Total de visualizações de página

sábado, 15 de abril de 2017

A FALTA DE SENSIBILIDADE NAS REDES, ATRAVÉS DOS CONTEXTOS SOCIAIS




Estamos vivendo um momento conturbado em diversos segmentos da atualidade.
Agressões verbais, terminam por desqualificar pessoas que, não tem o devido e necessário cuidado em relacionar-se com seus semelhantes.
Seria realmente necessário ferir, sem que exista algum motivo aparente que justifique tais atitudes maliciosas?


É realmente complicada a falta amabilidade na forma de abordar o universo do outro, onde tenho notado que agredir é a forma que permeia o relacionar-se, em alguns contextos sociais. Tenho visto, em algumas páginas de crônicas, onde alguns leitores agridem, de forma desrespeitosa, alguns colegas escritores espalhados pelas redes sociais em conjuntura.

É um tal de criticar, de desdenhar, de agredir pretensiosamente que sinto-me muitas vezes, ferida por tabela, mesmo que a desqualificação não seja direcionada a minha pessoa.

Concordo que, as pessoas devem manifestar suas opiniões e, muitas vezes, indignação quando algo desagrade a si próprio. Mas me pergunto, qual seria a verdadeira intenção de uma pessoa que não tem o menor cuidado em ser gentil e generoso ao tocar o universo do outro?

Será que essas pessoas agem dessa forma com os seus vínculos grupais? Ou será que são pessoas reprimidas que fingem na frente de terceiros e derramam seu veneno nas redes, muito provavelmente porque são oprimidas em seus trabalhos ou em seus lares? Sei que, como disse sabiamente Renato Russo: “Todos tem suas próprias razões”, mas não existe razão que justifique uma atitude maldosa.

É desagradável termos que nos deparar com essas situações que amargam um pouco o nosso dia, onde muitas vezes não é fácil lidarmos com isso e, fico me perguntando, qual seria a verdadeira intenção de uma pessoa em espalhar o fel pela internet, uma vez que as cortinas estão todas escancaradas...

Será que necessitam de aplausos?

Mais desgastante ainda, é adentrar-se em algumas páginas, quando o assunto é política e você, por desventura, observa muitas vezes, calado, a desqualificação chula de vocabulários que interferem no bem-estar de muitos que entraram ali, por algum descuido descuidado.

As pessoas precisam se conscientizar que estamos vivendo em um mundo que encontra-se beirando o caos e que a ponta do iceberg é justamente onde essas pessoas podem descuidosamente derrapar em seus próprios despreparos nos percalços que dispenderam aos demais.

Sabemos que, tudo neste mundo funciona na base de energia, tudo que proliferamos, por certo, terá uma enorme influência negativa, contaminando a atmosfera que perfaz o conjunto de uma obra inteira. Saibamos ocupar prudentemente o lugar que nos foi fornecido, para que possamos cumprir com nossas obrigações societárias sadiamente.

É preciso sim, que alguém escancare essa janela, onde muitos se escondem, depois de jogar o famoso balde de água fria em pessoas inocentes. É preciso que falemos abertamente sobre esse agravante que assola o momento presente e isso nos trará a sensação de que precisamos nos unir, se quisermos vencer essa grande batalha, que é a vida.

Que possamos refletir sobre tudo isso, e agirmos com mais cautela, cada vez que nosso ímpeto for maldizer o nosso semelhante, seja ele quem for, seja em nossa casa, na web, ou em nosso trabalho. As proporções sempre serão de desarmonia e sempre atingirão o quadro em sua totalidade.

Reflitamos e sigamos em linha reta, sem nos esquecer que juntos seguiremos seguros e firmes, nessas estradas da vida, que sempre nos impulsionará rumo a minha, a sua e a edificante evolução de nosso semelhante…

Sejamos sempre cautelosos ao trocarmos experiências com o universo do outro. Saibamos ser luz, quando a escuridão não conseguir mais nortear os nossos princípios.


