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sexta-feira, 30 de setembro de 2022
quinta-feira, 29 de setembro de 2022
CYRO DE MATTOS
Vídeo sobre o livro “Kafka, Faulkner, Borges e Outras Solidões Imaginadas” publicado pela EDUEM, editora da Universidade Estadual de Maringá, Paraná, 2021.
https://www.facebook.com/egle.s.machado/videos/651196359657682
https://twitter.com/i/status/1575250389544407052
* * *
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
terça-feira, 27 de setembro de 2022
História de Rádio
A história do rádio no Brasil começou com a paixão de um homem eminente: Edgar Roquette-Pinto, cientista e pioneiro, explorador e professor, escritor e desenhista, um dos grandes nomes da Academia Brasileira de Letras. Jovem médico, tornou-se professor de antropologia, de história natural, de fisiologia. Logo foi o braço direito do Marechal Rondon e fez o que ainda não tinha sido feito: gravou e fotografou e filmou os povos contactados na expedição a Rondônia. Suas observações científicas se espalham por todos os domínios: da notação musical à geológica, da sociologia à etnografia. O Rondônia é um livro que sobrevive ao tempo, avançadíssimo em seu contraste com os preconceitos raciais da época. Criou, como diretor do Museu Nacional - esse que a desídia deixou queimar -, uma extraordinária cinemateca científica. Inventou o Instituto Nacional de Cinema Educativo e fez Humberto Mauro filmar centenas de documentários.
A primeira rádio
foi criada em 1919, em Rotterdam. No centenário da nossa Independência,
Roquette-Pinto - exigia que seu nome fosse assim grafado - promoveu a primeira
transmissão de rádio no Brasil. Falou o Presidente Epitácio Pessoa e soou O
Guarani. Sua visão era - sempre, como uma obsessão - a do educador, que
imaginava o que se poderia fazer. Mas não conseguiu que o governo apoiasse a
instalação da primeira rádio.
Só em 20 de abril
de 1923, com equipamentos comprados pela Academia Nacional de Ciências,
Roquette-Pinto iniciou as transmissões da primeira rádio brasileira, a Rádio
Sociedade do Rio de Janeiro. Logo, como uma febre, as rádios se espalharam por
todo o País. A dele era inteiramente voltada para a educação, com programas
feitos por educadores e cientistas. Em 1936, sem condições de bancar os avanços
tecnológicos e recusando a propaganda comercial, ele doou essa primeira rádio
ao governo. Vargas entregou-a ao DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda,
nossa versão do 'Ministério da Verdade' de Orwell. Lá foi de novo
Roquette-Pinto, conseguindo que ela continuasse destinada à educação,
tornando-se a Rádio Ministério da Educação e Saúde, a atual Rádio MEC. Outra
rádio, a Rádio Escola Municipal, fundada em 1933, por proposta sua, por Anísio
Teixeira, tornou-se depois a Rádio Roquette-Pinto.
Entretanto, eu
nasci. O rádio surgiu na minha vida em Pinheiro, pela iniciativa do
farmacêutico José Alvim. Ele fundou na cidade o Clube do rádio, que se reunia
três vezes por semana. Formou grupos e estabeleceu os dias em que cada grupo
tinha direito de ir a sua casa para ouvir o rádio: um grupo ia às segundas;
outro, às quartas, e o terceiro, às sextas-feiras. O rádio ficava numa mesinha
na frente da casa, do lado de fora.
Numa dessas
reuniões, as descargas estáticas foram tantas que houve um protesto geral, com
grandes reclamações de que não se ouvia nada. Irritado, José Alvim levantou-se,
pegou o rádio, levou-o para dentro de casa e anunciou: ''Tá fechado o Clube do
rádio.'
No tempo da Segunda
Guerra, quando aquelas descargas provocavam ruído prolongado, José Alvim dizia:
'É tiro de alemão! Estamos ouvindo barulho de canhão!' E todos ficavam em
silêncio 'ouvindo a guerra'.
Depois, quando a
guerra acabou e ele não tinha justificativa para o barulho da estática no
rádio, então dizia: 'Está chovendo na Bahia! Não passa nada de lá para cá! É a
zoada no rádio das nuvens de chuva!'
Centenário, o rádio vai sobrevivendo a todas as mudanças tecnológicas: a televisão - Roquette-Pinto, sempre ele, tentou criar, pouco antes de morrer, a primeira TV-Educativa (que acabou sendo criada por mim, aqui no Maranhão) -, o computador, a internet, as redes sociais? Ele, firme, com 90% dos brasileiros escutando as quase dez mil rádios que existem no País.
Os Divergentes, 20/09/2022
https://www.academia.org.br/artigos/historia-de-radio
José Sarney - Sexto ocupante da Cadeira nº 38 da ABL, eleito em 17
de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida e recebido em 6 de
novembro de 1980 pelo Acadêmico Josué Montello. Recebeu os Acadêmicos Marcos
Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco.
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
DITADURA CONTRATADA
J R Guzzo
Lula usa os
tribunais superiores como o seu escritório de advocacia, para mantê-lo do lado
de fora da cadeia, ou como seu Congresso particular
O Brasil já teve
todo o tipo de eleições para presidente da República ao longo de sua história;
teve também todo tipo de candidatos, alguns deles espetacularmente ruins. Mas
nunca teve como agora um candidato, e um lado das forças políticas, prometendo
abertamente impor uma ditadura neste país. Lula anuncia, da maneira mais clara
possível, que vai implantar a censura nos meios de comunicação — o que ele
chama de “controle social da mídia”, um instrumento que tem como finalidade
única impedir que sejam publicadas quaisquer notícias ou opiniões que o governo
e o PT não aprovarem. É um clássico de todas as tiranias — e algo que não
existe em nenhuma democracia. Ele mostra, desde já, como vai utilizar esse
controle. Proibiu, via seus agentes no TSE, a publicação de imagens das imensas
manifestações populares do Dia Sete de Setembro, quando mais de 1 milhão de
brasileiros foram para as ruas em apoio ao seu único adversário real na
eleição. Proibiu que fossem exibidas fotos ou vídeos de sua visita a Londres
para participar dos funerais da Rainha Elizabeth II. Proibiu que a mulher do
presidente apareça na sua campanha eleitoral na televisão. Proibiu que seja
divulgada uma frase que ele mesmo, Lula, disse: “O agronegócio é fascista”.
Proibiu tudo isso, mais um monte de coisas, e nem está ainda no governo.
Imagine-se o que vai fazer se chegar lá. É uma ditadura que já está contratada.
Não se está falando
aqui daquelas velhas ditaduras bananeiras com generais de óculos escuros e
peito coberto de medalhas. Também não é uma ditadura comunista, ou
“socialista”, como se diz hoje — porque isso não se faz mais, simplesmente, e
sobretudo porque os ricos só vão ficar mais ricos ainda com Lula, e a pobrada
só vai continuar tendo contato com a vida deles para servir na equipe de
segurança ou como motoboy do delivery de pizza. Ninguém vai fechar Congresso
nenhum, é obvio — para quê? Câmara e Senado vão estar numa briga de foice para
ver quem se ajoelha mais depressa diante do presidente. Mais óbvio ainda: o
Supremo Tribunal Federal ficará exatamente como está, com as suas lagostas, as
suas áreas exclusivas de embarque, os seus Barrosos e os seus Moraes e etc.
etc. Vai ser, na verdade, o principal ponto de apoio à ditadura, como Lula vai
ser o principal garantidor da sobrevivência deste STF que está aí. Se os
ministros já estão rasgando a Constituição agora, todos os dias, para levar
Lula ao governo, por que raios iriam criar problema com ele? Não é, em suma,
nenhum desses tipos de ditadura. É apenas ditadura.
O que Lula está fazendo agora, aos olhos de todo o mundo, é a prova mais evidente daquilo que de fato ele quer para o Brasil. O candidato do PT, da “esquerda” e dos milionários fixados na ideia de continuar enriquecendo às custas do erário público transformou STF, TSE e a maior parte das alturas do poder judiciário numa espécie de porta giratória. Usa os tribunais superiores como o seu escritório de advocacia, para mantê-lo do lado de fora da cadeia, ou como seu Congresso particular, para a aprovação de tudo o que quer — e, no movimento inverso, é usado pelos ministros para fazer o que eles, ministros, desejam que seja feito. Há alguma dúvida de como essas relações vão ser num governo de Lula? Alguém acha que ele estará sujeito a qualquer controle da justiça? Se já é assim hoje, como será amanhã, então — principalmente quando se considera que Lula, caso eleito, vai nomear os próximos membros do Supremo e uma penca de ministros dos outros galhos mais altos do poder judiciário? Não pode haver comprovação mais clara de uma ditadura: um presidente que não tenha de prestar contas à justiça. Na vigência do Ato Institucional N° 5, as decisões do regime militar não podiam ser submetidas à apreciação judicial. É exatamente o que acontece hoje com Lula, na prática. Nada do que ele faz pode ser submetido à apreciação de juiz nenhum — e, se for, não vai fazer diferença nenhuma, porque lá em cima eles resolvem. Lula já ganhou do STF, para se ficar apenas no exemplo mais demente desta parceria, a anulação das quatro ações penais que existiam contra ele, inclusive a sua condenação à cadeia pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Por que seria diferente se ele for para a Presidência? Haverá algum acesso de imparcialidade, de repente, por parte dos atuais sócios?
