Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Há 22 anos quando aposentou como auditor fiscal da Receita
Federal, e com pendores literários, Azevedo, como é costumeiramente tratado nos
meios literários, motivado por amigos, começou a escrever aos 65 anos.
Utilizando a tecnologia da informação para seu tino autodidata, até então
valeu-se de seu diário vivencial desde 1970. Tem cinco livros publicados.
Considerando-se um escritor ainda em formação, intitula-se
uma pedra bruta a ser lapidada conforme crítica literária. Transitando da
terceira para a quarta idade (82 anos) continua lendo, estudando e escrevendo
para satisfazer seu ego, embora dificultem-lhe as dores físicas, a surdez
severa, a memória esvaindo e outros empecilhos mais. Sem perder o senso crítico
e a lucidez, reflete especialmente sobre a razão que leva os ingratos a agirem
assim. Conclui sobre a diferença entre o velho e o idoso: ser velho é quando
perdemos as esperanças e passamos a reclamar de tudo e de todos como se nada
mais valesse a pena. Ser idoso é quando ainda descortinamos um novo porvir,
transpondo barreiras na estrada da vida e abrindo picadas para as trilhas nas
matas.
“Analisa também o aspecto vivencial da família,
desmoralizada pela mídia e enxovalhada por quem mais deveria defendê-la: pais,
mães e filhos.”
Boa leitura!
Escritor José Antônio de Azevedo, é um prazer contarmos com
a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a
escrever o seu livro “O Homem no Mundo”?
Azevedo - Trata-se de uma obra séria com algumas pitadas
de ironia, discorrendo sobre vários temas, como episódios do dia a dia do país,
a administração pública e o descaso das autoridades com os idosos, apesar do
Estatuto do Idoso. Analisa também o aspecto vivencial da família, desmoralizada
pela mídia e enxovalhada por quem mais deveria defendê-la: pais, mães e filhos.
Quais os principais desafios para a escrita de “Transição”?
Azevedo - Demonstrar a existência das duas grandes e
traumáticas transições: a do nosso nascer e a do morrer. O nascituro, que está
tranquilo no ventre da mãe, suporta um grande choque ao vir à luz. Ao morrer
sofre enorme impacto ao transitar para a quarta dimensão.
Quais os principais objetivos a serem alcançados por meio do
enredo que compõe a obra?
Azevedo - Divulgar minha visão sobre as transições por
que passou o mundo na atualidade, visto que em menos de um século tudo que
existe nele transformou muito mais do que o que ocorreu até então desde o Big
Bang.
Dando continuidade à sua carreira literária, surge “O
coração infarta quando chega a ingratidão”. Quais temáticas estão sendo
abordadas por meio do enredo que compõe a obra?
Azevedo - O tema da ingratidão como o PIOR DEFEITO do
ser humano. Nele, reflito sobre a razão que leva os ingratos a se utilizarem
dos velhos como escada, enquanto produtivos, para os descartarem quando perdem
a capacidade de trabalho.
E por fim temos “Comendo fogo e cuspindo cinza”. Por que
este título?
Azevedo - Fiel à temática que me é cara e crítico sobre
a sociedade, nas questões que envolvem pessoas idosas, apresento uma personagem
nova, Zé Baiano, e o cidadão idoso Maicro, para fundi-los como em uma simbiose,
transformando-os daí numa terceira, Ícaro. Resulta em seguida no melhor que há
nos outros dois: o vigor da juventude com a experiência da maturidade. O
simbiótico Ícaro, assim transformado, torna-se imbatível nas batalhas diárias
da vida, pois descobre dentro de si uma fogueira de energia que gera potência
para fazer funcionar o motor da juventude acumulada. Conduzo, assim, o tema por
uma série de palestras que abordam vários aspectos da existência, sempre em
busca do equilíbrio, tão necessário a quem come fogo e cospe cinzas para
produzir a energia de que precisa na evolução da vida.
Onde podemos comprar seus livros?
Azevedo - “Transição” está à venda na Biblioteca 24h.
“O Homem no Mundo”, “O coração infarta quando chega a
ingratidão” e “Comendo fogo e cuspindo cinzas” podem ser adquiridos nas
livrarias Cultura, Martins Fontes e Asabeça.
Qualquer um destes títulos pode ser pedido pelo e-mail jazevedo2008@gmail.com diretamente
com o autor a preço a ser combinado, ou doado para leitores pobres que não
tenham condições de comprar.
Quais os seus principais objetivos como escritor? Soube que
já temos livro novo no prelo.
Azevedo - Considerando minha humilde e simples pessoa,
não tenho pretensões financeiras como escritor, mas se angariar alguns leitores
já me sinto orgulhoso e realizado. O livro que está no prelo “Evolução
Transcendental da Juventude” está com previsão para ser editado até final de
abril deste ano (2018).
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom
conhecer melhor o escritor José Antônio de Azevedo. Agradecemos sua
participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos
leitores?
Azevedo - A todos os leitores o meu muito obrigado.
Divulga Escritor, unindo você ao mundo através da Literatura
Contato: divulga@divulgaescritor.com
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