Total de visualizações de página
quarta-feira, 24 de março de 2021
sábado, 6 de março de 2021
ESPERANZA - Alexis Valdés
Esperanza
Alexis Valdés
Ligue o vídeo abaixo:
Alexis Valdés, marzo 2020
Esperanza, es un poema escrito por el multifacético artista
Alexis Valdés.
El talentoso cubano ha encontrado inspiración en el COVID-19
y la ha querido transmitir como mensaje de esperanza.
----------------------
TRADUÇÃO:
Ter esperança
Quando a tempestade passar
E as estradas forem aplainadas,
e formos sobreviventes
de um naufrágio coletivo.
Com o coração choroso,
e o bendito destino
vamos nos sentir felizes
apenas por estarmos vivos.
E nós vamos dar um abraço
para o primeiro estranho,
e vamos elogiar a sorte
para manter um amigo.
E, então, vamos lembrar
tudo que perdemos,
e de uma vez vamos aprender
tudo que não aprendemos.
Não teremos mais inveja,
pois todos terão sofrido.
Não teremos mais preguiça,
Seremos mais compassivos.
O que é de todos vai valer mais
Que você nunca alcançou
Seremos mais generosos
E muito mais comprometidos.
Vamos entender o frágil
o que significa estar vivo;
Vamos suar empatia
para quem é e quem se foi.
Vamos sentir falta do velho
que pedia um peso no mercado,
e não sabíamos o nome dele
que sempre esteve ao nosso lado.
E talvez o pobre velho
Era o seu deus disfarçado,
Você nunca perguntou o nome
porque você estava com pressa.
E tudo será um milagre,
E tudo será um legado,
E então será respeitada,
a vida que ganhamos.
Quando a tempestade passar
Eu vos peço, Deus, entristecido,
que você nos dê o melhor
que você sonhou para nós.
Alexis Valdés, março de 2020
Esperanza, é um poema escrito pelo multifacetado artista
Alexis Valdés.
O talentoso cubano se inspirou no COVID-19 e quis
transmiti-lo como uma mensagem de esperança.
* * *
quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
ANVISA APROVA FALSAS VACINAS
"É a primeira vez que vi agentes públicos montarem um palco para divulgar uma decisão que atenta contra a saúde e a vida das pessoas.
Simplesmente deplorável ver o diretor da Anvisa, que se
jacta de compor uma agência ao seu dizer respeitadíssima mundialmente, fazer um
discurso choroso, piegas, teatral mesmo, para anunciar a todo o país, numa
tarde de domingo, que, apesar de não se ter certeza sobre a eficácia e, pior,
sobre os efeitos colaterais, aprovaram-se duas vacinas por conta do 'clamor
popular'!
Que desfaçatez. Que falta de responsabilidade. Que atentado
ao povo brasileiro.
Pior foi ver que, incontinente, o tiranete de São Paulo fez
aplicar a primeira dose da incerta vacina numa briosa enfermeira (não nele,
claro), a qual, como voluntária, já havia tomado duas doses da mesma vacina.
Fraude escancarada. Impressionante como a lona do circo já estava erguida e
todos os saltimbancos estavam a postos para as fotos que já circulam nas redes
sociais e serão amanhã as manchetes de primeira página dos jornais. Bom, não se
esperava mesmo outra atitude do histriônico protocandidato a presidente que,
sempre metido em espremidas calças, não perde oportunidade para fazer as suas
espalhafatosas aparições públicas dignas do janota que é.
O gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da
Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que a vacina coronavac, produzida pelo Butantan
com o laboratório chinês Sinovac, teve o dado de imunogenicidade considerado
não adequado, mas, tendo em vista a necessidade brasileira, recomendou a
aprovação do imunizante. Isso é criminoso e precisa ser ampla e profundamente
investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.
Inadmissível que esses fantoches de políticos oportunistas, arremedos de
cientistas, estejam colocando em risco a vida dos brasileiros.
Já o diretor-geral foi ainda mais lamentável naquilo que
chamou de “voto”. Sem informações técnicas que pudessem demonstrar o porquê da
aprovação, lançou-se a elogiar a própria agência que dirige e rechear seu
discurso para a plateia com frases reticentes que mais não demonstram que a
total falta de compromisso com a verdade e com a ciência. Um disparate.
A decisão da Anvisa, ficou claro, não aprovou uma vacina,
mais uma substância que não se sabe o que é e se pode causar problemas às
pessoas. E a própria agência sabe disso, pois no encerramento do show
vespertino deste domingo, o stand up man correu a dizer que máscaras,
distanciamento e álcool gel devem continuar a ser a realidade do país.
