Dia desses li sobre uma interessante pesquisa realizada na
Universidade de Plymouth, no Reino Unido. Alguns cientistas reduziram a pó
um telefone
celular, a fim de poderem determinar, de forma detalhada, sua composição.
Uma vez consolidada a relação de minerais e seus
quantitativos, os pesquisadores lançaram mão de uma simples calculadora,
multiplicando todos os resultados por 1.457.000 - o número aproximado de
telefones celulares produzidos no mundo a cada ano.
Os resultados foram surpreendentes. Gastamos, apenas com
estas engenhocas, 131 toneladas de prata, 52 toneladas de ouro, 10.200
toneladas de cromo, 3.600 toneladas de alumínio, 8.700 toneladas de cobre,
3.900 toneladas de níquel, 2.300 toneladas de cálcio, 5.800 toneladas de
carbono, 48.100 toneladas de ferro e 1.000 toneladas de estanho.
Há também, nesta relação, minerais mais raros, daqueles
encontrados em poucos países do planeta. A eles: 3 toneladas de disprósio, 7
toneladas de gadolínio, 44 toneladas de praseodímio, 233 toneladas de neodímio,
3 toneladas de índio, outras 3 toneladas de germânio, 10 toneladas de
antimônio, 15 toneladas de nióbio, 29 toneladas de tântalo, 102 toneladas de
molibdênio e outras 102 toneladas de cobalto e 1.312 toneladas de tungstênio.
Fiquei a meditar longamente sobre este quadro. Comecei
observando ser o mesmo referente única e exclusivamente a telefones celulares -
não estão aí incluídos os populares “tablets”, os computadores de mesa e
portáteis, as televisões etc. Tradução: estes números, já impressionantes,
atingirão marcas estratosféricas se computada toda a “família” de engenhocas
eletrônicas avidamente consumidas por todos nós.
Meu olhar seguinte foi sobre os países que produzem a
esmagadora maioria destes aparelhos. A maior parte deles não dispõe de recursos
minerais suficientes para suprir uma mínima parte que seja desta demanda -
aliás, há casos em que não seria possível obter-se sequer um quilo dos minerais
exigidos.
A matéria-prima, assim, valiosíssima e não-renovável, vem de
países em regra “atrasados” ou “emergentes”, seja lá o que for isso. Pergunto:
a que preço? Quanto os respectivos países recebem de “royalties”? Quem explora
estes minerais? Suspeito que da resposta a estas perguntas surgirá a maior e
mais urgente “reforma” que o Brasil precisa.
O Ministério da Cidadania e o Centro de História e Cultura
Judaica (CHCJ) convidam para o lançamento do livro Desafios da educação no
Brasil do Acadêmico e professor Arnaldo Niskier. O lançamento será
segunda-feira, no dia 19 de agosto, às 17h00, no Salão Nobre da Academia
Brasileira de Letras.
Programação:
*Palestra
*Sessão de autógrafos
*Coquetel
Observação: O livro será distribuído no local conforme a
disponibilidade.
O Acadêmico
Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras
desde 1984, de que foi presidente em dois mandatos
Professor aposentado de História e Filosofia
da Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Doutor em
Educação pela UERJ, foi membro do Conselho Federal de Educação, do Conselho
Estadual de Educação e do Conselho Nacional de Educação, e quatro vezes
Secretário de Estado do Rio de Janeiro.
Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, é
autor de mais de cem livros, especialmente sobre educação. Presidente do
CIEE/RJ, é colaborador com artigos publicados em vários jornais do país.
Fundador da Revista Samba, o poeta e
alfaiate Bráulio de Abreu dialogou com os literatos da Academia dos Rebeldes –
que reunia figuras como Jorge Amado e Sosígenes Costa – e juntos movimentavam a
vida cultural e literária baiana. Lançou uma de suas obras poéticas em 1996:
Alma Profana.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo
Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa,
dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de
Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a
criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um
grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do
teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha
visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou
de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será
cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e
o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a
humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão
bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O
seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a
todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os
soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os
humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos
vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua
misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de
sua descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois
voltou para casa.
