ITABUNA
Se não há montanhas,
como escalá-las?
Se não há florestas,
Com embrenhar-me
em sombras
que não estas?
Se não há o mar,
como falar de águas
e horizontes?
Sou o cantor
desta planície
e me abismo
em mim,
e desço aos outros
de mim,
e sofro os outros
de mim.
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TELMO PADILHA - Itabuna
* 5 de maio de 1930
+ 16 de julho de
1997
Jornalista, membro da Academia de Letras de Ilhéus. Poeta de reflexões
existenciais, que constantemente indaga-se, questiona-se, numa linguagem
repleta de sutilezas. Inquieto, reafirma uma poética cuja temática indaga de
forma intimista o viver, o morrer, a infância, a solidão e, ainda, sua relação
com a realidade da sua terra, da cultura do cacau e do tempo que estabelece
esta história que se escoa pelas frestas cotidianas. Sua poesia reside numa
lírica lucidez, num abismo interior, entre a febre e insônia, expressa num
processo criativo maduro e num estilo impecável.
Publicou os livros: "Girassol do Espanto"(1956);
"Ementário"(1974); "Onde tombam os pássaros"(1974);
"Pássaro da Noite" (1977); "Canto Rouco"(1977); "O
Rio"(1977); "Vôo Absoluto" (1977); "Poesia
Encontrada"(1978); "Travessia"(1979); "Punhal no Escuro"(1980)
e "Noite contra Noite" (1980), todos no melhor gênero da poesia.
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Grande Poeta! Era meu amigo e falava dos versos, da vida, dos Poetas... Com um conhecimento próprio de um SER muito sensível! Desejo que meu amigo Telmo Padilha esteja em paz, e fazendo versos lá outra Dimensão Maior. LInda homenagem Eglê! Ele ficou feliz!
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