A ditadura
anunciada de Lula não se limita à extinção do alto poder judiciário como
entidade independente e nem a eliminação da liberdade de imprensa
Tão destrutivo para
a democracia quanto este incesto entre os poderes Executivo e Judiciário é o
ataque sem descanso, e cada vez mais raivoso, que Lula, o PT e o seu entorno
fazem contra a liberdade de expressão. Há um jornalista de “direita” no exílio,
e outro que já foi preso, por conta do ministro Alexandre Moraes — um dos mais
agressivos militantes da nova ditadura de “esquerda”. Já usam, há muito tempo,
os seus parceiros no YouTube, Twitter, Facebook e demais gigantes americanos
que controlam a comunicação pelas redes sociais para perseguir adversários e
censurar opiniões que desaprovam. Em parceria com a mesma justiça descrita
acima, caçam a palavra dos que têm opinião política diferente — e
“desmonetizam” suas vítimas bloqueando a remuneração que deveriam receber pelo
trabalho que fazem nas redes, numa das mais odiosas formas de opressão já
postas em execução pela militância lulista. Pressionam as empresas privadas
para que não anunciem em veículos de imprensa da sua “lista negra”. Estão,
neste momento, fazendo tudo o que têm de pior para calar o mais importante
programa jornalístico independente da rádio brasileira — “Os Pingos nos Is”, da
Jovem Pan. (Leia a matéria “Pandemia de intolerância” desta edição.) Exigem
algo que absolutamente não existe em relação a nenhum outro órgão de
comunicação no Brasil, ou no mundo democrático: que a emissora faça um
“contraponto” ideológico ao programa, que expõe duramente os desastres em série
cometidos por Lula, pelo STF e pelo resto do consórcio que se movimenta ao seu
redor. Isso já é feito pela rádio, em larga escala, ao longo de sua grade de
programação — mas não é suficiente. Não admitem nem uma voz discordante, a do
Pingos nos Is; querem silêncio total, e nem dispõem ainda do seu “controle social
sobre os meios de comunicação”. Contam, nisso tudo, com o apoio militante dos
jornalistas e dos proprietários dos veículos da mídia — e como poderia ser
diferente, num país em que a “Associação Brasileira de Imprensa”, a ABI, coloca
o seguinte lema em seu perfil no Twitter: “Fora Bolsonaro”? Dá para ver por aí,
perfeitamente, como esse controle seria exercido na vida real de um governo do
PT. É a repetição do que fazia a “ditadura militar de 64” que Lula e o PT tanto
condenam. Qual a diferença entre uma coisa e outra, em termos de repressão à
imprensa livre?
A ditadura
anunciada de Lula não se limita à extinção do alto poder judiciário como
entidade independente e nem a eliminação da liberdade de imprensa. Tão ruim
quanto isso, mas sob o disfarce hipócrita de intenções piedosas, é o seu culto
cada vez mais fanático ao “Estado” — exatamente como se faz no fascismo mais
puro. Nada de “Carta aos Brasileiros”, desta vez, nem da fantasia do “Lula
liberal” com que ele se pintava em outros tempos. Agora é “todo o poder ao
Estado”, com o apoio pleno de um STF que vai fazer tudo o que for preciso para
Lula e o PT governarem para sempre — como foi feito na Venezuela, o novo modelo
de virtude para a esquerda brasileira, onde também não houve nenhuma
necessidade de fechar Supremo ou Congresso para montarem uma ditadura. Lula já
disse que a Covid, com os 650 mil mortos que causou, foi “uma benção” — mostrou
como “o Estado é importante” e, sobretudo, o quanto as pessoas devem obedecer a
ele. Agora só fala em anular todas as conquistas que o cidadão brasileiro teve
diante da máquina estatal — da reforma da previdência à extinção do imposto
sindical, das privatizações à independência do Banco Central.
Tipicamente,
declarou não ter a menor ideia do que um governo deve fazer para oferecer
aquilo que a população precisa mais do que tudo: oportunidades de trabalho que
possam lhe permitir uma vida melhor. “Como criar empregos para o povo” numa era
de tecnologia?, perguntou Lula. Ele mesmo deu a resposta: “Eu não sei como
fazer isso”, disse em público, dias atrás. E que diabo o povo brasileiro
importa a ele, ou ao PT, ou aos empresários socialistas? Lula sabe
perfeitamente bem o que quer, em matéria de trabalho — promete, com todas as
letras, socar em cima do pagador de impostos novos cabides de emprego para a
companheirada do PT, os amigos do governo e os amigos dos amigos. A cada dia
que passa ele anuncia que vai fazer mais um ministério. Ministério do
Desenvolvimento Agrário, para o MST. Ministério das Pequenas Empresas. Ministério
do Índio, ou dos “Povos Originários”, que representam 0,4% da população
nacional — e com um índio de ministro. Ministério da Igualdade Racial.
Ministério da Pesca, de novo, e Ministério da Cultura, também de novo.
Ministério da Segurança Pública, talvez Ministério do Planejamento e por aí se
vai.
