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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

DOM CESLAU STANULA: MEDITAÇÕES

Foto: PortalCatólico
01/11/2017:

Neste mês de novembro, o mês dos finados, gostaria serenamente apresentar algumas meditações sobre a Escatologia. O que é a escatologia?

A palavra escatologia é formada de duas palavras gregas: eschatos = último, fim e lógos = palavra, instrução, ensino.

Portanto escatologia é o estudo do fim ou o estudo das últimas coisas, ou ainda o estudo dos últimos dias.

A Escatologia no sentido individual é o estudo a respeito dos acontecimentos que afetarão cada pessoa individualmente, sem exceção, no fim de sua jornada terrestre. São eles: Morte e o Juízo Particular, e depois ou o Purgatório ou  Inferno ou o Céu.

A Escatologia no sentido coletivo trata dos acontecimentos relacionados com o fim dos tempos, que é a Parusia (2a. vinda de Cristo), Ressurreição da Carne, Juízo Final ou Universal e os “Novos Céus e Nova Terra”.

 Hoje pouco se fala sobre este tema, no entanto é o tema tão importante para cada um de nós. Em cada instante alguém neste planeta experimenta estes momentos escatológicos. Por isso rezamos pelos agonizantes, para que tenham o sereno encontro com o Senhor na glória.

Uma boa e santa Noite com a proteção dos Anjos. Com a oração e a benção; Dom Ceslau.
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02/11/2017:

A vida, nós a vivemos em três dimensões: a vida intrauterina, a vida no mundo que experimentamos agora, e a definitiva – a vida eterna. A entrada para cada uma destas dimensões é dolorosa e traumatizante.

A passagem da vida do seio materno, chamamos o parto, a criança parte do aconchego do seio materno para o desconhecido. Para ela o “parto” é traumatizante, e só se  acalma nos braços da mãe. O parto para a última e definitiva dimensão de vida, chamamos a MORTE. Também é o parto.

No primeiro parto nós nos separamos da mãe. Na morte, a alma se separa do corpo. A cada uma destas separações acompanha o medo pela falta de evidência do que nos espera na nova dimensão. Na morte, a certeza nos vem da fé, (o que veremos em diante).

A Igreja afirma da existência da alma,elemento distinto do corpo físico, mas unido com ele e a define assim: “....é um elemento espiritual, dotado de consciência e de vontade, de tal modo que o « eu humano » subsista. Para designar esse elemento, a Igreja emprega a palavra « alma », consagrada pelo uso que dela fazem a Sagrada Escritura e a Tradição”. (Carta da Cong. da Doutrina sobre algumas questões da Escatologia de 17.05.1979)

Reflexão: Deus não é o autor da morte. A morte veio como consequência do pecado, (Rom 5,12).
Maria não morreu, mas foi assunta ao céu porque não teve pecado.

Com a benção de Deus que é o nosso Pai, e a minha oração. Boa noite.
Dom Ceslau.
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Dom Ceslau Stanula, bispo emérito da Diocese de Itabuna/BA, escritor, membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL

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ITABUNA CENTENÁRIA: UM SONETO - Rosas Brancas – Oscar Benício dos Santos

Rosas Brancas

Para Eglê


Rosas Brancas, numa velha roseira,
brotaram n’outono qual na primavera
o fizera, numa florida leira
que, agora, ainda mais reverbera.

São onze rosas que esperam a derradeira 
numa saudosa e ansiosa espera,
como uma benevolente hospedeira
que alegre aguarda o filho que gera.

Formarão de brancas rosas buquê,
quando a última vier, sabe por quê?
Porque, juntar-se-ão numa dúzia clara:

brancas, alvas, claras, são todas rosas,
amarelas e vermelhas, formosas
cultivadas no alegre jardim de Yara .

Oscar Benicio Dos Santos

Faz. Guanabara

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ABL HOMENAGEIA, COM REALIZAÇÃO DE MESA-REDONDA, INTITULADA ‘CENTENÁRIOS’, OS ACADÊMICOS LAFAYETTE RODRIGUES PEREIRA, HERBERTO SALES E JOSUÉ MONTELLO

A Academia Brasileira de Letras realiza, no dia 09 de novembro, quinta-feira, às 17h30min, no Salão Nobre do Petit Trianon, mesa-redonda intitulada “Centenários”, em homenagem ao centenário de falecimento do Acadêmico Lafayette Rodrigues Pereira (1834-1917), e de nascimento dos Acadêmicos Herberto Sales (1917-1999) e Josué Montello (1017-2006).

Participarão da mesa os Acadêmicos Antônio Torres, Arnaldo Niskier e Alberto Venancio Filho, sob coordenação do Presidente da ABL, Acadêmico e professor Domício Proença Filho.

Alberto Venancio Filho falará sobre Lafayette Rodrigues Pereira, cabendo a Antônio Torres a palestra sobre Herberto Sales. Arnaldo Niskier homenageará Josué Montello. O evento será transmitido ao vivo pelo portal da ABL.

