco: uma visão do passado brasileiro, tendo como palestrante o Acadêmico Evaldo Cabral de Mello; e Rui Barbosa, 170 anos, dimensão da atualidade do seu percurso, com o Acadêmico Celso Lafer.

Serão fornecidos certificados de frequência.

A Acadêmica Ana Maria Machado é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2019.

OS CONFERENCISTAS

Domício Proença Filho é Professor Emérito e Professor Titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal Fluminense, aposentado. Doutor e Livre-Docente em Letras, foi Professor da disciplina e de língua portuguesa em diversos outros estabelecimentos de ensino superior, entre eles, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Pontifícia Universidade Católica da mesma cidade. Na condição de Professor Titular Convidado (Gastprofessor), ministrou cursos na Universidade de Colônia e na Escola Técnica de Altos Estudos de Aachen.

Participou, como conferencista e debatedor, de seminários e cursos promovidos por instituições de ensino superior e centros de estudos em Lisboa, Coimbra, Porto, Colônia, Tübingen, Munique, Roma, Bolonha, Madri, Salamanca, Paris, Clermont Ferrand, e Minesota.

O Acadêmico é, também, crítico, ensaísta, poeta, ficcionista, roteirista e promotor cultural. Publicou 68 livros, entre eles, Estilos de época na literatura, a linguagem literáriaA poesia dos Inconfidentes (org.); Oratório dos InconfidentesO risco do jogo – poemas; Capitu-memórias póstumas (romance); Breves estórias de Vera Cruz das Almas; Nova ortografia da língua portuguesa – guia prático; Leitura do texto, leitura do mundo; e Muitas línguas, uma língua: a trajetória do português brasileiro. É membro da Academia Brasileira de Letras, de que foi presidente (2016-2017), da Academia Brasileira de Filologia e da Academia das Ciências de Lisboa e do PEN Clube do Brasil.

Evaldo Cabral de Mello nasceu no Recife em 1936 e atualmente mora no Rio de Janeiro. Estudou Filosofia da História em Madri e Londres. Em 1960, ingressou no Instituto Rio Branco e dois anos depois iniciou a carreira diplomática. Serviu nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri, Paris, Lima e Barbados, e também nas missões do Brasil em Nova York e Genebra, e nos consulados gerais do Brasil em Lisboa e Marselha.

Um dos mais destacados historiadores brasileiros, Evaldo Cabral de Mello é especialista em História regional e no período de domínio holandês em Pernambuco no século XVII, assunto sobre o qual escreveu muitos de seus livros, como Olinda restaurada (1975), sua primeira obra, Rubro veio (1986), sobre o imaginário da guerra entre Portugal e Holanda, e O negócio do Brasil (1998), sobre os aspectos econômicos e diplomáticos do conflito entre portugueses e holandeses. É organizador do volume Essencial Joaquim Nabuco, da Penguin-Companhia das Letras.

Celso Lafer, quinto ocupante da Cadeira 14 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 2006, é professor Emérito da Universidade de São Paulo, do seu Instituto de Relações Internacionais e de sua Faculdade de Direito, na qual estudou e da qual foi titular, tendo lecionado Direito Internacional e Filosofia do Direito, de 1971 até a sua aposentadoria, em 2011.

Obteve o seu PhD em Ciência Política na Universidade de Cornell (EUA), em 1970; a livre-docência em Direito Internacional Público na Faculdade de Direito da USP, em 1977, e a titularidade em Filosofia do Direito, em 1988. De 2007 a 2015, presidiu a FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. 

Foi Ministro de Estado das Relações Exteriores em 1992 e, em 2001-2002. Em 1999, foi Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. De 1995 a 1998, foi Embaixador, Chefe da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas e à Organização Mundial do Comércio em Genebra. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (2004) e membro efetivo da Academia Paulista de Letras, eleito em 2014.

Suas publicações mais recentes incluem: Norberto Bobbio – Trajetória e obra – 1ª edição, São Paulo, Perspectiva (2013); Lasar Segall: múltiplos olhares – São Paulo, Imprensa Oficial do Estado (2015); A reconstrução dos direitos humanos (Um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt) – São Paulo: Companhia das Letras, 1988. Idem em espanhol, México: Fondo de Cultura Económica, 1994. Última reedição, São Paulo: Cia. das Letras, 2015; Um percurso no Direito no século XXI. Vol. 1 – Direitos Humanos, Vol. 2 – Direito Internacional, Vol. 3 – Filosofia e Teoria Geral do Direito. São Paulo: Atlas, Grupo Gen, 2015; Hannah Arendt: Pensamento, Persuasão e Poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018. 3.a ed. revista e ampliada, 2018; Relações Internacionais, Política Externa e Diplomacia Brasileira – Pensamento e Ação. 2 volumes. Brasilia: Fundação Alexandre de Gusmão, 2018.

28/02/2019


* * *

DESTEMIDO, DELTAN ESCLARECE OS ABSURDOS E AS ILEGALIDADES DA DECISÃO DE DIAS TOFFOLI (VEJA O VÍDEO)


16/03/2019

A portaria exarada pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Dias Toffoli, é um verdadeiro absurdo jurídico, sem consistência e revestida de inúmeras ilegalidades. É imprestável e não pode prosperar. A não ser que estejamos vivendo diante de uma ditadura, a ‘Ditadura do STF’.
Mesmo o presidente da mais alta corte do país, tem que respeitar a lei e os ritos processuais em suas decisões. Aliás, deveria dar o exemplo. Entretanto, ‘dar exemplos’ não parece ser do feitio de alguns seres supremos.

A decisão de Toffoli, além de esdrúxula e ameaçadora, de acordo com a esclarecedora explanação feita pelo procurador Deltan Dallagnol fere os seguintes requisitos legais:

Viola o princípio do “Juiz Natural”, que diz que o juiz deve ser aleatoriamente decidido, e não direcionado.

Foi instaurada de ofício, a partir do próprio STF, violando nossos sistemas acusatórios, em que investigações não são conduzidas diretamente por magistrados, mas sim, por órgãos de acusação.
Qualquer investigação contra qualquer cidadão deve ser realizada pelo foro competente. No caso de Deltan é o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

E o mais grave, a decisão de Toffoli atenta contra a liberdade de expressão.

Enfim, a portaria do ministro reflete claramente os motivos que o fizeram ser reprovado em tantos concursos para juiz substituto.

Abaixo, veja o vídeo esclarecedor de Deltan Dallagnol, este sim, aprovado em 1º lugar no concurso para Procurador da República.



Articulista e Repórter
otto@jornaldacidadeonline.com.br


* * *