Escritora por paixão, aventureira por conexão, e admiradora de tudo que nos remeta a uma possível felicidade... Insisto em acreditar na bondade que habita dentro de cada pessoa. Acompanhem-me em minha página: (https://www.facebook.com/amantesfecundosdotempo/).


http://obviousmag.org/o_infinito_e_logo_ali/2017/a-falta-de-sensibilidade-nas-redes-atraves-dos-contextos-sociais.html


* * *

SHOFAR

Shofar


Palavra de origem hebraica  que significa Trombeta – Instrumento de Sopro.


Qual o significado do toque do Shofar?

O toque do shofar nos acorda da letargia mental pelas coisas terrenas e nos desperta para as verdadeiras necessidades de nossa alma.

Ouvir o toque do Shofar inspira a alma e provoca vibrações extraordinárias no coração, reativando o sentimento de arrependimento e humildade.

Vivemos num mundo físico, sujeitos aos estresses e desafios da vida na terra e subjugados pelas incessantes exigências de nosso corpo e nosso ego.

Não estamos sequer conscientes de nosso verdadeiro potencial interior. Nossa alma, com toda a sua limitada criatividade, conscientização, amor e poder, está encurralada e suprimida. Porém quando nossas defesas se rompem, quando ficamos frente a frente com nossa pequenez essencial e nossa vulnerabilidade dentro deste vasto universo, clamamos a Deus.

E este clamor, esta intensa percepção de nossas próprias limitações, é que nos liberta. Um grito vindo do coração partido pode libertar nossa alma de sua prisão e deixá-la aberta a algo completamente novo.

Esta liberdade, não por coincidência, também está conectada com o sopro do shofar, semelhante à trombeta cujo toque trará nossa suprema liberdade e transformação. Entre duas maneiras de ser...

Há sempre um espaço vazio, um espaço de transição. Neste espaço temos a oportunidade de deixar para trás o antigo, a mesquinharia, o ressentimento, os erros passados, falhas e temores.

Podemos adotar um jeito de ser totalmente novo; um senso de propósito mais apaixonado, Podemos nos comprometer com um novo nível de bondade, respeito e compaixão pelas pessoas que nos cercam, aquelas que já amamos e aquelas que poderíamos amar se deixássemos para trás a ira, a defensiva ou o medo.

Quando nos abrimos para a vida, criamos a maior abertura possível para um tempo bom e doce no sentido mais verdadeiro.

O mundo espera no limiar da Redenção. Nestes tempos sem precedentes um intenso nível de escuridão paira sobre a terra. Nosso mundo está estremecendo. Terror, guerra, desastres naturais chocantes e crises mundiais lançam uma sombra ameaçadora sobre nossas vidas.

Estes tempos são assustadores e representam um desafio. Porém essa escuridão nada mais é que uma passagem para uma realidade inteiramente nova. 

Podemos escolher ficar inconscientes, engaiolados na prisão de nossos temores, ressentimentos e anseios, continuando vítimas passivas das circunstâncias, ou podemos usar esta oportunidade para começar a voar, a entrar em sintonia com nosso destino, aprendendo a ser livres.

A liberdade é um conceito elevado, mas é vivida nas escolhas que fazemos a cada momento. Nos relacionamentos. Na espiritualidade. No compromisso com uma vida de realização. Na consciência sobre a presença acalentadora de Deus nos detalhes mais íntimos de nossa vida diária.

Ao lembrarmos que estamos aqui para um propósito, faremos algo todo dia para que este propósito ganhe vida. Se você pudesse criar um novo futuro, que não fosse baseado em seus temores e fracassos do passado, quem você seria? Como iria se comportar? O que ousaria criar? A quem agradeceria? A quem daria ouvidos? O que gostaria de compartilhar? O que você sonharia? Que sonhos você poderia transformar em realidade?

