O poeta e crítico literário Emmanuel Santiago faz, na
Academia Brasileira de Letras, a terceira palestra do ciclo de conferências do
mês de abril de 2018, intitulado As cidades dos poetas. O tema escolhido
foi A cidade parnasiana. O evento está programado para terça-feira, dia 17
de abril, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson
203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.
Serão fornecidos certificados de frequência.
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado,
Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências
de 2018.
A última palestra do mês de abril será proferida pelo
professor, poeta e ensaísta Adriano Espínola, que falará sobre o
tema Ferreira Gullar: São Luís e Rio de Janeiro, na terça-feira, dia 24,
também às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr, da ABL.
Santiago adiantou, de forma sucinta, que mostrará em
sua palestra que “Olavo Bilac, embora constantemente descrito como um ourives
siderado a ouvir estrelas distante do ‘estéril turbilhão das ruas’, foi um
intelectual atuante no período entre séculos”.
Disse, ainda, que Bilac foi “presença constante na imprensa
da época, poeta de significativa popularidade, conferencista disputado, que
empenhou seu prestígio num projeto político reformista e conservador, com o
objetivo de modernizar a sociedade brasileira, sem, contudo, alterar suas
estruturas”.
“A principal realização de tal projeto foi a reforma
urbanística da cidade do Rio de Janeiro nos primeiros anos do século XX, que
encontrou no autor de Poesias um de seus mais fervorosos defensores.
Analisando a poesia bilaquiana, é possível ver emergir, dela, uma noção
excludente de cidadania, em sintonia com os pressupostos ideológicos que
nortearam as elites no poder durante a República Velha”, concluiu Santiago.
O CONFERENCISTA
Emmanuel Santiago é poeta, crítico literário, tradutor
e professor de Literatura, com doutorado em Literatura Brasileira pela USP, com
a pesquisa A narração dificultosa: o erotismo na poesia parnasiana
brasileira; mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela mesma
instituição, com A narração dificultosa: “Cara-de-Bronze”, de João
Guimarães Rosa; e bacharelado em Estudos Literários pela UFOP. É autor do
livro Pavão bizarro (poesia). Atua como coordenador da área de
Humanidades e Linguagens no Instituto Alpha Lumen (São José dos Campos/SP).
11/04/2018
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