Estamos hoje em plena sexta-feira Santa, cultuando a morte
de Jesus Cristo e, nos dias 25 de dezembro, comemoramos o nascimento do filho
de Deus. O curioso e interessante é que, nas duas situações, os comportamentos
são de uma semelhança incrível, já que em ambas as datas todos se locupletam de
refeições nababescas, vinhos, frutas, cantorias, danças, rezas e algumas partes
meio profanas como um complemento das nossas festas na terra!
Essa minha observação tem certo sentido, principalmente em
função de serem dois acontecimentos distintos, sendo um de nascimento, que na
verdade merece uma alegria total e muitas festividades. Entretanto, na sexta
feira da paixão, onde temos a tristeza de relembrar os sofrimentos repugnantes,
castigos severos e uma morte através de crucificamento, seria mais correto e
justo, que fosse um dia de rezas, reflexões, leituras bíblicas, visitas as
igrejas e, logicamente, ter suas refeições normais sem que deixassem
transparecer, como se fosse uma festa e sim um sentimento profundo!
Essa festança toda, por justa razão, deveria ser no dia da
ressureição de Cristo, pois, nesse dia, ele volta para casa do seu Pai.
Acontecimento que prova a sua Santidade e a nossa alegria de Vê-lo subir ao
céu!
Pelo peso da minha idade, posso dizer que, com alegria e
satisfação comemorei muitas dezenas de Natais e, como também, fiquei em
silencio orando em alguns momentos do dia, as emissoras de rádios saiam do ar,
ou apenas tocavam músicas clássicas, (sem nenhuma propaganda), acompanhei muito
as procissões do Senhor morto, todos cabisbaixos e fazendo suas benditas
orações e, como hábito e costume milenar, comia meu peixinho frito ou de
escabeche!
Creio que seria interessante se fazer uma reflexão e, com
justiça, voltar aos hábitos passados, diferenciar os eventos, mostrar maior
religiosidade e respeitar mais o Nosso Senhor Jesus Cristo!
Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
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