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domingo, 18 de abril de 2021

RECEBENDO A SAGRADA COMUNHÃO NO ESPAÇO – Plinio Maria Solimeo


Plinio Maria Solimeo

É corrente que aqueles que se dedicam especialmente às ciências e às coisas técnicas, são pouco propensos para seguirem à risca seus deveres religiosos. Pois, em grande número de casos, tratando somente com coisas práticas e concretas, acabam amortecendo o senso religioso e se tornando materialistas ou agnósticos. Isso, que infelizmente é muito frequente, não foi o que ocorreu com quatro astronautas americanos dedicados ao que há de mais moderno na ciência e na técnica, que é a carreira espacial. Pois, não só conservaram e afervoraram sua fé em suas aventuras pelo espaço, mas tiveram a grande graça de nele receber a Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia.


A folha de serviço do mais antigo deles, Thomas Jones [foto], nascido em janeiro de 1955 em Baltimore, por exemplo, é considerável. Ele participou de quatro missões espaciais, e quando deixou a NASA em 2001, trabalhou depois como cientista planetário e consultor em operações espaciais, cientista pesquisador sênior no Instituto de Cognição Humana e de Máquina da Flórida, envolvido no planejamento de expedições de robôs e astronautas ao espaço profundo e asteróides próximos à Terra, palestrante e escritor de quatro obras. De 2006 a 2009, ele serviu no Conselho Consultivo da NASA, e foi membro do conselho da Astronauts Memorial Foundation. Por tudo isso, mereceu ser colocado no Astronaut Hall of Fame dos Estados Unidos em 21 de abril de 2018. Portanto, é um cientista de muito renome.

Jones, detentor de quatro prêmios concedidos pela NASA e pela Força Aérea dos Estados Unidos, seu livro autobiográfico Sky Walking: An Astronaut’s Memoir (Caminhando pelo céu: Memória de um astronauta), de 2006, foi escolhido pelo Wall Street Journal como um dos cinco principais relatos dedicados ao assunto do espaço. Católico convicto, Jones narra sua experiência espiritual, no livro acima citado, de receber a Sagrada Comunhão no espaço.

Isso se deu em sua primeira participação em uma missão espacial como membro da tripulação da nau espacial Endeavour no programa STS-59, entre 9 e 20 de abril de 1994. O objetivo da missão era o de colocar em funcionamento, no espaço, um radar para estudo do ecossistema terrestre, além de coletar dados sobre a quantidade e distribuição de monóxido de carbono nos níveis mais altos da atmosfera terrestre e fazer, por radar, observações oceanográficas, geológicas, hidrológicas e estudo e observação de placas tectônicas ao redor do planeta.

O astronauta considerou o participar dessa grande aventura um privilégio pois, além de adquirir experiência e de o familiarizar com a vida no espaço, sobretudo ia lhe proporcionar a possibilidade de ver a Deus em suas obras no imenso firmamento.

Suas expectativas, entretanto, ultrapassaram toda expectativa. Pois ocorreu que, como três dos seis tripulantes da nave espacial eram católicos — ele, o comandante, Gutiérrez, e o piloto Kevin Chilton, que era ministro extraordinário da Eucaristia —, eles puderam receber a Sagrada Comunhão em pleno vôo da nave espacial. Pois Kevin tinha recebido do seu vigário licença para levar consigo em sua missão algumas hóstias consagradas.


Isso ocorreu da seguinte maneira: no domingo, duas semanas depois da Páscoa, quando estavam já no espaço, os três astronautas se reuniram na cabine de vôo para comungar. Nesse momento, diz Jones, “os três agradecemos a Deus pelas vistas de Seu universo, pela boa companhia, e pelo êxito que tínhamos tido até então. Kevin então repartiu o Corpo de Cristo com Sidney e comigo, e permanecemos na cabine de vôo refletindo no silêncio, esse momento de paz e de verdadeira comunhão com Cristo”. Quando acabaram de comungar, conforme narra Jones, ocorreu que, “enquanto meditávamos tranquilamente na escura cabine, uma deslumbrante luz branca irrompeu pelo espaço, e nela penetrou. A luz radiante do sol que se avistou através das janelas dianteiras da nau espacial e nos deu calor, que outro sinal [da presença de Deus] podíamos pedir senão esse? Foi a afirmação gentil de Deus de nossa união com Ele”. Comovido até às lágrimas, o astronauta se afastou de seus companheiros, e contemplou então através das janelas da nave o amanhecer e, debaixo, o Oceano Pacífico, cuja superfície azul resplandecia com a luz do sol. Acrescenta ele que “com esta formosa luz entrando na nave, e o formoso oceano azul em baixo, estive a ponto de chorar”. E então se lembrou das palavras do evangelho de São Mateus (18, 20): “Onde dois ou três estão congregados em meu nome, ali estou Eu no meio deles”.

