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domingo, 30 de setembro de 2018

RAMO DE ESPERANÇA – Raul Pompeia


Ramo de esperança


            - Um deles ergue-se, olha para o mar – Terra?

            - Não, não. Apenas o gume afiado e limpo do horizonte e o claro céu depois. Os náufragos recaíram na morna prostração do desânimo.

            Três dias eram passados já que o incêndio e o Oceano lhes haviam devorado o navio e os companheiros. Só eles restavam. Eles e o pequeno batel que os levava. O batel e o largo mar imenso.

            Em roda, o sol quente e o medonho silêncio solene da calmaria morta. À vista, nem um pano branco! Nem a fumaça do continente além!

            Guiavam-nos os cansados remos e a aventura: não havia mais pão, a água ia faltar.

            O quarto dia despontou brumoso.

            Ah! Que o digam os marinheiros: o nevoeiro é triste como os sudários alvos. O nevoeiro amortalha a coragem.

            Perdidos!... Mas alguma cousa avizinha-se sobrenadando. Todos olham.

            Um braço mergulha sôfrego e levanta vitorioso ao ar um ramo verde...

            Verde como a esperança!

            Salvos!

            Ali, ali mesmo, na bruma, adivinha-se a terra firme, com as palmeiras verdes da  Pátria!


Fonte: Gramática F. T. D.
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Biografia:

Raul de Ávila Pompeia nasceu em Jacuecanga, Angra dos Reis, RJ, em 12 de abril de 1863, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de dezembro de 1895. É o patrono da cadeira n. 33 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Domício da Gama.

Era filho de Antônio de Ávila Pompeia, homem de recursos e advogado, e de Rosa Teixeira Pompeia, que pertencia à família de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Transferiu-se cedo, com a família, para a Corte e foi internado no Colégio Abílio, dirigido pelo educador Abílio César Borges, o Barão de Macaúbas – mesmo que, em Salvador, educara Castro Alves e Rui Barbosa - estabelecimento de ensino que adquirira grande nomeada. Passando do ambiente familiar austero e fechado para a vida no internato, recebeu Raul Pompeia um choque profundo no contato com estranhos. Logo se distingue como aluno aplicado, com o gosto dos estudos e leituras, bom desenhista e caricaturista, que redigia e ilustrava do próprio punho o jornalzinho O Archote. Em 1879, transferiu-se para o Colégio Pedro II, para fazer os preparatórios, e onde se projetou como orador e publicou o seu primeiro livro, Uma tragédia no Amazonas (1880).

Em 1881 começou o curso de Direito em São Paulo, entrando em contato com o ambiente literário e as ideias reformistas da época. Engajou-se nas campanhas abolicionista e republicana, tanto nas atividades acadêmicas como na imprensa. Tornou-se amigo de Luís Gama, o famoso abolicionista, tornando-se seu secretário. Escreveu em jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro, frequentemente sob o pseudônimo Rapp, um dentre os muitos que depois adotaria. Ainda em São Paulo publicou, no Jornal do Comércio, as Canções sem metro, poemas em prosa, parte das quais foi reunida em volume, de edição póstuma. Também publicou, em folhetins da Gazeta de Notícias, a novela antimonárquica As joias da Coroa.

Reprovado no 3º ano, em 1883, seguiu com 93 acadêmicos para o Recife e ali concluiu o curso de Direito, mas não exerceu a advocacia. De volta ao Rio de Janeiro em 1885, dedicou-se ao jornalismo, escrevendo crônicas, folhetins, artigos, contos e participando da vida boêmia das rodas intelectuais. Nos momentos de folga, escreveu O Ateneu, “crônica de saudades”, romance de cunho autobiográfico, narrado em primeira pessoa, contando o drama de um menino que, arrancado ao lar, é colocado num internato da época. Publicou-o em 1888, primeiro em folhetins, na Gazeta de Notícias, e, logo a seguir, em livro, que o consagra definitivamente como escritor.

Decretada a Abolição, em que se empenhara, passou a dedicar-se à campanha favorável à implantação da República. Em 1889, colaborou em A Rua, de Pardal Mallet, e no Jornal do Comércio. Proclamada a República, foi nomeado professor de mitologia da Escola de Belas Artes e, logo a seguir, diretor da Biblioteca Nacional. No jornalismo, revelou-se um florianista exaltado, grande jacobino que era, em oposição a intelectuais do seu grupo, como Pardal Mallet e Olavo Bilac. Numa das discussões, surgiu um duelo entre Bilac e Pompeia. Combatia o cosmopolitismo, achando que o militarismo, encarnado por Floriano Peixoto, constituía a defesa da pátria em perigo. Referindo-se à luta entre portugueses e ingleses, desenhou uma de suas melhores charges: “O Brasil crucificado entre dois ladrões”. Com a morte de Floriano, em 1895, foi demitido da direção da Biblioteca Nacional, acusado de desacatar a pessoa do então Presidente da República, Prudente de Morais no explosivo discurso pronunciado em seu enterro.
Rompido com amigos, caluniado em artigo de Luís Murat, sentindo-se desdenhado por toda parte, inclusive dentro do jornal A Notícia, que não publicara o segundo artigo de sua colaboração - aliás, tratava-se de um simples atraso - pôs fim à vida, com um tiro no coração, no dia de Natal de 1895.

A posição de Raul Pompeia, ficcionista de alturas geniais, na literatura brasileira é controvertida. A princípio a crítica o julgou pertencente ao Naturalismo, mas as qualidades artísticas presentes em sua obra fazem-no aproximar-se do Simbolismo, ficando a sua arte como a expressão típica, na literatura brasileira, do estilo impressionista.