Ligue o vídeo abaixo e acompanhe a encenação do Evangelho:
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Assunção: vida plena antecipada
“Então Maria se levantou e se dirigiu apressadamente à
serra, a um povoado da Judéia” (Lc1,39)
O mistério da Assunção desperta imagens de movimento, de
atração para cima, de impulso ascensional; nosso olhar é atraído para a altura
e vemos a Maria elevada para a plenitude que chamamos “céu”.
Ao falar da Assunção nos referimos ao cume do processo vital
de Maria, o resultado final da obra que Deus realizou naquela que não colocou
nenhuma resistência à sua ação: “Faça-se em mim...”. A proclamação do dogma da
Assunção foi uma maneira de revelar que a salvação de Maria foi absoluta e
total, ou seja, que alcançou sua plenitude. Essa plenitude só pode consistir em
uma unificação e identificação absoluta com Deus. Maria foi “aspirada” para
“dentro” de Deus.
Ela terminou o ciclo de seu processo de maturação terrena e
chegou à sua plenitude, através do processo interno de identificação com Deus.
Mas, ao “ser assunta ao céu”, Maria não se afastou de sua condição de mulher do
povo, pobre e despojada. Nessa identificação com Deus não cabe mais nada.
Chegou ao limite de suas possibilidades. Porque “assumiu” Deus em sua vida,
Maria foi “assumida” totalmente por Deus; ela deixou Deus ser grande na sua
vida; por isso, Deus a engrandeceu plenamente. Sabemos que, para chegar à
Assunção, Maria viveu um longo caminho de descentramento, de “saída de si”, de
esvaziamento, para que Deus “realizasse maravilhas nela”. Maria foi “assunta ao
céu” porque “desceu” em direção aos outros, revelando-se como a “mulher do
serviço solidário”.
O evangelho deste domingo nos apresenta Maria “caminhando
depressa”, desde Nazaré da Galileia até às montanhas da Judeia, para chegar à
casa de sua prima Isabel; naquela primeira “meta” de sua corrida, recebeu dos
lábios de Isabel a primeira bem-aventurança:
“Feliz és tu que acreditaste...” Esta expressão foi a
antecipação da felicitação que Maria vai receber no final definitivo de sua
trajetória. Toda a vida de Maria consistiu em dirigir-se apaixonadamente para
essa meta definitiva, profundamente associada à vida e missão do seu próprio
Filho.
“Maria, a mãe que cuidou de Jesus, agora cuida com
carinho e preocupação materna deste mundo ferido. Assim como chorou com o
coração trespassado a morte de Jesus, assim também agora Se compadece do
sofrimento dos pobres crucificados e das criaturas deste mundo exterminadas
pelo poder humano. Ela vive, com Jesus, completamente transfigurada, e todas as
criaturas cantam a sua beleza. É a Mulher «vestida de sol, com a lua debaixo
dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça» (Ap12, 1). Elevada ao céu,
é Mãe e Rainha de toda a criação. No seu corpo glorificado, juntamente com
Cristo ressuscitado, parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza.
Maria não só conserva no seu coração toda a vida de Jesus, que «guardava»
cuidadosamente (cf.Lc2, 51), mas agora compreende também o sentido de todas as
coisas. Por isso, podemos pedir-Lhe que nos ajude a contemplar este mundo com
um olhar mais sapiente” (Laudato sii 241)
Estas palavras do Papa Francisco nos situam frente ao
mistério da Assunção da Virgem Maria aos céus. Maria revela, à Igreja e à
humanidade, o final da vida do ser humano, o sentido da peregrinação desta
vida, os motivos de esperança. Em um mundo que bloqueia cada dia mais o
horizonte de sua transcendência, em um mundo onde cada dia se faz mais
asfixiante o clima do sem sentido e a falta de esperança, em um mundo onde cada
dia temos mais motivos para o pessimismo..., este mistério da Assunção de Maria
nos abre a uma dimensão mais profunda da vida, ou seja, nos capacita a perceber
um novo sentido sobre a nossa peregrinação terrestre. Trata-se de um convite a
uma certeza e a uma visão mais otimista sobre a humanidade e seu futuro.
