"É a primeira vez que vi agentes públicos montarem um palco para divulgar uma decisão que atenta contra a saúde e a vida das pessoas.
Simplesmente deplorável ver o diretor da Anvisa, que se
jacta de compor uma agência ao seu dizer respeitadíssima mundialmente, fazer um
discurso choroso, piegas, teatral mesmo, para anunciar a todo o país, numa
tarde de domingo, que, apesar de não se ter certeza sobre a eficácia e, pior,
sobre os efeitos colaterais, aprovaram-se duas vacinas por conta do 'clamor
popular'!
Que desfaçatez. Que falta de responsabilidade. Que atentado
ao povo brasileiro.
Pior foi ver que, incontinente, o tiranete de São Paulo fez
aplicar a primeira dose da incerta vacina numa briosa enfermeira (não nele,
claro), a qual, como voluntária, já havia tomado duas doses da mesma vacina.
Fraude escancarada. Impressionante como a lona do circo já estava erguida e
todos os saltimbancos estavam a postos para as fotos que já circulam nas redes
sociais e serão amanhã as manchetes de primeira página dos jornais. Bom, não se
esperava mesmo outra atitude do histriônico protocandidato a presidente que,
sempre metido em espremidas calças, não perde oportunidade para fazer as suas
espalhafatosas aparições públicas dignas do janota que é.
O gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da
Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que a vacina coronavac, produzida pelo Butantan
com o laboratório chinês Sinovac, teve o dado de imunogenicidade considerado
não adequado, mas, tendo em vista a necessidade brasileira, recomendou a
aprovação do imunizante. Isso é criminoso e precisa ser ampla e profundamente
investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.
Inadmissível que esses fantoches de políticos oportunistas, arremedos de
cientistas, estejam colocando em risco a vida dos brasileiros.
Já o diretor-geral foi ainda mais lamentável naquilo que
chamou de “voto”. Sem informações técnicas que pudessem demonstrar o porquê da
aprovação, lançou-se a elogiar a própria agência que dirige e rechear seu
discurso para a plateia com frases reticentes que mais não demonstram que a
total falta de compromisso com a verdade e com a ciência. Um disparate.
A decisão da Anvisa, ficou claro, não aprovou uma vacina,
mais uma substância que não se sabe o que é e se pode causar problemas às
pessoas. E a própria agência sabe disso, pois no encerramento do show
vespertino deste domingo, o stand up man correu a dizer que máscaras,
distanciamento e álcool gel devem continuar a ser a realidade do país.
Incrível, quanta confiança tem ele nas vacinas que aprovou, não é mesmo?
Um deboche, um acinte à inteligência dos brasileiros, foi o
que vimos neste circo montado, vergonhosamente, pela Anvisa.
Da minha parte, tenho só que lamentar profundamente ver o
nosso país sendo tragado por interesses escusos que querem devolver o comando
da nação aos biltres que nos roubaram nas últimas décadas.
Ou voltamos às ruas (sem máscaras!), ou seremos emudecidos e
viraremos vassalos pagadores de impostos para alimentar a fome pantagruélica
dos corruptos que espreitam as nossas liberdades."
Texto atribuído a Reinaldo Chaves Rivera, advogado e professor.
(Recebi via
WhatsApp)
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