12 de Julho de 2017
É um dia de festa para o Brasil. O carnaval de inverno
chegou.
Nem os receios naturais de que a sentença de condenação de
Lula a nove anos e seis meses de prisão por Sérgio Moro no caso do tríplex
sofra reveses em instâncias superiores devem impedir os homens de bem de
comemorar a vitória parcial da Justiça contra o comandante máximo do petrolão,
como o chamou o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato.
Os fogos de artifício que logo estouraram na região dos
Jardins, em São Paulo, serviram de chamada espontânea para o ato de comemoração
marcado em seguida nas redes sociais para o fim da tarde desta quarta-feira
histórica, 12 julho de 2017, na Avenida Paulista.
Comemoremos, sim, hoje, amanhã, depois e até quando for
necessário, porque a comemoração é não só uma forma de expressar o alívio com a
potencial punição de um político corrupto que lavou dinheiro de propina, mas
também de pressionar a oitava turma do TRF-4 e, acima dela, o STF a manter a
decisão de primeira instância que lavou a alma do país.
Eu, Felipe, comentei dias atrás no vídeo “Lula é produto da
ocupação de espaços” que ele cada vez menos suportava o fato de a imprensa
noticiar a sujeira revelada pelos investigadores, em tal volume que não era
mais possível varrê-la para baixo do tapete.
Nisto, um trecho da sentença de Moro é cristalino:
“O sucessivo noticiário negativo em relação a determinados
políticos, não somente em relação ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
parece, em regra, ser mais o reflexo do cumprimento pela imprensa do seu dever
de noticiar os fatos do que alguma espécie de perseguição política a quem quer
que seja. Não há qualquer dúvida de que deve-se tirar a política das páginas
policiais, mas isso se resolve tirando o crime da política e não a liberdade da
imprensa.”
O passo mais importante para tirar o crime da política é
tirar políticos criminosos de circulação, e Moro, graças ao trabalho da Lava
Jato, fez a sua parte neste sentido, assim como nós em O Antagonista, sem cair
na conversa mole de que a culpa da negociação foi da falecida Marisa Letícia.
"É evidente que o grupo OAS destinou o imóvel, sem
cobrar o preço correspondente, e absorveu os custos da reforma, tendo presente
um benefício destinado ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não a sua
esposa exclusivamente."
É evidente que Moro é um herói nacional na luta contra a
Orcrim.
Comemore você também a perspectiva de libertar o Brasil.
O ANTAGONISTA
* * *
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