Incrível, quanta confiança tem ele nas vacinas que aprovou, não é mesmo?
Um deboche, um acinte à inteligência dos brasileiros, foi o
que vimos neste circo montado, vergonhosamente, pela Anvisa.
Da minha parte, tenho só que lamentar profundamente ver o
nosso país sendo tragado por interesses escusos que querem devolver o comando
da nação aos biltres que nos roubaram nas últimas décadas.
Ou voltamos às ruas (sem máscaras!), ou seremos emudecidos e
viraremos vassalos pagadores de impostos para alimentar a fome pantagruélica
dos corruptos que espreitam as nossas liberdades."
Texto atribuído a Reinaldo Chaves Rivera, advogado e professor.
(Recebi via
WhatsApp)
* * *
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
ANO NOVO NA DESORIENTAÇÃO
28 de dezembro de 2020
Péricles Capanema
2021 está na esquina. Quantas diferenças em um
ano! Sobre um ponto quero abaixo compartilhar reflexões. Quase mais nada existe
da generalizada atmosfera de superficial otimismo que perpassava dezembro de
2019. Em linhas muito gerais, a economia crescia, Trump tinha a reeleição
provável, a via de novas conquistas parecia aberta para grande parte da
população. O que gerava a sensação de segurança, de rumo e de perspectivas
realizáveis, condições favoráveis ao equilíbrio emocional. Dava para caminhar.
De repente se fechou o carreiro ascensional, o mundo afundou, apareceram
abismos antes encobertos pelo otimismo generalizado. Já em fevereiro a pandemia
do COVID-19 veio forte, logo depois as cidades foram fechadas e as ruas ficaram
desertas. Empresas faliram, explodiu o desemprego, milhões e milhões
despencaram na pobreza. Os governos abriram as burras para auxílios
emergenciais e o déficit fiscal disparou. De outro lado, a pandemia provocou
intensas disputas entre grupos políticos, o choque das opiniões esgarçou ainda
mais a sociedade. A recuperação, se vier, será difícil. E não deveria ser
apenas econômica. Comentarei abaixo a respeito.
Joe Biden ganhou nos Estados Unidos à frente de coligação que inclui
correntes radicalizadas, socialistas e libertárias. Ele terá que satisfazê-las
(e já as está contemplando na alta administração) ao cumprir compromissos
assumidos na campanha. O que virá dali? É ponto que exige atenção e preocupa.
Observei que a recuperação econômica, se vier, será difícil. Como todos sabem,
suporá a aplicação de vacinas seguras, fazendo realidade a imunidade de
rebanho. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, advertiu que os
investimentos em vacinas contra a COVID-19 são muito mais baratos que as
aplicações em auxílios emergenciais. Deseja aplicações maiores e urgentes. É
preocupação do mercado, lembrou ainda: “Há uma disputa por vacinas.
Quem terá a vacina primeiro e como a logística será feita muda todos os dias.
Estamos concentrados nas vacinas e o mercado também”. Na mesma direção,
advertiu Marcelo Pacheco, secretário executivo do ministério da Fazenda: “Com
a vacina a população vai se sentir mais segura e, com isso, a economia vai se
recuperar. Temos feito de tudo para prover os recursos necessários para a
vacinação”.
População protegida, disseminação controlada, é o objetivo. Canadá,
Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra já estão vendo luz na boca do túnel.
Outros países vão no mesmo rumo. Nós também, só que com passos lerdos. Ainda
preparamos a caminhada; brigas, desleixo, obsessões, cegueira, incompetência,
impediram-nos de atender populações expostas, como, por exemplo, agora o fazem
Estados Unidos, Inglaterra e tantos outros. Quando tal fato se dará no Brasil?
Ninguém sabe ao certo; é triste, chapinamos no pântano dos palpites.
Duas características que provavelmente permanecerão: o “home office” e o
aumento dos pagamentos e compras pela rede. Não tratarei aqui de modificações
psicológicas, morais, políticas, tema muito vasto.
Falei de equilíbrio emocional, sensação de segurança, sensação de rumo,
perspectivas realizáveis. Acabaram, veio a desorientação. E há motivos. Será
dura a recuperação, tempos difíceis pela frente, o déficit fiscal vai pesar por
anos. Empregos melhores e rendas em aumento, se vierem, chegarão em
conta-gotas. Medidas que poderiam ajudar a retomada do crescimento, com o
consequente alívio, em especial para os mais pobres, comportariam enérgico
programa de privatizações, diminuição do tamanho do Estado, cancelar programas
malucos como a reforma agrária. Mas temos tumores de estimação no corpo social,
parece que não podem ser tocados. E aqui se unem pessoas de todas as correntes,
congregadas pelo objetivo de preservar dentro do corpo social os tumores de
estimação. As advertências melancólicas do Dr. Salim Mattar são apenas um
sintoma, significativo embora, de tal realidade desoladora.