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PALAVRA DA SALVAÇÃO (98)


26º Domingo do Tempo Comum – 30/09/2018

Anúncio do Evangelho (Mc 9,38-43.45.47-48)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor.
Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.
E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga.
Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

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Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a reflexão do Padre Roger Araújo:

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As nefastas armadilhas do preconceito, da intolerância e do fanatismo

pexels.com

“Mas nós lhe proibimos, porque ele não é dos nossos” (Mc 9,38) 

Cresce hoje a consciência sobre a diferença do ser humano como atração, e não como rejeição. A humanidade pós-moderna exige a diversidade na convivência sociocultural e religiosa. Não podemos permanecer trancados em redutos que rejeitam as diferenças existenciais. A humanidade deixou de ser distante para tornar-se mais próxima, mediante as diferenças, os diálogos e as convergências. O mundo globalizado não pode ser apenas econômico. É chamado também a respeitar e a cultivar as diferenças entre as pessoas, as raças, as religiões, as sociedades e as nações.

No entanto, corremos o risco de viver em mundos-bolha; podemos construir nossa vida encapsulada em espaços feitos de hábito e segurança, convivendo com pessoas semelhantes a nós e dentro de situações estáveis. É difícil romper e sair do terreno conhecido, deixar o convencional. Tudo parece conspirar para que nos mantenhamos dentro dos limites politicamente corretos. Todos podemos terminar estabelecendo fronteiras vitais e sociais impermeáveis ao diferente. Se isso acontece, acabamos tendo perspectivas pequenas, visões atrofiadas e horizontes limitados, ignorando um mundo amplo, complexo e cheio de surpresas. Muitas vezes “vemos” o diferente, mas só como notícia, como o olhar do espectador que sabe das “coisas que acontecem”, mas não sente e nem se compadece por elas. 

Marcos, no evangelho deste domingo (26º Tempo Comum), recolhe vários ditos de Jesus a partir de uma reação tipicamente preconceituosa do grupo dos discípulos: a de impedir um desconhecido utilizar o nome de Jesus, por uma única razão: “não era dos nossos”.  Frente à reação excludente dos discípulos, Jesus propõe a tolerância que nasce de uma atitude aberta e inclusiva. Ao longo da história humana, a etiqueta “dos nossos” gerou desprezo, ódio, preconceito, enfrentamento e morte, numa sequência desumana de sofrimento inútil.

A ironia é que se trata justamente disso, de uma mera etiqueta, completamente superficial e enganosa, que nasce do próprio medo e insegurança, que leva a nos “proteger” do diferente, buscando refúgio naquilo que nos é conhecido. 

O diferente não pode ser uma ameaça; no entanto, na vida nos defendemos e, às vezes, questionamos e atacamos posturas, visões políticas, teológicas, espiritualidades, modos de viver uma religião..., culminando em rupturas e, em alguns casos, em conflitos ou ódios. Aos poucos, nos recolhemos em nossos medos, em nossas inseguranças e começamos a acreditar que os diferentes são nossos inimigos. Da indiferença passamos aos discursos fascistas, às práticas fundamentalistas, à segregação, ao fanatismo... 

Pode, a identidade cristã coexistir criativamente, e de quê maneira, em meio a uma cultura plural e de identidades múltiplas como a nossa? 

O que está em jogo reveste tal gravidade que exige modificar radicalmente nosso modo de ver e de agir: cortar a mão (modificar as ações), cortar o pé (mudar o rumo) ou arrancar o olho (transformar a visão). Trata-se de um processo que nos impulsiona a crescer em humanidade, esvaziando nosso “ego” de suas inseguranças, medos e preconceitos.

Tal transformação radical pede olhos capazes de olhar o mundo em sua complexidade e em suas feridas; mãos prontas para acariciar, construir, e abertas para o encontro e o abraço; pede pés para encurtar distâncias e criar proximidade acolhedora; pede boca disposta a falar com palavras de verdade e de benção; pede coração disposto a implicar-se, vibrar... às vezes, romper-se. Membros que se gastam no serviço. Enfim, sempre amar, com o fascinante que é viver como cristãos de carne e osso.

Sabemos que do ponto de vista psicológico, a questão da intolerância, do preconceito e do fanatismo se acha vinculada à segurança. A segurança constitui uma necessidade básica do ser humano.

Enquanto a pessoa não faz a experiência de uma segurança firme e interna que a sustente, ela buscará fora de si – projetando-a em um líder, em um grupo ou em uma instituição -, ou se fixará em suas ideias, crenças e convicções. Quando isso acontece, a pessoa insegura não poderá tolerar que seu líder, seu grupo, sua instituição, sua religião, sejam questionados; assim como tampouco poderá permitir que suas ideias, crenças ou convicções sejam criticadas. Isso tirará o tapete de sua própria estabilidade.

Para uma pessoa fechada em seu fanatismo, preconceito e intolerância, “os outros” são percebidos como ameaça; porque, quem pensa diferente ou adota um comportamento diferente, lhe faz ver que o seu pensamento ou comportamento não são o valor “absoluto”, senão mais um ao lado de tantos outros.

E isto é o que uma personalidade insegura se vê incapaz de tolerar, pela angústia que lhe gera a falta de seguranças “absolutas”. Por isso mesmo, sentir-se-á incapaz de tolerar a divergência, e tenderá a desqualificar, julgar, condenar (ou empenhar-se em “converter”) a quem não pense como ela. Porque percebe toda diferença como ameaça.

A “saída” do fanatismo requer experimentar uma fonte de segurança que se encontra mais além da mente (de suas ideias ou crenças). Uma experiência que confere à pessoa uma sensação interna de consistência e de autonomia. Quem é capaz de ter acesso ao seu “eu” mais profundo, relativiza também o caráter absoluto que tinha atribuído às ideias e crenças e, ao mesmo tempo, permite aos outros serem diferentes, sem que a diferença seja vista como perigo. 

Não é comum prestar atenção ao que acontece no território interior. São grandes os riscos de se viver em horizontes tão estreitos. Tal estreiteza aprisiona a solidariedade e dá margem à indiferença, à insensibilidade  social, à falta de compromisso com as mudanças que se fazem urgentes. O próprio território se torna uma couraça e o sentido do serviço some do horizonte inspirador de tudo aquilo que se faz. 

E, retomando a queixa de João no Evangelho de hoje, podemos perguntar: “quem são os nossos”? Grupos, tribos, nacionalismos, partidos políticos, religiões e ideologias de todo tipo tendem a definir com claridade os limites que marcam o próprio “território”, impedindo que “os outros” tenham acesso a ele. 

A vivência do seguimento de Jesus Cristo implica romper a bolha que asfixia a vida e derrubar os muros que cercam o coração, atrofiando a própria existência. Nada mais contrário ao espírito cristão que a vida instalada e uma existência estabilizada de uma vez para sempre, tendo pontos de referência fixos, convicções absolutas, modos fechados de viver... que impedem a entrada do ar para arejar a própria vida. 

Muitas vezes, o zelo religioso, moral ou político degenera em formas de intolerância e violência. “Pode acontecer também que os cristãos façam parte de redes de violência verbal através da internet e dos diversos fóruns ou espaços de intercâmbio digital. Mesmo nos sites católicos, é possível ultrapassar os limites, tolerando-se a difamação e a calúnia e parecendo excluir qualquer ética e respeito pela fama alheia. Gera-se, assim, um dualismo perigoso, porque, nestas redes, dizem-se coisas que não seriam toleráveis na vida pública e procura-se compensar as próprias insatisfações descarregando furiosamente os desejos de vingança. É impressionante como, às vezes, pretendendo defender outros mandamentos, se ignora completamente o oitavo: «não levantar falsos testemunhos» e destrói-se sem piedade a imagem alheia. Nisto se manifesta como a língua descontrolada «é um mundo de iniquidade; e, inflamada pelo inferno, incendeia o curso da nossa existência» (Tg 3, 6).” (papa Francisco, Gaudete et Exsultate, 115) 

Texto bíblico:  Mc 9,38-43.45.47-48 

Na oração:  O que é o específico de uma vida cristã? Buscar, no seguimento, fazer e viver o que fez e viveu Jesus. Para isso, adotar as atitudes, o olhar e a capacidade de contemplação da realidade que o mesmo Jesus adotou. Ele abraçou diferenças e novos horizontes. O Seu ministério ultrapassou as fronteiras. Ele rompeu com os muros do preconceito social, racial, religioso...

- Deixar a luz do Evangelho desvelar (tirar o véu) possíveis atitudes intolerantes e preconceituosas diante dos “outros diferentes”

Pe. Adroaldo Palaoro sj

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sábado, 29 de setembro de 2018

O NOVO DELEGADO – Ariston Caldas

O novo delegado



            Seu Zuza tornou-se delegado de polícia nomeado pelo governador. Ele havia trabalhado com afinco na campanha e isso lhe foi decisivo para ganhar o cargo, tornando-se gente graúda na cidade. Antes disso, vivia revendendo cacau comprado a pequenos fazendeiros apertados. Depois da nomeação, sentiu-se poderoso, ficou pedante e ganhou o apelido de xerife. Passava posudo, pela rua, com a papada vermelha dobrando sobre o colarinho duro; bengala encastoada, sapatos de duas cores, terno de gabardine branco e chapéu panamá.

             - Venha cá, seu peste! Ela tratava pessoas assim. Isso o caracterizou para o resto da vida.
            No dia da posse, ainda sem muito prestígio, ele conseguiu reunir na delegacia um pequeno grupo de pessoas – a mulher, três filhos já crescidos, o dono de uma farmácia que era seu compadre, o prefeito, alguns parentes e uns curiosos espontâneos. Da capital viera um preposto da Segurança Pública que discursou depois do prefeito:

           - A partir de hoje, graças à sabedoria do senhor  governador, as famílias  desta cidade e da redondeza vão ter mais segurança e maior tranquilidade, com a nomeação de vossa Excelência!

            Antes da cerimônia da posse, o prefeito mandou fazer uma limpeza geral na casa onde funcionava a delegacia alugada pela prefeitura, e no gabinete do delegado mandou colocar uma estante nova, um arquivo de aço, sofá de madeira envernizado, carteira, ventilador e uma poltrona que arriava para trás.

            Na cidadezinha tudo era manso e todos se conheciam, daí a dificuldade de aparecer serviço para o novo chefe e para os três soldados que passavam o tempo todo jogando baralho embaixo de uma amendoeira em frente à delegacia, ou num bar que ficava na esquina; por falta do que fazer em seu gabinete, seu Zuza só aparecia por lá no início do expediente e à tardinha. Fora disso, passava o dia zanzando pela rua, prosando com os conhecidos.

            - Alguma novidade? – Indagava ao filho colocado por ele para tomar conta do gabinete, em sua ausência.

            No final do primeiro mês de seu mandato, ele preparou um relatório sobre as ocorrências registradas no período, enviando-o ao prefeito:

            - Do dia 1º ao dia 10, nada ocorreu. Já no dia 11, compareceu a esta delegacia a filha mais velha do senhor Nabuco, queixando-se de  um vizinho de prenome Eusébio que vinha jogando cascas de ovo no quintal dela. Mandei intimar o sujeito e o repreendi como mandam os bons costumes. No dia 19 a senhora Isaura dos Santos, residente na Rua Seabra, apresentou queixa contra Zeca de Tal, acusando-o de haver pronunciado nomes feios junto à casa dela. Foi intimado e repreendido. Finalmente, no dia 25, um agregado do doutor José Ferreira chegou a esta delegacia com um corte de facão no braço esquerdo, acusando pela agressão um colega de nome Joaquim Aparecido. Este foi intimado e levado para o xadrez. Instaurei depois inquérito competente e o enviei à Justiça. Estas, senhor prefeito, as ocorrências registradas por esta delegacia durante o mês corrente.

            Muitos anos depois de afastado do cargo, seu Zuza continuou gozando as prerrogativas de delegado:

            - Venho cá, seu peste!


(LINHAS INTERCALADAS  - 2ª Edição 2004)
Ariston Caldas
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Ariston Caldas nasceu em Inhambupe, norte da Bahia,  em 15 de dezembro de 1923. Ainda menino, veio para o Sul do estado, primeiro Uruçuca, depois Itabuna. Em 1970 se mudou para Salvador onde residiu por 12 anos. Jornalista de profissão, Ariston trabalhou nos jornais A Tarde, Tribuna da Bahia e Jornal da Bahia e fundou o periódico Terra Nossa, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia; em Itabuna foi redator da Folha do Cacau, Tribuna do Cacau, Diário de Itabuna, dentre outros. Foi também diretor da Rádio Jornal.

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EU NÃO IRIA VOTAR NO BOLSONARO, ATÉ QUE DESCOBRI QUE: – Texto que viraliza nas redes sociais



01 - TODA VEZ QUE EU ABRO O PERFIL E VEJO A VIDA DE QUEM O CRITICA, SÓ ENCONTRO GENTE FRUSTRADA, COM A VIDA DESESTRUTURADA OU SEM RUMO.


02 - SEUS INIMIGOS ERAM NATURALMENTE MEUS INIMIGOS (GLOBO, VAGABUNDOS, POLÍTICOS CORRUPTOS, LULA, DILMA, TEMER E AFINS)


03 - É O ÚNICO QUE TEM CORAGEM DE DESAFIAR A MÍDIA TRADICIONAL
(COMEÇOU BEM).


04 - VAI INDICAR O JUIZ SÉRGIO MORO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, PARA QUE OS PROCESSOS PARADOS SEJAM AGILIZADOS E PARA QUE PAUTAS PROGRESSISTAS SEJAM DEBATIDAS E NÃO APROVADAS DE IMEDIATO. (ESSENCIAL!).


05 - É A FAVOR DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL (EU TAMBÉM)


06 - É CONTRA A IDEOLOGIA DE GÊNERO. (EU TAMBÉM!)


07 - NÃO GOSTA DA GLOBO. (EU TAMBÉM)


08 - É CONTRA A LIBERAÇÃO DAS DROGAS. (EU TAMBÉM)


09 - QUER REDUZIR IMPOSTOS COMO FEZ O DONALD TRUMP (CONCORDO)


10 - QUER ABRIR ESCOLAS MILITARES NO LUGAR DE UPP'S (MELHOR IDEIA EXEQUÍVEL)


11 - QUER PRIVATIZAR ESTATAIS COM EXCEÇÃO DAS ESTRATÉGICAS.
(TAMBÉM CONCORDO)


12 - NÃO VAI FINANCIAR O ABORTO COM O DINHEIRO DO GOVERNO (MARAVILHA)


13 - VALORIZA E QUER INVESTIR NA LAVA-JATO (DEMAIS!)


14 - ACHA QUE PROFESSOR DEVE TER PLENOS DIREITOS EM SALA DE AULA E ALUNOS PLENOS DEVERES, COMO ERA ANTIGAMENTE. (PERFEIÇÃO)


15 - QUER SE APROXIMAR DE ISRAEL, E ACHA QUE PODE IMPORTAR CONHECIMENTO PRA IRRIGAR O NORDESTE DESSALINIZANDO ÁGUA DO MAR. (UM SONHO!)


16 - FICHA LIMPA (BÁSICO PARA QUALQUER PRESIDENTE)


17 - NÃO É REFÉM DE GRITOS E ESTARDALHAÇO DE MILITANTES. (MARAVILHA!)


18 - QUER APROXIMAR O MINISTÉRIO DA TECNOLOGIA E CIÊNCIA DA NASA, INDICANDO O ASTRONAUTA PARA A PASTA. (INTELIGÊNCIA PURA!)


19 - NÃO GOSTA DO ATUAL MODELO DOS DIREITOS HUMANOS. (EU TAMBÉM NÃO)


20 - ACHA QUE VAGABUNDO DEVE FICAR PRESO DE FATO, SEM AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA. (EU TAMBÉM.)


21 - VALORIZA A LIBERDADE DAS REDES SOCIAIS E DE VÁRIOS OUTROS CANAIS DE TV, OS QUAIS A GLOBO TRAVA O CRESCIMENTO. (MUITO LEGAL!)

22 - DEMONSTROU QUE NÃO É PRECISO GASTAR GRANDES QUANTIAS PARA FAZER CAMPANHA. (ÓTIMO!)


23 - VAI MUDAR O ESTATUTO DO DESARMAMENTO. (COMO ERA ANTIGAMENTE, COM RESSALVAS!)


24 - CASTRAÇÃO QUÍMICA PARA QUEM ESTUPRAR MULHERES E CRIANÇAS!
(PERFEITO!)


25 - É A FAVOR DAS COTAS SOCIAIS E NÃO AS RACIAIS. (EU TAMBÉM)


26 - VAI INDICAR UM DOS MELHORES ECONOMISTAS PARA A PASTA DE ECONOMIA, UM LIBERAL NATO. (E COMO NÃO ENTENDE DE ECONOMIA, CERTAMENTE DEIXARÁ PAULO GUEDES TRABALHAR EM PAZ).


27 - VAI COLOCAR OLAVO DE CARVALHO COMO MINISTRO OU SECRETARIO DA CULTURA (REZO POR ISSO TODO DIA!)


28 - É O ÚNICO QUE CHEGARÁ DE FORMA INDEPENDENTE AO PLANALTO.
(PRINCIPAL DE TUDO)


É POR ISSO QUE VOTO E FAÇO CAMPANHA DE GRAÇA PARA JAIR MESSIAS BOLSONARO... O MITO.