É o encontro da
fome com a vontade de comer: em seu programa de governo, Lula cria ministérios
novos e reabre ministérios dos quais o povo tinha se livrado. Não resolve um
único problema real do Brasil. É apenas o Estado cada vez maior, mais obeso e
mais caro — tudo, exatamente, o que a população não precisa. É, ao mesmo tempo,
um sintoma infalível de paixão oculta pela ditadura. Cada vez que o Estado
avança, a liberdade diminui — nunca foi diferente em toda a história da
humanidade. Não se trata, em nada disso, de equívoco por parte de Lula; não há
equívoco nenhum. Também não é o resultado da costumeira soma da sua
incompetência com a sua ignorância. O que ele quer, em tudo o que anuncia, é
tirar proveito material próprio — e criar uma ditadura à sua imagem e ao seu
estilo. Lula faz questão de dizer, o tempo todo, que gosta de Cuba, da
Venezuela e da Nicarágua; são os seus modelos de país. Por que, então, seria a
favor das liberdades públicas e dos direitos individuais no Brasil? Vai contar,
em tudo o que fizer, com todo o apoio internacional, das classes intelectuais e
da mídia. Vai contar com a anulação do seu passado penal como ladrão. Vai
contar com o apoio do Papa, dos banqueiros de esquerda e do ator Leonardo DiCaprio.
É, como dito acima, um contrato assinado para transformar o Brasil numa
ditadura — e por muito, muito tempo.
REVISTA
OESTE
EDIÇÃO 131
23 de setembro
de 2022
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
BOLSONARO
Versão adaptada da de Gustavo Conde
"Eu não queria dizer isso. Pode ferir sensibilidades, desmanchar castelos
de areia, coisa e tal. Mas, que se dane. O fato, nu e cru, é que Bolsonaro vai
sendo canonizado, imortalizado e santificado no altar máximo da glorificação
histórica.
Nem Churchil, nem Roosevelt, nem Nelson Mandela chegaram perto dessa dimensão. E essa consagração é insuspeita: não há maior prêmio nem maior insígnia do que ser perseguido e caçado com este nível de violência pelo aparelhamento judicial e financeiro em uníssono, com o auxílio de toda a imprensa e dos serviços de "inteligência" nacionais e estrangeiros. É o maior reconhecimento de uma vida que teve um sentido maior, léguas de distância do que a maioria de nós poderia sonhar.
Nem todos os títulos honoris causa do mundo juntos equivalem a essa deferência: ser perseguido por gente do sistema, por representantes máximos do capital, da normatização social e da covardia intelectual, gente que pertence ao lado comunista da história.
Não há Prêmio Nobel que possa simbolizar a atuação patriótica de Bolsonaro no mundo, nem todos os títulos que Bolsonaro de fato ganhou ou recusou (a lista é imensa, uma das maiores do mundo). Porque a honraria mesmo que se desenha é esta em curso: ser o alvo máximo do ódio de classe e o alvo máximo do pânico democrático que tem fobia a voto.
Habitar 24 horas por dia a mente desértica dos inimigos da pátria e povoar quase a totalidade do noticiário político de um país durante 33 anos, dando significado a toda e qualquer movimentação social na direção de mais direitos e mais soberania, acreditem, não é pouco. Talvez, não haja prêmio maior no mundo porque Bolsonaro é, ele mesmo, o prêmio. É ele que todos querem, para o bem ou para o mal. É o líder-fetiche, a rocha que ninguém quebra, o troféu, a origem, a voz inaugural, que carrega as marcas da história no timbre e na gramática.
Há de se agradecer essa grande homenagem histórica que o Brasil vem fazendo com
extremo esmero a este cidadão do mundo. Ele poderia ter sido esquecido, como
FHC. Mas, não. Caminha para a eternidade, para o Olimpo, não dos mártires, mas
dos homens que lutaram e fizeram valer uma vida em toda a sua dimensão
espiritual e humana."
(Recebi via WhatApp)
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quinta-feira, 22 de setembro de 2022
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
A Disputa
Cyro de
Mattos
A terra era fértil, o que se plantava vingava com
sobras. Quando havia disputa por um estirão
de terra, a contenda era feroz. “É meu!”, um dizia, “eu descobri primeiro!”,
outro alardeava. Os demais não aceitavam, todos se achavam o protagonista da
façanha.
A refrega começava, os ventos ficavam irascíveis, provocavam
assombros, escombros, feridos e mortos.
Os mais velhos diziam, somente um vai tirar a caça da mata,
quando encontra, abate-a, nem pode comemorar. Aparece muitos como o verdadeiro
caçador. A discussão começa, tomava o formato de disputa ferrenha.
Era sempre assim, depois de morta a caça aparecia era
caçador. O combate se fazia feroz, enquanto a caça apodrecia, e as garras do
ocaso a levavam para fazer reinar o entendimento entre eles.
E as trevas fossem
banidas do coração de cada um deles, em batimentos que levavam para a destruição
de todos os contendores na disputa feia.
