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quarta-feira, 4 de julho de 2018

ABL: POETA, PROFESSOR E ENSAÍSTA ALBERTO PUCHEU ABRE NA ABL O CICLO DE CONFERÊNCIAS ‘POESIA E FILOSOFIA’.



A Academia Brasileira de Letras abre seu ciclo de conferências do mês de julho de 2018, intitulado Poesia e filosofia, com palestra do poeta, professor e ensaísta Alberto Pucheu. A coordenação será do Acadêmico Antonio Cicero. O tema escolhido foi Espantografias: entre poesia e filosofia. O evento está programado para quinta-feira, dia 5 de julho, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências deste ano.

Serão fornecidos certificados de frequência.

De acordo com o palestrante, a conferência será uma abordagem da relação entre poesia e filosofia no momento de seu nascimento na Grécia antiga. “Abordando termos que em Platão e Aristóteles são atribuídos tanto à origem da filosofia quanto ao determinante na poesia, será privilegiado, sobretudo, o “espanto” (a “admiração”, o “assombro”), mas também seus vínculos com a “aporia” (impasse), como alguns dos que transitam da poesia para a filosofia gregas, mostrando vínculos de experiências e terminológicos entre elas que fazem com que, de certo modo, sejam a mesma, ou tenham suas fronteiras desguarnecidas, ou se indiscernibilizem”.

Poesia e Filosofia terá mais duas palestras, sempre às quintas-feiras, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 12, Acadêmico Antonio Cicero, A poesia e a filosofia no mundo contemporâneo; e 26, o ensaísta e professor Evandro Nascimento, Uma literatura pensante: Pessoa, Clarice e as plantas

O CONFERENCISTA

Enquanto poeta, teve os seguintes livros publicados: Na cidade abertaEscritos da frequentaçãoA fronteira desguarnecida (este livro foi concluído com o apoio do Programa de Bolsas para Escritores Brasileiros da Fundação Biblioteca Nacional); Ecometria do silêncio; A vida é assim; Escritos da indiscernibilidade; A fronteira desguarnecida; Poesia Reunida; Mais cotidiano que o cotidiano; Designação provisória(com Victor Heringer); Para que poetas em tempos de terrorismo?.

Publicou os seguintes livros de ensaio: Pelo colorido, para além do cinzento; a literatura e seus entornos interventivos (com este, recebeu o Prêmio Mário de Andrade, Ensaio Literário, da Fundação Biblioteca Nacional/Minc); Giorgio Agamben: poesia, filosofia, crítica; Antônio Cícero por Alberto Pucheu; O amante da literatura; Roberto Corrêa dos Santos: o poema contemporâneo enquanto o ensaio teórico-crítico-experimental; A poesia contemporânea; Kafka poeta; Que porra é essa – poesia?. Organizou diversos livros e números de revistas e periódicos.

29/06/2018

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NÃO! VOCÊ NÃO É MEIO PSICÓLOGO! - Yrma Karolynne



Não, você não é meio psicólogo quando dá conselhos para alguém. Isso é ser amigo.

Não, você não é meio psicólogo quando gosta de conversar com as pessoas. Isso é ser simpático.

Não, você não é meio psicólogo quando dá aconselhamento pastoral na sua igreja. Isso é ser voluntário, pastor, padre... E cuidar de sua ovelha.

Não, você não é meio psicólogo quando gosta de ouvir as pessoas. Isso é ser um bom ouvinte.

Não, você não é meio psicólogo quando acha que sabe ler o futuro de alguém. Isso quem diz que faz é cartomante ou vidente.

Não, você não é meio psicólogo quando tenta se por no lugar do outro. Isso é ser empático.

Não, você não é meio psicólogo quando gosta de saber da vida dos outros. Isso é ser bisbilhoteiro.
(...)

Parem de banalizar uma profissão tão séria como a PSICOLOGIA.

O psicólogo estuda, no mínimo, cinco anos, disciplinas difíceis como:

Anatomia humana,
Psicodiagnóstico,
Psicopatologia,
Estatística,
Psicometria,
Teorias e Sistemas Psicológicos diversos,
Desenvolvimento Humano,
Psicologia Jurídica,

Estuda o CID, o DSM entre tantas outras, para obter seu diploma, e a vida inteira para lidar com o sofrimento do outro.

O psicólogo faz Especializações, Cursos, Seminários, Conferências, etc., para se tornar um bom profissional, se atualizar sempre, e lidar com a dor do outro.

Isso é coisa séria!

Então, por favor, pare de dizer que você é meio psicólogo, porque Psicologia é uma profissão que exige inteireza.

Seja que área for: Clínica, RH, Educacional, Hospitalar, Jurídica.

Aos profissionais que se dedicaram e se dedicam à análise pessoal, aos estudos continuados e hoje são excelentes psicólogos, parabéns!


(Yrma Karolynne)


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HISTÓRIAS DA MÃE NATUREZA - Paulo Coelho


O leão e os gatos

Um leão encontrou um grupo de gatos conversando. "Vou devorá-los", pensou.
Mas começou a sentir-se estranhamente calmo. E resolveu sentar-se com eles, para prestar atenção no que diziam.
- Meu bom Deus - disse um dos gatos, sem notar a presença do leão. - Oramos a tarde inteira! Pedimos que chovessem ratos do céu!
- E, até agora, nada aconteceu! - disse outro. - Será que o Senhor não existe?
O céu permaneceu mudo. E os gatos perderam a fé.
O leão levantou-se, e seguiu seu caminho, pensando: "veja como são coisas. Eu ia matar estes animais, mas Deus me impediu. Mesmo assim, eles pararam de acreditar nas graças divinas: estavam tão preocupados com o que estava faltando, que nem repararam na proteção que receberam".
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Em silêncio

A árvore estava tão cheia de maçãs, que seus galhos não conseguiam se mexer com o vento.
- Por que não fazes barulho? Afinal, todos nós temos alguma vaidade, e precisamos chamar a atenção dos outros - comentou o bambu.
- Não preciso. Meus frutos são minha melhor propaganda - respondeu a árvore.
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A margarida e o egoísmo

"Sou uma margarida num campo de margaridas", pensava a flor. "No meio das outras, é impossível notar minha beleza".
Um anjo escutou o que ela pensava, e comentou:
- Mas você é tão bonita!
- Quero ser única!
Para não ouvir reclamações, o anjo a transportou até a praça de uma cidade.
Dias depois, o prefeito foi até lá com um jardineiro, para reformar o local.
- Aqui não tem nada que interessa. Revirem a terra e plantem gerânios.
- Um minuto! - gritou a margarida. - Assim vocês vão me matar!
- Se existissem outras como você, poderíamos fazer uma bela decoração - respondeu o prefeito. Mas é impossível encontrar margaridas nas redondezas, e você, sozinha, não faz um jardim.
Logo em seguida arrancou a flor.
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A solidariedade

O leitor Álvaro Conegundes conta que, durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupo; assim, se agasalhavam e protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos e, por isto, tornaram a se afastar uns dos outros.
Voltaram a morrer congelados. E precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da face da Terra, ou aceitavam os espinhos do semelhante.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, - já que o mais importante era o calor do outro.
E terminaram sobrevivendo.

Diário do Nordeste, 30/06/2018



 

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