Mãe
(No Dia das Mães, para D. Aristoteline dos Anjos Dias)
Alma vibrando em hinos de ternura,
De maternal carinho envolto em brilhos,
A mágoa ou o prazer a transfigura,
Vivendo da existência dos seus filhos.
Removendo distâncias, empecilhos,
Indiferente à morte ou à tortura,
Tem na boca os mais ternos estribilhos,
Da canção para o filho ter ventura.
Divino coração onde se abriga,
A essência do amor e da bondade,
A devoção que ao bem a vida instiga.
Guia sublime, redentora e nobre,
Que é feliz, quando a felicidade,
Dos céus descendo todo o filho encobre.
(IMAGENS MUTILADAS - 1963)
Luiz Gonzaga Dias
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EM LUGAR DE PREFÁCIO
Como um
derivativo à luta diária, neste século agitado, nesta época de progresso
vertiginoso , aqui estão alguns versos reunidos neste volume, poesias na sua
maior parte, dispersas nas publicações brasileiras.
Sentencia o
Evangelho, que nem só de pão vive o homem, sendo portanto estes versos, assim
como um oásis, no deserto febril da civilização, da política, da atividade multifária
dos seres, na era do avião a jato, dos inventos nucleares e do perene choque de
interesse dos homens.
Um momento
de arte e descanso, não faz mal ao corpo ou ao espírito exausto.
Se o
leitor não acha que ler poesia é perder tempo, leia um pouco estes versos.
Ao contrário,
desculpe e passe adiante.
De qualquer
modo, queira aceitar os agradecimentos do autor.
São Felix, Estado da Bahia, Julho de 1962
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