O que é mesmo Educação?
Educação
palavra feminina como a terra que nossos pés pisam. Educar vem do
latim educere e significa também criar, nutrir, cultivar ou seja, ações
intimamente ligadas ao trato da terra e ao trato entre as pessoas.
O mundo
de hoje não é igual ao mundo de ontem, essa frase, repetida milhões
de vezes, encontra na educação a sua expressão mais acentuada. Os
relacionamentos familiares de hoje parecem delegar a responsabilidade de
educar para a escola. Seria prejudicial para o nosso aluno. Alguns
pais têm dificuldade de educar seus filhos. E a escola tem um nome
ligado a educação infantil, fundamental, médio e superior.
Eles (os pais) pensam ser cômodo entender que a escola é que educa e que
as crianças estão em um “período de educar” outro quesito: ao mesmo
tempo em que o pai quer dar o melhor para o filho, acaba dando uma coisa comum.
É como se a gente colocasse o filho para andar de uniforme! Ademais, a maioria
das escolas não são preparadas para isso. Para elas o aluno é um
simples transeunte curricular. Os filhos são para sempre. E os
danos e prejuízos, quem vai pagar com a má educação dos filhos são os
próprios pais.
Devemos observar
que a família é a matriz social, a mais importante agência socializadora que
transfere para os filhos a herança biológica, psicológica, cultural e
espiritual e está sob a responsabilidade direta dos pais e das mães.
No livro de
Içami Tiba Quem ama educa ele afirma que há algo que os professores podem
fazer para envolver os pais diretamente no processo e a isso chama-se
educação a seis mãos. Diz Içami: Se o pai diz vinho e a mãe diz água o
filho “dezanda” . É a mesma coisa se a família diz vinho e a escola
diz água o aluno “dezanda” . É importante que as pessoas que estão ligadas à
educação daquela criança tenha o que ele (Içami) chama de “coerência,
constância e consequência”. Não adianta o professor
jogar a bola para a família quando na escola ele também pode fazer alguma
coisa. A repetição entre tarefas é muito tênue no espaço limítrofe mas no
centro as coisas não são muito claras. A escola tem de convocar a família
toda vez que a obrigação não está sendo cumprida. E provavelmente a
família deve ir até a escola para ver se tem alguma coisa que
ela não está cumprindo. É a educação a seis mãos feita à base do caminho
e da razão, dos pais, mães e escola.
A educação a
seis mãos faz correlação com o início da nossa crônica educar
é criar, nutrir, cultivar ações intimamente ligadas a terra. O homem é
barro e sopro. O barro, que vem da terra, e o sopro que vem de Deus. Ao
primeiro compete a ciência que alimenta o corpo enquanto ao segundo compete
a arte que alimenta a alma: o animal é dirigido pelas necessidades
do corpo: não tem arte, o homem dirige o corpo com a alma. Nesse sentido há
dois sentidos básicos e imprescindíveis a favor do bom relacionamento família e
escola: a criação de grupos que implica o cultivo das relações interpessoais
e a educação da afetividade, e o aprender a conviver, que é fundamentado na
resolução positiva dos conflitos. Hoje a educação acabou se convertendo em uma
verdadeira “batata quente” que ninguém quer segurar o impasse entre
pais e professores atingiu o seu clímax.
O clichê da
unanimidade. A solução para o Brasil é a educação. Mas que tipo de educação é a
ideal? Educação depende da visão que temos sobre a praticidade da argumentação.
Argumentar é defender ideais. E tanto a família quanto a escola não estão
preparadas para este procedimento. Segundo Rorty “educar é agir seguindo a
ideia de que as pessoas podem não seguir nossos argumentos, mas tendo a
esperança de modificá-las para que um dia possam. Já argumentar é pressupor que
os outros seguirão o que dissermos. Ai está o xis da questão o modo como os
professores relacionam e correlacionam o que fazem a situação de
comunicação que vivenciam denuncia a adesão a uma dessas concepções
profissionais.
Porque uma
coisa é querer convencer o aluno, outra é deixá-lo preparado para abandonar os
próprios pontos de vista quando ouvir coisa melhor. A maioria das vezes,
ficamos no meio desses extremos, diz Richard Roty. Professores desejam
formar alunos capazes de encarar uma questão por vários ângulos, de dar respostas
consistentes independentemente do contexto e da transformação tecnológica que
testemunham ao longo da vida; de deixar de lado o ódio, imaturidade e a
crendice; De saber seus direitos e deveres.
Em ambientes
instáveis de encarar perspectivas sem se sentirem ameaçados de que possam
permitir a relação civilizada com os outros e oportunar pessoas a lerem obras
de Marx, Machado de Assis, Tomás de Aquino sem enjoar.
Conclusão.
Essa é a educação crítica dos sonhos de muita gente. A educação nesse olhar com
tanta complexidade é necessário pensar conceitos que tragam à tona a realidade
do indivíduo. Se pode ele tangenciar ao tema a abordagem parcial, ou
marginal, do tema dentro do assunto. E o seu caminhar é a educação.
Respeitemos os limites. Não podemos perder o foco do caminhar. Para poder
ensinar, antes é necessário aprender. Jesus era peripatético. Aquele que
ensina caminhando. Ele (Jesus) é o mestre por excelência. Nesta semana da
educação vamos entender que educar não é desistir de si mesmo, mas
descobrir que a vida é o maior de todos os espetáculos – Um espetáculo
dado pelo Autor da existência.
JESUS, O EDUCADOR POR EXCELÊNCIA
Agenilda Palmeira,
professora Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
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