(Recebi via WhatsApp, sem menção de autoria)

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DIA DOS ARCANJOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL – Os Mensageiros do Senhor


A palavra Arcanjo deriva do latim “archangelus” que significa Anjo principal, ou também Anjo da mais alta ordem. No dia 29/09 celebra-se o dia dos mais importantes Arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Eles representam uma alta hierarquia e são mensageiros dos decretos Divinos
Os três são responsáveis por diversos acontecimentos bíblicos que encontramos nas Escrituras Sagradas, são eles os Guardiões Sagrados de Deus e por isso se tornaram Santos da Igreja Católica.
A melhor maneira de começarmos o dia deles é praticando a gratidão. Portanto, antes de pedirmos por qualquer graça, sejamos gratos  pela presença de cada um deles em nossas vidas e por gerarem além da fé, conforto para nossos corações nos momentos de maiores dificuldades e aflições.
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Saiba mais sobre o Arcanjo Miguel

O nome de Miguel significa “semelhança de Deus”. Ele é o defensor, protetor e guardião celeste, considerado o chefe do exército e o mais fiel a Deus. O Arcanjo Miguel é o responsável por liderar todas as as batalhas contra as forças do mal, seus feitos foram citados três vezes na Bíblia:

Trecho bíblico de sua citação:

“Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus Anjos guerrearam contra o Dragão. E o Dragão lutou, junto com seus Anjos, mas foram derrotados e expulsos do céu. E o enorme Dragão, a antiga serpente, o diabo ou Satanás, como é chamado, o sedutor do mundo inteiro, foi lançado sobre a terra, e seus Anjos foram lançados junto com ele.” – Apocalipse 12, 1-18

Oração:

“Príncipe Guardião e Guerreiro defendei-me e protegei-me com Vossa Espada.
Não permita que nenhum mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes e contra quaisquer atos de violência.
Livrai-me de pessoas negativas e espalhai vosso manto e vosso escudo de proteção em meu lar, meus filhos e familiares. Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Trazei a paz e a harmonia.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, cobri-nos com o vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio.
Instante e humildemente vos pedimos, que Deus sobre ele impere e vós, Príncipe da milícia celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas.

Amém.”
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Saiba mais sobre o Arcanjo Gabriel

O nome Gabriel significa ” Deus é meu protetor”. Ele é o grande comunicador e mensageiro de Deus. Apareceu a Zacarias para anunciar sobre a gravidez de sua esposa Isabel, anunciou também o nascimento de Jesus para Maria e depois para São José através dos sonhos, explicando sobre o milagre do Espírito Santo na vida da Mãe.

Trecho bíblico de sua citação:

“No sexto mês, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, noiva de um homem, de nome José, da casa de Davi; a virgem chamava-se Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe o anjo: “Alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo” – Lucas 1, 26-38.

Oração:

“Ó poderoso Arcanjo São Gabriel, a vossa aparição à Virgem Maria de Nazaré trouxe ao mundo, que estava mergulhado em trevas, luz. Assim falastes à Santíssima Virgem; “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo… o Filho que de ti nascer será chamado Filho do Altíssimo”.
São Gabriel intercedei por nós junto à Virgem Santíssima, Mãe de Jesus, Salvador. Afastai do mundo as trevas da descrença e da idolatria. Fazei brilhar a luz da fé em todos os corações. Ajudai a juventude a imitar Nossa Senhora nas virtudes da pureza e da humildade. Dai força a todos os homens contra os vícios e o pecado. São Gabriel! Que a luz da vossa mensagem anunciadora da Redenção do gênero humano, ilumine o meu caminho e oriente toda a humanidade rumo ao céu.
São Gabriel, rogai por nós, Amém.”
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Saiba mais sobre o Arcanjo Rafael

O nome Rafael representa a cura de Deus. Invocado também como Anjo da Providência. É considerado o protetor e aquele que intercede junto ao Pai. Uma das missões de Rafael é a cura das feridas da alma e do corpo.
Segundo as Escrituras, ele assumiu a forma humana e conviveu com os homens, essa história pode ser lida com detalhes no livro de Tobias – Antigo Testamento.

Trecho bíblico de sua citação:

“Tobias saiu em busca de alguém que conhecesse o caminho e que fosse com ele à Média. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, de pé diante dele; mas não sabia que era um anjo de Deus. Disse-lhe, pois: “De onde és, ó jovem?” Respondeu-lhe: “Sou um dos israelitas, teus irmãos, e vim procurar trabalho”. Perguntou-lhe Tobias: “Conheces o caminho da Média?” “Sim”, respondeu ele.” – Tobias 5,4-6

Oração:

“Ó São Rafael, Anjo da cura, protetor da Mãe Rosa Mística. Venho hoje eu miserável por meus pecados pedir-lhe que derrame sua benção curativa sobre mim. Se for da vontade Divina curai as minhas feridas do corpo ou dai-me forças para suportá-las.
Ó curador Divino, peço-lhe a cura espiritual de todos os traumas e insucessos oriundos do meu passado. Curai a minha herança genital e sarai as enfermidades que se tem nesta humanidade. Cura-nos da cegueira espiritual que está enraizada em nosso ser. Visitai a todos os doentes, para eles eu peço a graça da salvação eterna.
Ó Arcanjo da luz, derramai a vossa poderosa benção vinda de Jesus e pela intercessão da Mãe Rosa Mística, sarai todas as minhas feridas. Amém.”
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Oração dos Arcanjos

“Arcanjo Miguel – Príncipe Guardião e Guerreiro
defendei-me e protegei-me com Vossa espada,
não permiti que nenhum mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes,
contra quaisquer ato de violência.
Livrai-me de pessoas negativas.
Espalhai Vosso manto e vosso escudo de proteção
em meu lar, meus filhos e familiares.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Trazei a paz e a harmonia.