Cyro de Mattos é jornalista, cronista, contista,
romancista, poeta e autor de livros para crianças. Membro efetivo da Academia
de Letras da Bahia, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de
Itabuna. Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2022
O dia em que apertei a mão da rainha Elizabeth II
Arnaldo Niskier
Soberana veio ao
Brasil em 1968
Uma das alegrias
que tive como secretário de Ciência e Tecnologia da antiga Guanabara foi ter
apertado a mão da rainha Elizabeth II, na sua única visita ao Brasil, em 1968.
Ela foi recebida no Museu de Arte Moderna, num simpaticíssimo almoço. Esperei
pela soberana do Reino Unido ao lado do colunista Ibrahim Sued, com quem
treinei o clássico 'Nice to meet you'. Ela nos cumprimentou na entrada do
restaurante, sempre sorridente. Da recepção fazia parte o governador Negrão de
Lima, que, como embaixador, tinha todo o traquejo diplomático exigido para
aquelas ocasiões.
Acompanhada do
príncipe Philip, a rainha Elizabeth II tinha uma agenda lotada, em que se
incluíam uma visita ao presidente Costa e Silva e a presença em locais
históricos, como o Monumento do Ipiranga, em São Paulo, e o Mercado Modelo, em
Salvador. Não deixou de afirmar que 'os nossos dois povos estão voltados aos conceitos
básicos de justiça, liberdade e tolerância'.
Em São Paulo,
presidiu a cerimônia de inauguração do Museu de Arte de São Paulo (Masp). No
Rio, esteve no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro, e
prestigiou a Igreja Anglicana, em Botafogo. Visitou o Morro Dona Marta, fez um
passeio de Rolls-Royce pela cidade e compareceu ao Maracanã para assistir ao
amistoso Rio-São Paulo, em que afirmou se sentir muito feliz por cumprimentar o
nosso craque Pelé. No dia seguinte, partiu para a Argentina.
O novo rei inglês é
conhecido pelo seu amor ao meio ambiente. Afirma-se que não é seu propósito
ficar muito tempo no posto, mas isso ainda é uma dúvida. A imagem do rei
Charles III substituirá a imagem da sua mãe nos selos reais e nas notas do
Banco da Inglaterra. As palavras dentro dos passaportes britânicos serão
atualizadas para 'sua majestade' no masculino (em inglês, a expressão tem
gênero e será mudada de 'her majesty' para 'his majesty'). E o trecho do Hino
Nacional que diz 'Deus salve a rainha' será mudado para 'Deus salve o rei'.
O presidente da
França, Emmanuel Macron, afirmou que Elizabeth II manteve a unidade da nação
britânica por mais de 70 anos, superando os limites até da célebre rainha
Vitória. A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, disse que ela foi
a rocha sobre a qual a nação foi erguida.Apesar das crises internas da família
real, Elizabeth II resistiu até os 96 anos. Em 8 de setembro de 2022, a rainha
morreu no Castelo de Balmoral, na Escócia, numa residência de férias. Na data
da morte, o comunicado feito por meio das redes sociais do Palácio de
Buckingham diz: 'A rainha morreu em paz'. Preservou com brilho a confiança na
monarquia. É claro que deixará saudades.
O Globo, 15/09/2022
https://www.academia.org.br/artigos/o-dia-em-que-apertei-mao-da-rainha-elizabeth-ii
Arnaldo Niskier - Sétimo ocupante da Cadeira nº 18, eleito
em 22 de março de 1984, na sucessão de Peregrino Júnior e recebido em 17 de
setembro de 1984 pela acadêmica Rachel de Queiroz. Recebeu os acadêmicos Murilo
Melo Filho, Carlos Heitor Cony e Paulo Coelho. Presidiu a Academia Brasileira
de Letras em 1998 e 1999
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sábado, 17 de setembro de 2022
Os dados não mentem!
Bolsonaro surpreende o mundo...
Foto Reprodução/Internet
Uma das maiores
dificuldades que temos quando estamos no curso de um processo eleitoral, é
fazer uma distinção entre o "gestor" eficiente e competente do personagem
que é o "candidato".
Ou seja, enquanto o
gestor é um agente político, o candidato é um agente eleitoral, ou seja, um
"ator".
Saber separar um do
outro é fundamental.
Tenho ouvido muito,
sobretudo de algumas mulheres com as quais convivo, que não votam no Presidente
Bolsonaro em razão dele ter um comportamento até certo ponto
"impulsivo" e "grosseiro".
Então, é hora de
fazermos uma leitura para diferenciar as coisas.
O candidato tem
seus defeitos, sim.
Como todos
nós.
Mas se mostra um
gestor talentoso?
Se a resposta for
sim, ou seja, se governa bem, cumprindo os compromissos que assumiu e se
apresenta eficiência e resultados positivos, que influência ou relevância seu
temperamento tem na condução do seu mandato e nos resultados do seu
governo?
A resposta é:
nenhuma!
