Bolsonaro, o tosco
Alberto Saraiva
E não é que é verdade? O cara atropela as palavras, engole
outras, passa por cima de algumas regras gramaticais, solta palavrões.
Mas vamos dar uma olhadinha nos seus antecessores, que ainda
estão vivos:
SARNEY: Um intelectual. Membro da ABL. Escritor e poeta. O
multimilionário "dono" do Maranhão. Deixou o país quebrado, após
sucessivos e malsucedidos planos econômicos. E com uma inflação que, só no
último mês do seu mandato (ampliado para 5 anos, sabe-se lá como) foi superior
a 80%. Num mês!
COLLOR: Nascido em berço de ouro. Bom orador, teve
educação de 1o. Mundo. Multilíngue. Foi impichado por corrupção. Indiciado em
vários processos, teve bens apreendidos. Não está preso graças à leniência do
STF.
FHC: Outro intelectual. Professor catedrático da USP.
Professor visitante da Sorbonne. Ao cabo de seu segundo mandato (conseguido
sabe-se lá como!) entregou a inflação sob controle, mas com o Brasil no FMI.
Passou a faixa para Lula, seu velho companheiro de palanque e de ideias
socializantes.
LULA: Um farsante, semianalfabeto, comia os plurais com a
mesma gula com que devorava propinas, álcool e amantes, como nunca na história
deste país. Levou 8 anos enganando, trapaceando, roubando. Está preso,
condenado em 2a. Instância, em vias de ser condenado também no TRF-4 num outro
processo. E com uma outra condenação na 13a. Vara de Curitiba. É réu em mais um
monte, no Rio e em Brasília.
DILMA: A economista que não sabia nada de economia, a anta
que não consegue construir uma frase com sujeito, verbo e complemento nos seus
devidos lugares. Com a "expertise" de quebrar uma loja de 1,99, foi
bem mais longe: quebrou um país inteiro. Foi impichada. E acaba de ter prisão
preventiva requerida, mas ainda não deferida pela Justiça.
TEMER: A finesse em pessoa. Nunca elevou a voz. Nunca
disse uma frase que não fosse rebuscada, com direito a mesóclises empoadas e
gongóricas. Chefiou por décadas o MDB, um partido que saqueou o país também por
décadas - e não por mera coincidência. Está em prisão domiciliar, acusado de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Aí Bolsonaro, menino pobre, estudante de Colégio Militar e
Capitão reformado, sucede a essa súcia de letrados e iletrados, espertos e
corruptos, carreiristas e punguistas (e até ex-terrorista!), quebra todas as
regras sujas de se fazer política e é trucidado por ser tosco com as palavras?
Por não ser politicamente correto? Por falar o que pensa, sem rodeios? Por
corajosamente dar nome aos bois? Por enfrentar sem medo a mídia que o massacrou
na campanha? E que continua massacrando um presidente legitimamente eleito?
Como deputado, estava no Congresso quando todos esses
presidentes exerceram o poder roubando, ou aliciando partidos e deputados com
ministérios, cargos e até dinheiro vivo, o Mensalão que o diga. O Petrolão
também.
Mas ele nunca se deixou contaminar. Era uma voz isolada no
Plenário e nas Comissões. E desprezado pelos colegas de tantas legislaturas,
que nunca davam as assinaturas necessárias para que seus projetos andassem na
Casa.
Quando conseguia as assinaturas, seus projetos eram
engavetados pelos presidentes da Câmara - e muitos deles foram processados e/ou
foram (ou estão) presos - como Ibsen Pinheiro, Severino Cavalcanti, João Paulo
Cunha, Michel Temer, Eduardo Cunha.
Ele sobreviveu incólume àquele antro!
Bolsonaro é uma total e absoluta exceção à regra de como se
faz política no Brasil. Um alienígena completo. Que se elegeu sem partido
importante, sem dinheiro, sem a mídia, sem as corporações, sem nada além de seu
discurso conservador, que reverberou nas redes sociais por quem viu nele - com
toda a razão - um político que iria fazer diferente de quem o antecedeu. E ele
está fazendo.
Tem a sutileza de um rinoceronte? Sim. Tem a coragem dos
destemidos? Também sim. Tem os cacoetes das raposas da política?
Definitivamente não. E ainda bem que não, dados os exemplos acima.
Ele não é, nem nunca foi um Rolls Royce. Está mais pra um
tanque de guerra, daqueles que passam por qualquer terreno para abrir caminho
para a Infantaria, que vem atrás. E a Infantaria (desarmada) somos nós, o povo.
Para Bolsonaro, todo mato é caminho. Selva! E ele vai
(vamos) chegar lá. Não interessa se o homem é um tosco, ante o quanto é
verdadeiro. E comprovadamente honesto.
O resto é choro de corruptos, mimimi de contrariados e o
coro de mal informados pela mídia, que não engole o fato que um presidente se
elegeu à sua revelia.
Alberto Saraiva, sem esquecer que o tanque andou de Rolls
Royce na posse, para desespero de quem achou que ele ficaria no caminho,
derrotado. Ou morto.
#ObrigadoLavaJato
#ObrigadoSuperEquipe
#ObrigadoJuizSergioMoro
#ObrigadoMinistroSergioMoro
#ObrigadoPresidenteBolsona
#ObrigadoATodaEquipeDoGovernoBolsonaro
.....................
Alberto Saraiva:
Nascido em 06 de
junho de 1953 em Velosa, Celorico
da Beira, Portugal,] veio
para o Brasil com os pais com menos de um ano de idade. Foi criado em Santo Antônio da Platina, interior
do Paraná,
e com 17 anos foi para a capital paulista com o objetivo de cursar medicina.
Assumiu uma pequena padaria da família no Brás, bairro de
São Paulo, quando o seu pai foi assassinado num assalto ao estabelecimento.
Entre seus estudos e o trabalho no comércio da família montou em 1988 um
restaurante especializado em comida árabe chamado Habib's na Rua Cerro Corá,
bairro da Lapa.
Este restaurante transformou-se numa rede de lojas próprias
e franqueadas, espalhadas pelo Brasil, e António Saraiva é presidente, além
do Habib's,
da rede Ragazzo,
da Arabian Bread (pães), da Ice Lips (sorvetes), da
Promilat (laticínios),
e da Vox Line (call center).
Obras
Alberto Saraiva, 25 Verbos para construir sua vida. Editora
Planeta do Brasil, 2016.
Alberto Saraiva - Os mandamentos da lucratividade. Editora:
Campus, 2004
(Wikipédia)
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