Mas uma noite suas cabanas pegaram fogo durante um
terrível incêndio na floresta. O cego até poderia escapar, mas
não conseguia ver para onde correr, e nem saber para onde o fogo ainda não
havia se espalhado.
Já o coxo podia ver que ainda havia uma chance de
escapar, mas não podia correr, porque o fogo estava muito rápido, então tudo o
que podia ver com certeza era que a hora da morte se aproximava.
Os dois perceberam que precisavam um do outro. O coxo teve
uma súbita clareza: "O homem cego, pode correr e eu posso
ver". Neste momento, eles esqueceram toda a sua competitividade.
Então foi justamente nesta hora terrível em que
ambos enfrentaram a morte, eles esqueceram toda a inimizade estúpida e criaram
uma grande união, e mutuamente concordaram que o cego carregaria o homem coxo
em seus ombros e o coxo seria o guia para dizer a direção da fuga, já que coxo
podia ver e o cego podia correr.
E assim eles salvaram suas vidas. E porque causa
disso, se tornaram amigos e abandonaram suas diferenças.
Reflexão: altos e baixos, gordos e magros, cegos e mudos,
pessoas com uma ou mais características ou capacidades diferentes, homens e
mulheres, todos somos diferentes uns dos outros. Entretanto, não podemos deixar
nossas diferenças impedirem de termos uma convivência harmoniosa. O que falta a
um, certamente pode ser completado por outro. Ajudando ao próximo, você terá
ajuda num momento de aflição, como está escrito “Em todo o tempo ama o amigo e
para a hora da angústia nasce o irmão.” (PV 17:17). Ajudar ao próximo,
independentemente das diferenças, é a atitude que fará do nosso mundo um lugar
melhor.
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