Arcanjo Rafael – Guardião da saúde e da cura
peço que Vossos raios curativos desçam sobre mim,
dando-me saúde e cura.
Guardai meus corpos físico e mental,
livrando-me de todas as doenças.
Expandi Vossa beleza curativa em meu lar,
meus filhos e familiares, no trabalho que executo,
para as pessoas com quem convivo diariamente.
Afastai a discórdia e ajuda-me a superar conflitos.
Arcanjo Rafael, transformai a minha alma e o meu ser,
para que eu possa sempre refletir a Vossa Luz.

Arcanjo Gabriel – Portador das boas novas,
das mudanças, da sabedoria e da inteligência,
Arcanjo da Anunciação trazei todos os dias mensagens boas e otimistas.
Fazei com que eu também seja um mensageiro,
proferindo somente palavras e atos de bondade e positivismo.
Concedei-me o alcance de meus objetivos.

Queridos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel
Que o Círculo de Luz e Proteção que emanam de Vós me cubram,
à minha família, aos meus amigos, aos meus bens e a toda a humanidade.”
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Os Arcanjos são protetores, defensores, comunicadores e líderes fiéis a Deus. Cuja função principal além da cura é trazer bençãos, paz e alegria para a vida dos homens. Eles são os Guardiões de toda harmonia mundial. Se conecte com essa energia através de um atendimento personalizado com nossos consultores especialistas em


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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

“ME ATERRORIZA UM CENÁRIO DE SUBMISSÃO AO CRIME ORGANIZADO”- Luiz Carlos Nemetz




"Posso não ser feliz todos os dias, mas não quero ser infeliz para sempre."

27/09/2018

Liberdade!

Não gosto de agressividade, mas me espanca muito mais ter que aceitar a corrupção.

Não tenho nenhuma inclinação à arrogância; mas me nego terminantemente a ser escravo de uma ideologia.

Respeito o conceito de igualdade, mas prefiro a liberdade de buscar meus caminhos a ser obrigado a viver sob o julgo do que não acredito.

Tenho apreço por poder fazer escolhas; mas quando só se me apresente um caminho opto por andar por ele a retroceder o tanto que já avancei.

Tenho gosto pela pluralidade; mas abomino a hipótese de perder minha autonomia.

Me agrada a independência; mas me aterroriza um cenário de submissão ao crime organizado.

Gosto de dividir os comandos; mas me nego a ser escravo.


Tenho carinho pelas pessoas; mas pauto minha existência pelo respeito às ideias.

Tenho vontade de fazer as melhores opções; mas não as tendo, devo me conformar humildemente com o que pode ser realizável.

Tenho desejo de deixar a vida rolar; mas não posso ser irresponsável com a defesa de valores que prezo.

Tenho amor pelo meu país; e me nego a vê-lo coagido e dominado por uma quadrilha.

Tenho zelo pelas individualidades; mas me aterroriza a probabilidade de viver oprimido.

Tenho consciência do que é possível; por isso tenho o dever de evitar o que é altamente provável.

Tenho clareza que o mal existe; então tenho dever de tentar minorar sua potência.

Vivo o hoje, mas o que vi ontem me leva a crer que posso não ter amanhã.

Posso não ser feliz todos os dias, mas não quero ser infeliz para sempre.

Posso ter errado no passado, mas tenho o firme propósito de me redimir dos meus erros.

Quero seguir fazendo minhas escolhas.

Quero poder externar minha opinião e ter o direito de me autodeterminar.

Não quero ser sujeito de coação nem estar submisso a comandos que não sejam éticos, nem morais nem democrático.

Nessas eleições só me sobrou uma opção.

E é nela que eu vou votar: para Presidente da República Federativa do Brasil, meu voto será em Jair Bolsonaro.

É o único com chance de quebrar o "sistema".


Advogado.Vice-presidente e Chefe da Unidade de Representação em Santa Catarina na empresa Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo e Sócio na empresa Nemetz & Kuhnen Advocacia


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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

CENTRÃO?! - Marcos Machado



27 de setembro de 2018

 “União contra os radicais”: fórmula para tentar salvar os 13 anos petistas e amordaçar o Brasil autêntico

♦  Marcos Machado

Cresce na mídia, oriunda de um vaidoso oitentão esquerdista a quem tanto deve o hoje decadente lulopetismo, a proposta de um falacioso “centrão” como única solução para conter os “extremos”.

Como o seu proponente, a proposta não é nova. Ela aflora de vez em quando entre nós como “salvadora da Pátria”, sempre que a esquerda está em apuros — nunca o contrário.

Ademais, o “centrão” não é o verdadeiro centro, mas uma média entre verdade e erro, direita e esquerda. Se se quisesse formar um verdadeiro centro, dever-se-ia procurar a verdade, e não o contrário. Pois estando a verdade no meio — in médio virtus — o meio só pode estar onde está a verdade.

Esses mesmos “senhores do centrão” dormiam tranquilos durante o descalabro dos governos petistas, com o favorecimento do MST, os acordos para salvar a Venezuela, a Bolívia e alguns países africanos “alinhados” com a política exterior esquerdista de Celso Amorim. A Venezuela de Chávez foi inserida no Mercosul, criou-se a malfada e inútil Unasul.

Pelo contrário, bastou o Brasil autêntico levantar-se em monumentais marchas nas principais cidades brasileiras contra o lulopetismo — milhões, na força do termo — para que o falso centro acordasse e se pusesse a clamar contra os perigos de uma direita que renascia.

Nestes últimos dias, a Carta de FHC (quem anda esquecido de quanto sua figura está agacé e junto à opinião pública) pedindo “união contra candidatos radicais”, não passa de um velho realejo do falso centrismo, o qual pode sem sombra de dúvida ser qualificado de extremado e obsessivo.

