A COR DAS ÁGUAS DOCES
“(...) Itabuna, que em língua guarani quer dizer ‘pedra
preta’. Era uma homenagem às grandes pedras que surgiam nas margens e no meio
do rio e sobre as quais as lavadeiras passavam o dia no seu trabalho” ( Jorge
Amado).
Do nascedouro na Serra Ouricana
ao manto do Ribeirão Tororomba,
sonho as quedas d'água do Cachoeira:
seu curso inunda o mapa inteiro.
Negras pedras brilham, obsidianas,
em meio a lavadeiras, que são parcas;
serão as moiras do nosso destino,
a distraírem esteiras e rastros?
Margem a margem, nas duas cidades,
batem vestes e abrem sumidouros,
no coração de antigas moradas.
Nesta cristalinidade de infância,
transbordam águas em tons rutilados,
que irisam e incandescem a minha alma.
HP
.............
A autora:
Heloísa Prazeres é natural de Itabuna, BA, possui textos
publicados com produtores de Artes Visuais (Cinema e Fotografia). Citada no
Dicionário de Autores Baianos. Salvador: SECULT, 2006, e no Dicionário de
Escritores Contemporâneos da Bahia, CEPA, 2015. Publicou, em livro, Temas e
teimas em narrativas baianas do Centro-Sul. FCJA; UNIFACS; SECULT, 2000;
Pequena História, poemas selecionados. Salvador: Quarteto, 2014; Antologia
Outros Riscos do Prêmio DamárioDaCruz de Poesia. Salvador: FPC/ SecultBA e
Quarteto, 2013; Poetas da Bahia, III. Salvador: Expogeo, 2015 e Antologia 5º
Prêmio Literário de Poesia, Portal Amigos do Livro, São Paulo: Scortecci, 2015
Medalha de Bronze do I Concurso Literário da AECALB, Rio de Janeiro, 2016 Casa
onde habitamos, poesia. São Paulo Scortecci.
Bacharel e Mestre em Letras pela UFBA. Cumpriu doutorado em
Literaturana Universityof Cincinnati, OH. EUA. Professora Adjunta, aposentada
do IL da UFBA. Foi titular na Universidade Salvador, UNIFACS. Coordenou o
Núcleo de Referência Cultural da Fundação Cultural do Estado da Bahia.
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário