Preconceito ou despeito?
Essa pergunta tem bastante sentido e, se analisada com
critério, chega-se a conclusão que os negros estão meio cegos com relação a
clara realidade!
Comprovadamente, sem sombras de dúvidas, que a etnia negra é
tão inteligente e capaz como qualquer outra, tendo ainda o privilégio de em
algumas vertentes, se projetar com mais habilidades e destrezas. E, talvez essa
melhor qualificação não seja aceita pelos que se julgam brancos, inclusive os
mestiços que nasceram mais esbranquiçados que, idiotamente, se julgam
superiores.
Podemos, sem margem de erros, destacar as áreas esportivas
onde os negros são exímios e bastante qualificados. Na música e instrumentação
musical, atualmente nos teatros, cinemas, televisão, literatura e muitas e
muitas profissões liberais na saúde e nas pesquisas científicas. Enfim, em
todas as vertentes da sociedade, temos a honra de ver a participação forte e
importante dos negros!
Talvez por esse crescimento vertiginoso dos negros, possa
estar havendo um despeito que torna-se acentuado parecendo ser preconceito, por
acharem que seus espaços estão sendo tomados por uma sub-raça. Está na hora, ou
até já passou a hora dos negros caírem na realidade e, sem parcimônia, ajudar
as suas comunidades, demonstrando amor e solidariedade aos seus irmãos de cor
que, absurdamente, não são abençoados pelas ajudas governamentais!
Bastam aqueles mais idiotizados que, quando alcançam os
sucessos financeiros, escolhem logo uma loura para namorar e se casar, dando
uma prova que, eles mesmos, não gostam e desprezam a etnia negra. Esse fato é
comum e serve de deboche e chacota nas rodas sociais.
Os negros são bonitos, guerreiros, competentes,
qualificados, mas, infelizmente, são pouco oportunizados pelos governante e,
curiosamente, existe uma desunião nem tanto sutil dentro das comunidades. Na
Bahia por exemplo, onde a população é de maioria negra, você vê poucos
administradores e legisladores negros, não trabalham para eleger um governador
afrodescendente que, certamente, ajudaria muito mais nas suas necessidades
básicas.
Isso já é um preconceito interno, como repetem nas esquinas e papos de
botequins: “Preto não vota em preto e mulher não vota em mulher”. É curiosa,
porém uma observação verdadeira, dado aos normais resultados eletivos!
Portanto, é preciso que essa honrada etnia seja mais unida,
bastante solidária, aproveite toda oportunidade e crie novas, vencendo assim os
obstáculos naturais de crescimento, impondo por direito, uma grande margem de
respeito e dignidade!
Antonio Nunes de Souza, escritor
Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL
* * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário