Assim... Tão de repente
Aguardo a chegada da noite, deslumbrada!
Ansiosa, procuro ver no céu, a lua...
Mas os raios de sol ainda ali fazem morada,
Fulgindo sobre a cidade e em cada rua.
A lembrança boa que acalenta o coração,
É como uma alavanca doida, a impulsioná-lo.
Tanto mais lembro de você, com emoção,
Mais ele pulsa - e nem quero aquietá-lo.
Será saudade este sentimento desvairado,
Que teima em pulsar se tu estás ausente?
Ou este envolvimento nada projetado,
Será amor que sinto assim, tão de repente?
Parece, ao contrário, coisa tão antiga,
Como se me habitasse desde que nasci,
Já o trazia em mim, ao som de uma cantiga,
Que minha mãe cantava para eu dormir.
Mírian Warttusch
* * *
Esplêndido!!!!! Assim... tão de repente, sem esperar, mais um mimo de Eglê S. Machado. Felicidade carece de agradecimento? Então: obrigada!
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