Este Mistério nos recorda que o verdadeiro ser humano ainda
não está em casa. Estamos todos a caminho. A luz do mais além ilumina nossa
atualidade; a certeza de futuro dá sentido e consistência ao presente.
Esta plenitude à qual chegou Maria, nos abre a esperança de
seguir seus passos. E os passos de Maria são os passos da Visitação, daquela
que faz de sua vida um serviço por pura gratuidade. O texto de Lucas sobre a
Visitação está carregado de símbolos. A primeira palavra em grego é “anastasa”,
que significa “levantar-se”, “surgir”, e que na tradução oficial passou por
alto. É o verbo que o mesmo Lucas emprega para indicar a ressurreição.
Significa que Maria ressuscita a uma nova vida, e sobe à “montanha”, o espaço
do divino. Maria foi “assunta” porque “subiu” em direção ao serviço.
A visita de Maria à sua prima simboliza a visita de Deus a
Israel. A subida da Galileia à Judeia nos está adiantando a trajetória da vida
pública de Jesus. O “Emanuel” se manifesta no sinal mais simples, uma visita.
Tudo acontece fora da esfera da religião oficial. A partir de agora, devemos
encontrar a Deus no cotidiano das casas, onde se desenvolve a vida. Jesus, já
desde o ventre de sua mãe, começa sua missão de levar aos outros a salvação e a
alegria.
Todos sabemos que quando os seres humanos se encontram,
acontece uma mudança, uma transformação. Lucas nos recorda isso tantas vezes em
seu Evangelho, sobretudo no relato do ícone da Visitação. Maria se faz caminho
para visitar a sua prima Isabel e revelar o verdadeiro sentido do encontro. O
encontro muda nossa vida. Além disso, um encontro não vem sozinho: tem o efeito
cascata, pois nos move a fazer o estupendo percurso que nos leva do “eu” ao “tu”
esvaziando-nos de toda auto referencialidade, que é o real impedimento do
autêntico do encontro; assim, chegamos ao fecundo “nós”, criando uma rede de
solidariedade.
Em todo encontro revelamos nossa verdadeira identidade;
nele, nos reconhecemos diferentes, e a diversidade nos enriquece. Isso ocorre,
sobretudo, quando do encontro passamos à convivência, à companhia, à
colaboração e à corresponsabilidade. A “cultura do encontro” é nossa maneira de
ser e fazer Igreja, de construir a comunhão, de visibilizar a caridade, de
exercer a misericórdia. Trata-se de caminhar para um novo paradigma, que nos
leve da acolhida ao encontro, do encontro ao cuidado. Esta nova sensibilidade
nos abre à acolhida da vida descartada, excluída, enferma e muitas vezes
fracassada, para ser lugar e espaço de humanização.
Nos encontros, a vida de cada pessoa é ativada, enriquecida,
potencializada. Quem se experimenta a si mesmo como “vida” é já uma pessoa
“assunta ao céu”. A Vida definitiva já está “pairando” sobre nossa vida. Por
isso, Assunção é vida plena antecipada, é um contínuo renascer, uma nova
criação.
Vivemos já a Assunção quando não nos deixamos determinar por
uma vida estreita e atrofiada, presa pelos apegos... Somos “assuntos” quando
sonhamos, buscamos e ativamos todos os dinamismos humanos de crescimento e de
expansão em direção aos outros. Nós nos “elevamos” quando “descemos” em direção
à humanidade ferida e excluída. O “subir” até Deus passa pelo “descer” até às
profundezas da realidade pessoal e social, sendo presença servidora.
“Viver a assunção” implica esvaziar-nos do “ego”, para
deixar transparecer o que há de mais divino em nós. Não há maior glorificação.
Este esvaziamento não implica a nossa anulação enquanto “pessoa”, mas nossa
potenciação. Na medida que os aspectos que a limitam diminuem, aumenta o que há
de plenitude.
