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sábado, 14 de abril de 2018

ABL: EMMANUEL SANTIAGO FAZ NA ABL TERCEIRA PALESTRA DO CICLO 'AS CIDADES DOS POETAS', SOB COORDENAÇÃO DO ACADÊMICO ANTONIO CARLOS SECCHIN


O poeta e crítico literário Emmanuel Santiago faz, na Academia Brasileira de Letras, a terceira palestra do ciclo de conferências do mês de abril de 2018, intitulado As cidades dos poetas. O tema escolhido foi A cidade parnasiana. O evento está programado para terça-feira, dia 17 de abril, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.


Serão fornecidos certificados de frequência.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2018.

A última palestra do mês de abril será proferida pelo professor, poeta e ensaísta Adriano Espínola, que falará sobre o tema Ferreira Gullar: São Luís e Rio de Janeiro, na terça-feira, dia 24, também às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr, da ABL.

Santiago adiantou, de forma sucinta, que mostrará em sua palestra que “Olavo Bilac, embora constantemente descrito como um ourives siderado a ouvir estrelas distante do ‘estéril turbilhão das ruas’, foi um intelectual atuante no período entre séculos”.

Disse, ainda, que Bilac foi “presença constante na imprensa da época, poeta de significativa popularidade, conferencista disputado, que empenhou seu prestígio num projeto político reformista e conservador, com o objetivo de modernizar a sociedade brasileira, sem, contudo, alterar suas estruturas”.

“A principal realização de tal projeto foi a reforma urbanística da cidade do Rio de Janeiro nos primeiros anos do século XX, que encontrou no autor de Poesias um de seus mais fervorosos defensores. Analisando a poesia bilaquiana, é possível ver emergir, dela, uma noção excludente de cidadania, em sintonia com os pressupostos ideológicos que nortearam as elites no poder durante a República Velha”, concluiu Santiago.

O CONFERENCISTA

Emmanuel Santiago é poeta, crítico literário, tradutor e professor de Literatura, com doutorado em Literatura Brasileira pela USP, com a pesquisa A narração dificultosa: o erotismo na poesia parnasiana brasileira; mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela mesma instituição, com A narração dificultosa: “Cara-de-Bronze”, de João Guimarães Rosa; e bacharelado em Estudos Literários pela UFOP. É autor do livro Pavão bizarro (poesia). Atua como coordenador da área de Humanidades e Linguagens no Instituto Alpha Lumen (São José dos Campos/SP).
11/04/2018


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A PATOLOGIA LULA - Carlos José Marques


13/abr/2018
FOTO: Marcos Bizzotto

As romarias, os cânticos em seu nome, a louvação às suas palavras, tudo leva a crer que os adoradores de Lula já o colocaram em um pedestal de divindade, no qual nenhuma acusação de crime, nenhuma prova ou evidência pode alcançá-lo. Nem mesmo erros conhecidos, a clamorosa afronta às instituições, o descaso que demonstrou com a Lei e a ordem, a incitação à baderna – sugerindo aos seguidores “queimar pneus”, “fazer passeatas” e “ocupações no campo e na cidade” – serão capazes de denegri-lo. Não para esses fiéis, cegos na veneração.

Não importa, não tem valor os desmandos, não maculem a imagem do protetor dos desassistidos – mesmo que ele tenha se locupletado com o dinheiro alheio, justamente daqueles a quem prometia a salvação. É perjúrio dizer isso, pecado capital. Bem-aventurados os que creem porque esses seguirão ao lado do todo-poderoso. O próprio Lula, como diz na pregação que fez de autorreferência, nos momentos derradeiros do martírio rumo ao calabouço, descortinou o caminho da fé: “eu não sou mais um ser humano, sou uma ideia”.

 Talvez o grau etílico no momento da fala, naquele sábado de paixão petista, tenha contribuído para o delírio. Mas há de se supor que Lula acredita na própria profecia. A ascensão do mundo dos mortais à esfera dos deuses se dá com a sagração de seus apóstolos.

