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quinta-feira, 19 de março de 2020

ITABUNA CENTENÁRIA, UM POEMA: Sim, há medo - Richard Hendrick



"Sim, há medo.
Sim, existe isolamento.
Sim, há compras de pânico.
Sim, há doença.
Sim, existe até a morte.

Mas,
Dizem que em Wuhan depois de tantos anos de barulho
Você pode ouvir os pássaros novamente.
Dizem que depois de apenas algumas semanas de silêncio
O céu não está mais cheio de fumaça
Mas azul e cinza e claro.

Dizem que nas ruas de Assis
As pessoas estão cantando umas para as outras através dos quarteirões vazios
Mantendo as janelas abertas
para que aqueles que estão sozinhos possam ouvir os sons das famílias ao seu redor.

Dizem que um hotel no oeste da Irlanda, Está oferecendo refeições gratuitas e entrega em domicílio.

Hoje uma jovem que eu conheço
está ocupada espalhando panfletos com o número dela pelo bairro Para que os idosos possam ter alguém para chamar.

Hoje Igrejas, Sinagogas, Mesquitas e Templos
estão se preparando para receber e abrigar os sem-teto, os doentes, os cansados...

Em todo o mundo, as pessoas estão desacelerando e refletindo.

Em todo o mundo, as pessoas estão olhando para seus vizinhos de uma nova maneira.

Em todo o mundo, as pessoas estão acordando para uma nova realidade.

Quão grande somos realmente.
Quão pouco controle realmente temos.
Para o que realmente importa.
Amar.

Então oremos e lembremos que
Sim, há medo.
Mas não precisa haver ódio.

Sim, existe isolamento.
Mas não precisa haver solidão.

Sim, há compras de pânico.
Mas não precisa haver maldade.

Sim, há doença.
Mas não tem que haver doença da alma.

Sim, existe até a morte.
Mas sempre pode haver um renascimento do amor.

Acorde com as escolhas que você faz sobre como viver agora.
Hoje respire.

Ouça, por trás dos ruídos que fabricam seu pânico:
Os pássaros estão cantando novamente.

O céu está clareando,
A primavera está chegando,
E sempre somos envolvidos pelo amor.

Abra as janelas da sua alma
E embora você não possa tocar ninguém através das ruas vazias:
Cante."


- Pe. Richard Hendrick da Ordem Franciscana da Imaculada Conceição

* * *

CORONAVÍRUS: O medo



Algo invisível chegou e colocou tudo no lugar.

De repente os combustíveis baixaram, a poluição baixou, as pessoas passaram a ter tempo, tanto tempo, que nem sabem o que fazer com ele.

Os pais estão com os filhos, em família.

O trabalho deixou de ser prioritário, as viagens e o lazer também.

De repente silenciosamente, voltamo-nos para dentro de nós, para entendemos o valor da palavra solidariedade.

Num instante damos conta que estamos todos no mesmo barco, ricos e pobres, que as prateleiras dos supermercados estão vazias e os hospitais cheios e que o dinheiro e os seguros de saúde, que o dinheiro pagava, não têm nenhuma importância neste momento, porque os hospitais privados foram os primeiros a fechar.

As garagens e parques estão parados, igualmente os carros top de linha ou ferro velhos antigos, simplesmente porque ninguém pode sair.

Bastaram meia dúzia de dias para que o universo estabelecesse a igualdade social, que se dizia ser impossível novamente.

O medo invadiu todos.

Que isto sirva para nos darmos conta da vulnerabilidade do ser humano.

Vale a pena parar para refletir.

 ......
O texto não é meu e nem sei o autor, mas achei extremamente oportuno e real.Vamos aprender com as lições que este vírus nos trouxe.


(Recebi via Whats)

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