Total de visualizações de página

terça-feira, 14 de maio de 2019

ACADÊMICO E POETA ANTONIO CÍCERO FALA NA ABL SOBRE HOMERO, NA TERCEIRA PALESTRA DO CICLO ‘POESIA CANTADA: MELODIA E VERSO’



O Acadêmico, poeta e compositor Antonio Cícero faz na Academia Brasileira de Letras, a terceira palestra do ciclo de conferências “Poesia cantada: melodia e verso”, sob coordenação do Acadêmico e jornalista Zuenir Ventura. O evento está programado para dia 16 de maio, quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr. (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro) Entrada franca.

Serão fornecidos certificados de frequência.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado é a coordenadora-geral dos ciclos de conferências de 2019.

“Poesia cantada: melodia e verso” terá mais duas palestras no mês de maio, às quintas-feiras, no mesmo local e horário: “O Rio inventou a marchinha”, com Rosa Maria Araújo, no dia 23; e “Vinicius de Moraes: a canção como destino”, Eucanaã Ferraz, 30.


O CONFERENCISTA

Antonio Cicero formou-se em Filosofia pelo University College London, da Universidade de Londres, em 1972. É autor, entre outras trabalhos, dos livros de poemas “Guardar”, “A cidade e os livros”, “Porventura” e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, de “O livro de sombras”; além dos de ensaios filosóficos: “O mundo desde o fim”, “Finalidades sem fim” e “Poesia e filosofia”. Muitas de suas entrevistas foram reunidas no livro, organizado por Arthur Nogueira, “Encontros: Antonio Cicero”.

Foi o responsável pela organização do livro de ensaios “Forma e sentido contemporâneo: poesia”; e, em parceria com Waly Salomão, o volume de ensaios “O relativismo enquanto visão do mundo”. Em parceria com Eucanaã Ferraz, também organizou a “Nova antologia poética de Vinícius de Moraes”.

Em 1993, concebeu o projeto intitulado “Banco Nacional de Idéias”, através do qual, nesse ano e nos dois subsequentes, promoveu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco Nacional, ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, como João Cabral de Melo Neto, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Bento Prado Jr. e Darcy Ribeiro, entre outros. É também autor de inúmeras letras de canções, tendo como parceiros compositores como Marina Lima, Adriana Calcanhotto e João Bosco.

Em 2012, Antonio Cicero foi agraciado com o “Prêmio Alceu Amoroso Lima – Poesia e Liberdade”, concedido pela Universidade Candido Mendes e pelo Centro Alceu Amoroso Lima pela Liberdade.

09/05/2019



* * *

MACONHA E LEGIÃO DE PSICÓTICOS - Francisco Machado


7 de maio de 2019
Francisco Machado

Para o psiquiatra Dr. Ronaldo Laranjeira com a maconha “estamos criando uma legião de psicóticos”.

O perito, que é coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, PhD em Dependência Química na Inglaterra, hoje a maior autoridade brasileira no tratamento de dependência química, comentou estudo científico da publicação americana Jama Psychiatry, de fevereiro de 2019, o qual mostra o impacto na saúde física e mental de quem consome maconha.

Conforme a revista “VEJA”, o Dr. Laranjeira considera surpreendente e assustador esse hábito entre os jovens, ignorado na maioria das decisões de nossas autoridades.

O estudo científico em pauta demonstra que jovens de até os 18 anos, consumidores de maconha, terão na idade adulta maior risco de sofrer depressão, psicoses, pensamentos suicidas e de forma dramática, a pesquisa afirma que estas pessoas escravizadas pelo vício e dependentes químicos apresentam três vezes mais propensão a efetivamente tirar a própria vida.

O estudo alerta ser na adolescência que a maconha inflige os seus maiores danos. Os efeitos maléficos se fazem sentir a partir de quatro cigarros de maconha por semana, ao longo de um ano. O seu uso é propagado como algo normal, de fácil acesso, sendo divulgado na mídia escrita, televisionada, em filmes e outros meios de comunicação, sem mostrar os malefícios causados à saúde física e mental.