Agora, o ponto que pretendo destacar tem relação com o equilíbrio
emocional. Seria trágico repetirmos o que aconteceu nos anos 20 do século
passado, “les années folles”, os anos loucos. O povo, cansado da guerra,
cansado da gripe espanhola, jogou pela janela o sofrimento, não fez dele
pedestal para a formação do caráter e raiz de vida temperante; e lançou-se na
folia, quis esquecer tudo o que havia passado. Poucos anos depois o sofrimento
e as privações voltaram multiplicadas, era a 2ª Guerra Mundial. Não lancemos
nós agora o sofrimento pela janela. Não passou ainda, pode demorar algum tanto
a volta à normalidade e 2021 começa com a sensação de falta de rumos.
Desorientação. Um ponto deveria estar sendo cogitado: não desperdiçar o
confinamento, o sofrimento e as privações, mas fazer desse depósito pedestal
para a formação do caráter. Nutrimento da temperança. Já será grande coisa. Que
Deus nos ajude. Bom Ano Novo a todos.
https://www.abim.inf.br/ano-novo-na-desorientacao/
* * *
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
REFLETINDO COVID-19
Bom dia!
Vamos refletir?
Há um ano, quando estávamos planejando as festas de final de
ano, fizemos muitos planos para o futuro de 2020.
Reclamamos muito de 2019;
Reclamamos mais do que agradecemos, não é
verdade?
Daí, chegou o tão esperado 2020!
Quantos sonhos e planos...
Quantos planejamentos e expectativas por um ano de número
par... dois mil e vinte.
E 2020 foi um ano ímpar!
Diferente de tudo que já vivemos até hoje!
Famílias separadas,
Avós adoecendo sem ver os netos,
Netos sem afagos dos avós,
Pai e mãe longe de seus filhos,
Filhos longe de seus amigos;
Partidas sem despedidas!
Muito choro, sem entender por que tão rápido!
Sorrisos embaixo de máscaras,
Rostos cansados, com marcas de máscaras,
Mãos aflitas à procura de água, sabão e álcool gel;
Médicos e profissionais da saúde exaustos,
Cidades vazias, Hospitais cheios,
Cemitérios lotados de rico, pobre, velho, jovem, crianças,
negros, brancos, artistas famosos, anônimos! gente dos quatro cantos do
mundo indo para o mesmo lugar!
Um lugar sem volta!
Um vírus e milhões de sonhos cancelados;
Um vírus e milhões de famílias destruídas;
Um vírus e milhões de expectativas trancadas em casas;
E você, que lição tirou de tudo isso?!
Já agradeceu por ter chegado até aqui?
Você entendeu que os planos de Deus são diferentes dos
nossos?
Você entendeu a importância do Agradecer?
Você entendeu a importância e a falta que um abraço
faz?
Você entendeu que a sua família vale muito?
Você entendeu que a ganância por ganhar dinheiro não vale a
pena?
Você entendeu que a cor da pele não faz diferença?
Você entendeu a importância de viver o hoje?
Você entendeu a importância de dizer "eu te amo"
pra quem você ama agora?
Você entendeu a importância de pedir perdão a quem você
ofendeu?
Você entendeu que bens materiais como: roupa de marca,
o carro do ano e a mansão tão cobiçada, nada disso você leva quando vai embora?
Você entendeu a importância dos minutos com seus
filhos?
Você sabia que muitas famílias não vão comemorar o Natal
esse ano?
Você sabia que você é privilegiado em ter a sua família
reunida neste Natal?
Você entendeu o que é gratidão?
Gratidão é agradecer a Deus por cada minuto vivido;
Gratidão é ter o aconchego da família;
É poder respirar e sorrir sem máscaras;
Gratidão é poder compartilhar um abraço entre pessoas;
Gratidão é viver o hoje intensamente;
Gratidão é viver em harmonia!
Agora eu te faço um convite:
Vamos orar e agradecer pelo ano de 2020 e planejar menos em
2021?
Vamos somente orar por dias melhores?
Vamos aproveitar mais cada minuto ao lado de quem a gente
ama?