O astronauta comenta que, “cada vez que tens algum tempo livre [na nave espacial], e olhas pela janela, há um tremendo sentimento de gratidão [para com Deus] por olhar abaixo com esta perspectiva única de teu mundo. Tu te sentes muito especial e muito humilde ao mesmo tempo. É muito comovedor e inspirador”.


Comentando 10 anos depois essa aventura, afirma Jones: “Estamos destinados a nos assombrar no espaço. Se nossa espécie imperfeita encontrou tais cintilações de deleite em nosso primeiro encontro com o cosmos, então verdadeiramente encontramos a um Deus muito carinhoso e generoso”. Ele diz que “era consciente de que cada dia no espaço era um regalo especial [de Deus], e sabia que me havia sido concedido esse regalo único. Cada noite, antes de dormir, agradecia a Deus por essas maravilhosas vistas da Terra, e pelo êxito de nossa missão. Continuamente pedia pela segurança de nossa tripulação, e para que tivéssemos um feliz encontro com nossas famílias”. Ele era casado com Liz Jones, e tinha duas filhas.

Tom Jones confessa que, ao contrário do que se poderia pensar, no espaço sempre lhe foi mais fácil rezar. Ele levava consigo textos das leituras das Missas dos domingos e outras passagens da Sagrada Escritura, anotados em um caderno que tinha para utilizar em suas missões. Sobretudo, afirma ele, o Rosário sempre fez parte de sua equipagem pessoal.

Depois dessa inesquecível viagem espacial, Thomas Jones participou de mais três missões, e realizou três passeios espaciais durante a construção da Estação Espacial Internacional. No total, ele passou 53 dias no espaço o que, segundo afirma, o ajudou a acrescentar ainda mais a fé católica que já professava quando voou ao espaço pela última vez em 2001.

Atualmente Jones é paroquiano na igreja de São João Newmann, em Reston, na Virginia, onde exerce a função de leitor.


Outro astronauta que teve a graça de comungar no espaço foi Michael Hopkins [foto]. Nascido em dezembro de 1968, ele é coronel da Força Espacial dos Estados Unidos e astronauta da Nasa.

Casado com Júlia Stutz e pai de dois filhos, antigo membro da Igreja Metodista, ele se converteu e foi recebido na Igreja Católica em 2013, unindo-se assim na mesma fé à sua esposa e aos filhos.

Hopkins participou de várias missões da NASA, sendo o primeiro membro de sua aula a voar no espaço, e o primeiro astronauta a se transferir para a Força Espacial dos Estados Unidos, participando de uma cerimônia de transferência na Estação Espacial Internacional.

Em setembro do ano de 2013, o astronauta americano foi designado para participar, com seus congêneres soviéticos, da missão Soyuz TMA-10M. Essa nave espacial permaneceu seis meses no espaço, acoplada à Estação Espacial Internacional para servir como veículo de escape em caso de emergência.

Para se ter uma ideia da profundidade da conversão à verdadeira Igreja deste ex-metodista, que ocorrera nesse mesmo ano de 2013, considere-se que, para não ficar durante esse longo período sem receber a Sagrada Comunhão, Hopkins obteve do arcebispo de Galveston-Houston, por intermédio de seu pároco, o Pe. James H. Kuczynsky, que fosse nomeado ministro extraordinário da Eucaristia, e licença para levar consigo ao espaço uma teca com seis hóstias consagradas, número suficiente para que ele pudesse comungar aos domingos, durante as 24 semanas que ficaria no espaço. Afirma ele que isso “foi extremamente importante para mim”.

Desse modo, chegando o domingo, ele se recolhia na Estação Espacial, e preparava-se para a Comunhão com algumas leituras e orações. Depois comungava. Nos dias da semana em que não comungava, Hopkins sempre fazia alguns momentos de adoração do Santíssimo Sacramento.

Esse astronauta genuinamente católico, também procurava ver a Deus no espaço. Para ele, “quando você vê a Terra desde esse ponto de vista [de uma obra de Deus], e a beleza natural que existe, é difícil não sentar-se aí, e dar-se conta de que tem que haver uma força superior que fez tudo isso”. Isto é, um Deus criador do Céu e da Terra, e de tudo quanto existe[i].


