11 de novembro de 2018
♦ Péricles
Capanema
Desde há muitos anos a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil) tem sido linha auxiliar do PT. O CIMI (Conselho Indigenista
Missionário), órgão da CNBB, a mesma coisa, estridência maior a favor da
esquerda. A CPT (Comissão Pastoral da Terra), também órgão da CNBB, igual,
escarcéu favorecedor do comunismo de arrebentar os tímpanos. Congruentemente,
recebiam elogios de morubixabas da esquerda, do tipo Fidel ou Raul Castro — os
lobos uivavam em defesa dos pastores. E assim, dentro da Igreja, para tristeza
dos católicos, tais entidades têm presença desagregadora. São fermentos de
discórdia e fatores de exclusão, pois a maioria dos fiéis se julga rejeitada
por elas. Tais fatos se tornaram largamente anacrônicos? Aspectos do Brasil de
ontem? O quadro está se movendo.
Diante da inconformidade generalizada contra o lulopetismo,
sentimentos que elegeram Jair Bolsonaro, parte da esquerda está se distanciando
rápida e ruidosamente do PT e de Lula, buscando assim se viabilizar
eleitoralmente para os próximos anos. Seria uma esquerda em que a roubalheira,
a malandragem e a incompetência não constituiriam traços repugnantes e
dominantes.
Como a tal esquerda em formação (o esboço está no PDT, PC do
B, PSB, acenos à Rede, parlamentares do PSDB e PPS) tratará a esquerda
católica, suja dos pés à cabeça, com os abraços líricos e os auxílios efetivos
que propiciou ao petismo? Todos se lembram, durante todos esses anos, ela
calou-se vergonhosamente diante do desastre econômico e da gatunagem. As
primeiras manifestações sugerem que a tal nova esquerda não faz tanta questão
de apoios na esquerda católica. A razão é simples: não quer se sujar e, com
isso, arriscar-se a perder votos.
Vejamos. Da nova corrente, o corifeu mais em evidência é
Ciro Gomes. Logo após as eleições, o antigo governador do Ceará, agindo em
uníssono com fornido grupo de políticos, pôs em prática o plano, que envolveu
muitos encontros e articulações de bastidor. Contudo o mais vistoso dele foram
as entrevistas.
Delas, comento uma, concedida ao repórter Gustavo Uribe, da
“Folha de S. Paulo”. Ali Ciro se lamentou de ter sido “miseravelmente traído”
por Lula e seus “asseclas”. Comentou: “A cúpula exacerbada do PT já
começou a campanha de agressão. O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e
corruptor. Esses fanáticos do PT não sabem, mas o Lula, em momento de
vacilação, me chamou para cumprir esse papelão que o Haddad cumpriu. E não
aceitei. Me considerei insultado. Fomos miseravelmente traídos. Aí, é traição
mesmo. Palavra dada e não cumprida, clandestinidade, acertos espúrios, grana”.
Acusa Lula e a cúpula do PT de falta de caráter, de traição,
de serem vendilhões, de duplicidade. E deles quer afastamento para, óbvio,
ficar próximo ao povo e ter votos. Expõe o objetivo: “Quero fundar um novo
campo, onde para ser de esquerda, não tem de tapar o nariz com ladroeira,
corrupção, falta de escrúpulos, oportunismo”.
É ataque ao plantel político que a CNBB e suas organizações
vêm favorecendo há décadas. Duas figuras aqui têm papel especialmente
simbólico: frei Betto e o ex-frei Leonardo Boff.
Deles, o que diz Ciro Gomes? Boff, primeiro: “Eles
podem inventar o que quiserem [ou seja, são mentirosos]. Pega um … [estrume
humano] como esse Leonardo Boff. Qual a opinião do Boff sobre o mensalão e o
petrolão?” Para o presidenciável, a mera adjacência já irá incomodar o
eleitor. Sobre frei Betto, também quis falar: “O Lula está cercado de
bajulador. Gleisi Hoffmann, Leonardo Boff, frei Betto”. O primeiro,
bajulador e, ademais, estrume humano; o segundo, bajulador sem caráter. Avisos
que os quer distantes.
Leonardo Boff, pelo contrário, anseia a proximidade de Ciro.
Declarou patético: “Precisamos de uma Arca de Noé onde todos possamos nos
abrigar, abstraindo das diferentes extrações ideológicas, para não sermos
tragados pelo dilúvio da irracionalidade e das violências”. Só que, na opinião
de Ciro, se gente como Boff e frei Betto subirem na arca, o barco afunda.
De outro modo, políticos, como Ciro Gomes, que desejam a
imagem de esquerda limpa, inimiga de traficâncias, não buscarão apoio em
figuras como Boff e frei Betto. E, em boa medida, eles representam a esquerda
católica. Amigos de ditaduras, admiradores de F. Castro, chegando ao ocaso da
vida (frei Betto, 74 anos; Leonardo Boff, 79 anos), depois de favorecer o
comunismo por décadas, na hora normal de recolher agradecimentos dos
favorecidos pelo combate indigno, recebem chibatadas de um corifeu da
esquerda: “Não quero estar ao seu lado, vocês me tiram votos e mancham a
reputação”. A lógica nos empurra até lá, tal situação respinga na CPT,
CIMI, CNBB.
..................
Comentário:
Luiz Guilherme Winther de Castro
12 de novembro de 2018
Dizem que a esquerda sempre foi burra. Pelo jeito, continua
sendo e sempre será. Esquerda significa socialismo, comunismo, enfim, ditadura
cruel. Ciro Gomes chegou a afirmar que a Venezuela é uma democracia. Pelo que
fala e pensa não é nada diferente do tal Beto e do tal Boff. Enfim, eles que se
entendam ou desapareçam.
Infelizmente, essa gente ainda infernizará o novo governo, portanto, que nós rezemos e torçamos para que dê certo. Melhor que os últimos quatorze anos, tenho certeza que será, apesar da precária situação que o “pt” deixou o país. O governo Temer conseguiu endireitar um pouco o leme, apesar de ter compactuado com os governos petistas anteriormente.
Quanto ao Ciro Gomes ainda, ele não disse que deixaria a política caso o capitão Bolsonaro ganhasse a eleição? Cumprirá a promessa ou mostrará que está provado que a maioria dos políticos não tem palavra?
Infelizmente, essa gente ainda infernizará o novo governo, portanto, que nós rezemos e torçamos para que dê certo. Melhor que os últimos quatorze anos, tenho certeza que será, apesar da precária situação que o “pt” deixou o país. O governo Temer conseguiu endireitar um pouco o leme, apesar de ter compactuado com os governos petistas anteriormente.
Quanto ao Ciro Gomes ainda, ele não disse que deixaria a política caso o capitão Bolsonaro ganhasse a eleição? Cumprirá a promessa ou mostrará que está provado que a maioria dos políticos não tem palavra?
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário