A Academia Brasileira de Letras abre, dia 21 de março,
quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr. (Avenida Presidente
Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro), com o tema “Presenças Fundamentais”, a
temporada 2019 de seus ciclos de conferências, sob coordenação-geral da
Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL.
A palestra de abertura, intitulada O lugar de Machado
de Assis na literatura brasileira, coordenada pelo Acadêmico Marco Lucchesi,
Presidente da ABL, terá como conferencista o Acadêmico Domício Proença Filho.
Jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, Machado de
Assis foi o fundador da cadeira nº. 23 e ocupou por mais de dez anos a
Presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de
Assis.
O ciclo terá mais duas conferências, sempre às
quintas-feiras, no mesmo local e horário: Nabuco: uma visão do passado
brasileiro, tendo como palestrante o Acadêmico Evaldo Cabral de Mello; e Rui
Barbosa, 170 anos, dimensão da atualidade do seu percurso, com o Acadêmico
Celso Lafer.
Serão fornecidos certificados de frequência.
A Acadêmica Ana Maria Machado é a Coordenadora-Geral dos
ciclos de conferências de 2019.
OS CONFERENCISTAS
Domício Proença Filho é Professor Emérito e Professor Titular
de Literatura Brasileira da Universidade Federal Fluminense, aposentado. Doutor
e Livre-Docente em Letras, foi Professor da disciplina e de língua portuguesa
em diversos outros estabelecimentos de ensino superior, entre eles, a
Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Pontifícia Universidade Católica da
mesma cidade. Na condição de Professor Titular Convidado (Gastprofessor),
ministrou cursos na Universidade de Colônia e na Escola Técnica de Altos
Estudos de Aachen.
Participou, como conferencista e debatedor, de seminários e
cursos promovidos por instituições de ensino superior e centros de estudos em
Lisboa, Coimbra, Porto, Colônia, Tübingen, Munique, Roma, Bolonha, Madri,
Salamanca, Paris, Clermont Ferrand, e Minesota.
O Acadêmico é, também, crítico, ensaísta, poeta,
ficcionista, roteirista e promotor cultural. Publicou 68 livros, entre
eles, Estilos de época na literatura, a linguagem literária; A poesia
dos Inconfidentes (org.); Oratório dos Inconfidentes; O risco do
jogo – poemas; Capitu-memórias póstumas (romance); Breves
estórias de Vera Cruz das Almas; Nova ortografia da língua portuguesa –
guia prático; Leitura do texto, leitura do mundo; e Muitas línguas,
uma língua: a trajetória do português brasileiro. É membro da Academia
Brasileira de Letras, de que foi presidente (2016-2017), da Academia Brasileira
de Filologia e da Academia das Ciências de Lisboa e do PEN Clube do Brasil.
Evaldo Cabral de Mello nasceu no Recife em 1936 e
atualmente mora no Rio de Janeiro. Estudou Filosofia da História em Madri e
Londres. Em 1960, ingressou no Instituto Rio Branco e dois anos depois iniciou
a carreira diplomática. Serviu nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri,
Paris, Lima e Barbados, e também nas missões do Brasil em Nova York e Genebra,
e nos consulados gerais do Brasil em Lisboa e Marselha.
Um dos mais destacados historiadores brasileiros, Evaldo
Cabral de Mello é especialista em História regional e no período de domínio
holandês em Pernambuco no século XVII, assunto sobre o qual escreveu muitos de
seus livros, como Olinda restaurada (1975), sua primeira obra, Rubro
veio (1986), sobre o imaginário da guerra entre Portugal e Holanda,
e O negócio do Brasil (1998), sobre os aspectos econômicos e
diplomáticos do conflito entre portugueses e holandeses. É organizador do
volume Essencial Joaquim Nabuco, da Penguin-Companhia das Letras.
Celso Lafer, quinto ocupante da Cadeira 14 da Academia
Brasileira de Letras, eleito em 2006, é professor Emérito da Universidade de
São Paulo, do seu Instituto de Relações Internacionais e de sua Faculdade de
Direito, na qual estudou e da qual foi titular, tendo lecionado Direito
Internacional e Filosofia do Direito, de 1971 até a sua aposentadoria, em 2011.
Obteve o seu PhD em Ciência Política na Universidade de
Cornell (EUA), em 1970; a livre-docência em Direito Internacional Público na
Faculdade de Direito da USP, em 1977, e a titularidade em Filosofia do Direito,
em 1988. De 2007 a 2015, presidiu a FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo.
Foi Ministro de Estado das Relações Exteriores em 1992 e, em
2001-2002. Em 1999, foi Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio. De 1995 a 1998, foi Embaixador, Chefe da Missão Permanente do Brasil
junto às Nações Unidas e à Organização Mundial do Comércio em Genebra. É membro
titular da Academia Brasileira de Ciências (2004) e membro efetivo da Academia
Paulista de Letras, eleito em 2014.
Suas publicações mais recentes incluem: Norberto Bobbio
– Trajetória e obra – 1ª edição, São Paulo, Perspectiva (2013); Lasar
Segall: múltiplos olhares – São Paulo, Imprensa Oficial do Estado
(2015); A reconstrução dos direitos humanos (Um diálogo com o pensamento
de Hannah Arendt) – São Paulo: Companhia das Letras, 1988. Idem em
espanhol, México: Fondo de Cultura Económica, 1994. Última reedição, São Paulo:
Cia. das Letras, 2015; Um percurso no Direito no século XXI. Vol. 1 –
Direitos Humanos, Vol. 2 – Direito Internacional, Vol. 3 – Filosofia e
Teoria Geral do Direito. São Paulo: Atlas, Grupo Gen, 2015; Hannah
Arendt: Pensamento, Persuasão e Poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018. 3.a
ed. revista e ampliada, 2018; Relações Internacionais, Política Externa e
Diplomacia Brasileira – Pensamento e Ação. 2 volumes. Brasilia: Fundação
Alexandre de Gusmão, 2018.
28/02/2019
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