Inegavelmente o
Presidente Bolsonaro faz uma excelente gestão, com dados que surpreendem o
mundo, tanto na economia como em qualquer dos setores do seu governo.
Basta que
analisemos os números e os dados oficiais.
Então, o fato dele
ser grosseiro ou falar muitas vezes o que não precisa, não tem nenhum reflexo
ou peso na sua capacidade de governar e de comandar sua equipe.
Vamos lá para um
exemplo?
Você tem que escolher
alguém para conduzir seus negócios, dirigir seu carro com sua família dentro ou
cuidar do seu patrimônio.
E os dentre os dois
principais candidatos, um é irresponsável, esbanjador, já foi condenado, é
cachaceiro e bebe em serviço, ladrão e mentiroso. Defende as ditaduras, o
aborto, é niilista.
Mas é um ladrão
simpático que tem o dom de iludir e se cerca de uma camarilha.
Já o outro é
responsável, cuidadoso, honesto, franco, nunca foi condenado, defende a
família, a vida, não rouba, não mente e tem um histórico de bons resultados em
tudo o que faz.
É disciplinado, tem
fé e sabe delegar e escolher bons assessores.
Mas por vezes é
ranzinza e grosseiro.
Quem você
escolheria dentre os dois?
O fato do segundo
não ser simpático, influenciaria sua decisão de eleger o melhor?
Que importância ou
valor tem o seu temperamento nos resultados do seu governo?
A capacidade de
sabermos distinguir o gestor político do personagem eleitoral é fundamental
para o seu e para o nosso futuro.
Pense nisso, pois
na verdade, a relação que vamos ter com o próximo Presidente, não vai ser de
natureza pessoal, já que não vamos conviver com ele nas nossas casas.
Mas as condutas e o
governo dele, sim, entrarão e darão o ritmo nas nossas vidas, todos os
dias.
Cuide para não
eleger um bagaço que seja só um bom malandro e que possa nos jogar literalmente
no mato e arruinar nosso futuro!
Editorialista do Jornal da Cidade Online. Advogado membro do Conselho Gestor da Nemetz, Kuhnen, Dalmarco & Pamplona Novaes, professor, autor de obras na área do direito e literárias e conferencista. @LCNemetz
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sexta-feira, 16 de setembro de 2022
Considerações sobre o legado de Jorge Amado
e assuntos da Academia de Letras de Itabuna
Cyro de Mattos
Em Os
saberes nas narrativas de Jorge Amado procuro dar um testemunho crítico sobre o
legado ficcional de Jorge Amado, a exemplo do que fiz com o livro As criações
de Adonias Filho, publicado pela Academia Brasileira de Letras, obra em que
abordo aspectos da ficção adoniana e que recebeu há pouco tempo uma edição
digital pela E. Book Ufba Linguagens, do editor e crítico Cid Seixas.
Concebi o livro em que analiso a obra de
Jorge Amado como incursões que faço na linguagem e no imaginário de um narrador
poderoso, que sabe articular como poucos na trama as marcas da solidariedade,
do saber e do humor, logrando extrair da vida real a esperança e a ternura de
seus personagens, os que vivem como excluídos nas camadas populares. Esse consagrado romancista faz com que as
cenas dramáticas retiradas do plano real apareçam no texto mescladas com um mundo
fantástico cheio de episódios extraordinários. Informo que são incursões essas
realizadas por um ficcionista experimentado, que não usa o achismo para opinar
sobre a ficção de um autor de linguagem sensual, fecunda imaginação, quando
recria a vida com a arte bem-sucedida da escrita, como só poucos sabem
fazer.
Sempre
gostei de crítica e de ensaio literário. Cedo escrevi ensaios divulgados em
revistas e jornais literários importantes.
Com este livro sobre o legado de Jorge Amado alcanço a marca de cinco
livros no gênero ensaio. Sempre soube que para analisar uma obra literária o
autor do texto deve ter instrumental teórico suficiente, intimidade com as
questões estéticas e ser eficiente no julgamento, além de possuir uma boa
cultura literária. No final desse livro
sobre a obra de Jorge Amado, registro alguns autores que me dão suporte na
missão de ensaísta, como Octavio Paz, Ezra Pound, Ítalo Calvino, Kaiser,
E. M. Forster, Emil Staiger, Afrânio
Coutinho e Eduardo Portella, entre outros. Com eles aprendi o que de melhor
deve ser absorvido para se analisar obras de ficção e de poesia escritas por autores representativos.
Junte-se a isso a experiência que tenho como ficcionista, ao longo de mais de
60 anos, o que me faz dotado, permitam-me, de pressupostos e requisitos para escrever
livros de ensaio sobre ficcionistas e poetas expressivos. Diria então que meu
estilo é eclético nesse livro de ensaios sobre a obra amadiana, no qual entram
a compreensão e a abrangência do fazer literário.
