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terça-feira, 17 de setembro de 2019

ESCRITORA MARISA LAJOLO FAZ PALESTRA NA ABL DANDO CONTINUIDADE AO CICLO DE CONFERÊNCIAS “CADEIRA 41”


A Academia Brasileira de Letras realiza sua terceira palestra do Ciclo de Conferências Cadeira 41, com a participação da escritora Marisa Lajolo. O tema será Na classe, com Mestre Candido. A coordenação do Ciclo é da Acadêmica Ana Maria Machado. O evento está programado para quinta-feira, dia 19 de setembro, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson, 203 - Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.
A intitulação Cadeira 41 remonta aos tempos de fundação da ABL, em 20 de julho de 1897. Criada nos mesmos moldes da Academia Francesa, o número máximo de Acadêmicos era 40, o que continua até os dias de hoje. Este Ciclo, no entanto, pretende apresentar quatro nomes que poderiam ocupar, em suas épocas, uma dessas Cadeiras e que, por razões diferentes e individuais, não se tornaram membros da Academia.
 A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado é a coordenadora geral dos Ciclos de Conferências de 2019.
 Os Ciclos de Conferências, com transmissão ao vivo pelo portal da ABL, têm o patrocínio da Light.
Serão fornecidos certificados de frequência.
O Ciclo Cadeira 41 terá mais uma palestra, que será realizada no dia 26, quinta-feira, no mesmo local e horário, e terá como palestrante o Acadêmico Cacá Diegues e como tema Com Jorge de Lima no coração.
 A Conferencista
Marisa Lajolo é formada em Letras pela USP, onde também defendeu Mestrado e Doutorado. Desenvolveu Pós-doc na Brown University. É autora de vários livros e tem textos incluídos em muitos outros. Com Regina Zilberman, publicou várias obras sobre literatura no Brasil.
O livro que organizou com J. L. Ceccantini, Monteiro Lobato livro a livro - obra infantil (Edunesp/Imprensa Oficial)  ganhou o Prêmio Jabuti  e foi considerado o  "Livro do Ano" de 2008. Sua biografia romanceada de Gonçalves Dias, O Poeta do Exílio (FTD)   ganhou o prêmio de Melhor Obra de Literatura Infantojuvenil da Academia Brasileira de Letras em 2011. Com Lilia Moritz Schwarcz, acabou de publicar Reinações de Monteiro Lobato: uma biografia (Cia das Letrinhas). É professora aposentada da Unicamp e leciona atualmente na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Leitura complementar
Biblioteca Rodolfo Garcia disponibiliza seu acervo para pequisa e leitura de obras relacionadas ao tema desta conferência, como "O que é literatura""Formação da literatura brasileira : (momentos decisivos)" e "Iniciação à literatura brasileira : (resumo para principiantes)".
Para consultar mais materiais como os citados, acesse o link abaixo e visite os "Levantamentos bibliográficos" realizados para este evento.
 12/09/2019
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LEMBRANDO ALTINO SERBETO - Antonio Baracho


           

            H
á alguns dias revendo o antigo classificador, com recortes de alguns jornais, encontrei um artigo sobre Altino Serbeto de Barros, no jornal da Capital, e confesso que fiquei comovido. Foi no período que, morando na Capital, conheci o ilustre advogado através do meu inesquecível padrinho Josafá Lopes de Almeida. Ambos se nutriam uma sincera admiração e cordialidade, pautando uma vida de bons exemplos. São algumas linhas para lembrar um dos mais insignes cultores do direito do país, aquele que faleceu aos 91 anos de idade bem vividos, na sublimidade do sacerdócio advocatício. Percorreu os mais longínquos e inóspitos rincões da Bahia, montado em lombo de burro, que era o comum transporte da época; pelos sertões, passando por Juazeiro, Caetité, Ilhéus, Barreiras, Itabuna de um a outro extremo do Estado, numa faina incansável, semeando a justiça, como os jesuítas semeavam a fé.


            Na sua passagem pela comarca de Ilhéus, na década de 30, enfrentou as ameaças dos coronéis, mas em pouco tempo pôs ordem nas coisas, deste jeito conquistando admiração e respeito de toda a população.

            Na Capital, frequentava o Fórum Rui Barbosa, diariamente, onde os funcionários o tratavam com singular reverência. Mantinha o seu escritório de advocacia na Avenida Sete de Setembro. Possuía uma vasta biblioteca que doou à Ordem dos Advogados.

            Eis um pequeno excerto feito pelo seu discípulo apanhado do seu feliz artigo:

"Homem simples, bondoso, corretíssimo, de profundos conhecimentos jurídicos e vasta cultura. Ruísta incondicional. Compreensivo com as fraquezas humanas, mas inflexível no cumprimento dos deveres: " Ao consultório médico vão levar as misérias físicas; ao, do advogado, as misérias morais...” Defendia com intransigência os interesses dos bem-nascidos, e, com o mesmo empenho, os humildes e deserdados da vida, que nele encontravam o mais fiel escudeiro nas lutas contra injustiças, do que deixou exemplos memoráveis."

            Sem dúvida, foi um grande advogado, um ilustre filho da nossa Bahia mas ficou esquecido pelos homens. Pois, nem sequer uma simples rua da cidade perpetua-lhe o nome.

            "É que vivemos tempos de ingratidão, de profunda inversão de valores. Afinal, como supremo consolo, a todos nos resta a vala comum, niveladora mãe inexorável do final do destino dos homens e de suas vaidades".


Membro da Academia Grapiúna de Letras- AGRAL, ocupante da cadeira nº 11.
Tel. (73) 99102-7937 / 98801-1224

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