 Cada um deles, congressistas de carteirinha, tratou logo de pedir à plenária daquela casa de tolerância a inclusão da menção “Lula” em seus respectivos nomes parlamentares. Assim Gleisi “Lula” Hoffmann, Paulo “Lula” Pimenta e quetais, da noite para o dia, devotaram sua existência política ao redentor. Eis a mensagem da fé! Aleluia ao Senhor. Seria cômico, não fosse triste. O Partido dos Trabalhadores agoniza engolfado pelo devaneio. Deixou de lado programas, bandeiras, a própria essência ideológica que dava corpo à agremiação, para virar seita. Tal qual a de reverendos suicidas que conclamam incautos para a reclusão e o fim trágico coletivo em nome de uma crença. A cúria petista, nos dias que se seguiram a prisão de seu líder maior, arrastou uma patológica massa de romeiros para Curitiba, sede da masmorra/recanto de seu mentor, e ali fincou acampamento, revezou hordas de peregrinos nos gritos de saudação “bom dia, Lula”, “boa noite, Lula” e maquinou a ressurreição do demiurgo. Levou governadores partidários para visitas improváveis, articulou comissões no Senado para a averiguação das condições da cadeia, promoveu algazarra e violência a intimidar os locais. Em suma, rezou conforme a cartilha de insanidades do lulopetismo. No enredo do calvário que culminou com a rendição midiática o ingrediente das vaias e fogos a comemorar o feito da Justiça não poderia faltar. Lula aquiesceu na última das quedas de sua paixão, em pleno heliporto da atual morada. 

Horas antes, do palanque improvisado em um carro de som, como numa missa de corpo presente, exibiu-se à imagem e semelhança de um cadáver político. Dava para notar no tom soturno de suas imprecações, inconformado com o próprio fim, que rogava por uma plateia maior que a avistada ali de cima. Lula almejava a reencarnação em “um pedacinho de célula de cada um de vocês”. Pedia a militância de muitos “lulinhas”, dos “milhões e milhões de Lulas”. Já era o ente falando. Os exegetas bíblicos deveriam rapidamente rever as encíclicas para incluir o nome do novo santo. Lula tem certeza de seu direito divino a figurar nos versículos do livro sagrado. Disse em certa ocasião que “as pessoas deveriam ler mais a bíblia para não usar tanto meu nome em vão” e cravou a memorável lembrança de que não existe uma viva alma mais honesta do que eu”.

A mística do Salvador da Pátria em pessoa deu o tom do desvario de lá para cá. Não há na política brasileira mais espaço para um messias oportunista. De mais a mais, as previsões apocalípticas não se confirmaram. O mundo não acabou com a sua prisão, como ele e a parolagem petista vaticinaram. Lula é agora apenas um número no Cadastro Nacional de Presos (CNP). Detento ficha 700004553820. Até ressuscitar vai uma penosa provação. Aleluia.


Sobre o autor
Carlos José Marques é diretor editorial da Editora Três


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CURIOSAS SUPERSTIÇÕES! - Antonio Nunes de Souza


Curiosas superstições!

O ser humano, creio que desde o seu aparecimento no Paraíso, ou sua transformação de antigos símios como disse Darwin, provavelmente tem e carregam crenças sobre uma série de coisas que, graças a Deus, são, consistentemente, sem sentidos e sem maiores prejuízos!

Claro que, mesmo não carregando a pecha prejudicial diretamente, não deixa de causar transtornos para aqueles que creem literalmente nos seus efeitos, principalmente, quando trata-se efeitos negativos!

Esse meu preambulo foi para falar de uma superstição bastante respeitada, resguardada e, cuidadosamente olhada, que são as “sextas-feiras 13”!

Geralmente são encaradas como perigosas, carregadas de azares pecaminosos, atrapalhações nos planos, projetos, negócios e, logicamente, nas amizades e amores também!

Os mais fanáticos, ou fracos de personalidades, jamais fazem qualquer coisa de importante nessas datas, que geralmente estão presente em algumas ocasiões durante o calendário anual. Sendo que, se for no mês de agosto, para os supersticiosos, trata-se de um dia “perigosíssimo para qualquer atividade”, principalmente para viagens aéreas ou terrestres que são as mais comuns!

Infelizmente não sei a origem dessa superstição e nem de outras existentes, mas, como ser humano que sou, acompanho o respeito por essa data “fatídica”, misteriosamente azarenta!
Nada nos custa respeitar as crenças existentes tendo-se cautelas. Pois, se algo acontecer de errado, rigorosamente, a culpa foi da pobre data com fama de maligna. E, para evitar que isso aconteça, não custa nada deixar as coisas que nos são importantes para o dia seguinte, não dando chances de “azares” aos nossos interesses em todas as vertentes!

Com sinceridade, estou escrevendo essa crônica com todo cuidado, para que seja bem entendida, clara e cheia de lógicas, bastante preocupado com medo de estar sendo medíocre, sobre uma superstição tão respeitada e cultuada, por todos os brasileiros! Digo brasileiros por que desconheço se essa data também é execrada em outras fronteiras.

Se a sua significação é verídica ou não, nada custa deixar para amanhã as decisões que deveriam ser tomadas hoje. “Precaução e canja de galinha nunca fazem mal a ninguém”!

Desejo que hoje seja um dia lindo para todos e que, se fizerem algo de especial, essa terrível data esteja dormindo e que nada aconteça no sentido contrário!

Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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