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terça-feira, 14 de agosto de 2018

ITABUNA CENTENÁRIA UM POEMA: A Linguagem Divina – Geraldo Maia


A Linguagem Divina 


A poesia é a linguagem Divina,
Por isso é preciso se ficar em silêncio
Só a poesia fala e tudo o mais a escuta
Quando o poeta recita Deus está se expressando
O poeta é o canal de expressão e a poesia é o enigma
da Divindade em cada um de nós
O poeta então é um instrumento de Deus
e a poesia o Seu mistério.

A todo instante a poesia traz uma mensagem
da Divindade em cada lugar, em cada montanha, mar, em cada rio
em cada sombra, luar, em cada frio
em cada sol, folha, pedra, grão
em cada pássaro, pedra, em cada verme
no pão, no lixo, no risco, no corisco
no silêncio, grito, sussurro, canto.

A poesia está no riso e no amor
No frio e no calor
No louvor e na oração
A poesia é a palavra de Deus aos homens e mulheres
Com o fio da poesia Deus trama o silêncio de Sua presença
Por isso o grande momento da poesia é só silêncio
E nesse silêncio Deus nasce em você
e você dá à luz a poesia.

A poesia de Deus salta de dentro do mistério
e isso não é lógico nem racional
Apenas uma verdade Divina, sobrenatural, poética
A verdade lógica é fruto da mente comum, limitada
A verdade poética é misteriosa, extraordinária, infinita,
porque vem de Deus, portanto não dá
para argumentar com a poesia.

Poesia é arte, porque Deus é o Artista Supremo,
o Poeta Supremo, o Criador Supremo
de tudo em todos os Universos,
Poesia não é lógica e nem é ciência "in vitro"
Porque a arte não é um argumento
Não dá para argumentar com ela
Poesia é religação com a Divindade
que através dela Se manifesta.

A poesia não se incomoda com argumentos
com a lógica porque é mistério
É o desconhecido em cada obra de Deus
Você se sente absorvido para dentro da
poesia que através de Deus ressuscita
o que há de morto no seu interior.

Nesse instante a poesia de Deus nasce em você
sem que haja necessidade de convencer ninguém
O poeta não tenta convencer
apenas dá o testemunho da obra de Deus
através da poesia.

Mas se alguém fica convencido, tudo bem
Se não fica convencido, tudo bem
Deus é quem opera desse momento em diante
O Deus Espírito Santo transforma aos poucos a vida
da pessoa e nesse sentido convicção não tem muita importância
Se você for convencido através de argumentos
jamais se tornará um poeta porque a comunicação com Deus
tem uma linguagem específica chamada fé, que não tem nada a ver
com convicção, quem precisa ser convencido é quem
vai se tornar um filósofo, um político, um professor, um fanático,
mas não um poeta, a poesia é como o amor, a expressão máxima de Deus
o Amor acontece sem qualquer razão.

No amor você não precisa provar nada, não é necessário
Só é necessário provar algo se você quer um empréstimo,
ou se candidatar, ou vai prestar exames, ou está no laboratório
O amor acontece tão subitamente
que não há intervalo de tempo
O poeta se apaixona rápido
e você se apaixona rápido pelo poeta
Não há como explicar, como provar
E se alguém fala mal de um poeta
É contra um poeta, É muito fácil provar algo contra o poeta
Impossível é provar algo a favor do poeta
Não há provas concretas, científicas, materiais
Só uma relação de entrega profunda, de confiança profunda
de paixão profunda, de cegueira profunda.

Mas essa cegueira exterior se torna
uma profunda visão interior da Divindade em si
Os poetas não podem ser aceitos em qualquer lugar
Os poetas só podem ser aceitos no coração amoroso
O poeta não pode ser absorvido por qualquer coisa estabelecida
Só um envolvimento pessoal, um coração amante e muito louco
pode se tornar o lugar do poeta
Porque o poeta cria o caos no coração das pessoas
O poeta está interessado em demolir
a estrutura morta existente no interior de cada pessoa.

O poeta quer conectar cada ser humano
com o seu único Deus Todo Poderoso Criador dos Universos
O poeta quer afundar a pessoa no poço Divino
que vai torná-la à tona outra vez transformada
no louvor silencioso da poesia.

Para o poeta tudo que existe é expressão da obra de Deus
Ele sente e reflete a beleza da obra de Deus
Presente na terra, no ar, na água no fogo, no éter,
nas folhas, nos olhos, nas mãos, no sorriso
Para o poeta toda a obra de Deus é perfeita e bela
e prenhe de significado, de essência, de
um sentido intrigante, agudo, encantador, profundo,
encantador e misterioso como a graça da salvação
concedida misteriosamente por Deus, e Seu filho
amado, o Salvador, o Remidor, o Redentor, o Poeta do
Novo Tempo, Jesus, o Cristo.

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Geraldo Maia
Estudou Jornalismo na instituição de ensino PUC-RIO (incompleto) Estudou na instituição de ensino ESCOLA DE TEATRO DA UFBACoordenou Livro, Leitura e literatura na empresa Fundação Pedro CalmonTrabalha na empresa Folha NotíciasFilho de Itabuna/BA/BRASIL, reside em Louveira /SP.

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