A lua cheia da paixão
Naquela quinta feira, véspera do dia fatal,
Brilhava a lua cheia, mas a noite era densa,
Quando o Iscariotes guiando a tropa tensa
Com um beijo entregou Jesus ao tribunal.
O Amor foi arrancado
do convívio dos seus,
Traído, foi despido, de cardos coroado,
Depois de com ferocidade, flagelado,
Somente por afirmar ser o Filho de Deus!
E então na sexta
feira ali crucificado
O pranto consternado ao Seu sangue mesclado
Promete ao bom ladrão: irás comigo ao Pai.
Em plena três da tarde se faz escuridão
E brilha a lua cheia. Do Amor em solidão
Atroz abandonado o seu vigor se esvai!
Academia Grapiúna de Letras-AGRAL
Sexta-feira Santa
Noite de Lua cheia
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