14 de agosto de 2018
Capa da revista Catolicismo, Nº 812, agosto/2018
O extermínio da Família Imperial russa, perpetrado pelo
ódio do comunismo igualitário, hoje disfarçado na defesa dos direitos
humanos…
♦ Paulo
Corrêa de Brito Filho
Cem anos se passaram desde o brutal extermínio da família
imperial russa. Mas a lembrança de tal barbárie, que muitos procuram encobrir,
nunca passará. Devemos tê-la bem presente a fim de jamais alimentarmos ilusões
sobre tirânicos ditadores, como os que planejaram e executaram esse monstruoso
crime.
O comunismo igualitário não podia suportar a existência de
uma família nobre, que governara a imensa Rússia por diversas gerações. Alguns
meses após a tomada do poder, Lenin ordenou esse massacre, um dos mais vergonhosos
da longa lista de crimes contra a humanidade perpetrados pelo comunismo.
Para manter aceso o ódio de seus sequazes, os chefes
bolcheviques de 1918 precisavam praticar atos radicalmente sanguinários, como a
execução do Tzar Nicolau II e de sua família. Registrando tal necessidade
revolucionária, Leon Trotsky escreveu em suas memórias: “A severidade da
punição [a chacina da família imperial] mostrou a todos que
continuaríamos a lutar sem piedade, sem nos determos diante de nada. Não se
tratava apenas de amedrontar, aterrorizar e infundir o senso de desesperança no
inimigo, mas também de sacudir nossas fileiras, demonstrando que não havia
outra saída: vitória total ou ruína definitiva”.
Este foi o início de uma história escrita com sangue, a qual
prosseguiu do mesmo modo e acrescentando muitos outros instrumentos, como
prisões, torturas, fome e guerras fratricidas. Não só na Rússia, mas também nos
diversos países que tiveram suas populações subjugadas pela tirania comunista.
E o sangue continua a ser derramado ainda hoje, onde quer que se insista em
implantar ditaduras semelhantes à soviética.
Em memória deste centenário, cerca de cem mil russos fizeram
em 17 de julho último uma peregrinação na cidade de Yekaterinburg [foto ao
lado]. Eles passaram pelo local da casa-presídio onde a família Romanov e
alguns de seus servidores foram chacinados, e percorreram 21 quilômetros até o
lugar onde, em 1918, os comunistas dissolveram os cadáveres em ácido e os
incineraram, antes de enterrarem os restos mortais.
Tais fatos não podem cair no esquecimento, sob pena de nos
deixarmos surpreender futuramente pela multiplicação de perversidades
semelhantes. A revista Catolicismo, na sua missão de relembrar
verdades esquecidas, narrar grandes fatos silenciados, publicar crimes que seus
autores pretendem ocultar, não poderia deixar passar o centenário do massacre
da família Romanov sem recordar as atrocidades então praticadas. Com esse
objetivo, nosso colaborador Renato Murta de Vasconcelos elaborou a matéria de
capa da edição deste mês [foto no topo]. Aconselho a todos sua aquisição
ou sua leitura por meio de nosso site ( http://catolicismo.com.br/ ).
Movimentos que se apresentam como “sociais”, agindo em nome
dos “direitos humanos”, das “minorias” ou dos “marginalizados”, com muita
frequência partem para a criminalidade. Eles não têm a menor clemência em
relação aos sofrimentos humanos, praticam qualquer tipo de violência para
alcançar seus objetivos. “Bons sentimentos” nunca se coadunaram com a “ditadura
do proletariado”, que sempre foi o objetivo comunista, mesmo quando alegam a
defesa de “direitos humanos”. Deus não tem permitido que o solo brasileiro seja
atingido por essas desgraças, mas não faltam agitadores organizados com o
objetivo político de tomar o poder e nele se perpetuar. Deus continuará a nos
proteger contra esses sanguinários, desde que façamos por merecê-lo.
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