Com razão, viu S. Inácio no “sair do próprio amor, querer e
interesse” o termômetro de toda vida espiritual, a chave de toda existência que
queira deixar transparecer o ser e o agir de Deus em nós.
O “sair do próprio amor” significa que o centro da vida seja
ocupado não pelo ego com suas velhas pulsões de cobiça, honra vã e soberba, mas
por Deus. Significa que, a partir desse lugar de adoração e de encontro, nosso
eu se abra às preferências de Deus, deixando “Deus ser Deus” em nossa
interioridade. Assim, na nossa peregrinação, já temos o privilégio de
“saborear” antecipadamente o dom da Assunção.
Texto bíblico: Lc. 1,39-56
Na oração: Contra uma concepção cada vez mais
“econômica” do mundo, contra o triunfo do possuir, do ter, do prestígio, o
Magnificat exalta a alegria do partilhar, do perder para encontrar, do acolher,
do admirar, da felicidade da gratuidade, da contemplação, da doação...
O ser humano, e todo o seu ser, transforma-se então em louvor
a Deus. Nenhum outro texto nos revela de maneira tão densa e tão profunda a
vida interior de Maria, os pensamentos e os sentimentos que invadem sua alma, a
consciência de sua missão, sua fé e sua esperança, sua experiência de Deus,
enfim.
Rezar as “marcas salvíficas” de Deus na sua história
pessoal; que maravilhas o Senhor tem feito em sua vida?
E não é que é verdade? O cara atropela as palavras, engole
outras, passa por cima de algumas regras gramaticais, solta palavrões.
Mas vamos dar uma olhadinha nos seus antecessores, que ainda
estão vivos:
SARNEY: Um intelectual. Membro da ABL. Escritor e poeta. O
multimilionário "dono" do Maranhão. Deixou o país quebrado, após
sucessivos e malsucedidos planos econômicos. E com uma inflação que, só no
último mês do seu mandato (ampliado para 5 anos, sabe-se lá como) foi superior
a 80%. Num mês!
COLLOR: Nascido em berço de ouro. Bom orador, teve
educação de 1o. Mundo. Multilíngue. Foi impichado por corrupção. Indiciado em
vários processos, teve bens apreendidos. Não está preso graças à leniência do
STF.
FHC: Outro intelectual. Professor catedrático da USP.
Professor visitante da Sorbonne. Ao cabo de seu segundo mandato (conseguido
sabe-se lá como!) entregou a inflação sob controle, mas com o Brasil no FMI.
Passou a faixa para Lula, seu velho companheiro de palanque e de ideias
socializantes.
LULA: Um farsante, semianalfabeto, comia os plurais com a
mesma gula com que devorava propinas, álcool e amantes, como nunca na história
deste país. Levou 8 anos enganando, trapaceando, roubando. Está preso,
condenado em 2a. Instância, em vias de ser condenado também no TRF-4 num outro
processo. E com uma outra condenação na 13a. Vara de Curitiba. É réu em mais um
monte, no Rio e em Brasília.
DILMA: A economista que não sabia nada de economia, a anta
que não consegue construir uma frase com sujeito, verbo e complemento nos seus
devidos lugares. Com a "expertise" de quebrar uma loja de 1,99, foi
bem mais longe: quebrou um país inteiro. Foi impichada. E acaba de ter prisão
preventiva requerida, mas ainda não deferida pela Justiça.
TEMER: A finesse em pessoa. Nunca elevou a voz. Nunca
disse uma frase que não fosse rebuscada, com direito a mesóclises empoadas e
gongóricas. Chefiou por décadas o MDB, um partido que saqueou o país também por
décadas - e não por mera coincidência. Está em prisão domiciliar, acusado de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Aí Bolsonaro, menino pobre, estudante de Colégio Militar e
Capitão reformado, sucede a essa súcia de letrados e iletrados, espertos e
corruptos, carreiristas e punguistas (e até ex-terrorista!), quebra todas as
regras sujas de se fazer política e é trucidado por ser tosco com as palavras?
