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sexta-feira, 29 de junho de 2018

RESISTÊNCIA CONTRA "TRIO DO MAL" COMEÇA A GANHAR FORÇA - Luiz Carlos Nemetz


29/06/2018
Ganha corpo em todo o Brasil um movimento que pouco a pouco começa a se articular ordenadamente, de absoluto e completo repúdio, aversão e rejeição ao comportamento dos três ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal que reiteradamente têm se posicionado de forma totalmente abusiva e contrária às decisões do plenário da Corte, concedendo, a torto e a direito, liberdade a criminosos e corruptos condenados a severas penas, sob argumentos pífios de defesa do estado democrático de direito que somente eles enxergam.

Estão colocando em farrapos a credibilidade institucional da Corte Suprema.

As reações estão vindo dos mais variados setores da nação.

São textos, editoriais de grandes jornais, posicionamentos de juristas consagrados e uma tormenta de manifestações nas mídias sociais e na imprensa internacional.

Esse movimento de reação tem que ganhar muito mais musculatura. Três ministros não podem e não devem conseguir sequestrar o Brasil e aos brasileiros, devolvendo ao convívio social marginais, delinquentes e corruptos.

O poder judiciário é o último abrigo da sociedade e não pode servir de refugio para bandidos.

Há uma tática que vem sendo usada por estes três "mosqueteiros" de araque que é desmontar a operação lava-jato, desacreditá-la, tornar sem efeito prático as suas decisões. É transformar o Brasil numa terra sem donos. Levando a população a um estado de confusão e conflitos.

O que está em jogo é a República. A sociedade, a nação e as instituições não podem mais calar diante desse arbítrio, perpetrado por ministros que legislam sozinhos contra toda a ordem normativa brasileira, em defesa de interesses que cada dia ficam mais claros e evidentes.

É hora de se dar um basta e impor limites a essa insignificante minoria identificada com o que existiu de pior na nossa história republicana.

Eles não tem a força que pensam ter!

O Brasil está precisando dos bons! Junte-se a eles!

Abra a boca como um brasileiro de bem. Grite: CHEGA!


Luiz Carlos Nemetz
Advogado.Vice-presidente e Chefe da Unidade de Representação em Santa Catarina na empresa Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo e Sócio na empresa Nemetz & Kuhnen Advocacia


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OBSERVANDO OS OUTROS - Paulo Coelho


A velha em Copacabana

 Ela estava no calçadão da Avenida Atlântica, com um violão, e uma placa escrita à mão: "Vamos cantar juntos".
Começou a tocar sozinha. Depois chegou um bêbado, uma outra velhinha, e começaram a cantar com ela. Daqui a pouco uma pequena multidão cantava, e outra pequena multidão servia de plateia, batendo palmas no final de cada número.
"Por que faz isto?", perguntei, entre uma música e outra.
"Para não ficar sozinha", disse ela. "Minha vida é muito solitária, como a vida de quase todos os velhos".
Oxalá todos resolvessem seus problemas desta maneira.
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O amigo em Sidney

"Às vezes a gente se acostuma com o que vê nos filmes, e termina esquecendo a verdadeira história", diz um amigo, enquanto olhamos juntos o porto de Sidney. "Lembra-se da cena mais marcante do filme: 'Os dez mandamentos'?".
Claro que me lembro. Moisés - interpretado por Charlton Heston - em determinado momento levanta seu bastão, as águas se dividem, e o povo hebreu atravessa o mar a pé.
"Na Bíblia é diferente", continua meu amigo. "Deus ordena a Moisés: 'diz aos filhos de Israel que marchem'. E só depois que começam a andar é que Moisés levanta o bastão, e o Mar Vermelho se abre".
Só a coragem no caminho faz com que o caminho se manifeste.
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O católico e o muçulmano

Eu conversava com um sacerdote católico e um rapaz muçulmano durante um almoço. Quando o garçom passava com uma bandeja, todos se serviam, menos o muçulmano, que fazia o jejum anual prescrito no Alcorão.
Quando o almoço terminou e as pessoas saíram, um dos convidados não deixou de alfinetar: "veja como os muçulmanos são fanáticos! Ainda bem que vocês não tem nada em comum com eles".
"Temos sim", disse o padre. "Ele tenta servir a Deus tanto quanto eu. Apenas seguimos leis diferentes".
E concluiu: "pena que as pessoas só vejam as diferenças que as separam. Se olhassem com mais amor, enxergariam principalmente o que há de comum entre elas - e metade dos problemas do mundo seriam resolvidos".
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Meu sogro, Christiano Oiticica

Pouco antes de morrer, meu sogro chamou a família:
"Sei que a morte é apenas uma passagem, e quero poder fazer esta travessia sem tristeza. Para que vocês não fiquem inquietos, mandarei um sinal de que valeu a pena ajudar os outros nesta vida". Pediu para ser cremado, as cinzas jogadas no Arpoador, enquanto um gravador tocava suas músicas preferidas.
Faleceu dois dias depois. Um amigo facilitou a cremação em São Paulo, e de volta ao Rio fomos todos para o Arpoador com o rádio, as fitas, o embrulho com a pequena urna de cinzas. Ao chegarmos diante do mar, descobrimos que a tampa estava presa por parafusos. Tentamos abrir, inutilmente.
Não havia ninguém por perto, só um mendigo, que se aproximou. "O que vocês querem?".
Meu cunhado respondeu: "Uma chave de parafuso, porque aqui estão as cinzas do meu pai".
"Ele deve ter sido um homem muito bom, porque acabei de achar isto agora", disse o mendigo.
E estendeu uma chave de parafuso.

Diário do Nordeste, 23/06/2018


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Paulo Coelho - Oitavo ocupante da Cadeira nº 21, eleito em 25 de julho de 2002 na sucessão de Roberto Campos e recebido em 28 de outubro de 2002 pelo Acadêmico Arnaldo Niskier.

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