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domingo, 13 de maio de 2018

MÃE – Luiz Gonzaga Dias


Mãe

(No Dia das Mães, para D. Aristoteline dos Anjos Dias)


Alma vibrando em hinos de ternura,
De maternal carinho envolto em brilhos,
A mágoa ou o prazer a transfigura,
Vivendo da existência dos seus filhos.

Removendo distâncias, empecilhos,
Indiferente à morte ou à tortura,
Tem na boca os mais ternos estribilhos,
Da canção para o filho ter ventura.

Divino coração onde se abriga,
A essência do amor e da bondade,
A devoção que ao bem a vida instiga.

Guia sublime, redentora e nobre,
Que é feliz, quando a felicidade,
Dos céus descendo todo o filho encobre.


(IMAGENS MUTILADAS - 1963)
Luiz Gonzaga Dias

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EM LUGAR DE PREFÁCIO

            Como um derivativo à luta diária, neste século agitado, nesta época de progresso vertiginoso , aqui estão alguns versos reunidos neste volume, poesias na sua maior parte, dispersas nas publicações brasileiras.

            Sentencia o Evangelho, que nem só de pão vive o homem, sendo portanto estes versos, assim como um oásis, no deserto febril da civilização, da política, da atividade multifária dos seres, na era do avião a jato, dos inventos nucleares e do perene choque de interesse dos homens.

            Um momento de arte e descanso, não faz mal ao corpo ou ao espírito exausto.

            Se o leitor não acha que ler poesia é perder tempo, leia um pouco estes versos.

            Ao contrário, desculpe e passe adiante.

            De qualquer modo, queira aceitar os agradecimentos do autor.


São Felix, Estado da Bahia, Julho de 1962

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