[i] Fontes

– https://www.religionenlibertad.com/ciencia_y_fe/734263843/tom-jones-astronauta-catolico-comulgar-espaci-nasa.html?utm_source=boletin&utm_medium=mail&utm_campaign=boletin&origin=newsletter&id=31&tipo=3&identificador=734263843&id_boletin=218880017&cod_suscriptor=452495753

– https://en.wikipedia.org/wiki/Michael_S._Hopkins

– https://www.catholicherald.com/News/Local_News/For_veteran_astronaut_and_Catholic_Tom_Jones,_space_was_a_spiritual_experience/

– https://www.religionenlibertad.com/personajes/55296/astronauta-revela-tremenda-experiencia-comulgar-espacio.html

 

https://www.abim.inf.br/recebendo-a-sagrada-comunhao-no-espaco/

 

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PALAVRA DA SALVAÇÃO (228)



3º Domingo da Páscoa – 18/04/2021

Anúncio do Evangelho (Lc 24,35-48)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”

Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.

E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.

Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles.

Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.

Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

https://liturgia.cancaonova.com/pb/

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Pe. Roger Araújo:


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Ressurreição: a arte de recompor o que foi quebrado

 


“Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo!” (Lc 24,35-48) 

 

Há uma arte milenar que consiste em recompor cerâmicas quebradas; quando uma peça se rompe, os mestres desta arte concertam-na com ouro, deixando a cicatriz da reconstrução completamente à vista e sem nenhuma dissimulação, pois para eles uma peça reconstruída é um símbolo perfeito que alia fortaleza, fragilidade e beleza.

Os primeiros cristãos decidiram também conservar e transmitir os relatos das aparições do Ressuscitado sem ocultar as muitas rupturas, feridas e marcas que o acompanharam durante sua vida, sobretudo aquelas que lhe foram infligidas durante sua paixão e morte. Poderiam ter adocicado, suavizado ou omitido diretamente os aspectos mais polêmicos de seus ensinamentos ou os elementos mais humilhantes de seu dramático final. Pelo contrário, deixaram as cicatrizes de suas feridas completamente à vista e sem nenhuma dissimulação. Mas, fizeram isso não só para serem fiéis à história, mas, sobretudo, para mostrar a fortaleza, a fragilidade e a beleza da reconstrução realizada por Deus na ressurreição. Convinha mostrar o ouro que preenche as fendas entre os membros feridos de Jesus, as marcas de sua entrega nas cicatrizes do seu corpo.

O Pai, como experiente artesão, depois de enviar Jesus e de sustentá-lo ao longo de sua missão, o eleva, o reconstrói e o ressuscita.

Essa é a razão pela qual, para os cristãos, o compromisso com a restauração do mundo quebrado é um modo de atualizar a experiência da ressurreição e de viver sua vocação. O(a) seguidor(a) de Jesus escuta o chamado para unir-se ao labor do Deus-criador que, na ressurreição, recria de novo a humanidade ferida.

Somente a ação criativa e contínua de Deus é capaz de costurar novamente os pedaços de nossa história; ao mesmo tempo ela nos faz descobrir a beleza e a harmonia desses mesmos pedaços. Tal qual o oleiro, o Senhor nos cria e nos recria continuamente. Nada é desperdiçado. Suas mãos de artista não jogam fora nenhum pedaço de nossa existência vivida, e sim, compõe e recompõe continuamente, num desenho novo, o que nos foi dado viver. A experiência de nossa própria fragilidade pode converter-se em experiência de Deus, do Deus rico em misericórdia, e até o passado mais fragmentado está aí para dizer que Ele desenhou nosso ser na palma de suas mãos (cf. Is. 49, 14-26). 

Assim, o passado em pedaços adquire um significado totalmente diferente, e cada acontecimento se torna fragmento de um plano amoroso, escrito no coração do Criador. O ato divino de costurar os pedaços de nossa história não significa somente juntar os cacos, como se no passado existissem somente derrotas e fracassos a serem anotados e aceitos. Deus acolhe e dá um sentido novo a todas as vivências e experiências; só Ele consegue juntar até as contradições e inconsistências da vida, dando coerência e unidade ao todo existencial e, com isso, fortalecendo a identidade e originalidade de cada um.

É um contínuo renascer; é um prolongamento da Criação: “faça-se a luz”, “façamos o ser humano”.