Por não ser politicamente correto? Por falar o que pensa, sem rodeios? Por
corajosamente dar nome aos bois? Por enfrentar sem medo a mídia que o massacrou
na campanha? E que continua massacrando um presidente legitimamente eleito?
Como deputado, estava no Congresso quando todos esses
presidentes exerceram o poder roubando, ou aliciando partidos e deputados com
ministérios, cargos e até dinheiro vivo, o Mensalão que o diga. O Petrolão
também.
Mas ele nunca se deixou contaminar. Era uma voz isolada no
Plenário e nas Comissões. E desprezado pelos colegas de tantas legislaturas,
que nunca davam as assinaturas necessárias para que seus projetos andassem na
Casa.
Quando conseguia as assinaturas, seus projetos eram
engavetados pelos presidentes da Câmara - e muitos deles foram processados e/ou
foram (ou estão) presos - como Ibsen Pinheiro, Severino Cavalcanti, João Paulo
Cunha, Michel Temer, Eduardo Cunha.
Ele sobreviveu incólume àquele antro!
Bolsonaro é uma total e absoluta exceção à regra de como se
faz política no Brasil. Um alienígena completo. Que se elegeu sem partido
importante, sem dinheiro, sem a mídia, sem as corporações, sem nada além de seu
discurso conservador, que reverberou nas redes sociais por quem viu nele - com
toda a razão - um político que iria fazer diferente de quem o antecedeu. E ele
está fazendo.
Tem a sutileza de um rinoceronte? Sim. Tem a coragem dos
destemidos? Também sim. Tem os cacoetes das raposas da política?
Definitivamente não. E ainda bem que não, dados os exemplos acima.
Ele não é, nem nunca foi um Rolls Royce. Está mais pra um
tanque de guerra, daqueles que passam por qualquer terreno para abrir caminho
para a Infantaria, que vem atrás. E a Infantaria (desarmada) somos nós, o povo.
Para Bolsonaro, todo mato é caminho. Selva! E ele vai
(vamos) chegar lá. Não interessa se o homem é um tosco, ante o quanto é
verdadeiro. E comprovadamente honesto.
O resto é choro de corruptos, mimimi de contrariados e o
coro de mal informados pela mídia, que não engole o fato que um presidente se
elegeu à sua revelia.
Alberto Saraiva, sem esquecer que o tanque andou de Rolls
Royce na posse, para desespero de quem achou que ele ficaria no caminho,
derrotado. Ou morto.
Assumiu uma pequena padaria da família no Brás, bairro de
São Paulo, quando o seu pai foi assassinado num assalto ao estabelecimento.
Entre seus estudos e o trabalho no comércio da família montou em 1988 um
restaurante especializado em comida árabe chamado Habib's na Rua Cerro Corá,
bairro da Lapa.
Este restaurante transformou-se numa rede de lojas próprias
e franqueadas, espalhadas pelo Brasil, e António Saraiva é presidente, além
do Habib's,
da rede Ragazzo,
da Arabian Bread (pães), da Ice Lips (sorvetes), da
Promilat (laticínios),
e da Vox Line (call center).
Obras
Alberto Saraiva, 25 Verbos para construir sua vida. Editora
Planeta do Brasil, 2016.
Alberto Saraiva - Os mandamentos da lucratividade. Editora:
Campus, 2004
Após
participarem de uma épica caravana que percorreu durante o mês de julho boa
parte da Amazônia legal, os quase 50 jovens do Instituto Plinio Corrêa de
Oliveira retornaram às suas respectivas sedes em Belo Horizonte, Brasília,
Curitiba, Salvador e São Paulo.
Suas
fisionomias expressavam grande alegria pelo êxito do empreendimento, apesar de
alguns percalços, facilmente superados graças ao ânimo forte que os move. Cerca
de 20 mil pessoas subscreveram suas listas em defesa da soberania brasileira
sobre a Amazônia. As assinaturas serão encaminhadas ao Sínodo que se reunirá no
próximo mês de outubro em Roma e que tem como um dos objetivos transformar a
região amazônica em uma área independente do Brasil e dos demais países aos
quais ela pertence.
