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terça-feira, 22 de outubro de 2019

LEIA POESIA - Antônio Baracho

Leia Poesia



Recentemente, caminhando na Avenida Cinquentenário, encontrei um amigo conterrâneo que não via há muito tempo, que logo em seguida me abordou, sem hesitação, dizendo que tinha admiração dos poemas que escrevia, da minha paixão pela quietude que exprimia, pela grandeza das coisas íntimas, desimportantes. Confesso que fiquei um pouco sem jeito com o elogio que recebi, mas chegamos à conclusão que não se faz poeta, nasce poeta.

A poesia tem que ser leve, agradável. Mas leia sentindo, vibrando, buscando entender a vista de uma paisagem ou do oceano - o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o entendimento - a ideia com a paixão. Colorir tudo isto com a imaginação.

Recomenda-se que leia poesia como se fosse uma medicação saborosa que você sabe que vai curá-lo.

Na boa poesia, encontramos a harmonia da percepção do poeta. Poeta também é médico. Um médico diferente. Tem que saber misturar as substâncias certas, para fazer a medicação necessária, para o mundo que chamamos poesia. Portanto, harmonia e saúde caminham juntas.

Leia a poesia que escrevi inspirado nas “Mulheres de Ipanema” e que cito o grande mestre compositor Tom Jobim.

 Em Ipanema,
As mulheres, com o seu doce jeitinho,
Vão brincar de amor, depois vão ao cinema...

E depois do cinema,
Aonde irão vocês, mulheres de Ipanema?

Esperem um pouco,
Para eu ver o que é isso,
Que milagroso feitiço
Existe no seu olhar.

Eu quero em versos cantar
O que tem o seu sorriso,
O que tem o seu olhar...

Vinícius as cantou,
Tom, no seu tom, as louvou,
E Chico as endeusou...
Passarão vocês à posteridade
Palmilhando a passarela do sonho.

Absorto, as contemplo,
Com ciúme de todos os que as veem como as vejo,
Mulheres de Ipanema!
Para vocês, eu não existo,
Porque sou, apenas, um menino que sonha.

O importante é que a vida continua... Lembrando que a poesia é “Fruto da Lavra Artística Nordestina”.


ANTONIO BARACHO – Poeta, psicólogo.
Membro da Academia Grapiúna de Letras- AGRAL, ocupante da cadeira nº 11.
Tel. (73) 99102-7937 / 98801-1224

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“TODOS OS DEUSES DOS PAGÃOS SÃO DEMÔNIOS” - Oscar Vidal


13 de outubro de 2019
Oscar Vidal

Fundamentos da fé católica estão sendo contestados no Sínodo Pan-Amazônico, como a pretensão de se redefinir o ministério eclesiástico, de se permitir a ordenação sacerdotal de índios casados e a inclusão de mulheres na celebração de liturgias exclusivas dos sacerdotes.

Participantes do Sínodo pregam que não se deve mais catequizar os índios, mas deixá-los com suas “tradições” (leia-se costumes selvagens) e não celebrar segundo a liturgia católica, mas segundo os “rituais aborígenes” (leia-se cultos fetichistas).

Nesse sentido, logo na abertura do Sínodo — e no dia de Nossa Senhora do Rosário — esse tipo de ritual e pajelanças de magia foram realizadas nos jardins do Vaticano na presença do Papa Francisco, de Dom Claudio Hummes e outros cardeais [foto acima].

Em vez de levarem uma imagem da Santa Mãe de Deus — por exemplo de Nossa Senhora de Guadalupe, que veio à Terra para converter os indígenas, livrando-os do paganismo — eles levaram, sobre uma canoa, a imagem da Pachamama — a “Mãe grávida terra”, cultuada como deusa por certas tribos dos Andes e, mais recentemente, até por ecologistas radicais.

Quem poderia imaginar uma imagem pagã demoníaca num ritual nos jardins do Vaticano? E com a seguinte agravante: tal “divindade” foi depois levada à Basílica de São Pedro… Sempre é bom relembrar que “S” (Todos os deuses dos pagãos são demônios), afirma a Sagrada Escritura (Salmos 95, 5).

Rezemos em reparação a Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira das Américas, e também para que Ela conduza ao mais completo fracasso o projeto de se abandonar os indígenas em seus cultos pagãos.

Como se sabe, a Virgem de Guadalupe apareceu no ano de 1531, no México, ao índio asteca Juan Diego [ao lado, desenho representando a aparação], deixando impressa a sua imagem, com os símbolos da Imaculada Conceição, no avental do índio.

Neste episódio, mostrou Nossa Senhora uma predileção particularmente maternal para com os indígenas. Predileção essa que bem se refletiu no zelo de tantos missionários tradicionais. As conversões de aborígines operadas ante a Imagem foram incontáveis.

É que a misericórdia d´Ela consistia em converter os índios, e não em os deixar jazendo nas trevas do paganismo, como pleiteiam os missionários progressistas adeptos da “Teologia da Libertação”.



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