21 de fevereiro de 2017
Leo Daniele
Na Cova da Iria, na sexta aparição de Nossa Senhora de
Fátima, em outubro de 1917, a multidão testemunhou o impressionante “Milagre do
Sol”
Do fictício triângulo Putin, Trump e Papa Francisco, hoje no
ápice do poder mundial, qualquer coisa se pode esperar: ou o tudo,
carregado de vermelho-sangue, ou o nada de uma água parada, onde só
se ouve o coaxar dos sapos.
Mas entre esse “tudo” e esse “nada” temos um terceiro
elemento: o caos. Que é o caos? É confusão, pandemônio, acontecimento
sem nexo, desordem, bagunça, vazio, frenesi etc. Tem ainda sentidos eruditos,
como anarquia, acédia, pós-modernidade, niilismo, budismo, despersonalização!
O referido “triângulo” está estabelecido no ano do
centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, nas quais Ela previu
catástrofes; mas que, por fim, seu Imaculado Coração triunfará. Será 2017 mais
um ano de calmaria?
Lembremos as palavras de Plinio Corrêa de Oliveira em sua
famosa obra Revolução e Contra-Revolução: “Essas calmarias são meras
metamorfoses da Revolução. Os períodos de tranquilidade aparente, supostos
interstícios, têm sido em geral de fermentação revolucionária surda e profunda” (cfr.
Parte I, cap. IV).
Na sexta aparição de Nossa Senhora em Fátima, quando ocorreu
o “Milagre do Sol”, Ela se fez ver revestida com o Escapulário do Carmo.
No contexto de Fátima, este ano de 2017 será também o
centenário do extraordinário Milagre do Sol — ocorrido por ocasião da última
aparição, no mês de outubro. Eis as palavras da irmã Lucia a respeito: “Das
mãos sagradas d´Ela partiu uma luz que marcava o próprio sol. Isto durou apenas
um instante. A imensa bola começou a ‘bailar’”. A palavra bailar está
entre aspas e foi tirada do próprio depoimento das crianças, bem como de todas
as pessoas que presenciaram o milagre.
“Qual gigantesca roda de fogo, o sol girava rapidamente”.
“Parou por certo tempo para recomeçar, em seguida, a girar
sobre si mesmo vertiginosamente. Depois, seus bordos tornaram-se escarlates e
deslizou no céu como um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo”.
Inicia-se, então, uma nota de ameaça. A partir de certo
momento o globo se torna escarlate, e começa a espalhar fogo pelo céu. É uma
coisa que, naturalmente, causa terror. E depois continua:
“Essa luz refletia-se no solo, nas árvores, nos arbustos,
nas próprias faces das pessoas, e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e
diferentes cores.
“Animado três vezes de um movimento louco, o globo de fogo
pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezague sobre a multidão
aterrorizada.
“Durou tudo uns dez minutos. Finalmente o sol voltou em
ziguezague para o ponto de onde se tinha precipitado, ficando novamente
tranquilo e brilhante, com o mesmo fulgor de todos os dias. O ciclo das
aparições havia terminado.”
O que significa toda essa simbologia de Fátima? Porque,
evidentemente, é uma simbologia; não se pode negar, disse Dr. Plinio. Nos dias
atuais, talvez a realidade supere a simbologia, esperemos que seja para o bem!
Fátima faz parte da realidade, e o Milagre do Sol, como é
indiscutível, faz parte de Fátima. Temos aqui um tema para nossas reflexões e
conclusões, neste chamativo centenário.
* * *
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