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sábado, 3 de novembro de 2018

CARTA ABERTA AO JUIZ SERGIO MORO EMOCIONA O BRASIL


Posted on : novembro 3, 2018 By Da Redação


Caro Juiz Sergio Moro, queremos primeiramente  lhe parabenizar pelo seu trabalho no combate a corrupção e a tirania em nosso querido país, se não fosse vossa excelência e com sua inteligencia e honestidade no cumprimento ortodoxo da lei, nossa nação não teria dado o passo tão grande quanto o que foi dado pela Operação Lava Jato e nós teríamos sucumbido a uma verdadeira ditadura como acontece na Venezuela.

Juiz Moro, gostaria de dizer em nome de milhões de Brasileiros, o senhor não estará sozinho nesta nova empreitada no Ministério da Justiça. Nós sabemos que para o senhor foi uma decisão difícil deixar a sua longa carreira como magistrado para trás, por este motivo e ainda mais , será uma honra sem tamanho ter o senhor como parte de nosso novo governo.

Escrevo este texto emocionado, pois sei que o senhor é a esperança para o nosso Brasil. Tenha certeza que não estará sozinho nesta luta, o povo brasileiro está ao seu lado e sempre estará disposto a lutar em sua defesa e em defesa da Lei e da Ordem.

Juiz Moro, que o senhor seja muito abençoado nesta nova etapa e que possa colocar muito mais corruptos atrás das grades, porque o povo não aguenta mais sofrer nas mãos deste tipo de criminoso. Oraremos todos os dias pela sua vida e por sua família, que Deus o abençoe o guarde e o Ilumine, amém!

Autor – O povo Brasileiro!



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HISTÓRIA DE UM NINHO – Tancredo do Amaral

História de um ninho



            Saíra cedo, muito cedo, ao romper do dia, trinando alegremente pelo espaço de fora, caminho da mata, onde ia buscar alimentos para os filhinhos.

            E partira despreocupadamente, naquela formosa manhã de primavera, quando o sol começava a iluminar a terra,  espalhando suaves e doces reflexos de luz na relva dos caminhos e por sobre a verde folhagem dos arvoredos, onde se dependuravam prenhes de cintilações prismáticas, as gotas de orvalho, as brilhantes lágrimas da madrugada.

            Os camponeses dirigiam-se para o trabalho, ferramenta ao ombro, entoando uma cantiga simples, repassada de tons bucólicos, fresca e alegre.

            Ouvia-se o balir das ovelhinhas, o mugir prolongado do gado nos currais, de onde se levanta um vapor enfumaçado, bom e sadio, sadio e agradável, que tonificava os pulmões e a todos dava um  grande bem estar.

            Os carros de bois chiavam cadencialmente pelos caminhos, em demanda das roças, onde iam carregar-se dos produtos das colheitas.

            Das árvores do pomar e do centro da mata virgem partia o trinar da passarada e o canto sonoro e distinto do inhambu a reboar ruidosamente pelo ar...

            Ouvia-se todo esse ruído poético que anuncia a vida do campo ao amanhecer.

            E ela que partira tão cedo em busca de alimento para os filhinhos, não adivinhara talvez que se ia separar para sempre deles, naquele dia tão azul e tão cheio de luz.

            Dirigira-se para a entrada da mata, e ali, descuidosamente, revolvia a terra úmida, os pequenos seixos e gravetos que encontrava pelo chão, as folhas secas e orvalhadas...

            Súbito ouviu-se um estampido...

            Rápido, abriu ela as asas, distendeu-as, pretendendo alçar o voo, procurando fugir.

            Fora, porém, certeira, a pontaria do bárbaro caçador. Mas, lembrando-se dos filhotes, ela, ferida, quase agonizante, fez um supremo esforço um esforço heroico de que só as mães são capazes e... Voou.

           Recordando o azul em voo incerto, caindo aqui, depois levantando-se acolá, correndo por entre os espinheiros para voar de novo, atravessando com dificuldade os moitais ou as touceiras de capim, uns felpudos, outros cortantes, foi cair por fim exânime ao lado do ninho – uma laranjeira copada no centro do pomar, coberta de flores e de orvalho, dourada pelo sol. Os filhotes, num pipio triste e desesperado, viram a carinhosa mãe com as penas empastadas de sangue, o peito arfando, os olhos semicerrados, cheios de terra como um cristal embaciado, já sem luz, - viram-na exalar o último suspiro, entreabrindo o pequeno bico de onde caíram alguns vermes e insetos – o alimento que fora buscar para eles, para a sua prole estremecida.

            ... No dia seguinte cedo, muito cedo, logo ao romper do dia, quando o sol começava de iluminar a terra espalhando suaves e doces reflexos de luz na relva dos caminhos, as avezinhas implumes foram encontradas frias, inteiriçadas, no pequeno ninho de filamentos de capim e penugens brancas e acinzentadas da laranjeira copada no centro do pomar.

            E do fundo da mata virgem partia o trinar da passarada, o chilrear dos pequenos passarinhos e o canto sonoro e distinto do inhambu a voar ruidosamente pelo ar.

            Ao longe, na quebrada dos caminhos orvalhados,  chiavam os carros de bois, ouvia-se a cantiga simples, alegre e fresca dos aldeões e o balido das ovelhas e o mugir prolongado do gado nos currais...


 (LÍNGUA PORTUGUESA  Luso=Brasileira
ANTOLOGIA F. T. D. – livro de leitura
Organizado por Mário Bachelet)

LIVRARIA FRANCISCO ALVES
1944
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Tancredo do Amaral - nasceu na cidade de São Paulo em 18 de fevereiro de 1866. Era filho do Comendador Manuel Leite do Amaral e de Dona Josefa Gaudie Leroy do Amaral.  Escreveu diversos livros didáticos, entre os quais O Livro das Escolas, Geografia Elementar, História de São Paulo ensinada pela biografia de seus vultos mais notáveis O Estado de São Paulo, todos aprovados oficialmente e adotados nas escolas públicas. Tancredo foi ainda nomeado Inspetor Escolar, chegando a ser interinamente Diretor Geral da Instrução Pública do Estado.

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