Silencia e Espera
No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres
igualmente os desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no
caminho de tantos companheiros de experiência.
Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a
qual disporás de suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de
que necessitarás, talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de
soçobro nas correntes do desespero.
Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão
de pessoas queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto,
se o assunto diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera.
Se amigos de ontem transformaram-se em adversários de tuas
melhores intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de
nada te queixes.
Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida,
impondo-te embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios
pensamentos na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar.
E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos
da alma, sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com
que te tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada
reclames em teu favor.
Não piores situações em que alguém te coloque, não te
revoltes, nem te lastimes.
Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem,
restabelecendo a verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na
ignorância se curem das ilusões e das crueldades a que se entregam,
bastar-lhes-á simplesmente viver.
Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier. Do livro: Calma
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