Os saberes nas
narrativas de Jorge Amado é um livro editado pela Fundação Casa de Jorge Amado
(Salvador), o prefácio “Cyro de Matos e Jorge Amado: um encontro grapiúna” vem
assinado por Nelson Cerqueira, doutor em Letras, poeta e ficcionista, da
Academia de Letras da Bahia, e o posfácio “Cyro de Mattos pisando chão
verdadeiro” é de Ângela Fraga, escritora e diretora da Fundação Casa de Jorge
Amado. Já escrevi sessenta e dois livros pessoais, de diversos gêneros, como o
conto, romance, crônica, poesia, ensaio e literatura infantojuvenil. Organizei
ainda cinco antologias e cinco coletâneas. Tenho quinze livros publicados por
editoras europeias.
Enquanto
isso, o Hino Oficial da Academia de Letras de Itabuna (ALITA) tem dois autores.
Marcelo Ganem é o compositor da música, a letra é de minha lavra. A parceria deu-me alegrias, pois Marcelo
Ganem é um dos bons cantores das gentes e coisas da nossa terra, um poeta do
som, alma sensível alimentada de lindas notas líricas. Quanto à minha
participação na elaboração da letra é pela simples razão de querer ser útil
quando faço versos. Daí dizer no final da letra do hino: “Tudo vale/ tudo anda
com Deus/Que nos deu a razão e a emoção/ O sentido de viver com o amor/ Pra
dizer o que vem do coração.”
Sobre a
Guriatã, a revista já se tornou uma marca positiva nas produções da Academia de
Letras de Itabuna pela riqueza de seu conteúdo.
Nesses três números em que funcionamos como o editor da revista, a
maioria dos seus colaboradores foi constituída dos membros da instituição, cada
um deles na afirmação e autonomia de suas qualidades literárias. A revista tem
sido elogiada em importantes ambientes literários, fora da região, e por
escritores de valor indiscutível, como Muniz Sodré, Nelson Cerqueira, Ivo
Koritowsky, Aramis Ribeiro Costa e Gerana Damulakis, entre outros.
Cyro de Mattos - escritor e poeta. Primeiro Doutor Honoris
Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz. Membro efetivo da Academia de
Letras da Bahia, Pen Clube do Brasil, Academia de Letras de Ilhéus e Academia
de Letras de Itabuna. Autor premiado no Brasil, Portugal, Itália e México.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2022
BOLSONARO Plano de Governo 2023 – 2026
“PELO BEM DO BRASIL” – Bolsonaro Plano de GOVERNO 2023 -
2026
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quarta-feira, 14 de setembro de 2022
sábado, 10 de setembro de 2022
sexta-feira, 9 de setembro de 2022
ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: Amor e Medo -Casimiro de Abreu
AMOR E MEDO
Casimiro de Abreu
I
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Casimiro de Abreu (Casimiro José Marques de Abreu), poeta, nasceu em Barra de São João, RJ, em 4 de janeiro de 1839, e faleceu em 18 de outubro de 1860. É o patrono da cadeira n. 6 da Academia Brasileira de Letras, ABL, por escolha do fundador Teixeira de Melo.
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O Duelo
Cyro de Mattos
Tinham começado o duelo desde não sei quando. O bem achava que a vida era boa e bela, muita gente devia se interessar por ela. Nada disso, o mal dizia que a vida era ruim e feia, viver com as amargas ela sempre aprovou, o fel ao invés do mel.
O bem achava
que a vida devia pender para o sabiá, enquanto o mal não aceitava isso sob
qualquer argumento. Devia pender para o urubu, como sempre acontecia. O bem
bradava que a liberdade é o valor mais importante da vida. O mal sorria fazendo
uma careta. Assegurava que a lei do mais forte é a correta, nos hábitos e
costumes só há sobrevivente quando a regra a seguir consiste em fazer valer o
império dos abonados perante os excluídos.
O bem dizia
que o amor é o sentimento mais forte, o mal rebatia, adiantando que a maioria
vive enganada, o casal só percebe o erro quando enfrenta a dura lei da vida. O
bem retornava, dizendo que o inocente era para ser sempre absolvido, o mal
contrapunha, afirmando quem manda é o que está por cima, é o vitorioso, não
importa o crime fútil que tenha executado.
Não
encontravam um meio termo para frear as discussões acaloradas, sem fim.
Decidiram que um duelo mostraria quem estaria com a razão. No dia aprazado, o
juiz demarcou o terreno com uma corda de vinte metros, ao comprido. Cada um ocupava
agora seu lugar no extremo da corda. O bem no ponto em que o sol nascia. O mal
no ponto em que a noite abarcava o dia.
O juiz trilou
o apito. Ao mesmo tempo, atiraram um contra o outro, para saber quem tombaria
primeiro. A arma do mal cuspiu cobras e lagartos, que se bateram contra os
muros do bem e ali mesmo tombaram, sem alcance do alvo perseguido. Da arma do
bem saíram flores, que soltaram fragrâncias, perfumaram os ares e fizeram com
que o mal fugisse em desabalada carreira.