Fala no mesmo sentido o artigo “Internacional extremista à vista”, de Clovis Rossi. Não pense o leitor que ele se refere à Internacional Comunista da China, Rússia, Coreia do Norte, Venezuela, Cuba etc. Não, o suposto perigo está na direita.

Afinal, não foi o PSDB de FHC que preparou o caminho para o PT e o ajudou a perpetuar-se no Poder?

Há um centrismo esquerdizante, radical e manhoso

Dilma, Lula, Castro e Maduro

“Há um centrismo esquerdizante, ao mesmo tempo radical e manhoso, que é a melhor ‘claque’ da esquerda”, escreveu o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

E prossegue: “Se um governo, para executar seu programa centrista, praticasse um fechamento tanto para a direita quanto para a esquerda, ele apresentaria evidentemente a grande característica ditatorial, a qual consiste em trancar a voz dos discordantes.”*

Equiparar hoje direita e esquerda é fazer o jogo do petismo

Em 13 anos de petismo, quanto o Brasil andou para a esquerda nas leis, nos costumes, nas alianças bolivarianas, na agenda homossexual, na invasão de propriedades rurais e urbanas?

Um “papel de tornassol” indicaria bem a tonalidade de vermelho que tingiu o País na ditadura petista, sem mencionar o período FHC.

O candidato que vencer as eleições presidenciais de 2018 encontrará, portanto, um Brasil muito mais dilacerado em sua “alma nacional”, com suas instituições mais destruídas do que há 20 anos.

“união contra os candidatos radicais”, o medo de uma “internacional extremista à vista” quer, portanto, a vitória de alguém que consolide as desastrosas conquistas dos 13 anos da ditadura petista.

Esquecem-se esses inveterados dogmatistas — radicais do anti-radicalismo — que foi graças às monumentais marchas populares que percorreram as grandes cidades brasileiras a partir de 2015 que a ditadura petista foi desbancada?

E o que pediam essas marchas? — “Quero o meu Brasil de volta!”

Confessem que vocês têm medo da reação popular-conservadora e não ousam dizê-lo. O bode expiatório são os radicais.

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PS: Colocar no mesmo banco dos réus, como se de extremos se tratasse, de um lado o extremismo petista — favorecedor ostensivo de ditaduras comunistas, incentivador do crime, ladrão, inimigo da família e da propriedade, desmoralizado, rejeitado e desbancado pelos brasileiros — e de outro, a força viva que empolga as gerações mais novas na reação conservadora que tomou as ruas do País a partir de 2015 e que opta por votar em Bolsonaro, é afrontar a justiça, a honra e o brio nacionais.

Não há alternativa para o falso centrismo senão amordaçar o Brasil autêntico.
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REDPILL DO OLAVO DE CARVALHO SOBRE O AMOEDO


23/09/2018

Quando alguém me pergunta, a um mês das eleições, se eu já conheço as propostas do Amoedo, fico pensando em que país esse pessoal vive...

Meu amigo, as propostas do Amoedo têm tanto valor neste momento quanto o diploma honoris causa do Lula. Não há nem por que perder tempo discutindo se são boas ou não, se são copiadas ou não, se são óbvias ou não: são inúteis. 

Amoedo e seus 31 eleitores/missionários se acham parte de um movimento de renovação, uma novidade na política. No entanto, nada é mais antigo na política do que subestimar o adversário. Estão menosprezando o poder e a influência que a esquerda tem e a disposição dela em levar seu plano de controle político e social adiante. 

A esta altura, Amoedo já deveria ter deixado seu orgulho - e seus 2% de votos - de lado, e buscado união com o único candidato capaz de combater o inimigo que ambos têm em comum. Se ele acha que sua birra em concorrer é mais importante do que a urgência de evitar outro governo de esquerda, então não está preparado para ser presidente. Simples assim! 

Bolsonaro não é a melhor opção: é a única. Dizer ser contra o projeto esquerdista, mas não votar nele ou deixar pra votar nele só no 2° turno, é não ter noção do que está em jogo. E se ainda não percebeu isso, você merece mais oito anos de PT. 

O meu voto era do Amoedo, se olharem o meu face irão ver minhas declarações a ele. Mas nessa altura decidi votar no Bolsonaro para não permitir que o PT volte ao poder, pois quero mudanças.

Ainda que existam divergências entre nós sobre Bolsonaro, Álvaro Dias e Amoedo, tenho a convicção que lamentavelmente, a culpa toda do sucesso eleitoral da esquerda é nosso. Nunca tivemos uma chance tão grande de nos livrarmos do PT e suas metástases (PSOL, PDT, PCdoB PMDB e PSDB), só para enumerar alguns. Mas o que, nós os "iluminados" e "esclarecidos" fazemos? Dividimo-nos entre Bolsonaro, Amoedo e Álvaro Dias, o que inevitavelmente levará a disputa para o segundo turno.

Aí amigos, todos estes partidos que tem rabo preso se unirão ao PT para que a coisa continue do jeito que o diabo gosta. O único que teria chance nesse momento seria ou será o Bolsonaro. Todos os que prezam a família e os bons costumes deveriam se unir para nem ter segundo turno, pois esta é a nossa única chance de tirar a esquerda do poder.

Ah... Mas o Amoedo é inteligente, é idôneo, é competente etc... Também acho! Mas não vou entrar nesse mérito, pois não adianta isso neste momento. O que realmente importa é tirar os bandidos, e aí sim na próxima eleição com o Brasil salvo e a caminho da Ordem e do Progresso poderá avaliar o Amoedo, Álvaro Dias ou outros políticos decentes, capazes e honestos.

Hoje Amoedo e Álvaro Dias são muito mais importantes para a esquerda do que o Lula, pois divide os votos da direita e desta forma não propiciarmos a nossa vitória no primeiro turno. Estaremos entregando a eles a continuidade dos ladrões e corruptos no poder.

