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terça-feira, 16 de abril de 2019

POEMAS DA PAIXÃO (III)



Poemas da Paixão (III) 
 Cyro de Mattos


Canto de Amor


E todo este peso
terrestre perfurou
a flor da comunhão,
de braços abertos
clamas como cacto.
E dignos não somos
de olhar este rosto
que pende no amor
do sangue derramado.
E solitários caminhos
da ternura os desviados
na voz de tudo que é perdão.
O canto de amor prossegue
pelos que têm fome e sede
e carregam o dilema do pacto.


Cyro de Mattos escreve crônica, conto, poesia, ensaio e literatura infantojuvenil. Tem no prelo da Editus, editora da UESC, Nada Era Melhor, romance da infância, Pequenos Corações, contos, e O Discurso do Rio, poesia.


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DEFININDO A SEMANA SANTA – Dom Ceslau Stanula


Bom dia.

Estava pensando como definir estes primeiros dias da Semana Santa.

Acho que os poderia definir como um retiro em preparação para algo grande.

O incêndio da Catedral Notre Dame em Paris, chocou o mundo. A riqueza cultural, religiosa e testemunhal de quase nove séculos, foi destruída pelo fogo em poucas horas...

Sentimos, como estamos impotentes, perante a fúria da natureza. Nossos símbolos matérias desaparecem num piscar de olhos... só o espírito, a alma permanece porque é imutável e eterno.

As leituras da liturgia nestes três dias confirmam efemeridade e fragilidade do mundo e de nós mesmos. Mas o Cristo, angustiado como homem, mas poderoso como Deus, aponta para a vida e para a eternidade.

O perfume de Maria só pode ter valor, na perspectiva da vida eterna (Jo 12,7 8);

Lázaro, o justo, ressuscitado, vive com a força restauradora de Cristo, mas incomoda. Por quê? (Jo 12,10-11);

Finalmente, até o Filho de Deus, é vendido por 30 moedas ganhos pela corrupção... (Mt 26,15);

São tantas questões existenciais para repensar...

Que Cristo sofredor nos ilumine.

Com a benção e oração, bom dia.

Dom Ceslau.

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Dom Ceslau Stanula - Bispo Emérito da Diocese de Itabuna-BA, escritor, Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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ACADÊMICO E PROFESSOR TARCÍSIO PADILHA LANÇA OS DOIS PRIMEIROS LIVROS DA COLETÂNEA DE SUA OBRA REUNIDA



O Acadêmico e professor Tarcísio Padilha lança, no dia 17 de abril, quarta-feira, pela Editora Batel, os dois primeiros livros da coletânea de sua obra reunida. O evento está programado para a Livraria Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572), a partir das 18 horas. Nesse dia, o autor estará completando 91 anos de idade.

Crônicas para um mundo melhor – uma ética do cotidiano é o primeiro dos dois volumes e tem o prefácio assinado pelo Acadêmico Antonio Hoauiss (1915-1999) e apresentação do escritor Marco Lucchesi, Presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). No segundo, intitulado Literatura e livre pensar – grandes nomes, o prefácio é assinado pelo Acadêmico e professor Domício Proença Filho, ex-Presidente da ABL.

Os demais livros serão lançados com intervalo de três meses, sendo o último no dia 24 de março de 2020, data que coincide com o aniversário de 92 anos da mulher do escritor, senhora Ruth Padilha. Segundo a filha do casal Heloisa Padilha, as datas, do primeiro ao último lançamento, “caracterizam que se trata de um projeto de família, o que é muito importante frisar”.

O primeiro livro, de acordo com os editores, é uma coletânea com 70 artigos do autor publicados no Jornal do Commercio entre 1996 e 1998, nos quais o autor apresenta sua avaliação e suas aspirações a respeito do mundo atual. Em textos que tratam de temas do cotidiano, o autor analisa e reflete sobre os fatos, contextos e realidades com um crivo ético. O autor procura, de um lado, ressaltar virtudes e elementos de um ideal a ser atingido pela atividade humana e, de outro, apontar as mazelas de um mundo em construção, enfatizando a ação e a reflexão como o caminho para se atingir o maior bem comum da humanidade.

O segundo é uma publicação inédita em livro de textos e discursos de Tarcísio Padilha sobre personalidades do mundo literário e intelectual brasileiro, Guimarães Rosa, Coelho Neto, Rachel de Queirós, Alceu Amoroso Lima, Sobral Pinto, Octávio de Faria, Luiz Paulo Horta, Carlos Heitor Cony, Nélida Piñon e Ana Maria Machado foram os nomes escolhidos por Tarcísio Padilha para essa coletânea. São textos em que a criação literária e o livre pensamento surgem como tema central, numa homenagem sincera do autor a cada uma das personalidades escolhidas.

Tarcísio Padilha é o quinto ocupante da Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 20 de março de 1997, na sucessão de Mário Palmério. É membro fundador, conselheiro e membro honorário da Association Louis Lavelle, de Paris. Nasceu no Rio de Janeiro e começou sua formação fundamental no Grupo Escolar D. Pedro II, em Petrópolis. É bacharel em Filosofia e Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ); diplomado em Ciências Sociais pelo Instituto de Direito Comparado da PUC-RJ; licenciado em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense; doutor em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

03/04/2019


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