O bem continua
morando nos prados da alegria, onde vive a esperança desde que amanhece o claro
dia, a ternura tece a vida com os fios do encanto e da beleza. O mal voltou a viver nas zonas trevosas da
matéria, onde fabrica até hoje suas redes com fios grossos bem trabalhados e as
arremessa com gosto para pegar os peixes grandes e miúdos nas águas da desgraça
alheia.
Cyro de Mattos - Membro efetivo da Academia de Letras da
Bahia, Academia de Letras de Ilhéus e Academia de Letras de Itabuna. Doutor
Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz.
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quarta-feira, 7 de setembro de 2022
O 7 DE SETEMBRO DE 2022 - INESQUECÍVEL - Jair Bolsonaro
(Texto de Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil - postado no
Twitter)
- Hoje, mais do que nunca, pudemos assistir e sentir o
despertar do patriotismo e do profundo amor pelo Brasil. As ruas foram tomadas
pelas cores de nossa linda bandeira e nosso glorioso hino nacional foi cantado
por milhões de homens e mulheres, de todas idades, classes e cores.
- É difícil imaginar o que se passou pela cabeça de Dom
Pedro I ao proclamar a Independência do Brasil, mas não tenho dúvida de que, em
seu coração, queimava a mesma chama de amor e orgulho que hoje preencheu o
peito de cada brasileiro em cada lugar do nosso imenso país.
- Mais uma vez o nosso povo mostrou a todos aqueles que
duvidam de sua capacidade e integridade não apenas a força que possui, mas
também o espírito pacífico e ordeiro que carrega em seu coração. O mundo pôde
assistir novamente a uma celebração de união, esperança e liberdade.
- Há muito não se via tantas pessoas emocionadas, festejando
com alegria a nossa Independência. Essa emoção contagiou a todos nós.
Impossível conter as lágrimas e não pensar no quanto o nosso país é
maravilhoso, mesmo com todas as dificuldades que enfrentamos no dia a dia.
- Se antes falavam que éramos uma nação adormecida, hoje
posso dizer que o Brasil acordou e está cada vez mais consciente do potencial
que possui. Ninguém no mundo tem o que nós temos: nossos recursos, nossas
riquezas, nossas florestas e nosso povo trabalhador e miscigenado.
- Nossa Pátria é gigante e abençoada. Na prática, somos
vários brasis dentro de um só. E, apesar dos altos e baixos da história,
seguimos unidos na preservação de nossa soberania e liberdade. O Brasil era
impossível, mas se tornou real: somos um milagre em forma de nação.
- Repito: numa única família brasileira há mais diversidade
do que em muitas nações. Está em nosso DNA lidar com as diferenças e
contradições, porque somos frutos delas. Não é uma raça, sexo ou classe que nos
une como povo, são os valores que carregamos dentro de cada um de nós.
- Por isso, atacar nossos valores é uma das formas mais
covardes de promover a desunião. Por isso, lutarei até o fim da minha vida para
proteger os valores e as tradições do nosso povo, para que sejamos uma nação
cada vez mais unida, de modo que ninguém seja capaz de dividi-la.
- Parabéns a todos por promoverem neste 7 de setembro de
2022 uma das maiores e mais lindas festas já vistas nos últimos 200 anos e em
todo o planeta! Vocês mostraram ao mundo a beleza e grandeza do nosso país.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE! ONTEM, HOJE E POR TODA ETERNIDADE!
Jair Messias Bolsonaro é um militar reformado e político
brasileiro, filiado ao Partido Liberal. É o 38º presidente do Brasil desde 1º
de janeiro de 2019, tendo sido eleito pelo Partido Social Liberal. Foi deputado
federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018.
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HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Letra: Evaristo da Veiga
Música : Dom Pedro I
1 Já podeis da Pátria filhos
Ver contente a Mãe gentil;
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil
Já raiou a Liberdade Já raiou a
Liberdade No Horizonte do Brasil
(Refrão)
Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
2 Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil.
Houve Mão mais poderosa
Houve Mão mais
poderosa
Zombou deles o Brasil.
(Refrão)
3 O Real Herdeiro Augusto
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos Tiranos
Em despeito dos Tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
(Refrão)
4 Ressoavam sombras tristes
Da cruel Guerra Civil,
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
Mas fugiram apressadas
Mas fugiram apressadas
Vendo o Anjo do Brasil.
(Refrão)
5 Mal soou na serra ao longe
Nosso grito varonil;
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros
logo
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
(Refrão)
6 Filhos clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil,
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-vos o Brasil.
(Refrão)
7 Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
(Refrão)
8 Mostra Pedro a vossa fronte
Alma intrépida e viril:
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tende nele o Digno Chefe
Tende nele o Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
(Refrão)
9 Parabéns, oh Brasileiros,
Já com garbo varonil
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
Do Universo entre as Nações
Do Universo entre as Nações
Resplandece a do Brasil.
(Refrão)
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