Se Álvaro Dias, ou Amoedo tivessem alguma chance... Mas todos sabemos que não têm...
Então amigos sejamos sensatos e não cometamos esta imprudência nestas eleições. Pensem nisto pelo Brasil, e não para mostrar que você é mais esclarecido ou iluminado que a maioria. O país merece este seu sacrifício.

Menos a sua própria convicção e mais NOSSA PÁTRIA AMADA BRASIL



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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

A VOLTA DO PT PODERIA REPRESENTAR O CAOS, INCLUSIVE PARA SEUS MILITANTES, Por Juliano Oliveira


25 de setembro de 2018


Por Juliano Oliveira, publicado pelo Instituto Liberal

Inicio este texto com um alerta: é impossível manter um Estado de Bem Estar social num país pobre e contrário ao empreendedorismo.

As motivações dos eleitores de Fernando Haddad são, com poucas variações, quase sempre as mesmas. Todos, ignorando exemplos claros da destruição perpetrada pela confiança na suposta clarividência estatal, acreditam que um forte Estado de Bem Estar Social seria capaz de promover o fim de toda desigualdade (ainda que prosperidade e igualitarismo, como bem sabem os liberais, não possuam qualquer correlação) e que diversidades de toda sorte (leia-se bacanal) teriam seus assentos carimbados nas universidades, igrejas e locais públicos e/ou privados sob o risco, diante de objeções ainda que discretas, de se promover grande perseguição aos propagadores das idéias ditas conservadoras e liberais.

Enfrentamos longos 14 anos de petismo. O saldo dos discursos populistas e do relativismo moral propalado em nossas universidades pelos defensores de movimentos ditos sociais durante este período pode ser facilmente sentido pelo sentimento de impotência e de desalento da parcela da população que é “convidada” a pagar a fatura do discurso da preguiça, da inveja e da irresponsabilidade. No momento em que escrevo este texto, sites de extrema esquerda (que visitei depois de muito relutar), confiantes de que possuem um poder de influência decisivo nas escolhas de pessoas mais simples, estão comemorando um possível retorno do PT ao poder. Militantes travestidos de professores estão, por meio de suas elucubrações sobre coletivismo e igualitarismo, defendendo o ressurgimento do partido que tomou de assalto as nossas instituições, têm achincalhado o judiciário e reunido todas as suas estratégias sórdidas em torno da desconstrução do único candidato que, embora não seja o sonho dos liberais que defendem um Estado Mínimo, tem grandes chances de vencer este pleito (razão pela qual insisto que Bolsonaro é a resposta certa para essa situação de urgência).

O PT, sob a batuta de seu líder já encarcerado, é um partido cuja habilidade de explorar o pior dos sentimentos que o ser humano possui, a inveja, não deve ser desprezada. A inveja sobre a riqueza alheia e, a um só tempo, o desprezo por instituições de mercado que são capazes de elevar até o mais simples dos homens a uma posição de evidência são as principais matérias-primas que têm dado sustentabilidade a anos de demagogia e destruição petistas. Não se deve desprezar, igualmente, todo o esforço de teóricos e professores universitários que, presos na bolha do funcionalismo público, não se cansam de teorizar sobre as causas do desemprego e as mazelas da população mais carente e explorável da sociedade. Em seus discursos ressaltam que a crise que atravessamos, que ganhou contornos ainda mais assustadores com a greve dos caminhoneiros (greve a que me opus e que tem sido utilizada pelo pessoal da esquerda para reforçar que a crise que vivemos é de responsabilidade de uma elite que não suportou a legitimidade do governo Dilma, ressalte-se), foi criada pelo neoliberalismo. Estes intelectuais colocam num mesmo pacote Marina Silva, Alckmin, Jair Bolsonaro e Amoedo e dizem que todos são representantes do neoliberalismo de mercado (que absurdo!!) e que apenas com Haddad veríamos o crescimento econômico.

O efeito retórico do PT sobre os invejosos que veem luta classista em tudo, pode ser muito bem explicado por este pequeno fragmento de um dos textos de Jeffrey Tucker, um dos grandes nomes da Escola Austríaca de Economia:

 A inveja observa a excelência de terceiros e prontamente deseja acabar com ela. A inveja vê a fortuna de outro e imediatamente quer puni-la. A inveja é ativamente destruidora, e vê na destruição do sucesso alheio um fim em si mesmo. A consumação da inveja não traz felicidade para a pessoa que quer prejudicar terceiros; a inveja meramente alcança o objetivo de satisfazer a raiva que você sente ao ver a felicidade de terceiros. A inveja corrói. Destrói. Prejudica. Estraga. Machuca. Mata. Começa com um ressentimento contra as conquistas alheias e termina na agressão pessoal direta.

Quando se analisa a inveja que deseja o fim da riqueza alheia (ainda que construída a duras penas, diferentemente da riqueza erigida por Lula e seus empresários favoritos) e a busca constante por um pantagruélico Estado de Bem Estar Social que satisfaça este sentimento nefasto, entende-se porque o Brasil tem sérias dificuldades de abandonar seu estado já moribundo.

A triste notícia, no entanto, não se destina apenas aos empresários e trabalhadores da iniciativa privada que, apesar da forte intromissão estatal, continuam gerando riquezas para dar sustentação ao modelo progressista de pensamento. Ela se destina também aos recebedores líquidos de benesses que, inevitavelmente, verão suas fontes secarem quando o Brain Drain se intensificar e o esfriamento da economia se consolidar.

Para finalizar, a provocativa fala de Roberto Campos: Sou chamado a responder rotineiramente à pergunta: haverá saída para o Brasil? Respondo dizendo que há três: o aeroporto do Galeão, o de Cumbica e o liberalismo.

 Sobre o autor: Juliano Oliveira é administrador de empresas, professor e palestrante. Especialista e Mestre em Engenharia de Produção, é estudioso das teorias sobre liberalismo econômico.



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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.


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