O adolescente escravizado pelo vício da maconha poderá ter dificuldades permanentes de concentração, raciocínio e planejamento, mesmo quando vier a deixar a droga. Por sua vez, o Dr. Arthur Cukiert, neurocirurgião da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia,  afirma que as consequências tardias podem contribuir para a maconha ser subestimada e ter fama de inofensiva. Talvez seja o maior perigo dessa droga, afirma.

Tolerar o uso da maconha na adolescência é um dos atos mais irresponsáveis que os pais podem cometer em relação aos filhos, alerta Dr. Ronaldo Laranjeira. Aliás, o Supremo Tribunal Federal deverá, em junho próximo, retomar a discussão sobre a descriminalização da maconha. Em 2015, quando a votação fora interrompida o resultado apontava 3 votos a 0 favoráveis à maconha.

Que sirvam esses dados científicos, considerados prejudiciais por especialistas, de reflexão aos ilustres membros da STF. A sociedade atual, afastada de Deus e de seus mandamentos, se lança de maneira desenfreada à procura da felicidade e do prazer, esquecendo que a verdadeira felicidade está no cumprimento do dever.

Ademais, a lamentável situação em que se encontra a Santa Igreja, cujos pastores em boa parte não zelam mais pela santificação das ovelhas que Deus lhes confiou, lançam-se em descaminhos, como bem revelou o lema da recente Campanha da Fraternidade: “Políticas públicas”. Que Nossa Senhora Aparecida conceda graças muito especiais às nossas autoridades religiosas e civis para que voltem a conduzir ao bom caminho os brasileiros.


* * *

O TSUNAMI DE BOLSONARO – Alexandre Garcia

Aqui sempre damos um jeito de estragar. É masoquismo

Seg, 13/05/2019

O Presidente disse que “talvez tenha um tsunami” pela frente. Talvez já se tenha acostumado, por isso não percebe, que tem tido tsunamis desde que assumiu. Não um tsunami nos mares da oposição, dos derrotados em outubro, mas gerado por erupções digitais por alguns dos vencedores. À luz da razão, um tsunami inexplicavelmente batendo no lado do governo. Uma espécie de ajuda destrutiva, que mais parece uma oposição intestina, com poder de prejudicar o chefe de governo além do que faria seu mais eficiente adversário. 

O prejuízo já começa a ser sentido, passados os 100 dias de expectativa de sedimentação dos arroubos iniciais. Não se culpem os jornalistas, pois eles apenas transmitem as mensagens que geram dissenso. Se alguém defendeu o candidato, mas agora está atrapalhando o eleito, isso é notícia, porque notícia é tudo aquilo que é surpreendente, raro, esquisito ou estranho. O prejuízo é sentido na confiança de investidores, porque não veem rumo. O prejuízo é sentido entre os aliados do governo no Congresso, porque não sentem mão do Palácio a indicar rumos, como tem sido usual na história do parlamento.

Se alguém ofendesse com palavras de baixo calão e termos chulos um auxiliar meu, se eu fosse Presidente, eu de público encorajaria os auxiliares ofendidos a buscar compensação na Justiça, não apenas por danos morais, mas punição por injúria e difamação. Porque do contrário, iriam pensar que o presidente se encolhe perante o ofensor e não se importa com auxiliares da  honorabilidade e do mérito dos ofendidos.

Tenho escrito e dito que o Brasil tem uma forte tendência ao masoquismo. Quando tudo vai bem, damos um jeito de estragar, porque nos sentimos melhor sofrendo. Alguns entre os que ajudaram a eleger Bolsonaro, em vez de ajudá-lo a governar, parecem estar organizados para atrapalhar. Como ninguém está acostumado tocar um barco em que alguns remam num sentido e outros remam na direção contrária, a embarcação, com forças que se anulam, fica ao sabor da corrente. A menos que o capitão do navio imponha a disciplina nos remadores, segurando firme no leme e mostrando que há rumo, como foi indicado na bússola das urnas. Um barco bem comandado pode resistir a tsunami.


Alexandre Garcia <news@newsgazetadopovo.com.br>

* * *