Paradoxalmente, é apenas ao percebermos nossa fraqueza e solidão, os limites de nossa existência baseada no ego, que criamos uma abertura para irmos além dos nossos limites e nos tornarmos quem realmente nascemos para ser.



Enviado por: " Gotas de Crystal" gotasdecrystal@gmail.com


(Autor não mencionado)

* * *

O SANTO SEPULCRO — “Composição de lugar”

14 de abril de 2017
Agência Boa Imprensa

O texto que segue foi extraído de uma conferência de Plinio Corrêa de Oliveira durante a Semana Santa de 1981 e publicado na edição de março de 2012 da revista Catolicismo. Ele — como aconselhava Santo Inácio de Loyola em seus “Exercícios Espirituais” — faz uma “composição de lugar”. No caso, um lugar sacrossanto: o Sepulcro de Nosso Senhor Jesus Cristo. O conferencista aconselha e justifica tal método de meditação. E comenta que se todos os católicos, desde o princípio do mundo até o fim dos tempos, refletissem sobre o núcleo da realidade objetiva do grandioso acontecimento da Ressurreição, haveria unidade de pensamento entre eles. E isto apesar de cada católico poder individualmente imaginar aspectos diferentes da Ressurreição, ocorrida três dias após a morte d’Aquele que veio ao mundo para nos salvar.

Vislumbrando no Santo Sepulcro
a arte gótica medieval

Plinio Corrêa de Oliveira

Quem visse o Santo Sepulcro, escavado na rocha, sabendo que Nosso Senhor Jesus Cristo na sua humanidade ali esteve sepultado, teria certa impressão. Em nossos dias, estando o sagrado lugar encimado por uma igreja (a Basílica do Santo Sepulcro) — portanto, em que todo o ambiente encontra-se mudado —, gostaríamos de saber que impressão causaria, antes da Basílica, aquele abençoado lugar.

Para isso, é legítimo fazer o que Santo Inácio de Loyola recomenda nos “Exercícios Espirituais”: a “composição de lugar”. Reconstituir o local — o Sepulcro — e a cena da Ressurreição. Assim, vou imaginar que impressão eu teria se lá estivesse.

Foi pensando nisso que encontrei explicação para os portais de pedra das catedrais góticas: uma enorme pedra na qual em oblíquo se tivesse talhado os contornos de um arco gótico. Também talhadas na pedra as coluninhas, encimadas por pequenas imagens de santos com seus respectivos dosséis.
Quem vê os portais góticos, fica com uma ideia mítica da pedra sagrada que envolve o altar e o tabernáculo que guarda o Santíssimo Sacramento, o Homem-Deus.

Aquele conjunto forma um arco gótico lindo que atravessa várias espessuras da pedra. Transpondo o arco gótico, fica-se com a impressão de que se atravessam vários séculos de História; várias fases do pensar e do sentir da Igreja; atravessam-se mil acontecimentos. Mas que a pessoa não se dá bem conta de quais acontecimentos — e nisso está o mais interessante.

Em Lourdes, a XIV Estação da Via Crucis, Nosso Senhor Jesus Cristo é colocado no Sepulcro

O Santo Sepulcro — a primeira ogiva gótica da História

Nesse sentido, eu imaginaria o Santo Sepulcro aberto na pedra, por ordem de José de Arimatéia, mas de um modo tosco. Alguém que já conhecesse o gótico, olhando para a abertura na pedra, perceberia um arco prodigioso. Quem não conhecesse o gótico — por exemplo, um homem do tempo de Nosso Senhor — não perceberia. Mas um homem do período medieval perceberia, e vendo a abertura do Sepulcro exclamaria: “É o gótico! É a primeira ogiva da História!”.

E isto apesar de aquela pedra bruta, na qual fora cavado o Santo Sepulcro, não ter a beleza, o aspecto leve e nem charme de um portal gótico.