Repetir o gesto criativo de Deus significa tomar nas mãos os “fragmentos” daquilo que foi vivido, trazê-los das profundezas onde sempre estiveram confinados, colocá-los à nossa frente, tocá-los, revirá-los, contemplá-los, aceitá-los, revivê-los, recriá-los... Com o ouro de nossa existência, aquecida pelo calor do Espírito de Deus, podemos transformar nossas feridas, fracassos, crises, rupturas... em material de uma nova experiência de vida. Não se trata de sufocar a vida, mas de torná-la leve e luminosa, mantendo límpida a sua fonte, livrando-a da camada de sentimentos negativos.

A experiência de encontro com o Ressuscitado nos dá força e tranquilidade para empreender um mergulho dentro de nós mesmos. Ela vai reordenando fatos, completando os vazios, corrigindo distorções, revivendo situações paralisadas, conferindo sentimentos...

Ao nos situar na luz da ressurreição ampliamos o horizonte de leitura de nossa vida; isso possibilita uma recomposição da nossa própria vida e dá um novo significado aos acontecimentos vividos. As experiências do passado não podem ser mudadas, mas a nova “releitura” pode mudar a interpretação dada a elas. Tal experiência reconstrutora é para corajosos, persistentes, vitais, amantes da verdade... 

A experiência de encontro com o Ressuscitado é muito positiva para o crescimento interior e nos mobiliza para retomar a “escrita” de nossa história, agora com um olhar compassivo e acolhedor.

Deus colocou sua “assinatura” divina ali, nas dobras do coração, mas só quem lê o interior descobre isso. Nas páginas fragmentadas da nossa existência poderemos ler uma história de amor profundo, uma história imortal O que não foi bem escrito no passado poderá ser escrito de outra maneira no futuro...

Mas tudo é reconstruído e, com toda certeza, será publicado pela “editora da vida”.

No evangelho deste 3o domingo da Páscoa, Jesus aparece repentinamente aos discípulos; a primeira reação é de “medo pela surpresa” e até “acreditavam ver um fantasma”.

Como se credencia Jesus para justificar sua identidade? De uma maneira que deveria ser também a nossa. O que melhor define Jesus diante dos discípulos medrosos é: em primeiro lugar, a “saudação de paz” (“a paz esteja convosco”).

Em segundo lugar: mostra-lhes suas mãos e seus pés; mãos e pés com o sinal dos cravos na Cruz. Recorda a eles que é o mesmo Crucificado, agora Ressuscitado; mostra-lhes as mãos feridas como marcas do amor que se doa, cura, abençoa, eleva... ; mostra-lhes os pés feridos pelos caminhos que andou, pelos deslocamentos em direção aos últimos, e que terminaram cravados na cruz.

A “carteira de identidade” de Jesus não é um cartão nem papéis, mas suas mãos e pés chagados. É curioso que os grandes sinais que tornam possível acreditar que Jesus está vivo sejam suas mãos e seus pés. É curioso que os grandes sinais que nos fazem acreditar na Páscoa sejam as mãos e os pés feridos e chagados.

Se nossas entranhas se compadecem, se nossas mãos se abrem, se em nosso desalento levantamos os pés, se voltamos a confiar no outro, se o nosso olhar se amplia..., então ressuscitamos como Jesus, como a Vida que se expande, como a semente que se rompe...

Queres conhecer alguém? Olhe suas mãos e seus pés. Queres conhecer o(a) verdadeiro seguidor(a? Olhe as chagas das mãos e dos pés; mãos e pés que revelam o amor crucificado; mãos e pés que revelam o amor fiel até o fim;  mãos e pés que revelam uma vida doada para que outros possam viver.

“Mais vale uma chaga em nossas mãos e em nossos pés que mil explicações sobre o amor”.

Texto bíblico:  Lc 24,35-48 

Na oração: O Cristo Ressuscitado nos mostra suas mãos e pés glorificados, com as “marcas” de sua própria história de paixão e de uma vida entregue em favor do Reino do Pai. Ele pede nossas mãos para que sejam prolongamento das suas: mãos que abençoam, partilham, elevam, curam...Ele pede nossos pés para que sejam o prolongamento dos seus: pés peregrinos que quebram distâncias sociais, pés que rompem as fronteiras da indiferença e da intolerância, pés que ativam presença solidária...; Ele pede nosso coração “atravessado” pela lança do amor oblativo para contagiar a grande esperança e combater o vírus da morte.

- Como ser presença “ressuscitada” no contexto atual onde imperam o “genocídio” e a “cultura da morte”?

- Seu modo de ser e proceder é portador da paz pascal neste ambiente social e religioso carregado de tanto ódio?


Pe. Adroaldo Palaoro sj

https://centroloyola.org.br/revista/outras-palavras/espiritualidade/2311-ressurreicao-a-arte-de-recompor-o-que-foi-quebrado

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