Saiba mais

LAFAYETTE RODRIGUES PEREIRA

Segundo ocupante da cadeira 23, foi eleito em 1º de maio de 1909, na sucessão de Machado de Assis, Lafayette Rodrigues Pereira, jurista e político, nasceu em Queluz, hoje Conselheiro Lafayette, MG, em 28 de março de 1834, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de janeiro de 1917.

Em 1853 matriculou-se na Faculdade de Direito, em São Paulo. Ao término dos estudos, em 1857, partiu para Ouro Preto, onde se dedicou à advocacia. No ano seguinte, mudou-se para a capital do Império e foi trabalhar no escritório de Teixeira de Freitas.

Simultaneamente, dedicou-se ao jornalismo. Fundou, com Pedro Luís e Flávio Farnese, A Atualidade, jornal em que escreveu artigos, de 1858 a 1860. Nos anos seguintes, foi redator também no Le Brésil, no Diário do Povo e, de 1870 a 1874, em A República. Colaborou em A Opinião Liberal e no Diário do Povo.

Lafayette publicou Direitos de Família (1869) e Direito das Cousas (1877), além de volumes de pareceres. Em 1898, escreveu no Jornal do Commercio, com o pseudônimo de Labieno, Vindiciae, posteriormente editado em livro.

HERBERTO SALES

Quarto ocupante da Cadeira 3, eleito em 6 de abril de 1971, na sucessão de Aníbal Freire da Fonseca e recebido pelo Acadêmico Marques Rebelo em 21 de setembro de 1971, Herberto Sales, jornalista, contista, romancista e memorialista, nasceu em Andaraí, BA, em 21 de setembro de 1917. Faleceu no dia 13 de agosto de 1999, no Rio de Janeiro.

Abandonou o curso ginasial na 5ª série do Colégio Antônio Vieira, dos jesuítas. O professor Agenor Almeida descobriu, numa prova, a vocação literária de Herberto Sales, chamando para isso a atenção do padre Cabral que, por sua vez, foi o descobridor, alguns anos antes, no mesmo colégio, da vocação literária de Jorge Amado.

Abandonados os estudos, Herberto Sales voltou para Andaraí, onde viveu até 1948. Com a publicação, em 1944, de Cascalho, seu romance de estreia, projetou de impacto seu nome nos meios literários do país. No Rio de Janeiro, para onde então se transferiu e residiu até 1974, foi jornalista nos Diários Associados, na área da revista O Cruzeiro, da qual foi assistente de redação.

Em 1974, mudou-se para Brasília, onde foi, por dez anos, diretor do Instituto Nacional do Livro, e, por um ano, assessor da Presidência da República, sob José Sarney. A partir de 1986, por quatro anos, residiu em Paris, servindo como adido cultural na Embaixada brasileira. Regressando ao Brasil, fixou residência em São Pedro da Aldeia, onde levou vida isolada.

JOSUÉ MONTELLO

Quarto ocupante da cadeira 29, eleito em 4 de novembro de 1954, na sucessão de Cláudio de Sousa, sendo recebido por Viriato Correia, Josué Montello Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1994 e 1995. Nasceu em São Luís do Maranhão, em 21 de agosto de 1917, e faleceu no Rio de Janeiro em 15 de março de 2006.

Em 1932, passou a integrar a Sociedade Literária Cenáculo Graça Aranha, na qual se congregaram os escritores do Maranhão de filiação modernista. Até 1936, colaborou nos principais jornais maranhenses. Mudou-se, a seguir, para Belém do Pará, onde é eleito, aos 18 anos, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará.

No fim de 1936, transferiu-se para o Rio de Janeiro, passando a fazer parte do grupo que fundou o semanário de literatura Dom Casmurro. No mesmo período, colaborou em outras publicações, como Careta, O Malho e Ilustração Brasileira, além de jornais diários.

Publicou o primeiro romance, Janelas fechadas, em 1941. Seis anos mais tarde foi nomeado Diretor-Geral da Biblioteca Nacional, exercendo também a direção do Serviço Nacional do Teatro.

Em 1953, a convite do Itamaraty, inaugurou e regeu por dois anos a cátedra de Estudos Brasileiros da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, no Peru. A partir de 1954, tornou-se colaborador permanente do Jornal do Brasil, no qual manteve uma coluna semanal até 1990.Novamente convidado pelo Itamaraty, regeu, em 1957, a cátedra de Estudos Brasileiros na Universidade de Lisboa, e, em 1958, na Universidade de Madri. Entre 1969 e 1970, ocupou o cargo de conselheiro cultural da Embaixada do Brasil em Paris, e, de 1985 a 1989, foi embaixador do Brasil junto à Unesco.

Publicou mais de uma centena de livros, entre eles, Os tambores de São Luís, seu romance de maior destaque.

26/10/2017

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