De um lado, no gótico pode-se perceber a ogiva louvando o Filho de Deus, mas de outro lado, na lápide do Sepulcro, percebe-se a morte, a tragédia do deicídio. É um contraste que alguém poderia dizer que é feio. Mas é a justaposição da beleza e da morte, da virtude e do pecado.

Um cortejo para o sepultamento do Divino Redentor

Como se poderia imaginar a câmara funerária onde esteve sepultado Nosso Senhor?

Para exprimir isso, seria preciso imaginar uma rocha muito grande — mas não uma montanha tipo Himalaia —, ainda coberta de terra e plantas. Entrando pela abertura cavada na rocha, haveria um corredor profundo, sem luz. Tudo inerte, dando ideia do âmago da morte.

Poder-se-ia imaginar um cortejo entrando naquele corredor levando o Sagrado Corpo de Nosso Senhor. No cortejo, as pessoas levando archotes. A fumaça marcando o teto e as paredes daquela escavação ainda um tanto escura e tenebrosa. No fundo, o lugar onde depositaram o Corpo Divino.

Pode-se imaginar Nossa Senhora, em cujo claustro esteve o Redentor, que O contempla morto e pensa no crime satânico que se cometeu com a Crucifixão. Na aparência, a vitória fulgurante da impiedade, da vulgaridade, do pecado. O Corpo de seu Filho ali está, aromatizado, mas isolado naquela escuridão. Do Sagrado Corpo emana uma discretíssima claridade. Uma luz mantida por um anjo brilhava como um vitral de catedral gótica, mas apenas num dos cantos, deixando todo o resto na penumbra.

Com o tempo a luminosidade aumentaria, desdobrando-se em fosforescências cada vez mais bonitas, lembrando os tormentos da Paixão, mas também toda a vida do Redentor. Primeiramente, Ele junto à Sagrada Família, depois os três anos de sua vida pública, o período de glória, os dias de perseguição, as apreensões, o Horto das Oliveiras. Enfim, toda Vida, Paixão e Morte do Salvador desdobrando-se em luzes como numa narração. Nossa Senhora percebia tudo isso enquanto adorava o Sagrado Cadáver. Legiões de Anjos também O adoravam.

Ressurreição: Sepulcro transformado numa catedral feita de luzes

Ainda, nesta “composição de lugar”, podemos conceber, três dias após o trágico sepultamento, que algo de novo se passou dentro do Santo Sepulcro. Em certo instante o corpo adorável daria sinais de vida. Aparece uma luminosidade extraordinária. Nosso Senhor se levanta com uma majestade indizível. O Santo Sepulcro estaria transformado numa catedral feita de luzes. A montanha como que se racha; os anjos rolam a pedra que fechava o Sepulcro; o ambiente torna-se festivo e triunfal. É a Ressurreição!

Nosso Senhor sai do Sepulcro com o braço direito levantado e os dedos em posição de quem ensina e abençoa, com ar de desafio vitorioso! Ele aparece para Santa Maria Madalena. Mas é lícito imaginar que antes tenha aparecido ressurrecto para sua Santíssima Mãe.

Justificativa desse método de meditação

Esta seria uma modalidade de meditação, imaginando como transcorreu a Ressurreição. Conforme a piedade e o modo de ser de cada um, poder-se-ia imaginá-la de modos diversos.

A validade desse método imaginativo é inegável, porque como esses acontecimentos constituíram fatos perfeitos, tinham eles todas as excelências que estamos imaginando e ainda muitas outras.

Se todos os católicos da Terra até o fim do mundo meditassem sobre a Ressurreição, haveria uma prodigiosa unidade de pensamento em torno do magno acontecimento da História Universal, apesar de cada um individualmente meditar o mesmo fato central, porém imaginando as cenas de modo diferente.

Podemos assim, conservando o núcleo da realidade objetiva do sublime acontecimento, enriquecê-lo com um misto de imaginações, reflexões, deduções da fé, bem como de revelações de santos e de pessoas virtuosas.



 * * *