Assim, a
nossa campanha [foto ao lado] desmascara o plano em gestação e expõe as
verdadeiras intenções do Sínodo da Amazônia.
Anteriormente à caravana, uma dupla do Instituto recolheu várias entrevistas de
índios, brancos e outros brasileiros indignados com a terrível perspectiva da
perda de tão preciosa parte do nosso País.
Furioso com
a campanha, o Arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, emitiu uma
declaração para ser lida em todas as igrejas sob sua jurisdição incitando os
católicos a não aderirem ao nosso abaixo assinado.
Conversando
com três dirigentes da caravana, eles disseram que a declaração de Dom Roque
não surtiu qualquer efeito, nem mesmo por ocasião da segunda campanha que
fizeram em Porto Velho, de regresso do Peru; o povo assinou normalmente, como
se nada tivesse acontecido.
Ora,
antigamente as coisas eram diferentes. O que o clero dizia era lei. Essa
mudança no público merece toda a atenção, pois algo novo está acontecendo.
Lembro-me
de que no ano de 1982 — precisamente no dia 14 de dezembro — a “Folha de S.
Paulo” publicou um excelente artigo de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira [foto ao
lado] intitulado “Cuidado com os pacatos”. O artigo advertia as esquerdas
para o avanço açodado do esquerdismo no Brasil, com a recente eleição para
importantes postos do governo de elementos empenhados na comunistização do Brasil.
Tal avanço
era impulsionado por cinco poderes. Além dos três poderes clássicos do governo,
havia um quarto poder, representado pela grande mídia, e um quinto,
representado pela esquerda católica, ou seja, pelo clero de esquerda.
O artigo
previa que, a continuarem as coisas assim, futuramente haveria uma virada pela
indignação do brasileiro atingido em sua pacatez, estado psicológico ao qual
nosso povo é mais afeito.
Evidentemente a esquerda não deu importância às advertências de Dr. Plinio e
continuou a comprimir o Brasil com uma crescente comunistizaçãodo País.
Qual o
efeito? Está aí. Em dado momento os brasileiros deram um “basta” e ocorreu a
virada direitista mais forte de nossa história. Estamos vendo as consequências:
de PT, PSDB, PC do B. PSOL etc., o povo nem quer ouvir falar. O mesmo acontece
com a grande mídia, sobretudo a Rede Globo.
Os pacatos
viraram a mesa…
Ora, a
bandeira da ecologia esquerdista, empunhada pela estrutura da Igreja, está
sendo socada a ferro e a fogo pelo clero da esquerda como se este não tivesse
outra opção para sair de seu fracasso total. Por temor desse fracasso e visando
criar uma “mística” que atraia o povo católico, os bispos decidiram criar
artificialmente um “mártir” para ser o Padroeiro de sua manobra.
Além disso,
estão usando as mesmas táticas do passado, o mesmo teor de teologia da
libertação, a mesma argumentação com que propulsionaram a esquerdização
petista, para fazer “os fiéis” engolir sua nova doutrina comuno-panteísta.
Ora, em
pelo menos um ponto os promotores dessa manobra estão completamente enganados.
O povo católico, apesar de estar diminuído por culpa da mesma esquerda
católica, já não tributa ao clero a mesma adesão irrestrita de antigamente. A
própria modernização da Igreja com a consequente descaracterização do clero
está destruindo a antiga aura dourada que o envolvia e o levava a ser aceito
sem restrições.
Hoje o
católico, embora pacato, analisa mais, julga mais, e se cala. Cala-se até o dia
em que uma pequena gota fizer a taça da indignação transbordar. O clero de
esquerda não está mais imune neste ponto.
Prevalecendo-me
do artigo de Dr. Plinio, gostaria de dirigir uma palavra aos Srs. Bispos do
Sínodo e Padres de esquerda:
— Cuidado
com os carolas! Pois a carolice que lhes foi útil em tempos passados já não os
favorecerá na hora de uma reação indignada nos dias de hoje! Os carolas estão
ficando fartos de serem enganados!