Vamos reclamar menos?
Vamos deixar Deus conduzir à maneira Dele?
Vamos refletir o que realmente importa?
Cada minuto vale muito, lembre-se disso!
Cada minuto importa!
Que Deus nos abençoe!
Amém!
(Autor desconhecido)
* * *
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
TODO PODER À VACINA - José Sarney
A vacina é o único socorro de esperança contra a ameaça da
Covid. Já falei mais de uma vez do cálculo de Malthus sobre a expansão da
Humanidade e da narrativa que Jared Diamond faz da ascensão e queda das
civilizações: nos cenários, guerras e germes. A história das pragas é uma
desgraça: desde as sete pragas do Egito, que são dez, o que se vê são as
populações dizimadas. Dizimadas não: o decimatio castigava um em cada
dez soldados, mas as pestes sempre foram mais radicais. A praga de Justiniano
matou mais da metade da Humanidade; a peste negra, um quarto.
Para uma doença virar epidemia ou pandemia, ela precisa ser
contagiosa e viajar. Assim nossas cidades marítimas não escaparam da
reviravolta da natureza — pois é isso o que acontece quando mexemos com o meio
ambiente, mesmo na “inocente” domesticação de rebanhos. Varíola, gripe,
malária, dengue, febre amarela, SARS passaram por aqui. Houve a gripe suína,
que era em parte aviária, mas tinha até fragmentos dos vírus da gripe
espanhola; esta, com bagagem de 100 milhões de mortos, matou Rodrigues Alves,
que acabara com a febre amarela; doença que o africano Aedes
aegypti trouxe em 1685/6 para Recife e Salvador; mosquito que nós
erradicamos duas vezes, mas continua matando com a dengue. A colheita das
pragas é grande, e temos algumas vitórias e muitas derrotas. A maior, o
impaludismo, nos bate há 10 mil anos.
O Brasil tinha uma história de vacinação. A primeira foi em
1804. Em 1811 tivemos mesmo uma Junta Vacínica. Com o uso direto do vírus
ativo, acontecia de ser pior que o soneto. Um século depois, Rodrigues Alves
chamou Osvaldo Cruz, jovem médico a quem não conhecia, para acabar com a febre
amarela e a varíola. A imprensa, um grupo de médicos negacionistas e alguns
conspiradores militares ficaram contra ele. Consideravam absurdo que os
mata-mosquitos pudessem entrar nas casas para acabar com o Aedes.
A Lei 1261/1904 tornou obrigatória a vacina contra a varíola.
A conspiração positivista, que faria chefe da ditadura a Lauro Sodré, partiu
para a ação. Revoltou-se o Rio de Janeiro. O dia 14 de novembro foi de conflito
armado. O governo dominou, com dificuldade, a situação. Na discussão do pedido
de estado de sítio, Rui Barbosa, nosso maior intelectual, numa posição
incompreensível, ataca: “Não tem nome, na categoria dos crimes do poder, a
temeridade, a violência, a tirania a que ele se aventura… a me envenenar, com a
introdução, no meu sangue, de um vírus… condutor da moléstia, ou da morte.” E
apoia o governo, elogia o desbaratamento do golpe!!!
No Maranhão a história é outra. Cláudio Amaral Júnior,
grande nome da vacinação no País, conduziu a campanha que em oito meses
erradicou a varíola. Fiz o possível para ajudá-lo: acionei a estrutura das
escolas comunitárias “João de Barro”, fazíamos os “Comícios da Saúde”, 15 dias
de campanha preparatória e promovi a “vacinação num só dia”. Na Praça João
Lisboa vacinamos 40 mil pessoas de uma levada, trabalhando até meia-noite. Essa
experiência foi levada por ele e pela OMS para outros países.
Contra a Covid o caminho é claro: precisamos da vacinação em
massa, alcançando indiscriminadamente dos mais ricos aos mais pobres. O Brasil
tem instituições que são capazes de produzir rapidamente as vacinas que tenham
sucesso. Aqui no Maranhão temos que nos preparar para aplicar as vacinas.
Levantar voluntariado, treinar e organizar equipes, fazer um trabalho
coordenado com os municípios, chegar aos povoados mais remotos.
O Estado do Maranhão, 20/09/2020
https://www.academia.org.br/artigos/todo-poder-vacina
..............
José Sarney - Sexto ocupante da Cadeira nº 38 da ABL, eleito
em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida e recebido em 6
de novembro de 1980 pelo Acadêmico Josué Montello. Recebeu os Acadêmicos Marcos
Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco.
* * *